Banda Os Loucos: A História de Uma Vida!

A Banda de Recife-Pe “Os Loucos” completa 60 anos de atividade artística em 2025.

Fundada em 1965, a banda Crazy, depois Os Loucos, é uma das três bandas de Rock mais antigas do Brasil em atividade.

Tudo começou em 15-10-1965, quando 4 jovens (Leonardo, Juarez, Edson e Alberto) se reuniram no Colégio Pan Americano, em Afogados e fizeram uma apresentação musical em homenagem aos professores, e assim iniciava sua trajetória que em 2024 completará 60 anos!

Seus atuais integrantes são:

Bateria = Gilvan Cavalcanti

Baixo = Marcelo Silva

Guitarra = Juarez Cavalcanti

Teclados = Leonardo Cavalcanti

Cantor = Jefferson Rocha

Para ouvir as canções, visite o site:

https://www.palcomp3.com.br/bandaosloucos/

Depoimento de Leonardo Cavalcanti e seu irmão Juarez Cavalcanti sobre a banda Os Loucos – Uma apresentação da Banda Os Loucos contando sua história.

Morreu no Rio de Janeiro o baixista Vitor Trucco, ex Brazilian Bitles.

Fomos tomados de surpresa ao tomarmos conhecimento da morte de Vitor Trucco, um dos integrantes da banda The Brazilian Bitles, formada nos anos 60.

Da esquerda para a direita, Vitor, Jorge e Luís Toth.

Vitor, que nasceu em 03 de maio de 1948, faleceu neste 27 de março de 2024, deixando desolados seus fãs, amigos e familiares. 

Que ele descanse em paz! 🌹

Uma das mais importantes bandas de Rock da década de 60, THE BRAZILIAN BITLES, tanto pelo nome como pelo repertório, o grupo é diretamente associado à Beatlemania, no período em que o quarteto de Liverpool esteve no auge. Mas a banda não se limitou apenas às influências dos Beatles, seus músicos procuraram diversificar sempre e com isso criaram um repertório variado, entre canções originais do grupo e versões roqueiras da melhor qualidade, como o sucesso “Gata (Wild Thing)”, dos Troggs, além de tantas outras raras preciosidades do melhor do rock dos anos 60. Banda carioca formada em 1965, a partir do núcleo de outra banda da época, The Dangers, em que participavam o guitarrista Vitor Trucco e e o cantor e guitarrista Jorge Eduardo, Os Brazilian Bitles contavam na sua formação original com Vitor Trucco (guitarra solo e depois, baixo), Luiz Toth (bateria), Fábio Block (Baixo, depois guitarra), Jorge Eduardo De Almeida (Voz e guitarra-base) e Eliseu Da Silva Barra, o Ely Barra (cantor e teclados). Estrearam na boate “La Candelabre”, com grande repercussão da mídia. O repertório da banda trazia de Beatles a Rolling Stones, passando por Chuck Berry, Little Richard e The Who, além das bandas garageiras americanas e ainda mais, o grupo trazia também influências do cancioneiro romântico brasileiro. Tudo isto misturado e transformado em canções próprias conquistou de forma arrebatadora a juventude brasileira dos meados dos 60. As canções, permeadas de climas modernos, psicodélicos e garageiros, além de uma boa dose de romantismo nas baladas, causou sensação, e músicas como “Dedicado A Quem Amei”, “Deixe Em Paz Meu Coração” e “Cabelos Longos, Idéias Curtas” se tornaram hits radiofônicos instantâneos. Uma das principais características dos Brazilian Bitles era o seu grande humor e as cabeleiras dos seus integrantes. Este visual associado à juventude radiante dos seus integrantes, fez com que a banda fosse convidada a participar no cinema do filme “Rio, Verão E amor”, de 1966, o primeiro filme colorido brasileiro. Na TV Excelsior do Rio, o grupo passou a apresentar o programa BBC – “Brazilian Bitles Club”. O programa ia ao ar aos sábados à tarde e fez grande sucesso entre o público jovem carioca. Em 1967, gravaram seu disco de estréia, “É ONDA”, pelo selo Polydor, com grande sucesso. O título do álbum era moderníssimo para a época, somente as cabeças jovens mais antenadas entenderiam aquela fantástica palavra, “É Onda”, palavra que traduzia todo o alucinante estilo de vida jovem dos anos 60. 

(Por Rubens Stone)

The Brazilian Bitles

Foi o conjunto The Brazilian Bitles quem protagonizou um fato inédito nos anos 60: eles participaram cantando e tocando durante a celebração de uma missa, como vimos na reportagem que publiquei há tempos atrás aqui:

Homenagem do cantor Claudio Chizolini ao Vitor. 

https://www.facebook.com/share/r/KiimnV46SSXPZ99R/?mibextid=WC7FNe

Renato e Seus Blue Caps é Sucesso no Projeto Seis e Meia no Nordeste do Brasil!

Vejam as reportagens e a participação da banda em João Pessoa (Paraíba), Natal (Rio Grande do Norte), Recife ( Pernambuco) e Maceió (Alagoas).

A temporada teve início no dia 05 de março, no Espaço Cultural do Teatro Paulo Pontes em João Pessoa, na Paraíba, e foi notícia ao vivo na TV Cabo Branco, filiada da Globo em João Pessoa.

Assistam a reportagem completa no Globoplay:

https://globoplay.globo.com/v/12410316

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Alguns vídeos desta apresentação:

Destaques

https://www.facebook.com/renatoeseusbluecapsoficial/videos/967907978226777

Festa de Arromba

https://www.facebook.com/renatoeseusbluecapsoficial/videos/2371380496392584

Reportagens do Show em Recife, realizado em 08 de março de 2024:

01

https://www.folhape.com.br/cultura/jovem-guarda-de-renato-e-seus-blue-caps-abre-temporada-do-seis-e-meia/321743https://globoplay.globo.com/v/12410316

02

https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/viver/2024/02/seis-e-meia-abre-temporada-2024-com-renato-seus-blue-caps-e-lucinha.htmlhttps://globoplay.globo.com/v/12410316

03

https://tvnova.tv.br/jornalfatonovo/projeto-seis-e-meia-retorna-aos-palcos-do-teatro-do-parque-com-show-de-renato-seus-blue-caps-e-lucinha-guerra-abrindo-a-temporada-de-2024-o-projeto-seis-e-meia-que-possui-producao-de-flavio-perrhttps://globoplay.globo.com/v/12410316

04

05 (Vídeo)

06 (Vídeo)

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08

https://www.blocosderua.com/recife-olinda/programacao/projeto-seis-e-meia-2024-renato-e-seus-bluecaps-pe-08-03-24

09

Dando continuidade ao Projeto Seis e Meia, Renato e Seus Blue Caps passou ontem, dia 06 de março (2024) por Natal. O Show foi no maravilhoso Teatro Riachuelo, e estava lotado!

https://www.facebook.com/renatoeseusbluecapsoficial/videos/412757587915390

Mais imagens…

https://www.facebook.com/renatoeseusbluecapsoficial/videos/1831886387273124

De Natal a banda Renato e Seus Blue Caps seguiu no Projeto Seis e Meia agora em Recife-Pe, e o Show foi no Teatro do Parque, em 08 de março (2024).

https://www.facebook.com/renatoeseusbluecapsoficial/videos/905047864702088

E encerrando com chave de ouro esta turnê, na noite de 09 de março de 2024, Renato e Seus Blue Caps subiu ao palco do Teatro Deodoro, em Maceió, Alagoas.

https://www.facebook.com/renatoeseusbluecapsoficial/videos/695322609347047

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https://www.facebook.com/renatoeseusbluecapsoficial/videos/1165934744844923

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https://www.facebook.com/renatoeseusbluecapsoficial/videos/930784648335386

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https://www.facebook.com/renatoeseusbluecapsoficial/videos/296455093235036

Renato e Seus Blue Caps eternamente! Viva todos os RENATOS!

