The Bells, um conjunto Pré-Jovem Guarda!

A História do conjunto The Bells (de cabeleira), contada em vídeos.

 

Nestes vídeos abaixo temos a história deste icônico conjunto dos anos 60, cujo baterista Ari era também o cantor e a canção que mais fez sucesso foi “Muro de Berlim”, uma composição de Roberto e Erasmo Carlos. 

 

Vídeo 1 – Entrevista com Ari, o baterista. 

 

 

Participação de Ari cantando e tocando bateria na banda Máquina do Som no programa Perdidos da Noite (arquivo da banda The Bells).

 

 

Foto que ilustra a entrevista ao Antonio Aguillar

 

Vídeo 2 – A História 

 

 Vídeo 3 – Entrevista com Nilo, o guitarrista. 

 

Gravando dois LPs e vários compactos na década de 1960, a banda se destacou por terem gravado uma música inédita de Roberto Carlos e Erasmo carlos, “Muro De Berlim”, entregue por Erasmo ao Ari que sugeriu o título.

Eles estão na letra da música “Festa de Arromba”, também de Erasmo e Roberto Carlos. 

 

Nessa rara entrevista, Nilo Antonio, um dos fundadores do grupo, vai contar essas e muitas outras histórias!

 

 

 

Reportagem com fotos:

 

 

 

A Importância de Antonio Aguillar na Carreira de Roberto Carlos.

Em 1959, Abelardo “Chacrinha” Barbosa apresentava um programa de música da velha guarda, de segunda a sexta-feira, às 18h pela Rádio Nacional de São Paulo, localizada na Rua Sebastião Pereira, 218.

Em 1959, Antonio Aguillar apresentava um programa de música jovem chamado “Ritmos para a Juventude”, de segunda a sexta-feira, às 17h, pela Rádio Nacional de São Paulo, localizada na Rua Sebastião Pereira, 218.

Os dois radialistas eram muito amigos e sempre estavam juntos, trocando ideias sobre música e sobre os cantores.
Antonio Aguillar foi inúmeras vezes ao Rio de Janeiro para participar dos programas de rádio e televisão do Chacrinha, onde o disc-jóquei da juventude levava sempre os artistas que lançava em disco em São Paulo.

Chacrinha sempre falava a Antonio Aguillar sobre Roberto Carlos, um cantor que cantava samba canção e bossa-nova com a voz pausada e baixa, bem ao estilo de João Gilberto; ele se apresentava na boate Plaza em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Em 1959 Roberto Carlos lançou o seu primeiro disco em 78rpm pela Polydor, com as músicas JOÃO E MARIA / FORA DO TOM, de autoria de Carlos Imperial e Roberto Carlos.

Em 1960 Antonio Aguillar foi ao Lord Palace Hotel , na Rua das Palmeiras, onde o Chacrinha se hospedava semanalmente para fazer os seus programas de rádio e televisão em São Paulo e no hall do hotel o velho guerreiro chamou um garoto tímido com um ar tristonho e o apresentou ao disc-jockei Antonio Aguillar, com a seguinte frase:

“Este é o cantor Roberto Carlos, que mora no Rio e vem morar em São Paulo. Ele gravou MALENA em um 78rpm e eu gostaria, Aguillar, que você divulgasse esse moço, que tem muito valor e futuramente será um grande sucesso. Ajude-o por mim em seus programas, que você não vai se arrepender”.

Antonio Aguillar, que fazia os seus programas de rádio e televisão com muita audiência em todo o Brasil, prometeu ao Chacrinha, que era seu amigo, fazer aquilo que podia para dar uma força na carreira do rapaz que acabara de ser apresentado.

Como Roberto Carlos ficou hospedado naquele hotel, Aguillar foi no dia seguinte conversar com ele para combinar como seriam feitas suas apresentações na televisão e também a divulgação do seu disco no rádio.

A música “Malena” não inspirava muito ao Aguillar, mas Roberto Carlos prometia gravar outras músicas voltadas mais para os jovens da época.

Roberto apresentou ao Aguillar a sua divulgadora em São Paulo, de nome Edy Silva, conhecida no meio por trabalhar nas emissoras coligadas, que tinham uma programação distribuída para as principais emissoras do País.

Através dela, Aguillar conheceu pessoalmente Othon Russo, que era o diretor de divulgação da CBS e que prometera fazer um trabalho intenso para projetar da melhor forma possível o cantor de Cachoeiro do Itapemirim.

Roberto Carlos entrou no esquema de Aguillar e sempre esteve nas programações musicais da rádio Nacional de São Paulo e semanalmente no Festival da Juventude da TV Excelsior Canal 9. Muitos cantores de sucesso eram apresentados nas programações de Aguillar, como Nilton Cesar, Agnaldo Rayol, Carlos Ganzaga, The Jordans, Ronnie Cord, Demetrius, Baby Santiago, Hamilton Di Giorgio, Tony Campello, Celly Campello, Gessi Soares de Lima, Maria Odete, The Jet Blacks, Leila Silva, Marta Mendonça, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Oslaim Galvão, Prini Lorez, The Clevers, Renê Dantas, Sergio Reis, George Freedman, Meire Pavão, Albert Pavão, Renato Guimarães, Sergio Murilo, Bobby de Carlo, Marcos Roberto, Dori Edson, Nilton Cesar, Carlos Ely, Sergio Reis, etc.

Claro que o sucesso chegou para Roberto com um Rock, a música Splish Splash, que ele gravou seguindo os conselhos de Carlos Imperial e Antonio Aguillar.

Neste vídeo a seguir, podemos ouvir algumas mensagens feitas por Roberto Carlos especialmente para Antonio Aguillar, que foram levadas ao ar em programas de Rádio comandados por Antonio Aguillar, mas nunca divulgadas antes de 2012 em outro veículo de comunicação.

As gravações me foram gentilmente enviadas pelo próprio Antonio Aguillar em 08 de dezembro de 2012 e eu coloquei no Youtube:

Roberto Carlos também enviava convites para Antonio Aguillar e sua família sempre que fazia shows em São Paulo, como aconteceu no dia 20 de setembro de 2018, quando conversaram e Roberto Carlos enviou mensagem para o programa de Aguillar na época, que era o JOVENS TARDES DE DOMINGO, levado ao ar pela Rádio Capital no dia 30 de setembro de 2018:

Em 1968, Roberto Carlos queria cantar na Igreja, e nesta época ele estava compondo músicas sacras e a primeira delas havia sido a hoje tão famosa “Jesus Cristo”.

Na época o Cardeal Arcebispo de São Paulo era Agnello Rossi e Roberto Carlos havia pedido para Antonio Aguillar que interferisse por ele junto ao cardeal, pois estava querendo se casar com Cleonice Rossi, uma mulher desquitada, mais velha que ele, com uma filha pequena, e se conquistasse o clero, talvez pudesse se casar na igreja.

