Banda Os Loucos: A História de Uma Vida!

A Banda de Recife-Pe “Os Loucos” completa 60 anos de atividade artística em 2025.

Fundada em 1965, a banda Crazy, depois Os Loucos, é uma das três bandas de Rock mais antigas do Brasil em atividade.

Tudo começou em 15-10-1965, quando 4 jovens (Leonardo, Juarez, Edson e Alberto) se reuniram no Colégio Pan Americano, em Afogados e fizeram uma apresentação musical em homenagem aos professores, e assim iniciava sua trajetória que em 2024 completará 60 anos!

Seus atuais integrantes são:

Bateria = Gilvan Cavalcanti

Baixo = Marcelo Silva

Guitarra = Juarez Cavalcanti

Teclados = Leonardo Cavalcanti

Cantor = Jefferson Rocha

Para ouvir as canções, visite o site:

https://www.palcomp3.com.br/bandaosloucos/

Depoimento de Leonardo Cavalcanti e seu irmão Juarez Cavalcanti sobre a banda Os Loucos – Uma apresentação da Banda Os Loucos contando sua história.

Morreu no Rio de Janeiro o baixista Vitor Trucco, ex Brazilian Bitles.

Fomos tomados de surpresa ao tomarmos conhecimento da morte de Vitor Trucco, um dos integrantes da banda The Brazilian Bitles, formada nos anos 60.

Da esquerda para a direita, Vitor, Jorge e Luís Toth.

Vitor, que nasceu em 03 de maio de 1948, faleceu neste 27 de março de 2024, deixando desolados seus fãs, amigos e familiares. 

Que ele descanse em paz! 🌹

Uma das mais importantes bandas de Rock da década de 60, THE BRAZILIAN BITLES, tanto pelo nome como pelo repertório, o grupo é diretamente associado à Beatlemania, no período em que o quarteto de Liverpool esteve no auge. Mas a banda não se limitou apenas às influências dos Beatles, seus músicos procuraram diversificar sempre e com isso criaram um repertório variado, entre canções originais do grupo e versões roqueiras da melhor qualidade, como o sucesso “Gata (Wild Thing)”, dos Troggs, além de tantas outras raras preciosidades do melhor do rock dos anos 60. Banda carioca formada em 1965, a partir do núcleo de outra banda da época, The Dangers, em que participavam o guitarrista Vitor Trucco e e o cantor e guitarrista Jorge Eduardo, Os Brazilian Bitles contavam na sua formação original com Vitor Trucco (guitarra solo e depois, baixo), Luiz Toth (bateria), Fábio Block (Baixo, depois guitarra), Jorge Eduardo De Almeida (Voz e guitarra-base) e Eliseu Da Silva Barra, o Ely Barra (cantor e teclados). Estrearam na boate “La Candelabre”, com grande repercussão da mídia. O repertório da banda trazia de Beatles a Rolling Stones, passando por Chuck Berry, Little Richard e The Who, além das bandas garageiras americanas e ainda mais, o grupo trazia também influências do cancioneiro romântico brasileiro. Tudo isto misturado e transformado em canções próprias conquistou de forma arrebatadora a juventude brasileira dos meados dos 60. As canções, permeadas de climas modernos, psicodélicos e garageiros, além de uma boa dose de romantismo nas baladas, causou sensação, e músicas como “Dedicado A Quem Amei”, “Deixe Em Paz Meu Coração” e “Cabelos Longos, Idéias Curtas” se tornaram hits radiofônicos instantâneos. Uma das principais características dos Brazilian Bitles era o seu grande humor e as cabeleiras dos seus integrantes. Este visual associado à juventude radiante dos seus integrantes, fez com que a banda fosse convidada a participar no cinema do filme “Rio, Verão E amor”, de 1966, o primeiro filme colorido brasileiro. Na TV Excelsior do Rio, o grupo passou a apresentar o programa BBC – “Brazilian Bitles Club”. O programa ia ao ar aos sábados à tarde e fez grande sucesso entre o público jovem carioca. Em 1967, gravaram seu disco de estréia, “É ONDA”, pelo selo Polydor, com grande sucesso. O título do álbum era moderníssimo para a época, somente as cabeças jovens mais antenadas entenderiam aquela fantástica palavra, “É Onda”, palavra que traduzia todo o alucinante estilo de vida jovem dos anos 60. 

(Por Rubens Stone)

The Brazilian Bitles

Foi o conjunto The Brazilian Bitles quem protagonizou um fato inédito nos anos 60: eles participaram cantando e tocando durante a celebração de uma missa, como vimos na reportagem que publiquei há tempos atrás aqui:

Homenagem do cantor Claudio Chizolini ao Vitor. 

https://www.facebook.com/share/r/KiimnV46SSXPZ99R/?mibextid=WC7FNe

Renato e Seus Blue Caps é Sucesso no Projeto Seis e Meia no Nordeste do Brasil!

Vejam as reportagens e a participação da banda em João Pessoa (Paraíba), Natal (Rio Grande do Norte), Recife ( Pernambuco) e Maceió (Alagoas).

A temporada teve início no dia 05 de março, no Espaço Cultural do Teatro Paulo Pontes em João Pessoa, na Paraíba, e foi notícia ao vivo na TV Cabo Branco, filiada da Globo em João Pessoa.

Assistam a reportagem completa no Globoplay:

https://globoplay.globo.com/v/12410316

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Alguns vídeos desta apresentação:

Destaques

https://www.facebook.com/renatoeseusbluecapsoficial/videos/967907978226777

Festa de Arromba

https://www.facebook.com/renatoeseusbluecapsoficial/videos/2371380496392584

Reportagens do Show em Recife, realizado em 08 de março de 2024:

01

https://www.folhape.com.br/cultura/jovem-guarda-de-renato-e-seus-blue-caps-abre-temporada-do-seis-e-meia/321743https://globoplay.globo.com/v/12410316

02

https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/viver/2024/02/seis-e-meia-abre-temporada-2024-com-renato-seus-blue-caps-e-lucinha.htmlhttps://globoplay.globo.com/v/12410316

03

https://tvnova.tv.br/jornalfatonovo/projeto-seis-e-meia-retorna-aos-palcos-do-teatro-do-parque-com-show-de-renato-seus-blue-caps-e-lucinha-guerra-abrindo-a-temporada-de-2024-o-projeto-seis-e-meia-que-possui-producao-de-flavio-perrhttps://globoplay.globo.com/v/12410316

