ANTONIO AGUILLAR relatando um pouco da sua historia.

(Texto: Antonio Aguillar)

Em 1959, Abelardo “Chacrinha” Barbosa apresentava um programa de música da velha guarda, de segunda a sexta-feira, às 18h pela Rádio Nacional de São Paulo, localizada na Rua Sebastião Pereira, 218.

Em 1959, Antonio Aguillar apresentava um programa de música jovem chamado “Ritmos para a Juventude”, de segunda a sexta-feira, às 17h, pela Rádio Nacional de São Paulo, localizada na Rua Sebastião Pereira, 218.

Os dois radialistas eram muito amigos e sempre estavam juntos, trocando ideias sobre música e sobre os cantores.
Antonio Aguillar foi inúmeras vezes ao Rio de Janeiro para participar dos programas de rádio e televisão do Chacrinha, onde o disc-jóquei da juventude levava sempre os artistas que lançava em disco em São Paulo.

Chacrinha sempre falava a Antonio Aguillar sobre Roberto Carlos, um cantor que cantava samba canção e bossa-nova com a voz pausada e baixa, bem ao estilo de João Gilberto; ele se apresentava na boate Plaza em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Em 1959 Roberto Carlos lançou o seu primeiro disco em 78rpm pela Polydor, com as músicas JOÃO E MARIA / FORA DO TOM, de autoria de Carlos Imperial e Roberto Carlos.

Em 1960 Antonio Aguillar foi ao Lord Palace Hotel , na Rua das Palmeiras, onde o Chacrinha se hospedava semanalmente para fazer os seus programas de rádio e televisão em São Paulo e no hall do hotel o velho guerreiro chamou um garoto tímido com um ar tristonho e o apresentou ao disc-jockei Antonio Aguillar, com a seguinte frase:
_ Este é o cantor Roberto Carlos, que mora no Rio e vem morar em São Paulo. Ele gravou MALENA em um 78rpm e eu gostaria, Aguillar, que você divulgasse esse moço, que tem muito valor e futuramente será um grande sucesso. Ajude-o por mim em seus programas, que você não vai se arrepender.

Antonio Aguillar, que fazia os seus programas de rádio e televisão com muita audiência em todo o Brasil, prometeu ao Chacrinha, que era seu amigo, fazer aquilo que podia para dar uma força na carreira do rapaz que acabara de ser apresentado.

Como Roberto Carlos ficou hospedado naquele hotel, Aguillar foi no dia seguinte conversar com ele para combinar como seriam feitas suas apresentações na televisão e também a divulgação do seu disco no rádio.
A musica “Malena” não inspirava muito ao Aguillar mas Roberto Carlos prometia gravar outras musicas voltadas mais para os jovens da época.

Roberto apresentou ao Aguillar a sua divulgadora em São Paulo, de nome Edy Silva, conhecida no meio por trabalhar nas emissoras coligadas, que tinham uma programação distribuída para as principais emissoras do Pais. Através dela, Aguillar conheceu pessoalmente Othon Russo, que era o diretor de divulgação da CBS e que prometera fazer um trabalho intenso para projetar da melhor forma possível o cantor de Cachoeiro do Itapemirim.

Roberto Carlos entrou no esquema de Aguillar e sempre esteve nas programações musicais da rádio Nacional de São Paulo e semanalmente no Festival da Juventude da TV Excelsior Canal 9. Muitos cantores de sucesso eram apresentados nas programações de Aguillar, como Nilton Cesar, Agnaldo Rayol, Carlos Ganzaga, The Jordans, Ronnie Cord, Demetrius, Baby Santiago, Hamilton Di Giorgio, Tony Campello, Celly Campello, Gessi Soares de Lima, Maria Odete, The Jet Blacks, Leila Silva, Marta Mendonça, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Oslaim Galvão, Prini Lorez, The Clevers, Renê Dantas, Sergio Reis, George Freedman, Meire Pavão, Albert Pavão, Renato Guimarães, Sergio Murilo, Bobby de Carlo, Marcos Roberto, Dori Edson, Nilton Cesar, Carlos Ely, Sergio Reis, etc.

A FORMAÇÃO DE GRUPOS MUSICAIS

O primeiro conjunto de rock and roll foi The Jordans, com um 78rpm Budha selo Spacial (em fins de 1959 e começo de 1960). Sua primeira formação era:
Aladim, Mingo, Neno, Irupe, Siwal, Tony e Manito.

O programa Ritmos para a Juventude era apresentado pelo Moreira Jr. na rádio Nacional. Como esse apresentador estava deixando o rádio para trabalhar nas páginas amarelas da telefônica que lhe rendia algum dinheiro, o sr. Francisco Abreu, Diretor da Emissora, convidou para fazer o programa Ritmos para a Juventude o locutor comercial Antonio Aguillar, que também apresentava aos domingos à tarde, naquela emissora, o programa MELODIAS SANDAR, com musicas exclusivas de Ray Connif para a rapaziada dançar em casa.

Começava desta forma uma programação mais dinâmica e com maior audiência, porque Aguillar, sempre dinâmico, passou a dar ao programa um tratamento especial, convidando os ouvintes a comparecerem nos estúdios para compartilhar da programação.

Naquele tempo os estúdios das grandes emissoras eram enormes porque existiam as radionovelas e exigia um ambiente amplo para conter o numero de participantes.

Assim Aguillar podia receber muita gente e fazer o seu programa de disco com a presença das meninas que na época eram denominadas play girls. Elas ouviam as musicas, aplaudiam, gritavam e daí nascia o grande sucesso do programa, a ponto de a direção levar essa programação aos sábados ao vivo no auditório da emissora da rua Sebastião Pereira, 219, o qual foi demolido para dar lugar ao minhocão.

