Praça Padre Bento no Pari, lugar onde nasceu o Rock Nacional!

Praça Padre Bento - Pari 1957

Praça Padre Bento no Pari, São Paulo em 1957

Nesta pracinha no bairro do Pari em São Paulo, no final da década de 50, alguns amigos costumavam se reunir para conversar e falar do novo ritmo que chegava ao Brasil, e que depois que os cinemas mostraram o filme “No balanço das horas”, começava a tomar conta da juventude da época. Dentre esses rapazes estavam aqueles que viriam a ser os precursores do Rock nacional, e também alguns dos principais participantes da Jovem Guarda, como Bobby de Carlo, Foguinho (The Jordans), Primo Moreschi (The Jet Black’s), Carlão (The jet Black’s), Wagner Benatti (Os Megatons), entre outros…

“Conheci o Foguinho na Pça Padre Bento (Larguinho Sto Antonio do Pari). Ele morava se não me engano na Rua Catumbí, perto do “Larguinho”. Estou pensando seriamente em colocar uma placa de bronze no Larguinho com a seguinte inscrição: “Por aqui passaram várias celebridades do Rock no Brasil… O que acham? rsrsrs” (Bobby de Carlo)

“Com certeza pela praça passaram vários pioneiros: Primo Moreschi, Wagner Benatti, Antonio Vidal Filho, Antonio Carlos Cortes, João Bonturi e outros. Até eu passei por lá!”(Rubens Indalecio)

Rubens Indalecio, o Binho, é um excelente guitarrista mas é muito modesto, conforme me contou o Joe Primo. Binho se orgulha de dizer que a primeira musica que aprendeu e inclusive a que mais fazia sucesso nas churrascarias onde ele tocava, chamava-se “A Boneca Que Diz Não”, que diz ter aprendido nos ensaios dos “Megatons”, antes de Primo Moreschi e seu conjunto Os Megatons gravarem oficialmente com Bobby de Carlo. Era também o Binho quem fazia sucesso tocando nos churrascos com os amigos…

“Conheci Primo Moreschi quando os Megatons ensaiavam as músicas para acompanhar Bobby de Carlo. Um pouco antes do Sodinha entrar para o “conjunto” (assim se chamava então). Ia nos ensaios na Transportadora Estrela do Norte. Ficava quietinho observando o que faziam. Depois o Sodinha entrou para o conjunto, eles compraram guitarras Palmer, o Luiz tocava uma de 12 cordas, e eles tocaram com os Mutantes na Bandeirantes no Quadrado e Redondo e….O resto? O resto é o resto…” (Rubens Indalecio)

Bobby de Carlo: aí esta uma foto atual da pça. Padre Bento o famoso Larguinho Sto. Antonio. onde a “mili” anos, rolava rock. Bons tempos… Rubens Indalecio: Oi Bobby. Acho que vc, tirou esta foto na porta da bombonière! Roberto Caldeira Dos Santos: Kkkk!!! Não existe mais, em seu lugar tem um relojoeiro onde mandei consertar o meu Seiko, movido a “lenha”dos antigos, Parabéns Rubens, você é muito observador. Primo Moreschi: Aproveitando o gancho do Rubens Indalécio (Binho), o Bobby tirou essa foto da calçada que fica em baixo do sobrado em que eu morava, juntamente com o Carlão. Rua Barão de Ladario nº 1012, esquina com a Padre Bento, mais precisamente. Waldemar Botelho Jr Foguinho: Bem em frente a R. B. de Ladario a prefeitura construiu um chafariz redondo e nunca o colocou para funcionar e a iluminação na época eram lâmpadas incandescentes e com as árvores em volta do largo ficava muito escuro.Para clarear,do outro lado do larguinho tinha uma garagem com uma bomba de combustível, onde comprávamos uma lata(20 lts) de gasolina despejávamos no chafariz e tocávamos fogo, clareava todo o largo, então começávamos tocar os violões e a cantar os rocks da época. Roberto Caldeira Dos Santos: Verdade!!! Na época com o preço da gasolina, clareava. rs… Certa vez, tentamos ligar o amplificador no poste, ainda bem que não deu certo. Bons tempos… Primo Moreschi: Para complementar, digo mais: O Bitão, Wagner Tadeu Benatti, autor da música O Tijolinho, que nessa época tinha 15 aninhos, morava a uma quadra de minha casa. Mais precisamente na rua Parahíba, quase esquina com a rua Maria Marcolina, a uma quadra da Praça Padre Bento, a praça da igreja Santo Antonio do Pari…