Antonio Aguillar foi entrevistar Don Agnelo Rossi, levando o pedido de Roberto, o qual foi negado, ouçam:

Roberto Carlos queria cantar na Igreja.

A reportagem com fotos sobre o pedido de Roberto Carlos a Don Agnelo Rossi, intermediado por Antonio Aguillar:

Morre em São Paulo o Comunicador Antonio Aguillar, aos 94 anos!

Neste domingo que passou, 11 de fevereiro de 2024, internado desde a sexta-feira, 09 de fevereiro, por problemas respiratórios e cardíacos, Antonio Aguillar veio a falecer aos 94 anos de idade.

Como me informou sua esposa Célia Aguillar, na semana anterior Aguillar havia sido diagnosticado com pneumonia, tratou porém não houve resultado, e sentindo muita falta de ar, ele foi internado e não resistiu…

Antonio Aguillar ainda trabalhava em Rádio, tinha um programa aos sábados e domingos pela Rádio Calhambeque e estava lúcido e ativo, sempre pronto a dar entrevistas e falar sobre os muitos artistas que ajudou ao longo de sua existência…

Foi no final dos anos 50, quando inaugurava-se a Rádio Eldorado AM na sede do Estadão, Rua Major Quedinho, 28 em São Paulo, que o ainda fotógrafo Antonio Aguillar foi escalado para fotografar esse grande evento. Desde então apaixonou-se pelo rádio, do qual era fã em sua cidade natal, e no decorrer do tempo, fez na rádio Eldorado um teste de locutor e foi considerado fora dos padrões da emissora, mas não desistiu da ideia.  Aguillar ficou sabendo que seu colega Hélio Damante, colunista religioso do Estadão, havia recusado um convite do clero para dirigir o departamento de jornalismo da Radio 9 de Julho, localizada na Rua Wenceslau Braz, 79. Hélio deu a Aguillar uma carta de apresentação ao Cônego Olavo Braga Scardigno, Diretor Artístico da emissora pertencente ao clero, onde iniciou redigindo boletins informativos para o Jornalista Joelmir Betting ler no ar de hora em hora.

Alguns meses depois foi indicado para comandar o programa Calouros 9 de Julho, onde se tornou conhecido popularmente.

Paulo Rogério, radialista da organização Victor Costa (1960), contratou Aguillar para locução comercial na Radio Excelsior.

Naquele tempo as emissoras de rádio tinham auditórios para programas ao vivo, com a presença de público.

Pedro Geraldo Costa comandava ao lado da Professora Zita Martins o programa infantil “Clube dos Garotos” e quando se aposentou, Antonio Aguillar foi convidado para assumir o comando desse programa de auditório, com inovações que deram certo.

Com o falecimento do comunicador Jayme Moreira Filho, comandante do programa de calouros intitulado “Aí Vem o Pato”, com produção de Luciano Calegari, Antonio Aguillar assumiu o tradicional programa, criando diplomas para os melhores calouros e nessa inovação ganhou prestígio do Diretor Artístico Francisco Abreu. Mais uma oportunidade após a saída de Moreira Jr., que comandava o programa diário “Ritmos para a Juventude”. Era uma programação de rock n’ roll e tinha muita audiência, principalmente entre os jovens da época.

Ao assumir o comando do programa Aguillar divulgava os discos de Carlos Gonzaga, Tony Campello, Celly Campello, The Jordans, Elvis Presley, Chuck Berry, Paul Anka, Neil Sedaka, Brenda Lee, etc.  A presença dos jovens durante o programa era enorme e dai surgiu a ideia de se fazer ao vivo aos sábados, no auditório localizado na Rua Sebastião Pereira, 219, onde hoje se localiza o Minhocão (Viaduto Jango Goulart).

Os finais de semana se tornaram uma loucura durante a apresentação do programa Ritmos para a Juventude, ao vivo das 15h às 17h, mas agora faltava criar grupos musicais que tocassem rock. 

Naquela época tinha o Atílio e seu Regional, mas não tocava rock. Ai então Antonio Aguillar convidou Joe Primo, nome artístico Joe Primo, que chamou Bobby De Carlo e assim criaram um grupo musical especializado. Nasceu ali o conjunto The Vampires, que acompanhava os artistas que iam cantar ao vivo.

Era uma euforia e tinha audiência total. Às vezes necessitava ter a interferência do Juizado de Menores, devido às reclamações dos pais preocupados com suas filhas. O guitarrista José Provetti, nome artístico Gato, entrou para a banda quando o nome já havia sido mudado para The Jet Blacks. Gravaram e foram contratados pela Boate Lancaster, localizada na Rua Augusta em São Paulo.

Aguillar então se viu obrigado a criar um novo grupo porque essa banda viajava muito para shows e não podia tocar na programação da emissora.

Mingo e Neno tocavam nos Jordans, deixaram a banda e procuraram o Aguillar na Rádio Nacional de SPaulo, hoje Globo, e pediram uma oportunidade ao disck jockey Antonio Aguillar que fosse criada uma nova banda.

Aguillar combinou com os rapazes, que para não perder o grupo, criaria The Clevers com a sua patente. Aceita a proposta, Neno apresentou Luiz Franco Thomaz, da cidade de Itariri, e como ele tinha ganhado uma bateria nova do avô, Aguillar lhe deu o nome artístico de NETINHO.

Waldemar Mozena era guitarrista de uma orquestra do interior e foi apresentado para integrar a nova banda. Como ele sorria por qualquer coisa, Aguillar deu-lhe o nome artístico de RISONHO.

A nova banda formada pelo Aguillar tinha como integrantes Risonho – guitarra, Mingo – guitarra base e vocalista, Neno – contrabaixo, Netinho – bateria e Manito – Saxofonista. Essa banda gravou na Continental a música El Relicario e foi o maior sucesso em todo o Brasil.

Quando Aguillar deixou a TV Excelsior, programa Festival da Juventude, para ingressar na TV Record – Teatro Record em 1964, os Clevers acompanharam a cantora Rita Pavone, que esteve no programa Reino da Juventude para receber uma guitarra especial de presente. Ela cantou com o acompanhamento dos Clevers e se encantou com o grupo. Num entendimento com o Aguillar, ela aceitou fazer uma jogada de marketing, que seria informar na imprensa que ela era a namorada do Netinho.  Foi assim que The Clevers acabou indo numa turnê para a Itália para acompanhar a italianinha e acabaram se entusiasmando muito por lá. Pela imaturidade dos garotos, eles acabaram rompendo relações comerciais com Aguillar, que acabou criando The Flyers, um novo grupo musical composto por grandes profissionais.