The Jordans fazia parte dessa apresentação ao vivo e os cantores da chamada musica jovem iam aparecendo e procurando no programa a oportunidade de um lugar ao sol.
Como os rapazes dos Jordans passaram a tocar na Boate Lancaster (uma boate de musica jovem, principalmente Twist, localizada na rua Augusta e de propriedade de Fauser e Miguel Vaccaro Neto), o grupo deixou de acompanhar os cantores que apareciam aos sábados no programa. Foi então que Joe Primo (cantor e guitarrista) juntamente com Bobby de Carlo (músico e cantor) comprometeram-se a formar um conjunto de rock para acompanhar os cantores no programa de Antonio Aguillar.
Nascia então o grupo THE VAMPIRES, composto por Joe Primo, Bobby De Carlo, Zé Paulo, Carlão e Jurandi.

The Vampires posteriormente teve o nome trocado com um cantor que se apresentava no programa, chamado Jet Black (o cantor passou a se chamar Little Black), e Joe Primo, que havia descoberto José Provetti, o Gato, em um canto tocando piano, convidou-o para entrar para o grupo e Gato tornou-se o grande mentor musical do grupo, que depois foi levado para gravar na Chantecler por Miguel Vacaro Neto.

Mais uma vez Aguillar ficava na mão e desejando criar um novo grupo.

Procurou então Mingo, que deixava o The Jordans e o Manito, que estava sem serviço, e numa conversa decidiram a formação do novo conjunto que recebeu o nome de The Clevers, para que Aguillar pudesse tê-los no programa que já se fazia também na TV Paulista – Canal 5.

Mingo concordou que Aguillar registrasse a patente em seu nome para que não houvesse problema com os componentes, assim eles ficariam presos ao contrato com Aguillar, que seria o 6º elemento.
Para achar um nome para o conjunto, Aguillar, que mantinha um dicionário Inglês-Português em sua mesa de trabalho, abriu uma das páginas e achou interessante a palavra “Clevers”, porque tinha o significado de Vivos, Astutos, Hábeis, etc…

E assim nascia o conjunto com a formação de mais 03 elementos:
– Neno (trazido pelas mãos do Mingo)
– Luizinho (trazido pelas mãos do Neno)
– Waldemar , o Risonho (trazido pelas mãos de um deles).

Como Luizinho ganhou a bateria do avô, em homenagem a ele Aguillar o apelidou de Netinho;
Waldemar, que vinha de uma orquestra de Valparaiso e era bancário em São Paulo, estava sempre sorridente, então Aguillar passou a apelidá-lo de Risonho.

Ficou assim a formação dos Clevers:
_ Manito (sax), Mingo (guitarra-base e voz), Neno (contrabaixo), Netinho (bateria) e
Risonho (guitarra solo).

Depois de muitos ensaios na sala de trabalho de Antonio Aguillar na Organização Victor Costa, este apresentou o grupo em seu programa de rádio aos domingos pela manhã.

Num desses domingos, Aguillar convidou Francisco Petrônio (cantor) que era uma espécie de olheiro do Palmeiras (Diogo Mullero) Diretor da Continental Discos, para vê-los tocar.
Não deu outra! Aguillar foi convidado a levar o grupo à Gravadora e fazer o contrato para gravar imediatamente um 78 rpm.

Assim foi feito o disco, com arranjos do músico Poly, e assim que o disco foi tocado em primeira mão no programa Telefone Pedindo Bis, na Radio Bandeirantes, com apresentação de Enzo de Almeida Passos, a musica estourou no Brasil inteiro e eles se consagraram como integrantes do primeiro grupo musical conhecido em todo o Brasil no gênero.
Até no Pacaembu, em dias de jogo, a musica El Relicário era tocada e o povo gritava com o refrão: OLÉ!
Sucesso total.

Antonio Aguillar entrevista Roberto Carlos nos anos 60.

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Antonio Aguillar no camarim depois do Show de Roberto Carlos em São Paulo, no Espaço das Américas, em 20 de setembro de 2018,


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ANTONIO AGUILLAR entrevista ROBERTO CARLOS DEPOIS DO SHOW NO ESPAÇO DAS AMÉRICAS.

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RENATO BARROS, UM MITO, UMA LENDA!

RENATO BARROS está fazendo aniversário hoje, 27 de setembro, e eu gostaria de homenageá-lo de alguma forma especial, mas não consegui pensar em nada a não ser lhe desejar muita saúde, muita garra pra continuar nos brindando com os Shows de sua banda Renato e Seus Blue Caps, e que o sucesso perdure eternamente!

Vou dividir com vocês toda a emoção que vivi conversando com Renato ao longo desses mais de dois anos de convivência, quando tive oportunidade de gravar junto com ele conversas inusitadas, esclarecedoras, informativas, enfim… ISTO É RENATO BARROS!

AO RENATO,

NOSSOS VOTOS DE MUITO SUCESSO, SAÚDE, FELICIDADE, MUITA PAZ E MUITO AMOR!

Neste primeiro vídeo Renato Barros falou sobre algumas de suas composições, citou os Beatles, falou de sua amizade com Getúlio Côrtes e como começou a parceria deles em composições, lembrou Gileno e de quando compôs “Devolva-me” para a dupla Leno e Lílian, falou sobre as composições suas que Roberto Carlos gravou, explicou por que usou os pseudônimos Richard Brown e Richard Young, finalizando com sua composição em parceria com Vadinho, intitulada “Eu e Você” gravada pelo Roupa Nova e José Augusto e que foi tema da novela Tieta, enfim, uma conversa informal que poderá ser ouvida aqui neste vídeo.