Bobby de Carlo: aí esta uma foto atual da pça. Padre Bento o famoso Larguinho Sto. Antonio. onde a “mili” anos, rolava rock. Bons tempos…
Rubens Indalecio: Oi Bobby. Acho que vc, tirou esta foto na porta da bombonière!
Roberto Caldeira Dos Santos: Kkkk!!! Não existe mais, em seu lugar tem um relojoeiro onde mandei consertar o meu Seiko, movido a “lenha”dos antigos, Parabéns Rubens, você é muito observador.
Primo Moreschi: Aproveitando o gancho do Rubens Indalécio (Binho), o Bobby tirou essa foto da calçada que fica em baixo do sobrado em que eu morava, juntamente com o Carlão. Rua Barão de Ladario nº 1012, esquina com a Padre Bento, mais precisamente.
Waldemar Botelho Jr Foguinho: Bem em frente a R. B. de Ladario a prefeitura construiu um chafariz redondo e nunca o colocou para funcionar e a iluminação na época eram lâmpadas incandescentes e com as árvores em volta do largo ficava muito escuro.Para clarear,do outro lado do larguinho tinha uma garagem com uma bomba de combustível, onde comprávamos uma lata(20 lts) de gasolina despejávamos no chafariz e tocávamos fogo, clareava todo o largo, então começávamos tocar os violões e a cantar os rocks da época.
Roberto Caldeira Dos Santos: Verdade!!! Na época com o preço da gasolina, clareava. rs… Certa vez, tentamos ligar o amplificador no poste, ainda bem que não deu certo. Bons tempos…
Primo Moreschi: Para complementar, digo mais: O Bitão, Wagner Tadeu Benatti, autor da música O Tijolinho, que nessa época tinha 15 aninhos, morava a uma quadra de minha casa. Mais precisamente na rua Parahíba, quase esquina com a rua Maria Marcolina, a uma quadra da Praça Padre Bento, a praça da igreja Santo Antonio do Pari…

Bobby de Carlo: aí esta uma foto atual da pça. Padre Bento o famoso Larguinho Sto. Antonio. onde a “mili” anos, rolava rock. Bons tempos…

Rubens Indalecio: Oi Bobby. Acho que vc, tirou esta foto na porta da bombonière!

Roberto Caldeira Dos Santos: Kkkk!!! Não existe mais, em seu lugar tem um relojoeiro onde mandei consertar o meu Seiko, movido a “lenha”dos antigos, Parabéns Rubens, você é muito observador.

Primo Moreschi: Aproveitando o gancho do Rubens Indalécio (Binho), o Bobby tirou essa foto da calçada que fica em baixo do sobrado em que eu morava, juntamente com o Carlão. Rua Barão de Ladario nº 1012, esquina com a Padre Bento, mais precisamente.
A casa que eu morava era um sobrado, cuja parte de cima, tinha essa vista. O endereço era Rua Barão de Ladário nº 1012, esquina com a Praça Padre Bento (essa da foto). À esquerda, temos a Igreja Santo Antonio Do Pari, que em sua rua lateral nos fundos da Igreja, no lado oposto, tinha a tapeçaria do Jhony e Benê, onde eu Joe Primo (Primo Moreschi), Bobby De Carlo, Carlão, José Paulo e Jurandy, começamos a fazer os ensaios dos The Vampires, que depois mudamos para The Jet Black´s. Hooo saudade.

Waldemar Botelho Jr Foguinho: Bem em frente a R. B. de Ladario a prefeitura construiu um chafariz redondo e nunca o colocou para funcionar e a iluminação na época eram lâmpadas incandescentes e com as árvores em volta do largo ficava muito escuro.Para clarear,do outro lado do larguinho tinha uma garagem com uma bomba de combustível, onde comprávamos uma lata(20 lts) de gasolina despejávamos no chafariz e tocávamos fogo, clareava todo o largo, então começávamos tocar os violões e a cantar os rocks da época.