Na época, o Chacrinha (Abelardo Barbosa), que era velho amigo de Aguillar, pediu que ele desse uma oportunidade ao desconhecido Roberto Carlos, que tinha sido lançado pelo Carlos Imperial no Rio de Janeiro cantando Bossa Nova. Aguillar recebeu Roberto Carlos em São Paulo e ajudou muito divulgando o artista em seus programas de radio e televisão, além do noticiário nas revistas especializadas.

Aguillar deixou a Record e Roberto foi convidado para criar o programa JOVEM GUARDA, e todos os músicos e cantores que passaram pelos programas do Aguillar, fizeram o programa de Roberto Carlos, que ao lado do Erasmo Carlos e Wanderléa, comandaram esse grande movimento musical que perdura até hoje.

Antonio Aguillar aposentou-se em 1981 e se mudou com a família (esposa Celia, filhas Débora e Gabriela), para São José do Rio Preto, onde passou por varias emissoras de rádio da cidade.

Em São José do Rio Preto nasceu seu filho Douglas Aguillar e depois de 12 anos mudou-se para Santos, fazendo programas de rádio em várias emissoras.

Trabalhou na Rádio Independência AM, Rádio Onda Nova FM e Radio Centro América a qual ajudou fundar e nela fazia os programas sertanejos pela manhã e aos domingos, Reino da Garotada ao vivo, direto de uma churrascaria, onde reunia mais de 500 crianças que desfrutavam no pátio ao vivo das atrações com palhaços, artistas e prêmios.

Em 1995 Aguillar e sua família resolveram mudar para Santos.

Aguillar, trabalhou na Rádio Tribuna AM, Radio Club quando era propriedade do Pelé e chegou a produzir um programa na Rádio Cultura AM, para o famoso Lombardi do SBT.

Em 2005 resolveu retornar a São Paulo, residindo na Rua Carlos Sampaio, antigo endereço e no mesmo apartamento 41.

Trabalhou durante15 anos na Rádio Capital AM. Com a pandemia do Corona Vírus em 2020, teve que se ausentar da Radio Capital e atualmente está na Rádio Calhambeque, uma emissora da internet, no horário de 12h às 14h, com o programa Jovens Tardes de Domingo, com reprise aos sábados das 12h às 14h.  Para sintonizar a Rádio Calhambeque: www.radiocalhambeque.com  .

Quando estava com 92 anos de idade, Aguillar ficou limitado ao seu trabalho radiofônico, mas continua fazendo suas edições para Johnny Lopes, responsável pela rádio Calhambeque. Com um glaucoma infernal, enxerga apenas com 80% da vista esquerda. A vista do lado direito apagou, embora continue com o tratamento de colírios indicados pelos médicos (Maleato Timolol 0,5% e Tartarato de Brimonidina 0,2%); Aguillar teve um câncer de próstata e há mais de 15 anos passou por uma cirurgia radical, para não deixar a doença progredir. Fez também há mais de 10 anos uma cirurgia do fêmur na perna esquerda, com a colocação de um titânio.  Aguillar usa aparelhos auditivos, e continua trabalhando em sua casa nas edições de seus programas históricos (Ritmos para a Juventude – Radio Nacional de São Paulo – hoje Globo, Ritmos para a Juventude na TV Paulista Canal 5 (hoje Globo) em 1961 – Rádio Record , Rádio Tupi, Rádio Gazeta de S.Paulo, TV Excelsior Canal 9 Festival da Juventude – 1963 – TV Record, Teatro Record Rua da Consolação, Reino da Juventude – 1964, onde apresentava no auditório os grandes astros, entre os quais, The Clevers, The Jordans, The Flyers, The Jet Black`s,  Dick Danello, Sergio Reis, Rita Pavone, Os Vips,  Deny e Dino, Waldireni, Nilton Cesar, Marcos Roberto,  Antonio Marcos,  Dori Edson, Os Caçulas, Prini Lorez, Jean Carlo,  Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléa, Ary Sanches, Jerry Adriani, Leno e Lilian, The Golden Boys, etc… etc… etc .

Como havia recebido um convite do Hélio Ribeiro, criador da Radio Capital, para ingressar na nova emissora de S.Paulo e não pode aceitar porque estava de mudança para outra cidade, agora foi procurar o novo diretor dessa emissora de radio e falou com Francisco Paes de Barros. Iniciou nesta Rádio em 2005 com o programa Jovens Tardes de Domingo e permaneceu no ar uma vez por semana, durante 15 anos. Só deixou a emissora em virtude da pandemia, pois não era permitido em sua idade avançada, continuar realizando seu programa musical, que era ao vivo.

Daí para a frente passou a editar seu programa de casa, através do computador, e esta no ar pela Rádio Calhambeque (Google) aos domingos das 12h às 14h, com reprise aos sábados no mesmo horário.

Esta foi a trajetória de vida do radialista, jornalista e fotógrafo Antonio Aguillar, conhecido nos anos 60 como “O Timoneiro da Juventude Feliz e Sadia”!

*18/10/1929 / +11/02/2024

Morreu na Itália o pioneiro do Rock no Brasil, Carlos Gonzaga.

Em 25 de agosto de 2023, saiu de cena aos 99 anos o cantor popular que ficou conhecido por músicas como Diana, Oh Carol, Bat Masterson e Cavaleiros do Céu.

José Gonzaga Ferreira, seu verdadeiro nome, nasceu em Paraisópolis (MG) em 1924.

Homem simples, começou cedo a trabalhar carregando malas na estação de trem.

Depois de passar por várias cidades se fixou em SP no final dos anos 1940. Trabalhava no conserto de móveis, mas desejava cantar.

Então participou pela primeira vez de um programa de calouros em uma Rádio.

Ganhou vários concursos, com sua afinação e voz potente. Foi contratado e virou cantor fixo da Rádio Tupi de São Paulo.

Daí vieram as primeiras gravações.

Carlos Gonzaga estourou em meio a onda da Jovem Guarda, nos anos sessenta, e se apresentou em todos os estados.

E seguiu pela vida, cantando ao vivo e sem escolher palcos. Gravou vários discos e se manteve ativo por mais de 60 anos.

Nos últimos tempos morava na Itália com a família. A morte foi de causas naturais…

10.02.1924
25.08.2023

Texto: Jornalista Cláudio Teran

Carlos Gonzaga no início de carreira

O corpo do cantor Carlos Gonzaga será sepultado nesta Segunda-feira, 28 de Agosto de 2023, às 10h00 da manhã no horário local (5h da manhã no horário de Brasília), no Cemitério Monumental da cidade de Velletri (RM) na Itália, conforme informação da família do cantor.

Morre em São Bernardo do Campo o músico e cantor Dave Maclean.