04

05 (Vídeo)

06 (Vídeo)

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08

https://www.blocosderua.com/recife-olinda/programacao/projeto-seis-e-meia-2024-renato-e-seus-bluecaps-pe-08-03-24

09

Dando continuidade ao Projeto Seis e Meia, Renato e Seus Blue Caps passou ontem, dia 06 de março (2024) por Natal. O Show foi no maravilhoso Teatro Riachuelo, e estava lotado!

https://www.facebook.com/renatoeseusbluecapsoficial/videos/412757587915390

Mais imagens…

https://www.facebook.com/renatoeseusbluecapsoficial/videos/1831886387273124

De Natal a banda Renato e Seus Blue Caps seguiu no Projeto Seis e Meia agora em Recife-Pe, e o Show foi no Teatro do Parque, em 08 de março (2024).

https://www.facebook.com/renatoeseusbluecapsoficial/videos/905047864702088

E encerrando com chave de ouro esta turnê, na noite de 09 de março de 2024, Renato e Seus Blue Caps subiu ao palco do Teatro Deodoro, em Maceió, Alagoas.

https://www.facebook.com/renatoeseusbluecapsoficial/videos/695322609347047

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https://www.facebook.com/renatoeseusbluecapsoficial/videos/1165934744844923

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https://www.facebook.com/renatoeseusbluecapsoficial/videos/930784648335386

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https://www.facebook.com/renatoeseusbluecapsoficial/videos/296455093235036

Renato e Seus Blue Caps eternamente! Viva todos os RENATOS!

A Importância de Antonio Aguillar na Carreira de Roberto Carlos.

Em 1959, Abelardo “Chacrinha” Barbosa apresentava um programa de música da velha guarda, de segunda a sexta-feira, às 18h pela Rádio Nacional de São Paulo, localizada na Rua Sebastião Pereira, 218.

Em 1959, Antonio Aguillar apresentava um programa de música jovem chamado “Ritmos para a Juventude”, de segunda a sexta-feira, às 17h, pela Rádio Nacional de São Paulo, localizada na Rua Sebastião Pereira, 218.

Os dois radialistas eram muito amigos e sempre estavam juntos, trocando ideias sobre música e sobre os cantores.
Antonio Aguillar foi inúmeras vezes ao Rio de Janeiro para participar dos programas de rádio e televisão do Chacrinha, onde o disc-jóquei da juventude levava sempre os artistas que lançava em disco em São Paulo.

Chacrinha sempre falava a Antonio Aguillar sobre Roberto Carlos, um cantor que cantava samba canção e bossa-nova com a voz pausada e baixa, bem ao estilo de João Gilberto; ele se apresentava na boate Plaza em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Em 1959 Roberto Carlos lançou o seu primeiro disco em 78rpm pela Polydor, com as músicas JOÃO E MARIA / FORA DO TOM, de autoria de Carlos Imperial e Roberto Carlos.

Em 1960 Antonio Aguillar foi ao Lord Palace Hotel , na Rua das Palmeiras, onde o Chacrinha se hospedava semanalmente para fazer os seus programas de rádio e televisão em São Paulo e no hall do hotel o velho guerreiro chamou um garoto tímido com um ar tristonho e o apresentou ao disc-jockei Antonio Aguillar, com a seguinte frase:

“Este é o cantor Roberto Carlos, que mora no Rio e vem morar em São Paulo. Ele gravou MALENA em um 78rpm e eu gostaria, Aguillar, que você divulgasse esse moço, que tem muito valor e futuramente será um grande sucesso. Ajude-o por mim em seus programas, que você não vai se arrepender”.

Antonio Aguillar, que fazia os seus programas de rádio e televisão com muita audiência em todo o Brasil, prometeu ao Chacrinha, que era seu amigo, fazer aquilo que podia para dar uma força na carreira do rapaz que acabara de ser apresentado.

Como Roberto Carlos ficou hospedado naquele hotel, Aguillar foi no dia seguinte conversar com ele para combinar como seriam feitas suas apresentações na televisão e também a divulgação do seu disco no rádio.

A música “Malena” não inspirava muito ao Aguillar, mas Roberto Carlos prometia gravar outras músicas voltadas mais para os jovens da época.

Roberto apresentou ao Aguillar a sua divulgadora em São Paulo, de nome Edy Silva, conhecida no meio por trabalhar nas emissoras coligadas, que tinham uma programação distribuída para as principais emissoras do País.

Através dela, Aguillar conheceu pessoalmente Othon Russo, que era o diretor de divulgação da CBS e que prometera fazer um trabalho intenso para projetar da melhor forma possível o cantor de Cachoeiro do Itapemirim.

Roberto Carlos entrou no esquema de Aguillar e sempre esteve nas programações musicais da rádio Nacional de São Paulo e semanalmente no Festival da Juventude da TV Excelsior Canal 9. Muitos cantores de sucesso eram apresentados nas programações de Aguillar, como Nilton Cesar, Agnaldo Rayol, Carlos Ganzaga, The Jordans, Ronnie Cord, Demetrius, Baby Santiago, Hamilton Di Giorgio, Tony Campello, Celly Campello, Gessi Soares de Lima, Maria Odete, The Jet Blacks, Leila Silva, Marta Mendonça, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Oslaim Galvão, Prini Lorez, The Clevers, Renê Dantas, Sergio Reis, George Freedman, Meire Pavão, Albert Pavão, Renato Guimarães, Sergio Murilo, Bobby de Carlo, Marcos Roberto, Dori Edson, Nilton Cesar, Carlos Ely, Sergio Reis, etc.

Claro que o sucesso chegou para Roberto com um Rock, a música Splish Splash, que ele gravou seguindo os conselhos de Carlos Imperial e Antonio Aguillar.

Neste vídeo a seguir, podemos ouvir algumas mensagens feitas por Roberto Carlos especialmente para Antonio Aguillar, que foram levadas ao ar em programas de Rádio comandados por Antonio Aguillar, mas nunca divulgadas antes de 2012 em outro veículo de comunicação.