The Bells, um conjunto Pré-Jovem Guarda!

A História do conjunto The Bells (de cabeleira), contada em vídeos.

 

Nestes vídeos abaixo temos a história deste icônico conjunto dos anos 60, cujo baterista Ari era também o cantor e a canção que mais fez sucesso foi “Muro de Berlim”, uma composição de Roberto e Erasmo Carlos. 

 

Vídeo 1 – Entrevista com Ari, o baterista. 

 

 

Participação de Ari cantando e tocando bateria na banda Máquina do Som no programa Perdidos da Noite (arquivo da banda The Bells).

 

 

Foto que ilustra a entrevista ao Antonio Aguillar

 

Vídeo 2 – A História 

 

 Vídeo 3 – Entrevista com Nilo, o guitarrista. 

 

Gravando dois LPs e vários compactos na década de 1960, a banda se destacou por terem gravado uma música inédita de Roberto Carlos e Erasmo carlos, “Muro De Berlim”, entregue por Erasmo ao Ari que sugeriu o título.

Eles estão na letra da música “Festa de Arromba”, também de Erasmo e Roberto Carlos. 

 

Nessa rara entrevista, Nilo Antonio, um dos fundadores do grupo, vai contar essas e muitas outras histórias!

 

 

 

Reportagem com fotos:

 

 

 

A Importância de Antonio Aguillar na Carreira de Roberto Carlos.

Em 1959, Abelardo “Chacrinha” Barbosa apresentava um programa de música da velha guarda, de segunda a sexta-feira, às 18h pela Rádio Nacional de São Paulo, localizada na Rua Sebastião Pereira, 218.

Em 1959, Antonio Aguillar apresentava um programa de música jovem chamado “Ritmos para a Juventude”, de segunda a sexta-feira, às 17h, pela Rádio Nacional de São Paulo, localizada na Rua Sebastião Pereira, 218.

Os dois radialistas eram muito amigos e sempre estavam juntos, trocando ideias sobre música e sobre os cantores.
Antonio Aguillar foi inúmeras vezes ao Rio de Janeiro para participar dos programas de rádio e televisão do Chacrinha, onde o disc-jóquei da juventude levava sempre os artistas que lançava em disco em São Paulo.

Chacrinha sempre falava a Antonio Aguillar sobre Roberto Carlos, um cantor que cantava samba canção e bossa-nova com a voz pausada e baixa, bem ao estilo de João Gilberto; ele se apresentava na boate Plaza em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Em 1959 Roberto Carlos lançou o seu primeiro disco em 78rpm pela Polydor, com as músicas JOÃO E MARIA / FORA DO TOM, de autoria de Carlos Imperial e Roberto Carlos.

Em 1960 Antonio Aguillar foi ao Lord Palace Hotel , na Rua das Palmeiras, onde o Chacrinha se hospedava semanalmente para fazer os seus programas de rádio e televisão em São Paulo e no hall do hotel o velho guerreiro chamou um garoto tímido com um ar tristonho e o apresentou ao disc-jockei Antonio Aguillar, com a seguinte frase:

“Este é o cantor Roberto Carlos, que mora no Rio e vem morar em São Paulo. Ele gravou MALENA em um 78rpm e eu gostaria, Aguillar, que você divulgasse esse moço, que tem muito valor e futuramente será um grande sucesso. Ajude-o por mim em seus programas, que você não vai se arrepender”.

Antonio Aguillar, que fazia os seus programas de rádio e televisão com muita audiência em todo o Brasil, prometeu ao Chacrinha, que era seu amigo, fazer aquilo que podia para dar uma força na carreira do rapaz que acabara de ser apresentado.

Como Roberto Carlos ficou hospedado naquele hotel, Aguillar foi no dia seguinte conversar com ele para combinar como seriam feitas suas apresentações na televisão e também a divulgação do seu disco no rádio.

A música “Malena” não inspirava muito ao Aguillar, mas Roberto Carlos prometia gravar outras músicas voltadas mais para os jovens da época.

Roberto apresentou ao Aguillar a sua divulgadora em São Paulo, de nome Edy Silva, conhecida no meio por trabalhar nas emissoras coligadas, que tinham uma programação distribuída para as principais emissoras do País.

Através dela, Aguillar conheceu pessoalmente Othon Russo, que era o diretor de divulgação da CBS e que prometera fazer um trabalho intenso para projetar da melhor forma possível o cantor de Cachoeiro do Itapemirim.

Roberto Carlos entrou no esquema de Aguillar e sempre esteve nas programações musicais da rádio Nacional de São Paulo e semanalmente no Festival da Juventude da TV Excelsior Canal 9. Muitos cantores de sucesso eram apresentados nas programações de Aguillar, como Nilton Cesar, Agnaldo Rayol, Carlos Ganzaga, The Jordans, Ronnie Cord, Demetrius, Baby Santiago, Hamilton Di Giorgio, Tony Campello, Celly Campello, Gessi Soares de Lima, Maria Odete, The Jet Blacks, Leila Silva, Marta Mendonça, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Oslaim Galvão, Prini Lorez, The Clevers, Renê Dantas, Sergio Reis, George Freedman, Meire Pavão, Albert Pavão, Renato Guimarães, Sergio Murilo, Bobby de Carlo, Marcos Roberto, Dori Edson, Nilton Cesar, Carlos Ely, Sergio Reis, etc.

Claro que o sucesso chegou para Roberto com um Rock, a música Splish Splash, que ele gravou seguindo os conselhos de Carlos Imperial e Antonio Aguillar.

Neste vídeo a seguir, podemos ouvir algumas mensagens feitas por Roberto Carlos especialmente para Antonio Aguillar, que foram levadas ao ar em programas de Rádio comandados por Antonio Aguillar, mas nunca divulgadas antes de 2012 em outro veículo de comunicação.

As gravações me foram gentilmente enviadas pelo próprio Antonio Aguillar em 08 de dezembro de 2012 e eu coloquei no Youtube:

Roberto Carlos também enviava convites para Antonio Aguillar e sua família sempre que fazia shows em São Paulo, como aconteceu no dia 20 de setembro de 2018, quando conversaram e Roberto Carlos enviou mensagem para o programa de Aguillar na época, que era o JOVENS TARDES DE DOMINGO, levado ao ar pela Rádio Capital no dia 30 de setembro de 2018:

Em 1968, Roberto Carlos queria cantar na Igreja, e nesta época ele estava compondo músicas sacras e a primeira delas havia sido a hoje tão famosa “Jesus Cristo”.