Morreu hoje, 17-06-2023, o músico José Carlos Gonzalez, mais conhecido pelo pseudônimo de DAVE MACLEAN, nascido em 29 de setembro de 1944.

Dave Maclean

Ele tratava um câncer há algum tempo e hoje, dia 17 de junho de 2023, veio a falecer.

Em 1964/65 José Carlos Gonzalez teve um conjunto chamado The Snakes, formado por Nelsinho, Miltinho, Alaor, Evandes e ele, Dave Maclean.
O conjunto era na cidade de São Caetano do Sul-SP, e na época ele ainda usava o apelido de Carlão.
Em 1969, ainda no ABC, na Grande São Paulo, quando foram gravar o primeiro disco, foram proibidos pela gravadora de usar o nome The Snakes, por causa de um homônimo que havia no Rio de Janeiro, onde Erasmo Carlos fazia parte, e o conjunto então mudou o nome para “Os Botões”, que posteriormente passou a se chamar “The Buttons”.

No início de carreira Dave participava de programas de música jovem, era assíduo frequentador dos programas de Antonio Aguillar, o chamado Ritmos para a Juventude, porém não chegou a participar no Jovem Guarda.

Ele também frequentava a velha Rádio Cacique de São Caetano do Sul, programa de Antenor Zanardi, no início dos anos 60, juntamente com outros amigos músicos como Zezinho Mulero (The Jet Reds), Jerry Adriani, Guilherme Dotta (The Jet Black`s), Evandes (The Snakes), entre outros.

Seu amigo Zezinho Mulero conta com saudade esta história…

Foto: Dave Maclean, com os amigos músicos Roberto Fontanezi, Silvio Brito e Zezinho Mulero, no Carioca Clube.

“NÓS NOS CONHECEMOS NA VELHA RÁDIO CACIQUE DE SÃO CAETANO, FREQUENTANDO O PROGRAMA DE ANTENOR ZANARDI NO INICIO DOS ANOS 60, JUNTAMENTE COM JERRY ADRIANI, GUILHERME DOTTA ((( THE JET BLACK.S ))), EU, ZEZINHO MULERO E .EVANDES ((( THE SNAKES ))).
FOI AÍ QUE O (((VIRUS))) DO ROCK N ROLL NOS ATACOU, OUVINDO AS REVERBERAÇÕES SONORAS DO CONJUNTO DO GUILHERME DOTTA ((( THE DRIVING GUITARS ))) E COM A ENTRADA DO JERRY, A POSTERIORI, PASSOU A SE CHAMAR ((( OS REBELDES ))).
NÓS TODOS ÉRAMOS RAPAZES SONHADORES, SEM GRANA E CHEIOS DE ACNES NO ROSTO E MUITA ((( GLOSTORA ))) NOS CABELOS, VIEMOS E FIZEMOS O ROCK N ROLL NASCER EM SÃO CAETANO!

EU COM MEU CONJUNTO ((( THE JET REDS ))) NOS APRESENTAMOS NO PROGRAMA REINO DA JUVENTUDE DO AGUILLAR JUNTAMENTE COM ((( OS VERSATEIS ))) ((( VANDERLEY CARDOSO ))) ((( ADEMAR DUTRA ))) ((( TONY DILSOM ))) ((( BOB FONTANA ))) ((( THE BLACK STONES))).

DEPOIS COM MEU CONJUNTO ((( THE JET REDS ))), E CARLÃO ((( DAVE MCLEAN ))) E EVANDES COM O ((( THE SNAKES ))) E DEUS NOS BRINDOU COM A PRIMEIRA APRESENTAÇÃO DE ROBERTO CARLOS NO A.B.C NO DIA 28 DE JULHO DE 1965, ANIVERSÁRIO DA CIDADE, COM UM GRANDE SHOW PATROCINADO PELA RÁDIO CACIQUE JUNTAMENTE COM GRANDES ASTROS DA MÚSICA NA ÉPOCA, COMO CARLOS GONZAGA, PAULO MOLEM, WILSON MIRANDA, BABY SANTIAGO, BIANCA, BELINE E MUITOS ARTISTAS DA REGIÃO, SHOW ESSE APRESENTADO PELOS SAUDOSOS AMIGOS LOCUTORES DA CACIQUE NA ÉPOCA, QUE ERAM ((( OSVALDO ROBLES ))) E ((( ZILA GONZAGA ))).

FOI O MAXIMO PARA A GENTE E PERPETUAMOS A AMIZADE COM O GRANDE JERRY ADRIANI ATE O FIM DE SEUS DIAS. ELE QUANDO VINHA A SÃO CAETANO, NO ESCRITÓRIO DO EMPRESARIO ROSSET, ME LIGAVA PARA TOMARMOS UM CAFÉ JUNTOS E RELEMBRARMOS TAMBEM TODA A HISTÓRIA DE NOSSA JUVENTUDE…” (Por Zezinho Mulero)

Conforme informações nas Redes Sociais, o Velório aberto ao público aconteceu hoje, 17-06-2023, das 14h às 17h, no Cemitério da Vila Euclides, localizado na Rua Santa Adelaide, 130, em São Bernardo do Campo – SP.
O Velório e Funeral para a família e amigos será no dia 18-06-2023, no Cemitério Municipal de Cosmópolis-SP, localizado na Rua Aracy Silva, 243 – Cosmópolis – SP.

Foto:The Snakes, com Dave Maclean ao centro, ainda com o apelido de Carlão. (1964/65).

Dave Maclean e Dalvan no programa Jovem Guarda Sertaneja em 1995

Os maiores sucessos de Dave Maclean

Esta é a minha homenagem a este grande cantor e músico que nos deixou hoje depois de perder sua incansável luta contra um câncer.

Que ele agora possa descansar em Paz!

Homenagem de Sérgio Baldassarini em seu canal do Youtube a este grande artista que foi Dave MaClean:

Morre George Freedman, músico, cantor e compositor, pioneiro do Rock no Brasil.

Mais uma estrela que se apaga, pra brilhar em outra dimensão!
Hoje, 09 de junho de 2023, perdemos George Freedman!

George sofreu uma queda em sua residência, foi levado ao hospital, porém sofreu parada cardíaca e não voltou mais… como me informou sua neta Vitória…
Quanta tristeza! Quanto sofrimento e quantos dribles George deu à senhora morte, depois de sofrer seis AVCs, duas cirurgias no intestino para se tratar de um câncer, e hoje… ele cansou de lutar pela vida!
Que DEUS, todo poderoso, lhe dê o descanso eterno!

George Freedman é o nome artístico do alemão Jorg Detlef Friedemann, nascido em Berlim, Alemanha, no dia 07 de agosto de 1940.foi cantor, compositor e músico e esteve em atividade no período de 1958 a 1972.