As gravações me foram gentilmente enviadas pelo próprio Antonio Aguillar em 08 de dezembro de 2012 e eu coloquei no Youtube:

Roberto Carlos também enviava convites para Antonio Aguillar e sua família sempre que fazia shows em São Paulo, como aconteceu no dia 20 de setembro de 2018, quando conversaram e Roberto Carlos enviou mensagem para o programa de Aguillar na época, que era o JOVENS TARDES DE DOMINGO, levado ao ar pela Rádio Capital no dia 30 de setembro de 2018:

Em 1968, Roberto Carlos queria cantar na Igreja, e nesta época ele estava compondo músicas sacras e a primeira delas havia sido a hoje tão famosa “Jesus Cristo”.

Na época o Cardeal Arcebispo de São Paulo era Agnello Rossi e Roberto Carlos havia pedido para Antonio Aguillar que interferisse por ele junto ao cardeal, pois estava querendo se casar com Cleonice Rossi, uma mulher desquitada, mais velha que ele, com uma filha pequena, e se conquistasse o clero, talvez pudesse se casar na igreja.

Antonio Aguillar foi entrevistar Don Agnelo Rossi, levando o pedido de Roberto, o qual foi negado, ouçam:

Roberto Carlos queria cantar na Igreja.

A reportagem com fotos sobre o pedido de Roberto Carlos a Don Agnelo Rossi, intermediado por Antonio Aguillar:

Paul McCartney no Maracanã, Rio de Janeiro, em 2023!

Paul McCartney Got Back Tour 2023
Uma pesquisa por Querqueto Bass.

Referências bibliográficas:
▪ Davies, Hunter. As letras dos Beatles: a história por trás das canções. São Paulo: Planeta; 2016.
▪ McCartney, Paul. As letras. Osasco: Belas-Letras; 2021.
▪ Norman, Philip. Paul McCartney: a biografia. São Paulo: Companhia das Letras; 2017.
▪ Turner, Steve. The Beatles: todas as músicas, todas as letras, todas as histórias. Rio de Janeiro: Sextante; 2016.
SETLIST