Na época o Cardeal Arcebispo de São Paulo era Agnello Rossi e Roberto Carlos havia pedido para Antonio Aguillar que interferisse por ele junto ao cardeal, pois estava querendo se casar com Cleonice Rossi, uma mulher desquitada, mais velha que ele, com uma filha pequena, e se conquistasse o clero, talvez pudesse se casar na igreja.

Antonio Aguillar foi entrevistar Don Agnelo Rossi, levando o pedido de Roberto, o qual foi negado, ouçam:

Roberto Carlos queria cantar na Igreja.

A reportagem com fotos sobre o pedido de Roberto Carlos a Don Agnelo Rossi, intermediado por Antonio Aguillar:

Morre em São Paulo o Comunicador Antonio Aguillar, aos 94 anos!

Neste domingo que passou, 11 de fevereiro de 2024, internado desde a sexta-feira, 09 de fevereiro, por problemas respiratórios e cardíacos, Antonio Aguillar veio a falecer aos 94 anos de idade.

Como me informou sua esposa Célia Aguillar, na semana anterior Aguillar havia sido diagnosticado com pneumonia, tratou porém não houve resultado, e sentindo muita falta de ar, ele foi internado e não resistiu…

Antonio Aguillar ainda trabalhava em Rádio, tinha um programa aos sábados e domingos pela Rádio Calhambeque e estava lúcido e ativo, sempre pronto a dar entrevistas e falar sobre os muitos artistas que ajudou ao longo de sua existência…

Foi no final dos anos 50, quando inaugurava-se a Rádio Eldorado AM na sede do Estadão, Rua Major Quedinho, 28 em São Paulo, que o ainda fotógrafo Antonio Aguillar foi escalado para fotografar esse grande evento. Desde então apaixonou-se pelo rádio, do qual era fã em sua cidade natal, e no decorrer do tempo, fez na rádio Eldorado um teste de locutor e foi considerado fora dos padrões da emissora, mas não desistiu da ideia.  Aguillar ficou sabendo que seu colega Hélio Damante, colunista religioso do Estadão, havia recusado um convite do clero para dirigir o departamento de jornalismo da Radio 9 de Julho, localizada na Rua Wenceslau Braz, 79. Hélio deu a Aguillar uma carta de apresentação ao Cônego Olavo Braga Scardigno, Diretor Artístico da emissora pertencente ao clero, onde iniciou redigindo boletins informativos para o Jornalista Joelmir Betting ler no ar de hora em hora.

Alguns meses depois foi indicado para comandar o programa Calouros 9 de Julho, onde se tornou conhecido popularmente.

Paulo Rogério, radialista da organização Victor Costa (1960), contratou Aguillar para locução comercial na Radio Excelsior.

Naquele tempo as emissoras de rádio tinham auditórios para programas ao vivo, com a presença de público.

Pedro Geraldo Costa comandava ao lado da Professora Zita Martins o programa infantil “Clube dos Garotos” e quando se aposentou, Antonio Aguillar foi convidado para assumir o comando desse programa de auditório, com inovações que deram certo.

Com o falecimento do comunicador Jayme Moreira Filho, comandante do programa de calouros intitulado “Aí Vem o Pato”, com produção de Luciano Calegari, Antonio Aguillar assumiu o tradicional programa, criando diplomas para os melhores calouros e nessa inovação ganhou prestígio do Diretor Artístico Francisco Abreu. Mais uma oportunidade após a saída de Moreira Jr., que comandava o programa diário “Ritmos para a Juventude”. Era uma programação de rock n’ roll e tinha muita audiência, principalmente entre os jovens da época.

Ao assumir o comando do programa Aguillar divulgava os discos de Carlos Gonzaga, Tony Campello, Celly Campello, The Jordans, Elvis Presley, Chuck Berry, Paul Anka, Neil Sedaka, Brenda Lee, etc.  A presença dos jovens durante o programa era enorme e dai surgiu a ideia de se fazer ao vivo aos sábados, no auditório localizado na Rua Sebastião Pereira, 219, onde hoje se localiza o Minhocão (Viaduto Jango Goulart).

Os finais de semana se tornaram uma loucura durante a apresentação do programa Ritmos para a Juventude, ao vivo das 15h às 17h, mas agora faltava criar grupos musicais que tocassem rock. 

Naquela época tinha o Atílio e seu Regional, mas não tocava rock. Ai então Antonio Aguillar convidou Joe Primo, nome artístico Joe Primo, que chamou Bobby De Carlo e assim criaram um grupo musical especializado. Nasceu ali o conjunto The Vampires, que acompanhava os artistas que iam cantar ao vivo.

Era uma euforia e tinha audiência total. Às vezes necessitava ter a interferência do Juizado de Menores, devido às reclamações dos pais preocupados com suas filhas. O guitarrista José Provetti, nome artístico Gato, entrou para a banda quando o nome já havia sido mudado para The Jet Blacks. Gravaram e foram contratados pela Boate Lancaster, localizada na Rua Augusta em São Paulo.

Aguillar então se viu obrigado a criar um novo grupo porque essa banda viajava muito para shows e não podia tocar na programação da emissora.

Mingo e Neno tocavam nos Jordans, deixaram a banda e procuraram o Aguillar na Rádio Nacional de SPaulo, hoje Globo, e pediram uma oportunidade ao disck jockey Antonio Aguillar que fosse criada uma nova banda.

Aguillar combinou com os rapazes, que para não perder o grupo, criaria The Clevers com a sua patente. Aceita a proposta, Neno apresentou Luiz Franco Thomaz, da cidade de Itariri, e como ele tinha ganhado uma bateria nova do avô, Aguillar lhe deu o nome artístico de NETINHO.

Waldemar Mozena era guitarrista de uma orquestra do interior e foi apresentado para integrar a nova banda. Como ele sorria por qualquer coisa, Aguillar deu-lhe o nome artístico de RISONHO.

A nova banda formada pelo Aguillar tinha como integrantes Risonho – guitarra, Mingo – guitarra base e vocalista, Neno – contrabaixo, Netinho – bateria e Manito – Saxofonista. Essa banda gravou na Continental a música El Relicario e foi o maior sucesso em todo o Brasil.

Quando Aguillar deixou a TV Excelsior, programa Festival da Juventude, para ingressar na TV Record – Teatro Record em 1964, os Clevers acompanharam a cantora Rita Pavone, que esteve no programa Reino da Juventude para receber uma guitarra especial de presente. Ela cantou com o acompanhamento dos Clevers e se encantou com o grupo. Num entendimento com o Aguillar, ela aceitou fazer uma jogada de marketing, que seria informar na imprensa que ela era a namorada do Netinho.  Foi assim que The Clevers acabou indo numa turnê para a Itália para acompanhar a italianinha e acabaram se entusiasmando muito por lá. Pela imaturidade dos garotos, eles acabaram rompendo relações comerciais com Aguillar, que acabou criando The Flyers, um novo grupo musical composto por grandes profissionais.