Cantor, compositor e músico em atividade no período de 1958 a 1972 é filho de pais alemães, e ainda pequeno veio com a família para o Brasil.

Iniciou a carreira no final da década de 1950 cantando rocks, na sua maioria versões de hits estrangeiros.

Em 1959 gravou na Califórnia seu primeiro disco interpretando de sua autoria o rock balada “Leninha” e de Steve Rowlands, em versão de Fred Jorge, o rock calipso “Hey, little baby”. Nessa época fez apresentações constantes na TV Tupi de São Paulo. Já em 1960 obteve seu primeiro sucesso, quando a Jovem Guarda ainda nem existia! O primeiro sucesso (1960), “Olhos cor do céu”, gravado na Polydor, lhe abriu o caminho para o meio artístico. Em seguida, obteve destaque no Sul e Sudeste do Brasil com a gravação “Volta”, em versão de sua autoria e Kleber Afonso. Teve outras diversas gravações de sucesso na época, porém o mercado era diferente. Às vezes o sucesso ficava em algumas cidades do sul, outras vezes no sudeste e centro-oeste e, raras vezes, no nordeste, onde a distribuição e divulgação eram mais difíceis. Um episódio triste aconteceu ao nosso querido George quando ele excursionava pelo Nordeste, mas isto ele vai contar em seu livro… aguardem para saber os detalhes! Na Jovem Guarda, George obteve seu primeiro sucesso nacional, graças à moderna distribuição e divulgação, aliadas às constantes aparições televisivas.

Em 1961 gravou pela Continental os rocks “Advinhão” e “Inveja”, de Baby Santiago. No ano de 1962 lançou compacto duplo com “O jato”, “Canção do casamento”, “Good luck charm” e “Um beijinho só”. No mesmo ano lançou “Multiplication”, seu primeiro LP. Apresentou-se na TV Paulista no programa “Ritmos da juventude” e na mesma época apresentava-se com regularidade acompanhado do conjunto The Rebels na boate Lancaster na Rua Augusta, em São Paulo. Em 1966 gravou “Um grande amor”, e em 1967, seu maior sucesso, “Coisinha Estúpida”, que lhe rendeu o prêmio “Chico Viola”!

Em 1968 lançou “Quando me enamoro” e “Eu te amo”, versão composta para a canção dos Beatles, “And I Love Her”. Em 1970, chegou a fazer dupla com Waldirene, lançando pela RCA Victor um compacto simples com as músicas “Nosso amor” e “Você e eu”, além de “Eu te amo, Tu me Amas”, todas de grande sucesso.

DISCOGRAFIA

De 1959 a 1972

George Freedman (com Conjunto)- 78 rpm California TC 1.050, Outubro de 1959 01 – Hey Little Baby (You’re The One For Me) (Steve Rowlands, versão Fred Jorge) 02 – Leninha (George Freedman)

George Freedman (com Erlon Chaves, sua orquestra e coro)- 78 rpm Polydor 353, Junho de 1960 01 – O Tempo e o Mar (George Freedman- Cleber Afonso) 02 – Olhos Cor do Céu (Pretty Blue Eyes) (Randazzo-Weinstein, versão Fred Jorge)

George Freedman – 78 rpm Polydor 357, Agosto de 1960 01 – Volta (Footsteps) (B. Mann-H. Hurmer) (versão Cleber Afonso-George Freedman) 02 – Só Nós Dois (The Hight Is So Lonely) (G. Vincent – C. Simons) (versão Sérgio Galvão – Garcia Neto)

George Freedman – 78 rpm Polydor 359, Outubro de 1960 01 – Tinha Que Ser 02 – O Céu do Teu Olhar (The Lovin’ Touch)

George Freedman (com Severino Filho, orquestra e coral)- 78 rpm Continental 17.880, Abril de 1961 01 – Alguém Igual A Você (Sid Tepper-Ray C. Bennet, versão Carlos Imperial) 02 – Inspiração (Paul Kaufman-Mike Anthony, versão Fred Jorge)

George Freedman (com Conjunto)- 78 rpm Continental 18.001, Outubro de 1961 Compacto – Continental 33.219 01 – Adivinhão (Baby Santiago) 02 – Inveja (Baby Santiago)

George Freedman (com Conjunto RGE)- 78 rpm RGE 10440, Julho de 1962 Arranjos e direção do Maestro Rubens Perez (Pocho) 01 – Um Beijinho Só (L. Adams-C. Strouse, versão Roberto Corte Real) 02 – Canção do Casamento (King-Hoffran-Manning, versão Fred Jorge)

Coletânea LP DA JUVENTUDE PARA JUVENTUDE RGE XRLP-5.170, Agosto de 1962 Arranjos e Regência: Maestro Ruben Perez (Pocho) 02 – O Jato (The Jet) (Kal Mann versão Juvenal Fernandes) 05 – Canção do Casamento (Hawaiian Wedding Song) (King – Hoffman – Manning versão Fred Jorge) 07 – Good Luck Charm (Schroeder-Gold) 11 – Um Beijinho Só (One Last Kiss) (Adams-Strouse versão Roberta Corte Real)

George Freedman – EP GEORGE FREEDMAN EM COMPACTO RGE CD 80.115, Setembro de 1962 01 – O Jato 02 – Canção do Casamento 03 – Good Luck Charm 04 – Um Beijinho Só

George Freedman (com Orquestra e Coro RGE)- 78 rpm RGE 10.473, Novembro de 1962 Arranjos e Supervisão Musical: Maestro Ruben Perez (Pocho) 01 – O Madison (Le Grand M) (Backer-Victor-Schmitt versão Sérgio Galvão) 02 – O Jato (The Jet) (Kal Mann versão Juvenal Fernandes)

Coletânea EP 4 SUCESSOS DE OURO, Vol.2 RGE CD-80.126, Novembro de 1962 02 – Multiplication (Bobby Darin) George Freedman (com Orquestra e Coro RGE)

LP MULTIPLICATION RGE XRLP 5.176, Dezembro de 1962 Arranjos e Regência: Maestro Ruben Perez (Pocho) 01 – Multiplication (Bobby Darin) 02 – Não Brinque Sally (Don’t Dilly Dally Sally) (Bower-Shuman versão Fred Jorge) 03 – Good Luck Charm (Aaron Schroeder-Wally Gold) 04 – O Meu Anjo (Walkin’ With My Angel) (King-Goffin versão Fred Jorge) 05 – Jambalaya (Hank Williams) 06 – O Jato (The Jet) (Kal Mann versão Juvenal Fernandes) 07 – Meu Carrinho (Cosy Little Compact Car) (Alfred-Krondas versão Fred Jorge) 08 – Um Beijinho Só (One Last Kiss) (L.Adams-C.Strous versão Roberto Corte Real) 09 – Lurdinha (Baby Santiago-Nat Santos) 10 – Town Without Pity (Dimitri Tiomkin-Ned Washington) 11 – Canção do Casamento (Hawaiian Wedding Song) (King – Hoffman – Manning versão Fred Jorge) 12 – When The Saints Come Twistin’in (G.Weil)