Depois Renato convidou o amigo Getúlio Côrtes e gravamos também esta conversa muito bacana aqui, ocasião em que ele me apresentou o compositor Getúlio Côrtes, que contou a historia de como surgiu sua composição “Negro Gato” entre outras curiosidades…

Depoimento sobre o cantor Reginaldo Rossi:

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Sobre a gravação da música “Tudo morreu quando perdi seu amor”, gravada pela Wanderléa, Renatodiz:

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Neste vídeo Renato Barros fala sobre seu gosto musical, onde ele me contou como foi influenciado por sua família a ouvir os clássicos da música americana e de como introduziu músicas internacionais em seus Shows com a banda Renato e Seus Blue Caps.
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E também no Youtube…


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Em 27 de janeiro de 2017 o músico e apresentador do programa “SINTONIA EM FLASHBACK” pela Rádio Água Viva FM de Apucarana, VICCI VIEIRA, entrevistou ao vivo o músico e compositor RENATO BARROS, da banda Renato e Seus Blue Caps.
Entre outras coisas, Renato contou sobre a formação da banda, falou sobre seu gosto musical diversificado, contou sobre o dia em que foi convidado para um show de Elvis Presley, recebendo um cumprimento dele, um rápido “Hi”!
Falou do grande músico que é seu irmão Paulo César Barros, explicando por que ele o considera o maior baixista do mundo; e falou sobre os próximos shows da banda em Maringá (18/03) e Curitiba (23/04).


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RENATO BARROS explica por que PAULO CÉSAR BARROS pode ser considerado o melhor baixista do mundo!

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Renato Barros contando suas memórias.

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RENATO BARROS FALA SOBRE O REPERTÓRIO DOS SHOWS DE RENATO E SEUS BLUE CAPS
Numa conversa informal via Messenger (desculpem as falhas do sinal da Net…), Renato Barros explica sobre a escolha do repertório nos shows de sua banda Renato e Seus Blue Caps.

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Aqui Renato Barros explica sobre a escolha do repertório musical nos shows da banda.

Neste vídeo Renato faz esclarecimentos aos fãs sobre a gravação de um DVD da banda Renato e Seus Blue Caps.

Um depoimento de Renato sobre a banda The Fevers:

Além de contar algumas novidades, Renato esclarece sobre os convites que recebe para tocar guitarra e envia mensagem ao seu Fã Clube no Facebook, RENATO E SEUS BLUE CAPS BRASIL (FÃ CLUBE).

Sobre o LP “Suco de Laranja”, Renato Barros disse…

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Aqui a historia da canção “AMOR SEM FIM”. É uma canção gravada por Renato e Seus Blue Caps e composta por Renato Barros que saiu em CD pela Globo/Columbia sob o número 419.086, em setembro de 1996 e foi ouvida inclusive por George Martin.

Renato conta que a música é cheia de historias, ouçam aqui:

Neste vídeo Renato Barros faz alguns esclarecimentos aos fãs da Banda Renato e Seus Blue Caps.

– Esclarecimento sobre a criação do nome da banda por Jair de Taumaturgo e não por Eduardo Araújo;
– Renato conta como aprendeu a tocar violão;
– O disco de 1976 e o nome polêmico: “10 anos de Renato e Seus Blue Caps”;
– A música “Adorada”, do LP de 1977, que foi inspirada em “That’s what I want” (The Square Set).

Novamente um esclarecimento sobre a escolha do nome da banda:

Neste vídeo um assunto muito discutido pelos fãs, que é sobre os vocais nas canções de Renato e Seus Blue Caps.

Atendendo a inúmeras perguntas sobre quem canta nas gravações dos discos, Renato Barros explica como eram escolhidas as vozes e por que hoje há certa dificuldade em se identificar os vocais em cada uma delas…

RENATO BARROS responde a minha pergunta “por que Renato e Seus Blue Caps é chamado de ‘biruta’, comenta sobre a repercussão da sua homenagem à Bossa Nova nos Shows da Banda e explica como fez o arranjo da canção Hotel California em seus Shows.

RENATO BARROS faz esclarecimentos sobre sua participação como guitarrista acompanhando os cantores da CBS.
Cita a musicalidade de seu irmão Paulo César Barros, faz elogios ao Lafayette, lembra o amigo Mauro Motta e muito mais.

As músicas gravadas por Jerry Adriani e que foram mencionadas nesta conversa são:
“Preciso de Você Agora”, “Se Pensamento Falasse”, “Palavras de Carinho”, “És meu Amor”.

Músico diferenciado e pessoa carismática, Renato Barros agradece publicamente todo carinho que recebe de seu público e fãs de Norte a Sul do Brasil.
Como costumo dizer entre amigos, se no Brasil existisse a comenda britânica ele deveria receber o título de Sir Renato Barros.

RENATO BARROS fala sobre os momentos de lazer em um Bar Restaurante na Tijuca, onde costuma frequentar e cantar, sempre na companhia de amigos.

A historia de como surgiu a canção “Memórias” e “A Primeira Lágrima”:

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DEPOIMENTO DE RENATO BARROS SOBRE O GUITARRISTA CELSO BLUES BOY
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De como RENATO BARROS teve a sua canção “VOCÊ NÃO SERVE PRA MIM” gravada por ROBERTO CARLOS.
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DE COMO SURGIU A CANÇÃO “NEGRO GATO”, de GETÚLIO CÔRTES
RENATO BARROS e GETÚLIO CÔRTES contam a historia da canção “Negro Gato”, que foi gravada por Renato e Seus Blue Caps no LP Viva a Juventude e posteriormente por Roberto Carlos, no LP de 1966.

