Nosso adeus ao autor da versão de “Lobo Mau”, Hamilton di Giorgio!

Hamilton di Giorgio nasceu em 22 de setembro de 1942 e faleceu em São Paulo na manhã de 29 de maio de 2023, conforme nota publicada nas redes sociais pelo seu filho Renato di Giorgio…

“Meu pai, Amilton Di Giorgio, deixou este plano na manhã desta segunda-feira (29 de maio de 2023).
O velório será no Cemitério de Congonhas (Rua Ministro Álvaro de Sousa Lima, 101 – Jardim Marajoara – São Paulo / SP) a partir das 18h de hoje”.

Ele agora vai brilhar no céu e cantar para os anjos, cumpriu sua missão na terra…

Neste vídeo a seguir gravei uma conversa informal com o músico, cantor e compositor (H) Amilton Di Giorgio, onde ele me falou sobre sua trajetória musical desde os tempos da Young.
A importância cultural de uma simples gravação como esta, via Internet, é grande para as pessoas que não se conformam em saber que nos dias de hoje, artistas talentosos do passado não são mais lembrados pela mídia televisiva.
Deixo então aqui neste espaço depoimentos como este para as futuras gerações e para que nossos astros da música sejam sempre lembrados.

A poesia citada por ele:

Rosa Subjetiva
Rosa adiposa, gulosa
Que consome natureza
Rosa manhosa, chorosa
Onde está a tua beleza?
Rosa irosa, belicosa
Desafio anti-flor
Rosa espinhosa, arenosa
Onde está o teu amor?
Onde está a tua beleza
Rosa livre, rosa presa?
Onde está o teu amor
Rosa-espinho, rosa flor?
Rosa pomposa, formosa
Que se abre e vai embora
Rosa aquosa, orvalhosa
Onde está a tua hora?
Rosa mimosa, preciosa
Que no universo se espalma
Rosa nervosa, imperiosa
Onde está a tua alma?
Onde está a tua hora
Rosa-sempre, rosa-agora?
Onde está a tua alma
Rosa ativa, rosa calma?
Rosa prosa, escandalosa
De existência partida
Rosa rosa, semi-rosa
Onde está a tua vida?
Rosa briosa, extremosa
Quem te fez no ser assim?
Rosa mofosa, limosa
Onde está o teu jardim?
Onde está a tua vida
Rosa oculta, rosa lida?
Onde está o teu jardim
Rosa de dentro de mim?

Mais sobre a trajetória artística de Hamilton neste link:

Hamilton Di Giorgio e o Rock dos Anos Sessenta.

Ravel, da dupla Dom & Ravel, prestando esclarecimentos nesta antiga entrevista a Antonio Aguillar.

Dom e Ravel foram acusados de “propagandistas da ditadura”, e é isso que Ravel, em entrevista a Antonio Aguillar, esclareceu nesta antiga entrevista.

Os dois irmãos cantores, Eduardo Gomes de Farias, o Ravel, e Eustáquio Gomes de Farias, o Dom, ficaram famosos no começo dos anos 1970. Os cearenses foram compositores do sucesso “Eu te amo meu Brasil”, gravada pelos “Incríveis”.

Dom & Ravel com Os Incríveis.

Entre os outros sucessos, vieram “Animais irracionais”, “Só o amor constrói” e “Obrigado ao homem do campo”.

Os dois irmãos gravaram em 1969 o primeiro LP, “Terra boa”, que trazia a composição “Você também é responsável”.

A música impressionou o ex-ministro da Educação, Jarbas Passarinho, que a escolheu como tema do Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral). Por isso, e pelas letras de outras composições, os dois ficaram marcados, na época, como “ufanistas” e apoiadores da ditadura.

Mas eles se defendiam, afirmando que também fizeram músicas que seriam de protesto, como “Animais Irracionais”. Um registro é esta entrevista concedida a Antonio Aguillar para seu programa na Rádio Capital de São Paulo.

Dom morreu longe da fama em dezembro de 2000, e Ravel no ano de 2011.

Fonte: Portal Memória Brasileira

Livro “Renato Barros Um Mito Uma Lenda” – Informações para quem quiser adquirir um exemplar.

Contendo 644 páginas ilustradas com fotos coloridas, o livro *Renato Barros Um Mito Uma Lenda* mostra em detalhes a trajetória artística de Renato Barros, o líder da banda Renato e Seus Blue Caps, considerada a banda de rock em atividade mais antiga do planeta.

O cantor Albert Pavão adquiriu em 2019

O músico Antonio Luiz adquiriu em 2019

O colecionador Fares Daewiche adquiriu em 2019

Fãs e músicos que tiveram suas carreiras inspiradas na guitarra de Renato Barros, ao tomarem conhecimento do conteúdo da obra, deixaram seus depoimentos …

“Lá pelos anos de 63/64 as coisas corriam paralelas, e a gente fazia show com Roberto, fazia shows em circos. Então ele me ligava, por exemplo, no sábado e perguntava: Renato você vai faze alguma coisa hoje à noite? Eu dizia: não. E ele: toca comigo lá no circo tal? Aí eu ia, era tudo assim, muito amador. Aí o Imperial, depois que ele tirou Roberto Carlos lá da lisa da Polydor, ele falou para ele: “Cara você tem que cantar rock and roll”. Roberto respondeu; “Pô cara que isso? Cantar Rock? Eu não sou cantor do rock.