George Freedman (com Orquestra RGE)- 78 rpm RGE 10.512, Agosto de 1963 Arranjos e Regência: Maestro Ruben Perez (Pocho) 01 – Eu O Seguirei (I Will Follow Him) (Stole-Roma-Hatch versão Fred Jorge) 02 – Não Brinque Sally (Don’t Dilly Dally Sally) (Bower-Shuman versão Fred Jorge)

George Freedman – EP COISINHA ESTÚPIDA RCA LCD-1178, Outubro de 1966 01 – Coisinha Estúpida (Something Stupid) (Carson Parks versão Gileno) 02 – Um Grande Amor (Carlos Imperial-Luís Wanderley) 03 – Tudo Que Eu Sinto Por Você (G.Freedman-O.Navarro) 04 – Nossa Infância (George Freedman)

Coletânea LP 14 SUCESSOS DA JUVENTUDE RCA BBL-1411, Agosto de 1967 01 – Coisinha Estúpida (Something Stupid) (Carson Parks versão Gileno)

George Freedman Compacto RCA LC-6363, Setembro de 1967 01 – Uma Dúzia de Rosas (Carlos Imperial) 02 – Meu Tipo de Garota (Nelson Ned) George Freedman

LP GEORGE FREEDMAN RCA BBL-1420, Outubro de 1967 01 – Beijinho Doce (Nhô Pai) 02 – O Autógrafo (George Freedman) 03 – Vá Embora (George Freedman) 04 – O Que Houve Com Você (Eliane Barroso-Nelson Ned) 05 – O Souvenir (Mardot-Faure) 06 – Cisne Branco (Espírito Santo) 07 – Uma Dúzia de Rosas (Carlos Imperial) 08 – Ouça (José Pereira-Adilson Silva) 09 – Meu Tipo de Garota (Nelson Ned) 10 – Coisinha Estúpida (Something Stupid) (Carson Parks versão Gileno) 11 – Trevo de Quatro Folhas (Woods-Dixon versão Nilo Sérgio) 12 – Tudo O Que Sinto Por Você (George Freedman)

Coletânea LP CARNAVAL JOVEM RCA BBL-1424, Dezembro de 1967 03 – A Jardineira (B.Lacerda-H.Porto) Levanta o Copo (George Freedman)

Coletânea LP 16 EXPLOSIVOS RCA BBL-1428, Dezembro de 1967 07 – Uma Dúzia de Rosas (Carlos Imperial)

George Freedman Compacto RCA LC-6399, Março de 1968 01 – Quando Me Enamoro (Pace-Panzeri-Livragni versão Nazareno de Brito) 02 – Eu Te Amo (And I Love Her) (Lennon-McCartney versão George Freedman)

George Freedman & Waldirene Compacto RCA LC-6609, Março de 1970 01 – Eu Te Amo, Tu Me Amas (Avogrado-Chelon, versão Miguel Vaccaro Neto) 02 – Quem Espera Sempre Alcança (Cezar-Antônio Queiroz) Waldirene & George Freedman

Compacto 1969 – RCA Victor – Compacto simples com as músicas 01 – Correio Sentimental (George Freedman & Clovis Savalla) 01 – Menti pra você´(George Freedman & Clovis Savalla)

RCA LC-6654, Novembro de 1970 01 – Você e Eu (Wilson Miranda-George Freedman) 02 – O Nosso Amor (Lamberti-Cappelletti versão de George Freedman)

George Freedman – Compacto RCA LC-6687, Abril de 1971 01 – Mater Seculorum (George Freedman) 02 – Agora Que Te Encontrei (George Freedman-Maxilene)

George Freedman – Compacto – RCA 101.0105, Agosto de 1972 01 – Canto em Blue (Song Sung Blue)- (Neil Diamond versão Nazareno de Brito) 02 – O Chinelinho (Osmar Navarro).

Em 2012 criamos seu canal no Youtube, onde sua composição “Século XXI” foi apresentada pela primeira vez.

https://www.youtube.com/@FreedmanGeorge

Ao longo desta década, fiz muitas homenagens em vida a este ídolo do Rock e da Jovem Guarda, desde a época em que Antonio Aguillar apresentava o amigo e protegido em seu programa Ritmos para a Juventude:

Foram muitas as minhas homenagens em vida ao meu querido amigo George, inclusive esta entrevista com ele em novembro de 2012, e hoje com muito pesar, informo a todos os seus fãs e seguidores, esta triste notícia que recebi através de sua neta Vitória…

Adeus amigo, Deus te receba no Universo!

Mensagem da família de George Freedman

“Agradecemos o carinho com o nosso pai e a linda homenagem para o cantor George Freedman.
Comunicamos a todos os amigos que a causa mortis dele foi de fato uma cardiopatia isquêmica associada a uma arteriosclerose, mas ele não chegou a cair, nem bater a cabeça. Ele se sentiu mal enquanto conversava com sua esposa em casa, se apoiou e morreu nos braços da nossa mãe.
Um final abençoado para um homem da música e da família”!

Jörg Friedemann Jr e irmãos.

Sobre a morte de Freedman , senti muito…afinal éra um dos  poucos contemporâneos q ainda estavam nesse plano…cada vez “sobram” menos e cada vez fica mais difícil ter alguém para poder relembrar estórias e acontecimentos curiosos e gostosos do final dos anos 50 para cá…e com o George , apesar da distância física, havia um fato em particular q sempre q nos víamos comentávamos e dávamos boas risadas…:…”o primeiro programa de rádio q fiz (…ainda como Ronald Red…) foi na Radio Bandeirantes (…ainda na R.Paula Souza…) comandado pelo saudoso Enzo de Almeida Passos (Telefone Pedindo Bis…) dedicado a juventude , chamado Festival de Brotos…era ele Freedman q encerrava o programa…e olha q tínhamos grandes nomes da música jovem participando (Tony e Cely Campelo , Sergio Murilo, Demetrius, Carlos Gonzaga, The Clevers, The Jordans , etc, etc…) portanto uma honra pra mim participar e um orgulho pra ele encerrar um festival com tantas atrações de pêso…são coisas do final dos 50, início dos 60…bem antes da J.Guarda (65…) pois é…tínhamos muito assunto…sentiremos muito sua ausência..” ( Ronald Antonucci – Os Vips)

Nosso adeus ao autor da versão de “Lobo Mau”, Hamilton di Giorgio!