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… Falávamos sobre as comemorações pelos 100 anos de Dalva de Oliveira… quando de repente…

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Mensagem para a amiga DIVINA VALÉRIA
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RENATO BARROS envia mensagem para GERALDO ALVES e relembra a importância da banda Renato e Seus Blue Caps para a CBS e o sucesso de vendagem de discos, mesmo não tendo tido apoio da mídia.
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Numa conversa informal, RENATO BARROS fala sobre a banda RENATO E SEUS BLUE CAPS no passado e no presente, e entre outras coisas, esclarece sobre os vocais nas gravações, as formações que a banda teve em sua longa trajetória até chegar na atual, que vem desde 1989…
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RENATO BARROS CONTANDO QUEM O AJUDOU NO INÍCIO DE CARREIRA (MENSAGEM PARA ANTONIO AGUILLAR) E TAMBÉM QUEM TENTOU PREJUDICAR A BANDA.

RENATO BARROS fala sobre quem ajudou a banda RENATO E SEUS BLUE CAPS no início de carreira e manda mensagem para o “Timoneiro da Juventude”, ANTONIO AGUILLAR.
Ele também fala sobre quem o prejudicou durante sua trajetória artística… ouçam!
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RENATO BARROS CONTA COMO SURGIU A CANÇÃO “PRIMEIRA LÁGRIMA”

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RENATO BARROS E AS COMPOSIÇÕES “EU E VOCÊ” E “RAZÃO E EMOÇÃO”.
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HOMENAGEM AO CANTOR E COMPOSITOR TITO MADI
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RENATO BARROS responde a algumas perguntas enviadas por músicos e fãs da banda Renato e Seus Blue Caps.
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MENSAGEM DE RENATO BARROS

Aqui a opinião de RENATO BARROS sobre os comentários negativos que recebeu ao publicar sobre um abraço enviado à banda por uma figura pública, o Deputado JAIR BOLSONARO.
(Democracia também é poder ter liberdade ideológica e de expressão.)
E nos lembramos da mensagem de Charles Chaplin, que dizia pra gente se animar pois que haverá sempre um amanhã brilhante, quando a gente simplesmente sorrir!
Smile / Sorria
Smile, though your heart is aching
Sorria, embora seu coração esteja doendo
Smile, even though it’s breaking
Sorria, mesmo que ele esteja partido
When there are clouds in the sky
Mesmo quando houver nuvens no céu,
You’ll get by…
Você conseguirá superar tudo…
If you smile…
Se você sorrir…

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RENATO BARROS PRESTANDO UMA HOMENAGEM AO GRUPO MANCHESTER.

Uma homenagem de RENATO BARROS a Paulo, Zilma, Altanir Freitas, Amaury Freitas, seus amigos que pertenceram ao grupo Manchester, cujo disco foi todo produzido por Scarambone, ex-tecladista da banda Renato e Seus Blue Caps.
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RENATO BARROS FALA SOBRE O DISCO RICHARD BROWN AND HIS ORCHESTRA.

RENATO BARROS conta como foi que surgiu o disco orquestrado sob pseudônimo de RICHARD BROWN AND HIS ORCHESTRA PRESENTS… lançado em fevereiro de 1972.

Faixas

1 – Help (Get Me Some Help) (Daniel Vangarde, Nelly Bill)
2 – You’ve Got A Friend (Carole King)
3 – Have You Ever Seen The Rain (John Fogerty)
4 – Don’t Let It Die (Smith)
5 – Barbarella (Freitag – Siegel Jr, -Jay)
6 – Butterfly (H. Barnes, R. Barnet, Daniel Gerard)
7 – The Fool (G. Montagne)
8 – Go Away Little Girl (Goffin, King)
9 – Acapulco Gold (T. Randazzo, V. Pike)
10 – They Long To Be (Close To You)(Bacharach, David)
11 – Mighty Clouds Of Joy (Buddy Buie, Robert Nix)
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O LP TWIST (1962) COMENTADO FAIXA A FAIXA POR RENATO BARROS.

Alguns destaques comentados por RENATO BARROS sobre o disco:

– Gravado pela Copacabana Discos, o nome da primeira faixa, “Peppermint Twist”, era de uma boate em Nova York chamada Peppermint;
– Renato conta como surgiu a ideia de se fazer o disco com os artistas cantando 04 músicas cada um;
– Na música “I like Twist with my baby” o pai de Renato faz participação batendo palmas;
– O grupo “Os Cariocas” participam em duas músicas fazendo “backing vocal”: Cuide Certinho do Meu Bem, versão de Demetrius e Bonequinha, composição de Renato Barros.
– O caso da ausência de um baterista para a gravação do disco, o que fez com que Renato Barros tocasse a bateria em uma das músicas do disco.

NOTA: O Diretor da Copacabana Discos a quem se referiu Renato Barros era Nazareno de Brito.
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O LP RENATO E SEUS BLUE CAPS DE 1963 COMENTADO FAIXA POR FAIXA POR RENATO BARROS.

RENATO BARROS comentando sobre o álbum RENATO E SEUS BLUE CAPS de 1963, ocasião em que ele recordou sobre o programa de Jair de Taumaturgo, as gravações de “Lobo Mau” (enviou abraço para Hamilton di Giorgio); a música Comanche versus Apache; a atriz fazendo um bebê na música “Boogie do Bebê”, as músicas não autorizadas, “Kathleen” e a paródia “O Bode e a Cabra” (gravação descoberta pelo Leno nos arquivos da CBS)… e muito mais! Ouçam!
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O LP RENATO E SEUS BLUE CAPS 1967 COMENTADO FAIXA A FAIXA POR RENATO BARROS.