Porque o Roberto, na verdade, ele gostava muito era do Tito Madi, Dolores Duran, igual a mim, eu também adoro Tito Madi, adoro essas músicas também. Então se você perguntar do que eu gosto, eu digo que gosto disso. E o Roberto também. Só que o Roberto se assustou e falou: pô, tocar rock, eu? Mas eu não sei nada de rock! O Erasmo já estava no Renato e seus Blue Caps, quando o Imperial disse ao Roberto: Vou te apresentar um cara que sabe tudo de rock.

“Os dois foram apresentados, aí então fizeram Splish Splash e deu certo, e quem gravou guitarra, baixo, bateria foi Renato e seus Blue Caps”

O texto entre aspas foi pinçado do livro Renato Barros – Um Mito! Uma lenda! Da paulista Lucinha Zanetti, uma das pessoas que mais sabem das histórias da Jovem Guarda, e amiga pessoal de Renato. A biografia, de 644 páginas, foi lançada no final de 2019, a tempo de Renato Barros ganhar seu exemplar das mãos da autora. O livro traz muitas revelações do desprezado iê-iê-iê, como o rock dos anos 60 foi batizado no Brasil, contadas por Renato Barros, que foi personagem fundamental deste capítulo a música brasileira. (Jornalista José Reles, Recife (08/08/2020)

“O livro é impressionante, na riqueza de detalhes, quantidade de informações e naturalidade da escrita/depoimentos, meus parabéns, um trabalho realmente muito importante, extremamente relevante para nossa música, muito obrigado!!.” “Músico Renan Simões de Mossoró-CE”.

“Sensacional, excelente, não dá vontade de parar, segura a atenção do leitor e para mim então que sou músico, um verdadeiro deleite! Parabéns! Você é uma excelente escritora, clara, precisa, narra tudo com critério e sequência lógica, fazendo com que o leitor passe a criar na sua imaginação as cenas por você relatadas. Parabéns, Excelente”! *Marco Aurélio Carvalho Rocha, guitarrista dos Jordans*.

“Este é um daqueles livros que a gente agarra e não quer mais soltar. Um livro que a gente torce para que não chegue ao fim, de tão gostoso que é.
Um livro honesto, sincero, escrito com o amor e o carinho de uma verdadeira fã. Aliás, só uma fã e amiga poderia ter escrito algo tão belo, tão intenso.
Um livro histórico, para quem quer conhecer a verdadeira história do Rock brasileiro e do guitarrista e líder da banda de Rock mais longeva do Brasil, Renato e Seus Blue Caps, que está há mais de 60 anos na estrada, alegrando os corações de várias gerações. A autora se esmerou nesse trabalho. Ficou ótimo, como tudo que se faz com amor. Não há dinheiro no mundo que me tire esse livro das mãos. Missão cumprida ao retratar Renato Barros! A leitura do livro RENATO BARROS, UM MITO, UMA LENDA é uma verdadeira viagem através dos tempos. Imperdível! É como se estivéssemos na sala com Lucinha e Renato, escutando suas conversas. O bom caráter, a humildade e a generosidade de Renato, nos encantam. Muitos acham que a Jovem Guarda ajudou Renato. Engano. Na verdade, foi Renato e Seus Blue Caps que ajudou a Jovem Guarda com seu inquestionável talento. Justiça seja feita. Lucinha, você cumpriu sua missão. Sublime missão! Parabéns!” Escreveu o saudoso Jovanil Pereira de Lima, de Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco”.

“Gratidão a Lucinha Zanetti que biografou o grande band leader dos Blue Caps em seu providencial livro “RENATO BARROS – UM MITO, UMA LENDA”, concedendo-me o privilégio de ser citado nesta primeira edição por eu ter ‘sustentado’ que Renato Barros foi o primeiro guitarrista brasileiro a usar o efeito “fuzz” (o som ‘rasgado’ da guitarra) na composição de sua autoria, “Você Não Serve Pra Mim”, gravada por Roberto Carlos, sucesso absoluto em 1967. Somente um ano depois, ouvi Sérgio Dias Baptista, dos Mutantes, usando o mesmo efeito em ‘Minha Menina’, do então Jorge Ben, ainda sem o ‘Jor’ no final. do nome. Renato também foi um dos primeiros guitarristas do Brasil a usar o pedal de ‘wha wha’ na música ‘Playboy’ (1969), de um certo Raulzito (futuro Raul Seixas). Renato e Seus Blue Caps é a banda de rock e balada, ainda em atividade, mais antiga do mundo, pois começaram em 1959 e vinham ‘moendo’ até agora, nos anos 2020. A minha geração deve a Renato e Seus Blue Caps a descoberta dos Beatles, pois quando o som original dos Fab Four chegava por aqui, nós, meninos da pequena classe média, através do som das Rádios e dos velhos bolachões de vinil, já conhecíamos as versões sonoramente fidedignas de Renato e Seus Blue Caps.
O livro de Lucinha Zanetti sobre a vida e legado musical de Renato Barros, com 644 páginas, em certos trechos, é nitroglicerina pura, revelando bastidores e situações da chamada Jovem Guarda, bem como certas “narrativas” controversas (o termo entre aspas tá na moda) por quem viveu intensamente e testemunhou toda a história. E Renato teve caráter, além de autoridade moral e cronológica (nasceu em 1943) para revelar tudo o que vivenciou. Era extremamente simples e humilde, um anti-popstar no trato com seus fãs, mas não era bobo. Era sincero, doa a quem doer. Escreveu Graco Medeiros, de Recife.

Com sua guitarra FUZZ Renato Barros influenciou músicos de várias gerações desde os anos 60 até a atualidade!

Esta obra que imortaliza o artista nos anais da história atualmente está à venda nos Market Places como:

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