Na época, o Chacrinha (Abelardo Barbosa), que era velho amigo de Aguillar, pediu que ele desse uma oportunidade ao desconhecido Roberto Carlos, que tinha sido lançado pelo Carlos Imperial no Rio de Janeiro cantando Bossa Nova. Aguillar recebeu Roberto Carlos em São Paulo e ajudou muito divulgando o artista em seus programas de radio e televisão, além do noticiário nas revistas especializadas.

Aguillar deixou a Record e Roberto foi convidado para criar o programa JOVEM GUARDA, e todos os músicos e cantores que passaram pelos programas do Aguillar, fizeram o programa de Roberto Carlos, que ao lado do Erasmo Carlos e Wanderléa, comandaram esse grande movimento musical que perdura até hoje.

Antonio Aguillar aposentou-se em 1981 e se mudou com a família (esposa Celia, filhas Débora e Gabriela), para São José do Rio Preto, onde passou por varias emissoras de rádio da cidade.

Em São José do Rio Preto nasceu seu filho Douglas Aguillar e depois de 12 anos mudou-se para Santos, fazendo programas de rádio em várias emissoras.

Trabalhou na Rádio Independência AM, Rádio Onda Nova FM e Radio Centro América a qual ajudou fundar e nela fazia os programas sertanejos pela manhã e aos domingos, Reino da Garotada ao vivo, direto de uma churrascaria, onde reunia mais de 500 crianças que desfrutavam no pátio ao vivo das atrações com palhaços, artistas e prêmios.

Em 1995 Aguillar e sua família resolveram mudar para Santos.

Aguillar, trabalhou na Rádio Tribuna AM, Radio Club quando era propriedade do Pelé e chegou a produzir um programa na Rádio Cultura AM, para o famoso Lombardi do SBT.

Em 2005 resolveu retornar a São Paulo, residindo na Rua Carlos Sampaio, antigo endereço e no mesmo apartamento 41.

Trabalhou durante15 anos na Rádio Capital AM. Com a pandemia do Corona Vírus em 2020, teve que se ausentar da Radio Capital e atualmente está na Rádio Calhambeque, uma emissora da internet, no horário de 12h às 14h, com o programa Jovens Tardes de Domingo, com reprise aos sábados das 12h às 14h.  Para sintonizar a Rádio Calhambeque: www.radiocalhambeque.com  .

Quando estava com 92 anos de idade, Aguillar ficou limitado ao seu trabalho radiofônico, mas continua fazendo suas edições para Johnny Lopes, responsável pela rádio Calhambeque. Com um glaucoma infernal, enxerga apenas com 80% da vista esquerda. A vista do lado direito apagou, embora continue com o tratamento de colírios indicados pelos médicos (Maleato Timolol 0,5% e Tartarato de Brimonidina 0,2%); Aguillar teve um câncer de próstata e há mais de 15 anos passou por uma cirurgia radical, para não deixar a doença progredir. Fez também há mais de 10 anos uma cirurgia do fêmur na perna esquerda, com a colocação de um titânio.  Aguillar usa aparelhos auditivos, e continua trabalhando em sua casa nas edições de seus programas históricos (Ritmos para a Juventude – Radio Nacional de São Paulo – hoje Globo, Ritmos para a Juventude na TV Paulista Canal 5 (hoje Globo) em 1961 – Rádio Record , Rádio Tupi, Rádio Gazeta de S.Paulo, TV Excelsior Canal 9 Festival da Juventude – 1963 – TV Record, Teatro Record Rua da Consolação, Reino da Juventude – 1964, onde apresentava no auditório os grandes astros, entre os quais, The Clevers, The Jordans, The Flyers, The Jet Black`s,  Dick Danello, Sergio Reis, Rita Pavone, Os Vips,  Deny e Dino, Waldireni, Nilton Cesar, Marcos Roberto,  Antonio Marcos,  Dori Edson, Os Caçulas, Prini Lorez, Jean Carlo,  Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléa, Ary Sanches, Jerry Adriani, Leno e Lilian, The Golden Boys, etc… etc… etc .

Como havia recebido um convite do Hélio Ribeiro, criador da Radio Capital, para ingressar na nova emissora de S.Paulo e não pode aceitar porque estava de mudança para outra cidade, agora foi procurar o novo diretor dessa emissora de radio e falou com Francisco Paes de Barros. Iniciou nesta Rádio em 2005 com o programa Jovens Tardes de Domingo e permaneceu no ar uma vez por semana, durante 15 anos. Só deixou a emissora em virtude da pandemia, pois não era permitido em sua idade avançada, continuar realizando seu programa musical, que era ao vivo.

Daí para a frente passou a editar seu programa de casa, através do computador, e esta no ar pela Rádio Calhambeque (Google) aos domingos das 12h às 14h, com reprise aos sábados no mesmo horário.

Esta foi a trajetória de vida do radialista, jornalista e fotógrafo Antonio Aguillar, conhecido nos anos 60 como “O Timoneiro da Juventude Feliz e Sadia”!

*18/10/1929 / +11/02/2024

Joe Primo, de fundador de bandas como The Jet Black`s e Os Megatons, a artista ignorado pela mídia!

Primo Moreschi, nome artístico Joe Primo, foi um grande artista “ocultado” pela mídia e pelos amigos!

Este foi o depoimento que Primo me escreveu depois de ver um vídeo no Youtube, o qual eu li pra vocês:

“Lucinha bom dia. Tudo que foi dito nessa reportagem, fogem completamente dos documentos que você tem arquivados ” com certeza ” inclusive a afirmativa mentirosa de que eu fui expulso. Quando  que o certo seria regeitado pela banda que eu criei, logicamente com Bobby  de Carlo. A pecha de expulso. Caberia se eu tivesse infringido alguma lei ou coisa que o valha. Reportagem aquém do que está esperado. O tempo se incumbiu de mudar a história verdadeira. A qual eu e você, transcrevemos, a qual, você e portadora das controvérsias. Prometo que não irei me aprofundar mais em nada que ma traga lembranças desagradáveis. Risquei essa página de minha vida, a qual não me trouxe nenhum centavo de lucro. Fui vergonhosamente roubado dos meus direitos tanto de cantor, compositor, e  das bandas que criei gravei e etc, olha, que a mão grande das gravadoras, e editoras e outros aproveitadores de oportunidas, deitaram e rolaram com o que me era de direito. Abraço Lucinha. Não me queira mal.”

Paul McCartney no Maracanã, Rio de Janeiro, em 2023!

Paul McCartney Got Back Tour 2023
Uma pesquisa por Querqueto Bass.