Prestes a completar 50 anos em dezembro, o álbum RENATO E SEUS BLUE CAPS de 1967, que segundo RENATO BARROS ficou conhecido como “O DISCO DO LAMÊ”, segue aqui comentado faixa a faixa por ele, o seu criador.

Nota: Reg Presley, autor da música original (I can´t control myself) cuja versão originou “Não posso me controlar”, fazia parte de uma banda britânica dos anos 60 chamada The Troggs. Era vocalista e como vimos, também compositor.
No dia 04 de fevereiro de 2013, o vocalista Reg Presley faleceu aos 71 anos, vítima de câncer do pulmão.
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O LP ESPECIAL 1968 COMENTADO FAIXA A FAIXA POR RENATO BARROS.

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RENATO BARROS CONTA COMO CONHECEU IVAN BOTICELLI.

Complementando sobre o disco “Twist” que publicamos ontem, 30/11, RENATO BARROS fala sobre a participação de IVAN BOTICELLI na banda Renato e Seus Blue Caps, de 1960 a 1962, e de como eles se conheceram, que foi em uma daquelas “gigs” que os jovens músicos costumavam fazer…

Neste vídeo, cenas do filme “Rio, Verão e Amor”, em cuja abertura Boticelli toca piano no conjunto de Bossa Nova.
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RENATO BARROS envia mensagem de agradecimento pelas homenagens que a banda tem recebido, em especial ao músico TARCÍSIO CASANOVA, que criou uma página para homenagear a banda.
A gravação desta conversa informal ocorreu no início da noite de hoje, 09 de janeiro de 2018, Renato no Rio de Janeiro e Lucinha Zanetti em Piracicaba.
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RENATO BARROS FALA SOBRE OS BAIXISTAS E A CAPA DO LP DE 1969.

RENATO BARROS falando sobre os baixistas que passaram pela banda Renato e Seus Blue Caps e de quando Cadinho (Cláudio) entrou para o grupo.
Sobre a capa do disco de 1969, ele explica que era uma época em que estava em voga o psicodelismo, daí terem escolhido uma capa com este tema.
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RENATO BARROS COMENTA SOBRE MÚSICAS DE SUA AUTORIA
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RENATO BARROS EXPLICA QUEM COMPÔS A MÚSICA “EU NÃO ACEITO O TEU ADEUS”

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As composições de RENATO BARROS comentadas pelo próprio compositor.

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MENSAGEM DE RENATO BARROS SOBRE A AGENDA DE SHOWS DA BANDA

Os seguidores da página oficial da banda Renato e Seus Blue Caps no Facebook sabem que costumávamos colocar a Agenda de Shows da banda no começo do ano, porém como não colocamos mais, muitas pessoas têm perguntado sobre isso. Desta forma, Renato Barros houve por bem fazer um esclarecimento, como segue.
Pedimos desculpas pelo áudio não ter ficado muito bom devido ao sinal da Internet no momento da gravação via Whatsapp, mas vou transcrever aqui o que disse Renato.

“Bem Lucinha, como é que eu vou te responder… na verdade eu rezo pra que a gente passe logo por essa tempestade, mas nós vivemos um momento de instabilidade geral no país, não é? Infelizmente a gente não pode falar com tanta segurança tudo o que vai acontecer de imediato que dirá dentro de dois meses, três meses… por que a coisa é tão instável… e a gente fica sabendo… e graças a Deus, nem tanto com a gente, graças a Deus, mas a gente fica sabendo de coisas que você programa, você coloca… os artistas colocam nas suas agendas e fazem a propaganda com um, dois, três meses de antecedência e até lá, nesse meio do caminho, acontece algum problema, acontecem até problemas extras… mas a nossa vontade é estar sempre fazendo Shows, é a vontade do artista em geral, não é só nossa. É muito prazeroso você trabalhar, você fazer show, você criar, mas infelizmente não depende só de nós. Depende de outras coisas, depende do que acontece durante a semana, ou durante o mês no país, então cria aquela instabilidade… aí, quando acontece algum problema… vou citar aqui um exemplo bem comum, bem prático, do que acontece no Show Business: por exemplo, hoje você vai contratar um artista, um exemplo, quando esse artista tem uma equipe de 15 pessoas; aí o contratante vai comprar as passagens de avião. São 15 pessoas, o que já é um gasto, é um custo enorme, e eu me coloco no lugar de todo contratante, mas mesmo assim ele vai lá, tá indo tudo muito bem, então deixa pra comprar na semana que vem, mas quando ele chega na semana que vem já está 20% ou 30% mais caro… aí quando o cara junta as passagens de avião, quando ele junta a estadia de Hotel, quando ele junta as despesas com sonorização, quando ele junta… e são tantas coisas que precisa para um show, aí o cara pega e o que ele faz? Por que todos nós passamos por isso… Tem gente que chega e fala que está checando o orçamento do final do mês – aí você vê o quanto vai faturar, o quanto vai gastar, e feliz daquele que ainda tem uma sobrinha, por que geralmente o dinheiro não está dando mais pra nada. Infelizmente, as pessoas são profissionais, vivem disso, então… a gente não está colocando a agenda com antecedência como nós fazíamos antes, baseados nesses exemplos.
Olha Lucinha, telefonemas, ligações, E.mails, acontecem todos os dias no nosso escritório, graças ao bom Deus, todo dia tem pedido de todas as regiões, mas alguns retornam e tentam fechar negócio e outros não retornam mais, por que infelizmente é como eu falei, o país está desta forma e a cultura, a música, são os mais prejudicados. Mas o artista geralmente não conta isso, ele não fala essas coisas, então, as pessoas têm todo o direito de estarem reclamando, ou perguntando, e muito se passa por causa disso, por causa das dificuldades que nós estamos enfrentando, nós que eu digo, o povo brasileiro tá enfrentando. Tem muita coisa pra se consertar nesse país. E fica aqui esta explicação para o nosso querido público, deixando bem claro que se dependesse de nós, nós iríamos a pé até a cidade deles pra trabalhar, pra fazer o show, pra levar essa alegria e receber esse carinho.
Mas como eu disse, não depende da gente.
Espero ter respondido mais ou menos… como é que eu vou dizer assim: estamos no mês de março, como eu vou dizer, em junho, dia 03, estaremos na cidade X, fazendo show tal hora… Aí a pessoa fica lá esperando e quando chega em cima da hora o show não acontece. Sabe-se lá o que as pessoas não dizem… que somos no mínimo irresponsáveis… por que as pessoas têm seu próprio julgamento.
É mais ou menos por aí. Por que nós gostaríamos de colocar uma agenda, mas nós estamos colocando a informação só com um mês de antecedência. Estou sendo franco, aliás, eu sou bem franco mesmo, eu falo muito a verdade, então… a verdade do que acontece é essa.
Quero agradecer ao pessoal que está perguntando pela agenda. Eu fico muito feliz, agradeço muito, mas infelizmente essa é a verdade.”