  1. Can’t buy me love
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: A hard day’s night (1964)
    Um rapaz desapegado de bens materiais, crente que o amor não pode ser comprado, oferece
    presentes a uma garota para conquistar o amor dela. Vai entender…
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  2. Junior’s farm
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    single lançado em outubro de 1974
    Inspirado em “Maggie’s farm”, sucesso do Bob Dylan, Paul descreve o alívio que ele encontrava
    na vida pacata em seu refúgio rural no sul da Escócia durante o turbulento processo de dissolução
    dos Beatles.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  3. Letting go
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    álbum: Venus and Mars (1975)
    Exaltação a Linda, primeira esposa de Paul, que abandonou a carreira como fotógrafa profissional
    para se dedicar a ser vocalista e tecladista do Wings desde que a banda foi formada.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  4. She’s a woman
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    single lançado em novembro de 1964
    Composta poucas semanas após terem experimentado maconha pela primeira vez, durante um
    encontro com Bob Dylan, que lhes forneceu a erva. O verso “Turn me on when I get lonely” é
    uma descrição sutil do hábito que Paul manteve durante décadas de fumar um baseado para
    relaxar.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  5. Got to get you into my life
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Revolver (1966)
    Uma ode confessada à maconha disfarçada de declaração amorosa. O verso “What can I be?” não
    é uma pergunta, mas sim uma exclamação elogiosa homófona “What cannabis!”
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  6. Come on to me
    carreira solo
    (Paul McCartney)
    álbum: Egypt Station (2018)
    Paul estava casado com Nancy, sua terceira e atual esposa, quando compôs esta canção sobre uma
    paquera em uma festa. Como o verso “You know we can’t be seen exchanging information”
    poderia causar algum constrangimento, Paul deixou claro que a letra descreve uma festa
    imaginária ocorrida na década de 1960.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  7. Let me roll it
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    álbum: Band on the run (1973)
    Um convite sexual que remete à origem mesma da expressão rock’n’roll. Encerra com o solo final
    de “Foxy Lady”, sucesso de Jimi Hendrix.
    Paul toca uma guitarra Gibson Les Paul.
  8. Getting better
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)
    John se declarando arrependido por não estar se comportando bem com sua primeira esposa e
    confessando sua tentativa de ser um marido melhor.
    Paul toca uma guitarra Gibson Les Paul.
  9. Let ‘em in
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    álbum: Wings at the Speed of Sound (1976)
    Vários amigos e parentes do Paul, alguns deles apresentados por meio de apelidos, batem na
    porta ou tocam a campainha, e o anfitrião pede que os deixem entrar.
    Paul toca um piano Yamaha.
  10. My valentine
    carreira solo
    (Paul McCartney)
    álbum: Kisses on the Bottom (2012)
    Dedicada a Nancy, com quem Paul havia se casado no ano anterior.
    Paul toca um piano Yamaha.
  11. Nineteen hundred and eighty-five
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    álbum: Band on the run (1973)
    A descrição de um relacionamento que sobreviverá à distopia prevista por George Orwell em seu
    célebre romance “1984”.
    Paul toca um piano Yamaha.
  12. Maybe I’m amazed
    carreira solo
    (Paul McCartney)
    álbum: McCartney I (1970)
    Um reconhecimento sincero a todo o apoio dado por Linda durante o período difícil atravessado
    durante a dissolução dos Beatles.
    Paul toca um piano Yamaha.
  13. I’ve just seen a face
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Help! (1965)
    Uma canção country sobre amor à primeira vista composta por Paul enquanto ele morava no
    porão da casa dos pais da sua então namorada, a atriz Jane Asher. Muito provavelmente, a musa
    inspiradora não foi Jane, com quem Paul namorava há dois anos, mas sim alguma garota que o
    beatle conheceu durante aquela sua fase mulherenga.
    Paul toca um violão Martin.
  14. In spite of all the danger
    The Quarrymen
    (Paul McCartney, George Harrison)
    álbum: Anthology 1 (1995)
    Primeira gravação, ainda amadora, de uma canção composta no ano de 1958 por Paul em uma
    parceria jamais repetida com George, inspirada em “Tryin’ to get to you”, sucesso de Elvis Presley.
    Os integrantes da banda que antecedeu os Beatles tiveram de fazer uma vaquinha para pagar os
    custos do registro fonográfico, e depois se revezavam semanalmente na posse do único disco
    produzido. A banda The Quarryman se dissolveu e o disco acabou esquecido por décadas.
    Quando foi re-encontrado na casa de um amigo do baterista do The Quarryman, Paul comprou
    o disco antes que fosse a leilão, o que possibilitou que a canção pudesse ser incluída no projeto
    Anthology. Na letra, um rapaz faz juras de amor eterno se a garota lhe for fiel, e alude à primeira
    experiência sexual de Paul, com uma babá que deveria estar tomando conta de um bebê em vez
    de estar iniciando o futuro beatle. O tal perigo mencionado seria a mãe do bebê voltar para casa
    e flagrar os dois.
    Paul toca um violão Martin.
  15. Love me do
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Please please me (1963)
    O primeiro single lançado comercialmente pelos Beatles. Destaque para a gaita tocada por John,
    inspirada em “Hey! Baby”, sucesso de Bruce Channel.
    Paul toca um violão Martin.
  16. Dance tonight
    carreira solo
    (Paul McCartney)
    álbum: Memory almost full (2007)
    Paul toca um mandolim.
  17. Blackbird
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: The Beatles (1968)
    O canto de um melro que interrompeu a meditação matinal que Paul estava praticando na Índia
    é usado como metáfora para uma garota negra atuante na luta contra a segregação racial nos
    EUA. Foi escrita poucas semanas após o assassinato do pastor Martin Luther King Jr.
    Paul toca sozinho um belíssimo dedilhado em um violão Martin que simula o gorjeio do pássaro
    e remete às suítes de Bach.
  18. Here today
    carreira solo
    (Paul McCartney)
    álbum: Tug of war (1982)
    Uma declaração de amor ao amigo John escrita pouco depois do seu assassinato.
    Paul toca um violão Martin.
  19. New
    carreira solo
    (Paul McCartney)
    álbum: New (2013)
    Paul toca um piano Yamaha.
  20. Lady Madona
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    single lançado em março de 1968
    A imagem materna de Nossa Senhora projetada nas mulheres da classe trabalhadora de Liverpool
    e de outras partes do mundo que enfrentavam dificuldades para criar seus filhos, uma nítida
    influência católica proveniente da origem irlandesa da família da mãe de Paul.
    Paul toca um piano Yamaha.
  21. Fuh you
    carreira solo
    (Paul McCartney, Ryan Tedder)
    álbum: Egypt Station (2018)
    Em vez de usar no título e na letra a preposição “for”, Paul preferiu a gíria “fuh”, de mesmo
    sentido, porém com pronúncia ambígua o suficiente para ser confundida com o verbo “fuck” e
    causar no ouvinte a impressão de que o refrão é a confissão de um desejo carnal.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  22. Jet
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    álbum: Band on the run (1973)
    Na época dos Beatles, Paul já havia dedicado uma música, “Martha my dear” à sua cadela da raça
    English sheepdog. Desta vez, o animal de estimação homenageado é um pônei.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  23. Being for the benefit of Mr. Kite!
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)
    A letra descreve a programação de um circo da era vitoriana exibida em um cartaz que John
    comprou em uma loja de antiguidades.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  24. Something
    The Beatles
    (George Harrison)
    álbum: Abbey Road (1969)
    A partir do título da canção “Something in the way she moves”, que James Taylor estava gravando
    no mesmo estúdio dos Beatles, George compôs esta magistral declaração de amor a Pattie, sua
    primeira esposa.
    Paul começa tocando sozinho um ukulele e depois, quando toda a banda entra na parte do solo
    de guitarra, ele assume um violão Martin.
  25. Ob-la-di, ob-la-da
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: The Beatles (1968)
    Expressão que, traduzida de um dialeto falado na Nigéria, significa o mesmo que o verso seguinte
    em inglês “Life goes on”. Conta sobre a vida de um casal formado por um feirante e uma cantora.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  26. You Never Give Me Your Money
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Abbey Road (1969)
    Brian Epstein, primeiro empresário dos Beatles, havia morrido dois anos antes. Ele sempre havia
    cuidado das finanças da banda e, na sua ausência, os negócios começavam a desandar.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  27. She came in through the bathroom window
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Abbey Road (1969)
    Baseada no fato real de uma fã que conseguiu entrar na casa do Paul através da janela do
    banheiro.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  28. Band on the run
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    álbum: Band on the run (1973)
    Um medley em três partes sobre o desejo de se libertar da sensação de aprisionamento causada
    pelo excesso de compromissos com o trabalho.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  29. Get back
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Let it be (1970)
    A ampliação do debate político contra a entrada de imigrantes no Reino Unido e a expulsão de
    paquistaneses recém-chegados à Inglaterra inspirou a canção, mas a referência ao Paquistão foi
    retirada para evitar más interpretações e o uso indesejado.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  30. Let it be
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Let it be (1970)
    Em meio às tensões que levariam ao término dos Beatles, Paul sonhou com sua mãe, a enfermeira
    Mary Patricia, que falecera de câncer de mama quando ele contava 14 anos de idade. No sonho,
    Mary lhe transmitia ensinamentos bíblicos que o estimulavam a ser otimista.
    Paul toca um piano Yamaha.
  31. Live and let die
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    álbum: Live and let die (1973)
    Composta para a trilha sonora do filme homônimo de James Bond.
    Paul toca um piano Yamaha.
  32. Hey Jude
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    single lançado em agosto de 1968
    Palavras de conforto usadas por Paul para consolar Julian, então com 5 anos de idade, sobre a
    recente separação de seus pais John e Cynthia.
    Paul toca um piano Yamaha.
    BIS
  33. I’ve got a feeling
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Let it be (1970)
    Dueto contrastante entre Paul, animado pelo início da vida matrimonial com Linda, e John,
    tentando encontrar motivos para ser otimista depois de um ano difícil marcado por problemas
    financeiros, uma prisão por porte de drogas e um aborto sofrido pela Yoko.
    Paul toca uma guitarra Gibson Les Paul.
  34. Birthday
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: The Beatles (1968)
    Um rock animado feito para ser cantado em aniversários.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  35. Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)
    Como resposta artística ao álbum “Pet sounds”, obra-prima dos Beach Boys, os Beatles criaram o
    conceito de uma apresentação de uma banda fictícia de nome estranho que funcionasse como
    alter ego do quarteto inglês.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  36. Helter Skelter
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: The Beatles (1968)
    A perigosa descida em alta velocidade de um escorregador sinuoso gigante de parque de
    diversões alude ao sexo selvagem com uma garota. O som pesado exigiu muito do baterista
    Ringo, que termina a música reclamando das bolhas que surgiram em suas mãos, e os vocais sujos
    de Paul despertaram a crueldade do famoso assassino Charles Manson.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  37. medley Golden slumbers ― Carry that weight ― The end
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Abbey Road (1969)
    Um medley de três canções tocadas em sequência, sem pausas entre elas, encerra o último lado
    do último disco dos Beatles e o show do Paul. A primeira é uma adaptação de uma antiga canção
    de ninar escrita por um dramaturgo inglês da era elisabetana, a segunda é um desabafo sobre o
    futuro após o fim da banda, e a terceira um curto floreio lírico shakespeariano antecedido por um
    duelo de guitarras e um sensacional solo de bateria.
    Paul toca um piano Yamaha nas duas primeiras músicas e uma guitarra Gibson Les Paul na
    última.