Referências bibliográficas:
▪ Davies, Hunter. As letras dos Beatles: a história por trás das canções. São Paulo: Planeta; 2016.
▪ McCartney, Paul. As letras. Osasco: Belas-Letras; 2021.
▪ Norman, Philip. Paul McCartney: a biografia. São Paulo: Companhia das Letras; 2017.
▪ Turner, Steve. The Beatles: todas as músicas, todas as letras, todas as histórias. Rio de Janeiro: Sextante; 2016.
SETLIST

  1. Can’t buy me love
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: A hard day’s night (1964)
    Um rapaz desapegado de bens materiais, crente que o amor não pode ser comprado, oferece
    presentes a uma garota para conquistar o amor dela. Vai entender…
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  2. Junior’s farm
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    single lançado em outubro de 1974
    Inspirado em “Maggie’s farm”, sucesso do Bob Dylan, Paul descreve o alívio que ele encontrava
    na vida pacata em seu refúgio rural no sul da Escócia durante o turbulento processo de dissolução
    dos Beatles.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  3. Letting go
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    álbum: Venus and Mars (1975)
    Exaltação a Linda, primeira esposa de Paul, que abandonou a carreira como fotógrafa profissional
    para se dedicar a ser vocalista e tecladista do Wings desde que a banda foi formada.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  4. She’s a woman
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    single lançado em novembro de 1964
    Composta poucas semanas após terem experimentado maconha pela primeira vez, durante um
    encontro com Bob Dylan, que lhes forneceu a erva. O verso “Turn me on when I get lonely” é
    uma descrição sutil do hábito que Paul manteve durante décadas de fumar um baseado para
    relaxar.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  5. Got to get you into my life
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Revolver (1966)
    Uma ode confessada à maconha disfarçada de declaração amorosa. O verso “What can I be?” não
    é uma pergunta, mas sim uma exclamação elogiosa homófona “What cannabis!”
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  6. Come on to me
    carreira solo
    (Paul McCartney)
    álbum: Egypt Station (2018)
    Paul estava casado com Nancy, sua terceira e atual esposa, quando compôs esta canção sobre uma
    paquera em uma festa. Como o verso “You know we can’t be seen exchanging information”
    poderia causar algum constrangimento, Paul deixou claro que a letra descreve uma festa
    imaginária ocorrida na década de 1960.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  7. Let me roll it
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    álbum: Band on the run (1973)
    Um convite sexual que remete à origem mesma da expressão rock’n’roll. Encerra com o solo final
    de “Foxy Lady”, sucesso de Jimi Hendrix.
    Paul toca uma guitarra Gibson Les Paul.
  8. Getting better
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)
    John se declarando arrependido por não estar se comportando bem com sua primeira esposa e
    confessando sua tentativa de ser um marido melhor.
    Paul toca uma guitarra Gibson Les Paul.
  9. Let ‘em in
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    álbum: Wings at the Speed of Sound (1976)
    Vários amigos e parentes do Paul, alguns deles apresentados por meio de apelidos, batem na
    porta ou tocam a campainha, e o anfitrião pede que os deixem entrar.
    Paul toca um piano Yamaha.
  10. My valentine
    carreira solo
    (Paul McCartney)
    álbum: Kisses on the Bottom (2012)
    Dedicada a Nancy, com quem Paul havia se casado no ano anterior.
    Paul toca um piano Yamaha.
  11. Nineteen hundred and eighty-five
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    álbum: Band on the run (1973)
    A descrição de um relacionamento que sobreviverá à distopia prevista por George Orwell em seu
    célebre romance “1984”.
    Paul toca um piano Yamaha.
  12. Maybe I’m amazed
    carreira solo
    (Paul McCartney)
    álbum: McCartney I (1970)
    Um reconhecimento sincero a todo o apoio dado por Linda durante o período difícil atravessado
    durante a dissolução dos Beatles.
    Paul toca um piano Yamaha.
  13. I’ve just seen a face
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Help! (1965)
    Uma canção country sobre amor à primeira vista composta por Paul enquanto ele morava no
    porão da casa dos pais da sua então namorada, a atriz Jane Asher. Muito provavelmente, a musa
    inspiradora não foi Jane, com quem Paul namorava há dois anos, mas sim alguma garota que o
    beatle conheceu durante aquela sua fase mulherenga.
    Paul toca um violão Martin.
  14. In spite of all the danger
    The Quarrymen
    (Paul McCartney, George Harrison)
    álbum: Anthology 1 (1995)
    Primeira gravação, ainda amadora, de uma canção composta no ano de 1958 por Paul em uma
    parceria jamais repetida com George, inspirada em “Tryin’ to get to you”, sucesso de Elvis Presley.
    Os integrantes da banda que antecedeu os Beatles tiveram de fazer uma vaquinha para pagar os
    custos do registro fonográfico, e depois se revezavam semanalmente na posse do único disco
    produzido. A banda The Quarryman se dissolveu e o disco acabou esquecido por décadas.
    Quando foi re-encontrado na casa de um amigo do baterista do The Quarryman, Paul comprou
    o disco antes que fosse a leilão, o que possibilitou que a canção pudesse ser incluída no projeto
    Anthology. Na letra, um rapaz faz juras de amor eterno se a garota lhe for fiel, e alude à primeira
    experiência sexual de Paul, com uma babá que deveria estar tomando conta de um bebê em vez
    de estar iniciando o futuro beatle. O tal perigo mencionado seria a mãe do bebê voltar para casa
    e flagrar os dois.
    Paul toca um violão Martin.
  15. Love me do
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Please please me (1963)
    O primeiro single lançado comercialmente pelos Beatles. Destaque para a gaita tocada por John,
    inspirada em “Hey! Baby”, sucesso de Bruce Channel.
    Paul toca um violão Martin.
  16. Dance tonight
    carreira solo
    (Paul McCartney)
    álbum: Memory almost full (2007)
    Paul toca um mandolim.
  17. Blackbird
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: The Beatles (1968)
    O canto de um melro que interrompeu a meditação matinal que Paul estava praticando na Índia
    é usado como metáfora para uma garota negra atuante na luta contra a segregação racial nos
    EUA. Foi escrita poucas semanas após o assassinato do pastor Martin Luther King Jr.
    Paul toca sozinho um belíssimo dedilhado em um violão Martin que simula o gorjeio do pássaro
    e remete às suítes de Bach.
  18. Here today
    carreira solo
    (Paul McCartney)
    álbum: Tug of war (1982)
    Uma declaração de amor ao amigo John escrita pouco depois do seu assassinato.
    Paul toca um violão Martin.
  19. New
    carreira solo
    (Paul McCartney)
    álbum: New (2013)
    Paul toca um piano Yamaha.
  20. Lady Madona
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    single lançado em março de 1968
    A imagem materna de Nossa Senhora projetada nas mulheres da classe trabalhadora de Liverpool
    e de outras partes do mundo que enfrentavam dificuldades para criar seus filhos, uma nítida
    influência católica proveniente da origem irlandesa da família da mãe de Paul.
    Paul toca um piano Yamaha.
  21. Fuh you
    carreira solo
    (Paul McCartney, Ryan Tedder)
    álbum: Egypt Station (2018)
    Em vez de usar no título e na letra a preposição “for”, Paul preferiu a gíria “fuh”, de mesmo
    sentido, porém com pronúncia ambígua o suficiente para ser confundida com o verbo “fuck” e
    causar no ouvinte a impressão de que o refrão é a confissão de um desejo carnal.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  22. Jet
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    álbum: Band on the run (1973)
    Na época dos Beatles, Paul já havia dedicado uma música, “Martha my dear” à sua cadela da raça
    English sheepdog. Desta vez, o animal de estimação homenageado é um pônei.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  23. Being for the benefit of Mr. Kite!
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)
    A letra descreve a programação de um circo da era vitoriana exibida em um cartaz que John
    comprou em uma loja de antiguidades.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  24. Something
    The Beatles
    (George Harrison)
    álbum: Abbey Road (1969)
    A partir do título da canção “Something in the way she moves”, que James Taylor estava gravando
    no mesmo estúdio dos Beatles, George compôs esta magistral declaração de amor a Pattie, sua
    primeira esposa.
    Paul começa tocando sozinho um ukulele e depois, quando toda a banda entra na parte do solo
    de guitarra, ele assume um violão Martin.
  25. Ob-la-di, ob-la-da
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: The Beatles (1968)
    Expressão que, traduzida de um dialeto falado na Nigéria, significa o mesmo que o verso seguinte
    em inglês “Life goes on”. Conta sobre a vida de um casal formado por um feirante e uma cantora.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  26. You Never Give Me Your Money
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Abbey Road (1969)
    Brian Epstein, primeiro empresário dos Beatles, havia morrido dois anos antes. Ele sempre havia
    cuidado das finanças da banda e, na sua ausência, os negócios começavam a desandar.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  27. She came in through the bathroom window
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Abbey Road (1969)
    Baseada no fato real de uma fã que conseguiu entrar na casa do Paul através da janela do
    banheiro.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  28. Band on the run
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    álbum: Band on the run (1973)
    Um medley em três partes sobre o desejo de se libertar da sensação de aprisionamento causada
    pelo excesso de compromissos com o trabalho.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  29. Get back
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Let it be (1970)
    A ampliação do debate político contra a entrada de imigrantes no Reino Unido e a expulsão de
    paquistaneses recém-chegados à Inglaterra inspirou a canção, mas a referência ao Paquistão foi
    retirada para evitar más interpretações e o uso indesejado.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  30. Let it be
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Let it be (1970)
    Em meio às tensões que levariam ao término dos Beatles, Paul sonhou com sua mãe, a enfermeira
    Mary Patricia, que falecera de câncer de mama quando ele contava 14 anos de idade. No sonho,
    Mary lhe transmitia ensinamentos bíblicos que o estimulavam a ser otimista.
    Paul toca um piano Yamaha.
  31. Live and let die
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    álbum: Live and let die (1973)
    Composta para a trilha sonora do filme homônimo de James Bond.
    Paul toca um piano Yamaha.
  32. Hey Jude
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    single lançado em agosto de 1968
    Palavras de conforto usadas por Paul para consolar Julian, então com 5 anos de idade, sobre a
    recente separação de seus pais John e Cynthia.
    Paul toca um piano Yamaha.
    BIS
  33. I’ve got a feeling
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Let it be (1970)
    Dueto contrastante entre Paul, animado pelo início da vida matrimonial com Linda, e John,
    tentando encontrar motivos para ser otimista depois de um ano difícil marcado por problemas
    financeiros, uma prisão por porte de drogas e um aborto sofrido pela Yoko.
    Paul toca uma guitarra Gibson Les Paul.
  34. Birthday
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: The Beatles (1968)
    Um rock animado feito para ser cantado em aniversários.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  35. Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)
    Como resposta artística ao álbum “Pet sounds”, obra-prima dos Beach Boys, os Beatles criaram o
    conceito de uma apresentação de uma banda fictícia de nome estranho que funcionasse como
    alter ego do quarteto inglês.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  36. Helter Skelter
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: The Beatles (1968)
    A perigosa descida em alta velocidade de um escorregador sinuoso gigante de parque de
    diversões alude ao sexo selvagem com uma garota. O som pesado exigiu muito do baterista
    Ringo, que termina a música reclamando das bolhas que surgiram em suas mãos, e os vocais sujos
    de Paul despertaram a crueldade do famoso assassino Charles Manson.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  37. medley Golden slumbers ― Carry that weight ― The end
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Abbey Road (1969)
    Um medley de três canções tocadas em sequência, sem pausas entre elas, encerra o último lado
    do último disco dos Beatles e o show do Paul. A primeira é uma adaptação de uma antiga canção
    de ninar escrita por um dramaturgo inglês da era elisabetana, a segunda é um desabafo sobre o
    futuro após o fim da banda, e a terceira um curto floreio lírico shakespeariano antecedido por um
    duelo de guitarras e um sensacional solo de bateria.
    Paul toca um piano Yamaha nas duas primeiras músicas e uma guitarra Gibson Les Paul na
    última.