RENATO BARROS EXPLICANDO SOBRE AFINAÇÃO DE GUITARRAS

Fizemos uma matéria em 26 de março de 2018 sobre uma guitarra de dois braços que Renato Barros utilizou algumas vezes.
A matéria gerou curiosidade sobre a afinação de guitarras de 12 cordas, e aqui nesta gravação, estão as explicações.

A matéria toda está aqui.
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RENATO BARROS fala sobre a reportagem exibida pela TV Record no programa Câmera Record de 03 de junho de 2018, que disse ser “Roupa Nova” a banda mais antiga do pais, e deixa um recado aos fãs de Renato e Seus Blue Caps que ficaram chateados com o que disse o repórter…


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O vídeo no Facebook, na página do artista RENATO BARROS:

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RENATO BARROS APRESENTA O NOVO BAIXISTA DA BANDA RENATO E SEUS BLUE CAPS.

Em 14 de julho de 2018, durante o Show da banda Renato e Seus Blue Caps em Juazeiro, na Bahia, iniciou seus trabalhos de Baixista na Banda, o músico BRUNO SANSON, que já figurava como Técnico de Som acompanhando o grupo pelo Brasil.
Além de Baixista, Bruno também toca guitarra e bateria.

“E é assim que uma nova fase se inicia! Com alegria, muito trabalho e dedicação eu viro uma página da vida pra estar no palco com essas lendas do Rock e da historia da música brasileira.
Pego esse bastão com muito orgulho e satisfação, sabendo do peso da bagagem que essa banda carrega.
Obrigado a cada um que, de alguma forma, contribuiu com esse crescimento”. (Bruno Sanson)
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RENATO BARROS envia mensagem de agradecimento ao Radialista ANTONIO AGUILLAR.

O livro “MEMÓRIAS DE ANTONIO AGUILLAR” foi lançado em maio deste ano, e poderá ser adquirido através do Whatsapp (11) 96498-4501 com a Celia Aguillar ou pelo E.Mail antonio_aguillar@uol.com.br , endereço eletrônico de Antonio Aguillar.

NOTA: Pedimos desculpas pelas falhas de conexão nesta gravação via Messenger.
Como a Internet falhou, algumas frases ficaram sem sentido, como no momento em que Renato fala brincando do Agnaldo Rayol, antes ele disse que tudo o que era antigo virou Jovem Guarda…

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RENATO BARROS FAZ ESCLARECIMENTOS SOBRE SEU POST E O TERMO “BAIXO CLERO DA JG”.

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Renato e Seus Blue Caps é proveniente do Rock e não da Jovem Guarda!

Alguns sites insistem em referenciar a banda Renato e Seus Blue Caps como sendo proveniente da Jovem Guarda.
Ledo engano!

Renato e Seus Blue Caps é uma banda proveniente do Rock e Pop Rock e a prova disso é que muito antes de passarem pelo programa Jovem Guarda da TV Record de São Paulo, já era um sucesso nacional com a música “Menina Linda”, gravada no final de 1964, assim como já haviam feito também muito sucesso com músicas lançadas anteriormente, como “Bigorrilho”, “Vera Lúcia” (primeira música cantada que a banda gravou pela CBS), “Boogie do Bebê”, entre outras.

O programa Jovem Guarda foi ao ar em agosto de 1965 e Renato e Seus Blue Caps só foi chamado para participar por que a música “Menina Linda” estava estourada nas paradas de sucesso. Os amigos que Renato tinha no Rio e que foram fazer o programa não o havia convidado, e foi Zilmar Couto, enviado pelo Empresário Marcos Lázaro, que era o Diretor Artístico Geral da Record, quem foi até o Rio de Janeiro na casa de Renato para convidá-lo a ir a São Paulo na TV Record. Foi então que ele assinou um contrato para fazer o programa.
Portanto, tanto a banda não é proveniente da Jovem Guarda, como nem mesmo foi convidada pra fazer o programa. Foram convidados sim, depois, mas pelo Diretor Marcos Lázaro, assim mesmo por que estavam na parada e eles nem sabiam disso.

Em 1965, além de Renato e Seus Blue Caps já estar fazendo muito sucesso com o compacto “Menina Linda”, também o LP VIVA A JUVENTUDE (CBS 37.397, abril de 1965) se projetava no cenário do Rock nacional.