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John Lennon presente!

E Renato Barros teria feito 80 anos!

Renato Barros se estivesse vivo teria feito 80 anos em 27 de setembro de 2023!

Ele gostava de dizer que havia uma grande afinidade entre ele e o baterista Picolé, que chegou a gravar em algumas músicas da banda Renato e Seus Blue Caps, por terem nascido no mesmo dia, mês e ano.

Tanto que durante o tempo em que eu gravava com Renato Barros para a confecção de seu livro de memórias, lembro-me que em duas ocasiões ele fez questão de citar que havia uma coincidência entre ele e o baterista Picolé, o Mário Antonio Monteiro.

A primeira vez foi durante as considerações sobre o LP de 1970, ocasião em que Renato Barros disse:

“No disco de 1970 o baterista foi o Picolé, cujo nome era Mário Antonio Monteiro, por que o Toni estava saindo da banda na época da gravação”.

O Picolé foi um grande baterista e tem um detalhe, ele nasceu no mesmo dia, mês e ano que eu”.

“Realmente, pode ser que ele tenha tocado mesmo em outros discos também, agora eu acho que coincidiu com a saída do Toni, acho que foi nesse meio tempo quando gravamos o disco de 1970”.

A segunda vez foi quando ele explicava sobre os sons que colocou nas músicas Playboy e Se Você Soubesse: 

“Então ficou um som bem fininho, bem agudo, que tem muita gente que não sabe o que é aquilo, mas é um trompete alterado pra uma rotação bem maior. Esse som do trompete alterado entra na segunda parte da música quando diz – Olha “pim” como estou sofrendo “pim pimpim pim pim” – é difícil explicar…

“A primeira gravação ficou muito careta e eu me lembro de que a gente acabou de gravar e a gente foi almoçar e durante o almoço, conversando, a gente falou puxa esse som não tá legal, tá muito careta, vamos voltar lá e fazer de novo”.

“Aí voltamos lá no estúdio e gravamos o instrumental novamente, que é o que a gente chama de base.

E nós gravamos aquele instrumental bem agressivo mesmo pra época. A bateria também está diferente, está mais pra fora. 

….

“Outra curiosidade ainda nesta música é que o vocal teve participação especial de Paulo Cézar Barros e a gente convidou o Picolé, que era um baterista da nossa turma e amigo nosso, pra tocar a bateria.

O Picolé infelizmente já morreu há muito tempo, mas eu sempre me recordo que ele nasceu no mesmo dia que eu e também no mesmo ano. 

Picolé foi um grande baterista”.

Neste vídeo Renato fala da afinidade, citando a data do aniversário deles: 27 de setembro de 1943.

Do livro: Renato Barros Um Mito Uma Lenda (transcrição de áudios que permanecem no Youtube@Lucy Zanetti e na página Renato Barros O Homem da Música, no Facebook).

Mensagem do neto de Carlos Gonzaga sobre sua morte na Itália.

Jonatas Guarino, neto e coordenador da assessoria do cantor Carlos Gonzaga, em entrevista ao jornalista e radialista Antônio Aguillar informou que o seu avô foi enterrado no cemitério da cidade de Velletti, na região metropolitana de Roma, na Itália. Carlos Gonzaga foi um dos pioneiros afrodescendentes que fez muito sucesso nos anos de 1960 com as músicas “Diana” e “Bat Masterson”. Ele faleceu no último dia 25 de agosto num hospital na Itália.

Segundo o neto, o corpo do avô não foi transladado para o Brasil porque ele já vinha morando nos últimos anos naquele país, junto com uma de suas filhas. “Além disso os valores para um translado são muito altos e nossa família, a exemplo do meu avô, não tinha condições para esse custo exacerbado”, justificou. “Nós não somos de uma família rica. São todos trabalhadores e lutam com a vida. Meu próprio avô, o Carlos Gonzaga, não era de uma geração onde o artista ficava rico. Ele viveu bem, com o todo o conforto necessário, mas nunca foi uma pessoa rica como são muitos artistas de agora”.

Carlos Gonzaga nasceu em Paraisópolis, sul de Minas Gerais, e migrou para São Paulo em 1940. Trabalhou como carregador de malas e numa indústria que fabricava cadeiras para salões de barbeiro. Começou a frequentar os programas de auditório das rádios paulistanas e seu timbre de voz acentuado chamou a atenção da gravadora RCA Victor, que em 1958 o convidou para gravar a música “Diana”, que estourou nas paradas de sucesso.

Prestes a completar 100 anos em fevereiro do ano que vem, Carlos Gonzaga realizava shows, viajando para se apresentar por várias cidades em várias partes do Brasil até pouco antes da pandemia do coronavírus. Segundo seu neto, sua última apresentação em público em solo brasileiro foi na Virada Paulista, dois ou três anos antes da pandemia.

No Brasil, morou os últimos anos na cidade de Santo André, onde frequentava, no Parque Novo Mundo, o Salão do Reino das Testemunhas de Jeová, incentivado por uma de suas filhas. O neto Jonatas informou que a violência no ABC paulista e região metropolitana de São Paulo fez sua mãe levar Carlos Gonzaga para morar junto com outra filha na Itália. “Tenho uma tia, casada com um italiano, que já morava faz muitos anos na Itália”.

Segundo Jonatas, sua mãe tinha sido assaltada três vezes e o próprio Carlos Gonzaga passou pela experiência de ter sido assaltado a mão armada na região do ABC paulista. Durante a entrevista para Antônio Aguillar, Jonatas elogiou o sistema de saúde existente na Itália. “Nós só temos que agradecer a todos os médicos e o pessoal do hospital que, sem conhecer a importância de Carlos Gonzaga no Brasil, o trataram desde os primeiros momentos que ele precisou da melhor forma possível.