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John Lennon presente!

O Guitarrista de Rock José Provetti, o inesquecível Gato.

Joe Primo descobre Gato!

Trabalhando nos meios de comunicação, Primo Moreschi, apelidado Joe Primo, havia gravado duas músicas em 78 rotações, sendo “Você me Fez de Limão” de autoria de Américo de Campos e Teixeira Filho  e “Água de Cheiro”, de Aguiar Rodrigues e Joe Primo, e estando ele em todo e qualquer lugar onde, de uma forma ou de outra, seu disco fosse tocado, voltou à Rádio Nacional de São Paulo para participar de outro programa de lançamentos musicais, programa este intitulado “Ritmos Para a Juventude”, cujo apresentador chamava-se Antônio Aguilar.

Quando Joe Primo entrou nos estúdios, algumas fãs que se encontravam lá dentro e… “Reconheceram-me e, como sempre acontece quando elas vêm um artista, deram gritinhos característicos, abraçando-me e pedindo autógrafos, o que me deixou com mais moral perante o apresentador Antônio Aguilar, que até então ainda nem tinha ouvido falar no meu nome. Radialista e jornalista experiente que era, não perdeu a oportunidade dos gritinhos das fãs para reportar aos ouvintes de seu programa, que estava no ar, o porquê daquela euforia, dizendo: “Acaba de entrar nos nossos estúdios, ele… vocês estão ouvindo ao fundo o alvoroço das fãs… está um pouco difícil para ele conseguir chegar até aqui… vocês vão ouvi-lo e reconhecê-lo, porque ele mesmo vai se apresentar”.

Passou-me o microfone, e eu disse: “Quem vos fala é Joe Primo. É com muito prazer que estou aqui, para participar do programa do nosso amigo Antônio Aguilar, que gentilmente convidou-me para estar com vocês”.

O apresentador, mesmo sabendo que não havia me convidado, prosseguiu: “Gosto de fazer dessas surpresas para os nossos ouvintes, e é por essa razão que nossa audiência aumenta a cada dia”, ao que eu retruquei: “Aguilar, meu amigo, você tem que ampliar seu estúdio ou fazer seu programa diretamente do auditório da Rádio Nacional para dar chances a mais fãs poderem conviver com seus artistas”.

Ele prosseguiu o diálogo, dizendo: “Joe Primo, meu amigo, deixe estar que vou pensar seriamente nesse assunto”.

Após terminar o programa ele me disse: “Obrigado pelo improviso, bem como a sugestão que você deu com o programa no ar. Mas, quanto a ampliar o estúdio, impossível. Fazer o programa diretamente do auditório depende de muitos fatores. O primeiro é a verba de patrocínio, sem a qual nada se faz. O segundo: se o programa for no palco, as fãs vão querer ouvir seus cantores cantarem ao vivo, o que acarretaria a necessidade de um conjunto musical especializado em ritmos próprios da juventude para acompanhar os artistas. Sem contar que os artistas que cantam rock no momento são muito poucos. Mesmo assim, é quase certo que iriam querer ganhar algum cachê para participar. Enfim, não é fácil. Além do mais, eu ainda teria de ter poder de convencimento junto ao Abreu (diretor-geral da Rádio Nacional), para conseguir a liberação do auditório e levar avante essa empreitada. Sozinho, é quase impossível”.