Primeiro LP lançado pela CBS, o “Viva a Juventude” foi também o primeiro trabalho de repercussão de Renato e Seus Blue Caps, tendo como grande destaque a música “Menina Linda”.
Este LP começava a trazer as primeiras versões de músicas dos Beatles em português, feitas por Renato Barros.

O disco “Isto é Renato e Seus Blue Caps” (CBS 37.433, dezembro de 1965) no entanto teve total influência dos Beatles, ainda que no primeiro já houvesse bastante, e foi outro grande sucesso nacional. Foi neste disco também que Renato e Seus Blue Caps começou a gravar músicas autorais, sendo a maioria compostas por Renato Barros:

– Feche os Olhos (All my loving) (Lennon-MacCartney Versão: Renato Barros)
– Escândalo (Shame and scandal in the family) (Huon Donaldson-S. H. Brown Versão: Renato Barros)
– Preciso Ser Feliz (Renato Barros-Paulinho-Lilian Knapp)
– Eu Sei (I’ll be back) (Lennon-MacCartney Vers: Renato Barros)
– Aprenda a me Conquistar (Carlinhos-Renato Barros-Lilian Knapp)
– Sou tão Feliz (Love me do) (Lennon-MacCartney Versão: Renato Barros)
– Orgulho de Menina (I need your love) (Clark-Smith Versão: Renato Barros)

O primeiro LP fez tanto sucesso quanto o compacto ‘Menina Linda’, que estourou principalmente em São Paulo, e os rapazes da banda, que moravam no bairro da Piedade no Rio de Janeiro, sequer tinham noção de que a música estava no topo das paradas no Brasil todo.

Foi nesta ocasião que aconteceu a primeira viagem de Renato e Seus Blue Caps para uma cidade do interior de São Paulo, a cidade de Marília, e sobre este acontecimento já falamos aqui.

Em sua coluna “O Mundo é dos Brotos”, CARLOS IMPERIAL fez o balanço de como fora o ano de 1961 com referência aos artistas que participavam do seu programa “Clube do Rock”.

“Renato e Seus Blue Caps e The Jet Black’s de São Paulo são os absolutos em matéria de conjunto instrumental”, diz um trecho da matéria…

Nota: O motivo desta publicação é informar que Renato e Seus Blue Caps é muito mais que uma banda que “pertenceu” à Jovem Guarda… além de estar prestando um serviço aos historiadores, contando a verdadeira historia. Tudo isso com o aval de Renato Barros.

PASSAGEM DA BANDA RENATO E SEUS BLUE CAPS PELA RÁDIO CLUBE DE MARÍLIA (SP), P.R.I.-2.

O ano de 1965 foi um marco para a carreira da banda Renato e Seus Blue Caps. O sucesso inesperado aumentava cada vez mais e já no final do ano, com a passagem da banda por São Paulo, ocasião em que se apresentavam no programa Jovem Guarda, da TV Record, Renato e Seus Blue Caps conquistou definitivamente seu espaço no cenário da música jovem.

Nesta ocasião, um fato ocorreu, o qual vale relatarmos aqui, que foi quando a banda recebeu convite para tocar na cidade de Marília, interior de São Paulo.
Um dos locutores de destaque na cidade de Marília foi José Marques Beato, que começou profissionalmente no rádio em 02 de abril de 1960 através dos microfones da Rádio Clube de Marília, a P.R.I.-2.

Ao longo dos anos, esse locutor de grande importância para o rádio Mariliense, comandou programas de diversos gêneros, chegando a apresentar cinco programas de auditório por semana.

E foi José Beato quem em 1965 contratou o conjunto Renato e Seus Blue Caps para tocar na cidade, e o acontecimento mereceu grande destaque nos jornais da época!
A passagem do conjunto musical “Renato e seus Blue Caps” pela cidade foi marcada por imprevistos e José Beato estava envolvido.

Houve uma promoção muito grande em cima da ida dos rapazes que iriam realizar um show na cidade. O grupo estava no auge do sucesso com o EP “Menina Linda” e o LP “Viva a Juventude” (1965 – CBS) e tinha acabado de lançar também o disco Isto é Renato e Seus Blue Caps (1965 – CBS).

Os ouvintes, eufóricos, foram “convocados” pela P.R.I.-2 a aguardar a chegada do grupo na estação da Ferrovia Paulista, às 16 horas. No entanto, Renato e Seus Blue Caps chegaram em Marília em uma perua Kombi, às 9 horas da manhã.
Mais que depressa, José Marques Beato explicou à banda que a expectativa dos ouvintes girava em torno da chegada deles no período da tarde, na ferrovia, ou seja, na Estação de Trem.

Assim, o grupo que ficou aguardando em um hotel da cidade, sem poder sair até às 15 horas, foi levado por Beato até a cidade de Vera Cruz, de onde embarcaram no trem com destino a Marília, chegando às 16 horas na cidade, como era esperado pelos milhares de ouvintes da P.R.I.-2.