“Infelizmente não existe tratamento em nenhum lugar do mundo para que possa comprar a vida de qualquer ser humano”, afirmou, acrescentando que seu avô faleceu de causa natural em razão da idade. “A saúde na Europa funciona e muito bem. A gente espera que todos, no mundo inteiro, tenham também acesso aos melhores tratamentos quando precisar.

“Não quero aqui fazer discurso político, mas a gente torce muito para que a situação do Brasil mude”, frisou. “Lutemos, todos nós, por uma mudança na sociedade brasileira. Não é possível vivermos com tamanha diferença social. Quando você vem para um país europeu a gente vê que isso é possível, não existem tantas diferenças de classes. Enquanto as pessoas ficarem aí no Brasil brigando por esquerda e direita as coisas não acontecem”.

Jonatas Guarino não descarta que o corpo do cantor Carlos Gonzaga possa ser transladado no futuro para o Brasil. “Mas isso aí não sabemos ainda”, afirmou pedindo para as pessoas acessarem a página oficial de Carlos Gonzaga no Facebook clicando aqui neste link.

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https://www.facebook.com/CarlosGonzagaOficial/

Da esquerda pra direita estão Paulo Isidoro, Tico, Fafá, Lumumba (Pike Riverte) e Gonzaga.

Ouçam a entrevista de Jonatas Guarino para o jornalista Antônio Aguillar no Youtube:

Morreu na Itália o pioneiro do Rock no Brasil, Carlos Gonzaga.

Em 25 de agosto de 2023, saiu de cena aos 99 anos o cantor popular que ficou conhecido por músicas como Diana, Oh Carol, Bat Masterson e Cavaleiros do Céu.

José Gonzaga Ferreira, seu verdadeiro nome, nasceu em Paraisópolis (MG) em 1924.

Homem simples, começou cedo a trabalhar carregando malas na estação de trem.

Depois de passar por várias cidades se fixou em SP no final dos anos 1940. Trabalhava no conserto de móveis, mas desejava cantar.

Então participou pela primeira vez de um programa de calouros em uma Rádio.

Ganhou vários concursos, com sua afinação e voz potente. Foi contratado e virou cantor fixo da Rádio Tupi de São Paulo.

Daí vieram as primeiras gravações.

Carlos Gonzaga estourou em meio a onda da Jovem Guarda, nos anos sessenta, e se apresentou em todos os estados.

E seguiu pela vida, cantando ao vivo e sem escolher palcos. Gravou vários discos e se manteve ativo por mais de 60 anos.

Nos últimos tempos morava na Itália com a família. A morte foi de causas naturais…

10.02.1924
25.08.2023

Texto: Jornalista Cláudio Teran

Carlos Gonzaga no início de carreira

O corpo do cantor Carlos Gonzaga será sepultado nesta Segunda-feira, 28 de Agosto de 2023, às 10h00 da manhã no horário local (5h da manhã no horário de Brasília), no Cemitério Monumental da cidade de Velletri (RM) na Itália, conforme informação da família do cantor.

Nos 58 anos da Jovem Guarda, vamos falar de um dos principais artistas do movimento: Jerry Adriani!

Foi na Rádio Cacique de São Caetano do Sul-SP, que Jair Alves de Souza se juntava a outros rapazes sonhadores e com grande ambição musical, numa época em que sentiram pela primeira vez a picada e o veneno do Rock and Roll, que começavam a aparecer em São Caetano do Sul, todo sábado à tarde, no saudoso programa “Antenor Zanardi”, em 1962.

Nesta foto podemos ver Osvaldo Coque ao lado do símbolo da Rádio, ao fundo do mágico palco da saudosa Rádio Cacique, frequentado por aqueles rapazes sonhadores na época, como José Carlos (depois Dave MacLean), Jair Alves de Souza (depois Jerry Adriani), Guilherme Dotta, ex integrante dos conjuntos The Crazie Boys, The Driving Guitars (neste já com a inclusão do jovem Jerry Hudson) e The Jet Black`s, e nosso amigo Zezinho Mulero, que foi quem me relatou esta história.

Nesta foto estão Guilherme Dotta, à esquerda (apelidado de Marcote), Roberto Dotta, na bateria não sabemos o nome, e outro irmão de Guilherme, o Laércio Dotta, com a guitarra, à direita. Eles formavam Os Rebeldes, já com a inclusão do jovem “Jerry Hudson” (nosso Jerry Adriani).

Jerry então começou sua carreira no grupo Os Rebeldes, em São Caetano do Sul, e quem contou a mim sobre este início de carreira de Jerry Adriani pela Rádio Cacique foi o também músico Zezinho Mulero, que inclusive esteve no show em comemoração aos 50 anos de carreira do amigo, que por coincidência aconteceu no mesmo dia do Show promovido por Antonio Aguillar no Club Homs em São Paulo, quando da comemoração dos 50 anos da Jovem Guarda, em 22 de agosto de 2015.
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APRESENTAÇÃO DE JERRY EM 22 DE AGOSTO DE 2015 NO CLUB HOMS


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Zezinho Mulero presenciou a primeira apresentação de Jerry Adriani, ainda como Jerry Hudson, na Rádio Cacique, cantando “Tutti Frutti”, sucesso de Elvis Presley na época. Jerry trajava calça rancheira, camisa vermelha, coturno, tinha o rosto cheio de acne e os cabelos exageradamente repletos de brilhantina.

Disse-me o Zezinho que a princípio ele e os amigos acharam aquele rapaz antipático, mas depois viram que era um cara bacana.
Depois do programa saíram juntos para tomar uma “cuba libre”, foram paquerar as gatinhas no Jardim Primeiro de Maio lá de São Caetano do Sul e depois, lá pelas 9 horas da noite, cada um tomava seu rumo pra casa…

Entre estes jovens amigos estavam o Zezinho Mulero, Jerry Hudson, Guilherme Dotta, e mais dois outros amigos, eram todos garotos “duros” e precisavam fazer até vaquinha para poderem tomar uma cuba, mas diz Zezinho que foi muito bom este convívio, e o Jerry gostava muito de relembrar esses momentos de juventude.