Hamilton di Giorgio nasceu em 22 de setembro de 1942 e faleceu em São Paulo na manhã de 29 de maio de 2023, conforme nota publicada nas redes sociais pelo seu filho Renato di Giorgio…

“Meu pai, Amilton Di Giorgio, deixou este plano na manhã desta segunda-feira (29 de maio de 2023).
O velório será no Cemitério de Congonhas (Rua Ministro Álvaro de Sousa Lima, 101 – Jardim Marajoara – São Paulo / SP) a partir das 18h de hoje”.

Ele agora vai brilhar no céu e cantar para os anjos, cumpriu sua missão na terra…

Neste vídeo a seguir gravei uma conversa informal com o músico, cantor e compositor (H) Amilton Di Giorgio, onde ele me falou sobre sua trajetória musical desde os tempos da Young.
A importância cultural de uma simples gravação como esta, via Internet, é grande para as pessoas que não se conformam em saber que nos dias de hoje, artistas talentosos do passado não são mais lembrados pela mídia televisiva.
Deixo então aqui neste espaço depoimentos como este para as futuras gerações e para que nossos astros da música sejam sempre lembrados.

A poesia citada por ele:

Rosa Subjetiva
Rosa adiposa, gulosa
Que consome natureza
Rosa manhosa, chorosa
Onde está a tua beleza?
Rosa irosa, belicosa
Desafio anti-flor
Rosa espinhosa, arenosa
Onde está o teu amor?
Onde está a tua beleza
Rosa livre, rosa presa?
Onde está o teu amor
Rosa-espinho, rosa flor?
Rosa pomposa, formosa
Que se abre e vai embora
Rosa aquosa, orvalhosa
Onde está a tua hora?
Rosa mimosa, preciosa
Que no universo se espalma
Rosa nervosa, imperiosa
Onde está a tua alma?
Onde está a tua hora
Rosa-sempre, rosa-agora?
Onde está a tua alma
Rosa ativa, rosa calma?
Rosa prosa, escandalosa
De existência partida
Rosa rosa, semi-rosa
Onde está a tua vida?
Rosa briosa, extremosa
Quem te fez no ser assim?
Rosa mofosa, limosa
Onde está o teu jardim?
Onde está a tua vida
Rosa oculta, rosa lida?
Onde está o teu jardim
Rosa de dentro de mim?

Mais sobre a trajetória artística de Hamilton neste link:

Hamilton Di Giorgio e o Rock dos Anos Sessenta.

Relembrando Os Corsários, banda fundada por Serginho Canhoto (ex-The Jet Black`s).

Sérgio Vigilato, o Serginho Canhoto, me conta com emoção sobre a época em que ele criou seu conjunto Os Corsários, para o qual ele confeccionou todos os instrumentos!

Os Corsários costumavam se apresentar no Programa Rítmos para a Juventude, na extinta TV Excelsior/SP, sob o comando do comunicador Antonio Aguillar.

É o Sérgio quem conta esta história:

“Bem no começo do programa do Antonio Aguilar na Rádio Nacional, eu fui com meu conjunto,”Os Corsários” apresentar nosso repertório, mas por algo que não me lembro neste momento (se vocês lerem o livro do Primo Moreschi verão que no começo foi uma confusão danada), não se sabia se iam ter músicos e cantores suficientes para cobrir o Programa e nessa, nós chegamos mas não nos deixaram mostrar nosso talento, e o grupo já queria voltar pra casa, desanimado e eu falei firme: VAMOS FICAR AQUI ATRÁS (PERTO DO FAMOSO PIANO) E VER O SHOW DAQUI! O ensaio começou e o cantor galã, FRANCISCO CARLOS, apareceu de repente com seu sucesso “HELLO MARY LOU” e logicamente, o Aguilar abriu a brecha pra ele cantar, mas a banda “The Jordans’ não sabia os acordes da musica, e o tempo correndo, e o desespero (normal) daquele programa (feito a trancos e barrancos) eu percebi e fui lá no palco e disse que sabia os acordes (posições, na época) e peguei a guitarra do Romeu,(na época se chamava DiKapua) e tocando de cabeça pra baixo (porque sou canhoto), mostrei os acordes. E enquanto eles ensaiavam, chamei meu irmão e o Brunno Pasqual para fazer a harmonia da musica, e foi um sucesso total, aí o Aguilar deixou nós tocarmos nos próximos programas…
Aqui a música:
Canção com Francisco Carlos, uma versão do original de Ricky Nelson, que saiu em seu LP Rick is 21 (1960, quando ele completou 21 anos).

E nestas fotos podemos ver o conjunto acompanhando Roberto Carlos…

“Os Corsários”: da esquerda para a direita, Sérgio Vigilato, cantor solista, fabricou os instrumentos e as caixas acústicas, Osvaldinho (Dicão), baterista e vocal, Bruno Pasqual, baixista e vocal, o falecido irmão de Sérgio, Luiz Carlos, vocal, harmonia (base) e arranjador, Leonato, no sax e por último, Roberto Carlos (Sérgio não lembra qual a música que RC estava cantando…
As fotos são do acervo de Sérgio Vigilato, o Serginho Canhoto, que enviou para serem revelados no Foto Tobias, que ficava no Largo do Arouche em São Paulo.

“Nesta foto estão o nosso empresário, que segurou o baixo do Bruno que eu e o Carlinhos fizemos, mas algo aconteceu e o Bruno não apareceu pra tirar photos e tivemos de apelar! Isso foi no fim de 1963, porque logo depois fui pros “Jet Black´s”. Essa era a nossa roupa pra fazer bailes. Da esquerda pra direita, eu, Serginho”Canhoto” com a primeira guitarra que fiz (já com alavanca) Leonardo Sax, Osvaldinho(Dicão) na batera, meu irmão(falecido) Luiz Carlos Vigilato na guitarra que eu fiz, e o Empresário, segurando o baixo do Bruno.
Acho que isso foi no Esporte Club Bandeirantes…”
Serginho Canhoto

Sérgio agradece muito ao amigo Nilo (Nilão) dos Bells, pois ele diz que foi ele quem o indicou para ser o guitarrista dos Jet Black`s.

“Gostaria de homenagear o meu querido amigo Nilão dos Bells. Foi ele quem foi chamado para ficar no lugar do Orestes no Jet Black`s, porém o Nilo falou, “não, tem que ser o Serginho”. Eu estava no Rio de Janeiro, na praia do Botafogo e assim voltei para São Paulo e quando eu cheguei o José Paulo, o Jurandi e o Nilo estavam me esperando”…

Depois de sua saída do conjunto The Jet Black`s, Sérgio ainda participou de conjuntos formados por ele, como Os Corsos, mas desde 1961 ele já se incomodava com as “fake news” que naquela época já eram muitas no Brasil, em em 1969 ele se mudou para Los Angeles nos Estados Unidos e depois foi para o Alaska em 1978.
Atualmente reside em Lancaster, Pensilvânia.