Roberto Caldeira Dos Santos: Verdade!!! Na época com o preço da gasolina, clareava. rs… Certa vez, tentamos ligar o amplificador no poste, ainda bem que não deu certo. Bons tempos…

Primo Moreschi: Para complementar, digo mais: O Bitão, Wagner Tadeu Benatti, autor da música O Tijolinho, que nessa época tinha 15 aninhos, morava a uma quadra de minha casa. Mais precisamente na rua Parahíba, quase esquina com a rua Maria Marcolina, a uma quadra da Praça Padre Bento, a praça da igreja Santo Antonio do Pari…

Praça Padre Bento - Pari - Joe Primo

Perguntei ao Joe Primo sobre o Nestico, saxofonista que tocou nos Jet Black´s, e a resposta dele foi que “o Nestico, por se tratar de morador de outro bairro distante do Brás, Pari, Canindé, não frequentava a praça Padre Bento, a qual muitos a chamava de Largo Santo Antonio. Dentre os já citados, ou seja: Joe Primo, Bobby de Carlo, Bitão, Foguinho, Serginho de Freitas, Carlão, Arnaldo (sobrinho do Carlão) alias… esse foi muito pouco citado. Eu o convidei para tocar contra baixo no primeiro LP “Os Megatons” pela gravadora Phillips. Tinha também o Sodinha (Antonio Carlos) que entrou no Lugar do guitarrista Renato dos (Os Megatons), Luis Moreschi (guitarrista dos Os Megatons, Edgar (baterista) e não podemos esquecer também do Johnny e do Benê, que nos cedia a tapeçaria deles para ensaiarmos com os Vampires/The Jet Black´s. Os Megatons ensaiavam na Empresa de Transportes “Estrela do Norte, na Rua Araguaia. Alias, essa era a rua onde o Bobby também morava. Haaa tinha também o Binho (Rubens Indalécio), que nunca desgrudava de nossa patota…!! rsrsrs Abraço”.

Bobby de Carlo recorda que Rubens Pardini e Henrique Serafian, que eram compositores, também passavam pela praça. De Henrique, ele gravou com os Megatons a canção “O Pesadelo” e do Rubens gravou na Odeon, a canção “Por Você Ninguém vai Chorar Não”.

“Saudade dos tempos que eu, Bobby De Carlo, Serginho de Freitas, Carlão, Roberto Rolla, Jhonny, Bennê, Jápa, Leley, Foguinho, cultuávamos o som do Rock verdadeiro, transmitido pelo Sussego (Carlos Aberto Lopes) em seu programa “Vós da America”, só com compactos importados dos EUA. Quando não, o radiosinho Spik, do Serginho sintonizava o “Make Believe Bowl Roon” que apresentava o desfile dos 50 compactos mais vendidos, e também O Miguel Vaccaro Neto, com seus importados em seu programa “Não Diga Não”, que depois passou a ser “Não Diga Não Nem Né”. Isso tudo lá…no Largo Santo Antonio do Pari. (Praça Padre Bento)” (Joe Primo Moreschi)

E para quem discute sobre onde nasceu o Rock, se na Matoso, Tijuca, no Rio de Janeiro, ou em São Paulo, no Pari / Brás / Moóca, vejam o que me disse o Foguinho, baterista dos Jordans:

Waldemar Botelho Jr Foguinho
Waldemar Botelho Jr Foguinho Em 2 de agosto de 2015 00:28
No início de 1962 fomos para o R.J. tocar na TV Rio canal 13 num programa do CARLOS IMPERIAL e quem nos recebeu foi o secretário dele o ERASMO CARLOS,era pra ficarmos um final de semana mas não deixaram que viéssemos embora e ficamos mais uma semana tocando em vários locais pois falavam que não tinha “conjuntos”de rock por lá.

E depois o Luis Carlos Siqueira, que foi membro do conjunto The Angels / The Youngsters, contestou…

Luiz Carlos Siqueira
Luiz Carlos Siqueira 2 de agosto de 2015 17:50
OS JORDANS FORAM A UM PROGRAMA QUE EXISTIA HÁ 1 ANO E NÃO CONHECIAM THE ANGELS QUE ESTAVA ESTOURADO NO ANO QUE ELES FORAM LÁ? O THE ANGELS FOI FORMADO EM 1960, EU ENTREI NO THE ANGELS QUANDO CARLOS BECKER SAIU E LOGO DEPOIS CASOU COM CÉLIA VILELA . OS ENSAIOS ERAM NO BAIRRO DE COPACABANA E TB IPANEMA, SOMOS TODOS DA ZONA SUL DO RIO DE JANEIRO. EU VINHA DA PRIMEIRA FORMAÇÃO DO THE SUNSHINES COM RAKAMI, DANDALO, GUTO E GERALDO. …PAZ

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Bobby de Carlo: Naquela época Lucinha, havia muitas arvores . Fiquei chocado hoje ao ver que restaram somente algumas. Essa foto retrata bem o que restou... Lamentável!

Bobby de Carlo: Naquela época Lucinha, havia muitas arvores . Fiquei chocado hoje ao ver que restaram somente algumas. Essa foto retrata bem o que restou…
Lamentável! (27/07/2015)

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