Guilherme Dotta foi o responsável pelo início de Jerry Adriani no mundo do disco, pois foi ele quem o apresentou ao saudoso Júlio Rozemberg, que na época tinha um programa aos domingos pela manhã na TV Cultura.

Interessante citarmos que quando o Guilherme Dotta levou Jerry ao escritório de Júlio Rozemberg, a Secretária disse que eles aguardassem, e Guilherme então pegou seu violão e ficou ensaiando com o Jerry. Neste meio tempo chegou o cantor Nilton César, que entrou direto para a sala de Júlio e perguntou: “quem é esse rapazinho que está ensaiando aí”? “Contrata logo, porque senão eu contrato!”

São histórias que o próprio Guilherme Dotta contava para os amigos, portanto quando se falar na história de Jerry Adriani, não se pode esquecer de citar também o saudoso Guilherme Dotta.

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Nas fotos a seguir podemos ver Jerry Adriani com Zezinho Mulero e também seu ingresso para o Show de 50 anos de carreira que Jerry apresentou em São Caetano do Sul…

Esta foto está bem desfocada, porém tem história: o saudoso Guilherme Dotta, que pertenceu aos conjuntos The Crazie Boys, The Driving Guitars, Os Rebeldes, The Flyers e The Jet Black`s, tocando no Clube da GM, Programa General Mirim, nos anos 60.

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Ainda em vida, Jerry Adriani enviou este documento para o amigo Zezinho, que tenta junto às autoridades do município, que seja dado seu nome a alguma RUA ou PRAÇA da cidade de São Caetano do Sul.


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Espero que tenham gostado de saber um pouco mais sobre este inesquecível ídolo da música jovem, que foi Jerry Adriani!

Homenagens a Renato Barros – Três anos de Saudade!

Nesta data de 28 de julho de 2023 faz três anos que Renato Barros foi se juntar às estrelas para brilhar em outra dimensão.

Ele que em vida deixou um imenso legado para a música brasileira, agora tem o reconhecimento de músicos e fãs de sua carreira, os quais deixaram suas homenagens a ele nesta data triste…

HOMENAGENS

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1 – Três anos sem Renato Barros: Minha Homenagem ao Mito.
Nesta data em que se completam três anos da morte de Renato Barros, deixo aqui este depoimento para que ele continue sendo sempre lembrado pelo conjunto de sua obra.
Os ídolos não morrem, os ídolos não envelhecem, apenas continuem os mesmos que eram quando entraram em nossas vidas sem pedir licença, e permaneceram com a gente, nos acompanharam pela estrada que trilhamos, fizeram parte da trilha sonora que embalaram nossas emoções, e ficam conosco durante nossa existência!


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2 – Homenagem a Renato Barros, pela Banda KM60.
A Banda KM60 envia “Só por causa de Você”, uma canção de 1974 composta por Renato Barros e Gileno.
“Renato Barros…muito obrigado em nome da Banda KM60 pelo legado musical com o qual nos presenteou; somos fãs de carteirinha do Renato e seus Blue Caps!” (Claudemir, Banda KM60).


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3 – Homenagem a Renato Barros, pelo cantor Carlos Chemello.
O cantor gaúcho Carlos Chemello interpretando “Maior que o Meu Amor”, composição de Renato Barros. Numa data tão triste, uma bela canção.

“Renato Barros cumpriu uma missão maravilhosa aqui nesse plano. Ele realizou os seus sonhos, fazendo o que mais gostava, deixando plantado em nossos corações as sementes da humildade, da simplicidade, do amor e da amizade verdadeira. Tenha a certeza que Renato Barros está muito bem junto de Deus”! (Carlos Chemello)


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4 – Homenagem a Renato Barros, por Laércio Ferreira de Lima.
O músico Laércio Ferreira de Lima gravou com a sua guitarra a música “Perdi Você”, de 1969, uma composição belíssima de Renato Barros.


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5 – Homenagem a Renato Barros, por Carlos Oliveira.
O músico e fã de Renato e Seus Blue Caps, Carlos Oliveira, é de Caxias do Sul-RS, e deu aqui esses depoimentos carregados de emoção, e cantou a primeira música que aprendeu a tocar ao violão, que foi a versão escrita por Renato Barros, “Meu Bem Não Me Quer”, de 1966.


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6 – Homenagem a Renato Barros, pelo músico Luiz Rodrigues.
Luiz Rodrigues é cantor e compositor e enviou sua homenagem a Renato Barros diretamente de Atibaia-SP.


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7 – Homenagem a Renato Barros, pelo músico Nélber Jatobá.
Nélber Jatobá é de Maceió-AL, é músico, cantor e produtor musical, e realiza um trabalho Cover de músicas da banda Renato e Seus Blue Caps. Aqui ele envia a música que foi a primeira a aprender tocar, que é a composição de Renato Barros intitulada “Não Vá embora sem me Dizer”.


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8 – Homenagem a Renato Barros, por Nichollas Mariano.
Nichollas é do Rio de Janeiro, foi Secretário de Roberto Carlos nos anos 60 e escreveu dois livros sobre a sua vida com Roberto Carlos, sendo o mais recente intitulado “Esse Cara Fui Eu – Muito Além de Roberto Carlos”, lançado este ano de 2023 pela Editora Rubi Livraria.


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9 – Homenagem a Renato Barros, por Jairo Pires.
Jairo Pires trabalhou na CBS e foi também Produtor. Ao lado de Renato produziram grandes artistas. Jairo estava com Renato na produção do primeiro compacto de Renato e Seus Blue Caps que saiu pela CBS com a música Vera Lúcia, e juntos depois escolheram o repertório para o primeiro LP da banda.


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10 – Homenagem a Renato Barros por Fatyma Silva.
Fatyma é do Rio de Janeiro e muito amiga e companheira de Renato nas noites tijucanas, lá no Otto Bar, onde Renato costumava cantar Jazz e Bossa Nova.

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11 – Homenagem a Renato Barros, por Mauro Motta.
Mauro Motta fez parte da banda Renato e Seus Blue Caps como tecladista no ano de 1968 e em 1969 deixou a banda para dar início a uma bem-sucedida carreira de Produtor Musical, mas sempre acompanhando o trabalho de gravações da banda.