De como surgiu Os Vips, uma das duplas de maior destaque na Jovem Guarda!

Texto de Antonio Aguillar
Vi nascer esta dupla nos anos 60, na Rua Sebastião Pereira, 218, onde hoje passa o Minhocão em São Paulo, próximo ao Largo do Arouche.
A Rádio Nacional de São Paulo tinha seu auditório no local e existiam os programas Manoel de Nobrega, Silvio Santos, que era locutor no início de carreira, o programa Aí Vem o Pato, sob o comando de Jaime Moreira Filho, o Clube dos Garotos da Professora Zita Martins, sob o comando de Pedro Geraldo Costa, o Ritmos para a Juventude, sob o comando de Antonio Aguillar.
Quantos artistas foram lançados nesse programa de auditório, em que Antonio Aguillar apresentava ao vivo cantores que sofriam influências do Elvis Presley, Chuck Berry, entre outros…
Bill Harlley e seus Cometas era uma banda famosa no mundo graças ao filme Rock Around The Clock, que foi exibido em São Paulo no Cine Art Palácio na Av. São João com o Largo Paissandu.
Aguillar fazia seu programa de auditório aos sábados e tinha como acompanhante dos cantores o Atílio e seu Regional. O grupo musical não tinha nada a ver com o novo movimento musical que surgia. Aguillar então preparou The Jordans para essa finalidade. Depois vieram The Jet Black`s e mais tarde The Clevers.
O sucesso foi tamanho que se fez necessário lançar em discos os cantores que se apresentavam no Ritmos para a Juventude.
Diogo Mullero, famoso Palmeiras, era o Diretor Artístico da Continental Discos localizada na Av. do Estado em São Paulo. Ele abriu as portas da gravadora para Antonio Aguillar, que acabou levando os artistas Marcos Roberto, Os Vips, Sergio Reis, Rene Dantas, Sidneia, Marly, e outros, dando origem ao LP Reino da Juventude.
Voltando aos Vips, Ronald Antonucci era um cantor solo que estava sempre com outros cantores, ao vivo, no programa Ritmos para a juventude. Conversando com o Ronald, Aguillar sugeriu que ele criasse uma dupla para diferenciar dos outros. Ele concordou e trouxe seu irmão Márcio Antonucci, que trabalhava na Hermes Macedo, uma firma localizada nas proximidades da Rádio Nacional. Sem dúvida foi um grande sucesso na programação.
Quando Aguillar sugeriu ao Palmeiras a gravação de um LP com essa turma, Bia, seu assessor artístico, ao ouvir Os VIPS cantando TONIGH para o LP Reino da Juventude, perguntou ao Aguillar se ele abriria mão da dupla para assinar contrato com a gravadora. Daí pra frente, essa dupla emplacou muitos sucessos e com o surgimento da Jovem Guarda, Ronald e Marcio passaram a ser amados pelas fãs e emplacaram outros sucessos como A VOLTA, uma composição de Roberto Carlos e Erasmo Carlos de 1966.

A dupla parou de se apresentar em 1970.
Em 1990 voltou a gravar discos ao vivo com sucessos pela Som Livre.
O tempo foi passando e o Marcio chegou a ser Diretor Musical na Globo, Record, SBT etc.
Ele foi casado com a Lilian Knapp de quem se separou tempos depois.
Marcio morava no Rio de Janeiro e Ronald em Atibaia-SP.
Marcio Antonucci chegou a postar nas redes sociais que a letra da música NOSSA SENHORA era um arraso e a canção também.
Em Janeiro de 2014 Marcio ficou doente, foi internado num hospital em Angra dos Reis com o quadro de pneumonia e acabou falecendo por uma infecção generalizada.
Seu corpo foi sepultado no Cemitério Memorial do Carmo no Cajú, zona portuária do Rio de Janeiro.

Os Vips Márcio e Ronald

Por Antonio Aguillar, o Timoneiro da Juventude Feliz e Sadia!

O Retorno de Renato e Seus Blue Caps aos palcos!

Em 13 e 14 de março de 2020 os dois últimos Shows de Renato e Seus Blue Caps foram realizados em Recife e logo em seguida todos os outros já contratados tiveram que ser adiados devido à pandemia.

Eram vários Shows agendados e já confirmados, como por exemplo:

21/03/2020 – Casa de Shows Granfinos – Belo Horizonte / MG
28/03/2020 – Teatro da UCS – Caxias do Sul / RS

04/04/2020 – Casa de Espetáculos Fazenda Feitosa – Santa Cruz do Capibaribe / PE

08/05/2020 – Teresina / PI
21/05/2020 – Aracruz / ES
30/05/2020 – Clube de Engenharia de Goiânia – Goiânia / GO

19/06/2020 – Tauá Resort – Caeté / MG (realizado em 18/06/2021)

05/07/2020 – Teatro Positivo – Curitiba / PR
19/07/2020 – Porto Alegre – Salão de Atos da PUCRS

08/08/2020 – Teatro Riachuelo – Natal / RN
25/08/2020 – Caldas Novas / Goiás
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Vídeo com algumas tomadas do show de Recife


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Dia 18 de junho de 2021, sexta-feira, aconteceu o retorno da banda aos palcos, com uma apresentação de Renato e Seus Blue Caps no Tauá Resort Caeté em Minas Gerais.
Este Show seria realizado em 21 de junho de 2020, porém veio a pandemia e somente no dia 18 a cidade de Caeté-MG pode finalmente receber a banda, agora sem o seu líder Renato Barros, que em fevereiro de 2020 havia feito o convite ao público…


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Em 21 de junho de 2021, o apresentador Gilson Caland da TV Garrincha de Teresina-PI juntou grandes nomes da Música Brasileira, entre eles Cid Chaves, Antonio Aguillar e Getúlio Côrtes, e representando o Piauí, o músico Geraldo Brito.

Cid Chaves falou sobre seu início na banda Renato e Seus Blue Caps e o motivo pelo qual parou de tocar Saxofone, e também mencionou o retorno da Banda aos palcos ocorrido em Caeté.

Getúlio Côrtes contou mais uma vez a história de como se inspirou para compor a música Negro Gato e respondeu à pergunta de Geraldo Brito.

Antonio Aguillar fez o convite aos amigos para uma entrevista pela Rádio Calhambeque, onde realizada semanalmente um programa intitulado Jovens Tardes de Domingo.

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Foto durante o Show da banda no Tauá Resort Caeté, Minas Gerais.
Foto por Guto Chaves