Depois de ouvi-lo atentamente, disse-lhe: “Aguilar, se os problemas forem esses, eu tenho a solução para quase todos. Você não ouviu falar do meu conjunto de rock (disse-lhe o nome de um conjunto americano, famoso na época)? Pois esse grupo é meu. Você já ouviu falar de Bobby de Carlo? Pois ele, além de cantar solo, faz parte do meu conjunto”.

Aguilar, surpreso, disse: “Sim, mas, para fazer um programa diretamente do auditório, haja atrações capazes de preencher o tempo mínimo, que, acredito, deva ser de uma hora”. Respondi: “Deixa comigo. Eu e meu conjunto faremos pela manhã uns testes com alguns cantores e cantoras amadores, aos quais você fará uma chamada pelo seu programa. Os que forem aprovados serão escalados para participar, intercalando-se comigo, cantando, juntamente com o Bobby de Carlo, e meu conjunto tocando. Você verá que vai haver cantores profissionais que, ao perceberem o sucesso do programa no auditório, farão questão de participar sem sequer pensar em cachê”.

Sem pestanejar, dirigi-me para o bairro do Canindé, indo direto para a casa do Bobby De Carlo, que era amigo meu havia algum tempo. Lá chegando, contei-lhe a história, o diálogo, o combinado; ele tudo ouvia sem discordar de nada. Quebrando o silêncio, Bobby virou-se pra mim, categórico: “Primão” – olhando-me espantado – “você tá louco? Cara, como é que nós vamos tocar como conjunto se não só não temos músicos suficientes, como também não temos instrumentos e tempo hábil para consegui-los”? Eu disse: “Bobby, é o seguinte. Nós só temos que arrumar um contrabaixo e um baterista. Baterista, normalmente, costuma já ter sua bateria. Eu compro uma guitarra a prestação nas Casas Manon, da Rua 24 de Maio, e você reveza comigo na guitarra, ora solando, ora acompanhando! Uma hora eu canto e você me acompanha. Outra hora você canta e eu o acompanho. Nesse instante, Bobby me interrompeu, dizendo que se lembrou de ter conhecido um carinha que morava lá pelos lados de Santana e tocava mais ou menos violão. “Quem sabe, a gente dando algumas dicas de como era a batida da guitarra para acompanhar rock, ele aprendesse, uma vez que sabia tocar samba?” Já era meio caminho andado, portanto valeria a pena arriscar. Fomos. Bobby apresentou-me a ele, José Paulo.

Pronto e definido, só faltavam duas coisas: como fazer pra eu não passar por mentiroso, tendo em vista ter dito para o Antônio Aguilar que eu tinha um conjunto de rock com o nome de um conjunto americano, muito famoso na época, que nunca poderíamos usar, conhecidíssimo que era dos aficionados em rock no mundo todo. Chamei Bobby de lado e lhe disse: “Ajude-me a encontrar um nome em inglês que, ao ser pronunciado, confunda-se o máximo possível com o do conjunto americano”.

Depois de muito pensar, chegamos à conclusão de que o único nome plausível, que, ao ser pronunciado rapidamente, pudesse se confundir com o que eu havia dito para Aguilar seria The Vampire´s.

Resolvido o nome do conjunto de rock recém-formado.

Solucionado o problema, dirigi-me ao apresentador e o autorizei a anunciar quando quisesse o primeiro programa “Ritmos para a Juventude”, diretamente do palco do auditório da Rádio Nacional de São Paulo.

Nessa semana que antecedeu a estréia do programa, Aguilar, ao fazer as chamadas, dava tanto ênfase à atração, que o conjunto The Vampire´s antes de se apresentar em público já estava praticamente famoso.

No sábado, quando seria a estreia do programa, diretamente do palco e auditório da Rádio Nacional de São Paulo, que se situava na Rua Sebastião Pereira, no bairro Santa Cecília, às sete horas da manhã, eu, Bobby De Carlo, Zé Paulo, Jurandy e Carlão, componentes do conjunto de rock The Vampire’s, lá estávamos, arregaçando as mangas e agitando os preparativos junto com Antônio Aguilar, tentando organizar da melhor maneira possível tudo o que deveria acontecer no transcorrer das apresentações em cima do palco. Toda a direção artística musical, bem como algumas encenações em cima do palco para não deixar buracos entre uma apresentação e outra, estava ao meu cargo. Aguilar, a todo instante, vinha a um dos estúdios que improvisei para fazer testes e me perguntava: “E aí, Joe Primo? Você tá confiante? Você acha que nós vamos conseguir preencher o horário cedido pela direção? Será que vai ter um bom público no auditório?” Respondia: “Tenha calma, Aguilar. Ainda falta mais de uma hora para o início do programa. Assim que eu terminar os testes com esse pessoal todo, vou ver quem tem condição de cantar hoje e intercalar uns três ou quatro deles com o Bobby De Carlo cantando “Oh, Eliana”. Em seguida, você usa seu poder de persuasão e convencimento, aproveitando a deixa dos aplausos destinados ao Bobby De Carlo, para valorizar o novato que irá se apresentar em seguida. Mais uns três novos e você anuncia Joe Primo, e eu canto. Novamente, alguns novos cantam e você chama o Carlão. Em seguida, encerramos com The Vampire´s tocando e deixando os participantes dançarem em cima do palco, enquanto você vai agradecendo a juventude presente, prometendo uma nova atração no outro sábado. Aí, tchau e benção”. Combinado, respondeu Aguilar.
Continuando com os testes. A fila de quem queria cantar era enorme, e como o êxito desses testes estaria condicionado quase 50% ao sucesso do programa de auditório, eu tinha que ser rigoroso, pelo menos dessa primeira vez. Devido ao pouco tempo de que dispunha para fazer um teste e ao mesmo tempo ensaiar o número que o novato apresentaria, resolvi que os que fossem aprovados por mim dissessem apenas o nome da música que iriam cantar. No palco, improvisaríamos uma introdução, e o novato entraria cantando. Foi a única maneira conciliatória que encontrei e, diga-se de passagem, não poderia ter sido melhor.

Dentre os amadores que aprovei, havia um que até no teste contagiava a gente. Só cantava o repertório de Little Richard, com movimentos de pernas e corpo dignos de elogio, indo ao encontro, portanto, do gosto do público frequentador de shows de rock. O nome artístico escolhido por ele era Jet Black. Ficamos eufóricos com a desenvoltura do crioulinho nos testes.

O nome escolhido para o grupo foi The Vampires, uma referência ao conjunto The Ventures, maior sucesso na época.