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12 – Homenagem a Renato Barros, pela Banda Os Nêutrons.
A banda Os Nêutrons é da cidade de Farroupilha, Rio Grande do Sul, formada por Maria Lúcia Mota Silvestrin (promoter), Nara Niquetti, Adair Niquetti, Jorge Alberto Silvestrin, Edson Luiz Vieira, Rafael Gasperin, Jorge Gasperin e Jorge Antônio Trentin. Realizam um lindo trabalho no Sul, executando covers de músicas dos anos 60, principalmente de Renato e Seus Blue Caps há mais de 40 anos.


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13 – Homenagem a Renato Barros, por Marcos Torraca, o Marquinho.
Marcos Torraca é autor de duas músicas gravadas pela banda Renato e Seus Blue Caps, foi muito amigo de Renato e hoje reside em Ribeirão Preto.


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14 – Homenagem a Renato Barros, por Tonho do Guarda.
Antonio Ferreira de Araújo é de Alagoinhas na Bahia, é um músico mais conhecido como Tonho do Guarda, e prestou esta homenagem lembrando uma música dos primórdios, intitulada “Querida Gina”, uma composição de Renato Barros que está no LP de 1965, “Viva a Juventude”.


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15 – Homenagem a Renato Barros, por Paulo Leite.
Paulo Machado Ribeiro Leite mora no Rio de Janeiro e foi músico nos anos 60, tendo participado do conjunto The Flemings e das duplas Os Jovens e Paulo e Mary. Como ele conta neste depoimento, gravou um disco na Gravadora Gema, fundada por Renato Barros.


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16 – Homenagem a Renato Barros, por Marco Antonio Mallagoli.
Mallagoli é Presidente do Fã Clube Revolution e também enviou seu depoimento nesta data.

17 – Homenagem a Renato Barros, por Luciano Pinto.
Luciano Pinto é músico, reside em Cachoeirinha-RS, e nesta sua homenagem ele interpreta ao violão a canção “Eu te amei demais”, de Renato Barros.


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18 – Homenagem a Renato Barros, por Danilo Galdino.
Danilo, lá de Pocinhos na Paraíba, era o pupilo de Renato Barros, aprendeu tudo com seu mestre. Quantas histórias vividas, quantas emoções durante os Shows da banda, no camarim, quartos de Hotéis, desde criança sempre cuidando e ajudando aquele que ele chamava de pai.


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19 – Homenagem a Renato Barros, por Sandro Trindade.
E encerrando esta série de depoimentos em homenagem a Renato Barros, fechamos com chave de ouro ouvindo este emocionante relato do músico Sandro Rodrigo Trindade.
Ele é de Porto Alegre-RS, e faz parte da Banda Parlophone B Seven B Seven, uma banda tributo aos Beatles, McCartney, Lennon e Jovem Guarda.


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20 – Homenagem a Renato Barros, por Luiz Carlini.

O guitarrista Luiz Carlini dispensa qualquer comentário, e não deixou de tirar alguns instantes do seu tempo em meio ao lançamento de seu filme e tantos compromissos, para mandar seu recado ao colega e amigo, Renato!

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“Renato foi um grande amigo meu, unidos por uma paixão em comum: a música.
Pude compartilhar com ele inúmeros momentos e prestigiar seu incontestável talento.
Vivenciamos grandes momentos juntos, fomos amigos e parceiros. Ele foi certamente um grande marco para a música e para a vida de todos que conviveram com ele; tenho muitas lembranças das letras e músicas do Renato e Seus Blue Caps, pois ficaram guardadas para sempre comigo… E a homenagem que ele fez a mim com a versão de uma música dos Bee Gees me tocou profundamente.
Agora, passados 3 anos, pensamos que ainda ele está por perto de nós…”
Um abraço do Hamilton Silveira
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A música que Renato compôs pra ele está neste vídeo, no Youtube:

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Este livro foi a minha maior homenagem a Renato, em vida!

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MEUS CONVIDADOS PARA ESTA HOMENAGEM A RENATO FORAM:

Antonio Cláudio (Cadinho)❌
Antonio Ferreira (Tonho do Guarda)✅
Banda KM60✅
Bruno Sanson❌
Carlos Chemello✅
Carlos Oliveira✅
Cid Chaves❌
Danilo Galdino✅
Fabrício Motta❌
Fatyma Silva✅
Getúlio Côrtes❌
Gildo Antonio Gomes❌
Hamilton Silveira✅
Henrique Kurtz❌
Jairo Pires✅
José Roberto Ferreira (Beto)❌
Laércio Ferreira de Lima✅
Lessinho Mississipi❌
Luciano Pinto✅
Luiz Carlini✅
Luiz Cláudio (Fevers)❌
Luiz Rodrigues✅
Marco Antonio Mallagoli✅
Marco Aurélio Carvalho Rocha❌
Marcos Torraca✅
Maria das Graças Laranjeiras❌
Mauro Motta✅
Nélber Jatobá✅
Nichollas Mariano✅
Nilton Alves da Silva (Saldanha)❌
Os Neutrons (Adair Niquetti)✅
Paulo Machado Leite Ribeiro✅
Sandro Rodrigo Trindade✅
Santiago de Recife✅
Tarcísio CasaNova❌
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“Aos 10 anos de idade, com idade semelhante a minha, conheci não o Renato Barros, mas o Nininho, seu apelido familiar. Tornamo-nos muito amigos, crescemos juntos, estudamos no mesmo colégio, íamos juntos ao Maracanã torcer pelo Mengão, fizemos curso de férias na Gama Filho.
Estou muito à vontade para falar dessa pessoa que graças a sua capacidade, o seu profissionalismo, a sua dedicação e o seu ouvido privilegiado, já que nunca estudou música, Renato, com todo merecimento, tornou-se M I T O.
A sua simplicidade é marcante em toda sua vida.
Que os anjos acompanhem o seu coral e tragam a sua paz a todos os seus familiares e amigos.
Deus ganhou um grande amigo”. (Luís Carlos Braga)

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A todos os que aceitaram meu convite pra esta nossa homenagem ao mito, à lenda, Renato Barros, deixo aqui o meu maior agradecimento.

Aos que por motivo de saúde ou outro motivo relevante, e que justificaram não poder enviar a sua homenagem, meu desejo de que fiquem bem e tenham dias melhores.

Aos que ignoraram completamente o meu pedido, agradeço da mesma forma, mas ficará para sempre o gosto amargo do descaso…

Nossa eterna saudade e reverência ao Homem da Música, Renato Barros!