E é o próprio Renato Barros quem recorda este fato:

“A primeira vez que estivemos em uma cidade do interior de São Paulo foi nos anos 60, na cidade de Marília. Nosso contratante era da Rádio Clube de Marília, seu nome era José Beato, que faleceu não faz muito tempo.
A gente foi a Marília quando nosso disco “Viva a Juventude” estava no auge. Este contratante era muito ligado aos Beatles, e naquela época se copiava muito as coisas que eles faziam, então ele combinou que quando a gente estivesse chegando, deveríamos saltar do carro em uma cidade vizinha a Marília e entrássemos em um trem, inclusive era um daqueles trens antigos, vagões de madeira, puxados por uma máquina; a gente não entendeu bem o porquê disso, mas fizemos o combinado: saltamos do carro (era uma Kombi) na cidade de Vera Cruz e entramos no trem em direção a Marília.
Só que quando nós chegamos à estação de trem de Marília, havia uma multidão impressionante aguardando a gente.
Quando o trem parou, vimos uma banda de música formada por crianças e adolescentes. Esta banda começou a tocar as nossas músicas, com arranjo pra banda de música, foi muito bonito.
Quando a gente saltou do trem, ficamos assim… meio assustados, eu morri de vergonha, sou muito tímido para essas coisas, aquela banda, aquele carinho todo… e foi um corre, corre danado, a polícia teve que intervir, e no final da historia, quando terminou a recepção, os instrumentos dos meninos ficaram todos pisoteados, viraram até o carro de polícia, que ficou com os pneus pra cima, foi uma coisa de louco.
Quando chegou a noite fomos fazer o Show no auditório da Rádio Clube de Marília, que estava muito lotado e como ficou uma porção de gente do lado de fora, veio a ideia de uma segunda sessão, mas não tinha como ser feito, não me lembro o motivo, e como muita gente havia ficado de fora do Show que fizemos, o José Beato perguntou se a gente topava fazer outro show mas lá no terraço da Rádio Clube na Rua Paes Leme. A rua estava inundada de gente em frente ao prédio da Rádio, nós achamos muito bacana e dissemos que sim, vamos sim fazer o show no terraço.
E fomos lá para o terraço da Rádio e fizemos o Show lá em cima, me lembro que o prédio tinha uns 4 andares apenas, e nós fizemos este Show no terraço. Até alguns anos atrás eu tinha algumas fotos deste acontecimento, mas tudo se perdeu no tempo…”. (Renato Barros)

Renato e Seus Blue Caps no terraço da Rádio Clube de Marília

Paulo César Barros em entrevista também recordou:

“Fomos de trem a Marília. Quando estávamos chegando vimos uma grande movimentação de pessoas na estação. Não entendemos e achamos que estaria chegando alguma “grande autoridade” e quando fomos ver, toda aquela gente era pra nos recepcionar. Foi muito emocionante”.

A TV “Marília Agora”, através de Fábio Conti, fez este pedido, vejam:

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Rádio Clube de Marília

Foto ilustrativa da Rádio Clube de Marília.

E não é que os Beatles copiaram Renato e Seus Blue Caps até no show do terraço (Roof Top)? 😉 🙂

Porque Renato e Seus Blue Caps são Considerados os Beatles Brasileiros!

Renato e Seus Blue Caps fez muitas versões de músicas dos Beatles, colocando uma letra que não era nem de longe a tradução ao pé da letra dos originais, assim como fez também muitas homenagens a eles, introduzindo solos e levadas em músicas autorais, como por exemplo em “Porque Eu Te Amo”, de autoria de Paulo Cezar Barros (melodia) e Leno (letra), cuja introdução foi inspirada na música “Michelle”, de Lennon & McCartney e “Perdi Você”, de autoria de Renato Barros, sobre a qual já falamos aqui.

PORQUE EU TE AMO (1968)

Sobre “Perdi Você”, Renato Barros disse:

“Eu me inspirei naquela música dos Beatles, Penny Lane, tem até um solo de trompete no meio e a levada é a mesma. Nesta gravação de 1969 fiz a voz solo dobrada; as duas vozes do backing é a do Cid e mais outro, que deveria ser o Paulo Cezar Barros, mas não posso afirmar com certeza por que é possível que ele tivesse já deixado o grupo pra fazer carreira solo. Caso seja isso, a outra voz deve ser a minha também. Complicado, né? Mas eu canto duas vezes e dobra, só que na segunda vez eu tenho que cantar exatamente igual a primeira.” Renato Barros

Em “Júlia”, por exemplo, há influência de “Do You Want to Know a Secret”.

“Não Me Diga Adeus” e “Batom Vermelho” resgatam o arranjo de “Feche os Olhos”, influência indireta de “All My Loving”.

“Preciso Ser Feliz”, lembra “Menina Linda”, então tem influência de “I Should Have Known Better”.

A música “Como há dez anos atrás” é uma composição típica de Renato Barros com alguns elementos dos Beatles, portanto, é mais uma homenagem aos Fab Four e aos fãs que viveram aquela época da Beatlemania.
E é o próprio Renato Barros quem explica:

“A música ‘Como há dez anos atrás’ eu fiz inspirado na canção dos Beatles chamada ‘What You’re Doing’. Eu queria fazer uma música que lembrasse os Beatles e nem sei exatamente por que, me baseei nessa música.
E quando chega na parte que diz:
‘Dizem que recordar é viver
E eu vou recordando mais e mais
Se eu pudesse, então, voltar no tempo
Voltaria há dez anos atrás’.
O solo rápido neste trecho da música é um pedaço da música ‘Something’.
Portanto, a introdução, a levada e este solo em ‘Como há dez anos atrás’ foi tudo baseado nos Beatles.” (Por Renato Barros em 08/09/2018)
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Vejam também no Youtube:


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“Levada é o ritmo da música, e em Perdi Você a levada é toda em cima da música Penny Lane, guardada as devidas proporções, claro. Nessa música dá pra se identificar bem por que eu coloquei um Trompete e em Penny Lane há um solo similar a um Trompete.
Eu fazia tudo isso com outra música completamente diferente, e como exemplo citei Perdi Você, que não tem nada a ver com Penny Lane, musicalmente falando.
Eu tentava, procurava usar coisas que os Beatles faziam e colocava numa música completamente diferente, arranjava um lugarzinho pra botar… como no caso daquela guitarra em “Como há dez anos atrás”, que passa despercebida mas ela está ali; a introdução é quase que a mesma.” (Renato Barros em 11/09/2018)