Após alguns sábados de sucesso total do programa “Ritmos para a Juventude”, diretamente do auditório e palco da Rádio Nacional de São Paulo, durante os ensaios, antes de entrarmos no palco, havia um rapaz, que, sentado ao piano, de vez em quando, dava uns toques discretos para não atrapalhar nosso ensaio. Veio-me à cabeça: “Como o Bobby De Carlo volta e meia falta aos sábados, seria uma boa eu tentar falar com esse cara. Se ele topar tocar piano em nosso conjunto, vou matar dois coelhos com uma cajadada. Na maioria dos arranjos de rock, o piano é usado. E ele vai cobrir a falta do Bobby de Carlo”. Perguntei se ele tocava piano há muito tempo. Respondeu-me que somente arranhava um pouco. Convidei-o para tocar conosco, ele aceitou e me disse que tinha uma guitarra. Perguntei-lhe se também sabia tocá-la. Respondeu-me que sabia arranhar um pouco. Disse-lhe que, após o programa, entraríamos em mais detalhes. Por enquanto, se ele quisesse atacar de piano compondo o conjunto The Vampire’s, tinha meu consentimento. Perguntei-lhe o nome e o informei a Aguilar, para que anunciasse sua entrada como participante do conjunto. O apresentador se enrolou todo ao anunciar. Não sabia se era José Provetti ou se era Gato. Mas, usando seu jogo de cintura de disc-jóquei, consertou: “É lógico que eu estou falando do nome artístico de José Provetti, ou seja, Gato, esse novo integrante que entra para valorizar ainda mais The Vampire´s, conjunto famoso que essa juventude feliz e sadia já elegeu como o melhor grupo de rock”!

Agora, dá-lhe ensaiar músicas instrumentais para deixar o prestígio adquirido com o programa crescer ainda mais. Dito e feito. Logo na primeira apresentação que fizemos tendo o Gato como solista, foi um sucesso. Dentre todos os cantores que devíamos acompanhar se encontrava, como sempre, o novato Jet Black. Durante os ensaios, dada a intimidade que tínhamos, eu brinquei com ele, dizendo: “Jet Black, você, por ser pequeno, deveria se chamar “Little Black” e deixar que nós nos chamássemos Jet Black´s”, ao que ele imediatamente respondeu: “Positivo, eu gostei, eu topo.” Eu não havia falado sério, fiquei surpreso e, como não simpatizava muito com o nome The Vampire’s, consultei Gato, Zé Paulo e Jurandy sobre o assunto.

The Vampire’s passou a ser nome do passado e passamos a usar The Jet Black´s”.

(Do livro de Primo Moreschi, “O Protagonista Oculto dos Anos 60”.

E assim, no ano de 1961 o Gato passou a integrar o conjunto que agora se chamava The Jet Black`s!

Nesta reportagem falamos sobre a sua breve e talentosa carreira como guitarrista de Rock:

https://wordpress.com/posts/luciazanetti.wordpress.com?s=Jos%C3%A9+Provetti%2C+o+Ga

Em 1966 Roberto Carlos estava tendo problemas no seu programa, pois não tinha um conjunto certo para acompanha-lo, então resolveu formar o seu.

Faltava um guitarrista para completar a formação e ele convidou Gato, que já não estava mais no The Jet Black`s, para tocar com eles, formando assim o RC-4: Bruno, Dedé, Wanderley e ele, o Gato, integrando a formação do RC-3 e depois RC-7, acompanhando Roberto Carlos durante todo o período Jovem Guarda e até por algum tempo depois.

José Provetti nasceu em Valparaíso-SP em 7 de Janeiro de 1941.

Filho de Ricardo Provetti e Antonia Buonvonatti, lavradores. Em 1948, a familia Provetti mudou-se para São Paulo. Em 1951 formou dupla caipira com Zé Cascudo, esse tocando violão e Gato tocando viola. Estudou violão clássico com o prof. Salvador Viola no Largo do Paissandú.

O dia 24 de fevereiro de 1991 foi muito especial para o Rock brasileiro e seu meio musical, pois foi o último encontro de Gato com seus ex companheiros do conjunto The Jet Black`s…

The Jet Black`s – Serginho Canhoto, Zé Paulo, Jurandi e Gato saindo da Boate Salon em São Paulo – 1966

Depoimento do músico Zezinho Mulero sobre o guitarrista

“Eu vi Gato poucas vezes, inclusive a última vez que eu o vi, ele estava derrubado fazendo jogo de bicho, em uma Padaria na Rua Agostinho Gomes, no Ypiranga em São Paulo. Tentei puxar conversa, mas ele não queria falar nada sobre Jet Black`s e nem Jovem Guarda. Já estava em seus últimos dias… Se você o tivesse visto, não o reconheceria como o grande Gato”!

E Renato Barros teria feito 80 anos!

Renato Barros se estivesse vivo teria feito 80 anos em 27 de setembro de 2023!

Ele gostava de dizer que havia uma grande afinidade entre ele e o baterista Picolé, que chegou a gravar em algumas músicas da banda Renato e Seus Blue Caps, por terem nascido no mesmo dia, mês e ano.

Tanto que durante o tempo em que eu gravava com Renato Barros para a confecção de seu livro de memórias, lembro-me que em duas ocasiões ele fez questão de citar que havia uma coincidência entre ele e o baterista Picolé, o Mário Antonio Monteiro.

A primeira vez foi durante as considerações sobre o LP de 1970, ocasião em que Renato Barros disse:

“No disco de 1970 o baterista foi o Picolé, cujo nome era Mário Antonio Monteiro, por que o Toni estava saindo da banda na época da gravação”.

O Picolé foi um grande baterista e tem um detalhe, ele nasceu no mesmo dia, mês e ano que eu”.

“Realmente, pode ser que ele tenha tocado mesmo em outros discos também, agora eu acho que coincidiu com a saída do Toni, acho que foi nesse meio tempo quando gravamos o disco de 1970”.

A segunda vez foi quando ele explicava sobre os sons que colocou nas músicas Playboy e Se Você Soubesse: 

“Então ficou um som bem fininho, bem agudo, que tem muita gente que não sabe o que é aquilo, mas é um trompete alterado pra uma rotação bem maior. Esse som do trompete alterado entra na segunda parte da música quando diz – Olha “pim” como estou sofrendo “pim pimpim pim pim” – é difícil explicar…

“A primeira gravação ficou muito careta e eu me lembro de que a gente acabou de gravar e a gente foi almoçar e durante o almoço, conversando, a gente falou puxa esse som não tá legal, tá muito careta, vamos voltar lá e fazer de novo”.

“Aí voltamos lá no estúdio e gravamos o instrumental novamente, que é o que a gente chama de base.

E nós gravamos aquele instrumental bem agressivo mesmo pra época. A bateria também está diferente, está mais pra fora. 

….

“Outra curiosidade ainda nesta música é que o vocal teve participação especial de Paulo Cézar Barros e a gente convidou o Picolé, que era um baterista da nossa turma e amigo nosso, pra tocar a bateria.

O Picolé infelizmente já morreu há muito tempo, mas eu sempre me recordo que ele nasceu no mesmo dia que eu e também no mesmo ano. 

Picolé foi um grande baterista”.

Neste vídeo Renato fala da afinidade, citando a data do aniversário deles: 27 de setembro de 1943.

Do livro: Renato Barros Um Mito Uma Lenda (transcrição de áudios que permanecem no Youtube@Lucy Zanetti e na página Renato Barros O Homem da Música, no Facebook).