GERALDO ALVES, PRIMEIRO EMPRESÁRIO DE ROBERTO CARLOS, CONTANDO SUAS MEMÓRIAS

Ao ler no Facebook um comentário de uma pessoa que contestava ter sido ele o primeiro empresário artístico de Roberto Carlos, Geraldo Alves houve por bem me enviar esta mensagem a qual publiquei neste vídeo a seguir…

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FOTOS DO ACERVO DE GERALDO ALVES

Abelardo Barbosa e Carlos Aguiar

Batizado da filha dE Geraldo Alves, Deborah Cristina Pellisare Alves. Na foto aparecem o cantor Paulo Sérgio e Geraldo Alves.

Cantores da Jovem Guarda: Da esquerda pra direita estão Netinho, Ronald, Bobby de Carlo, Marcio, Joelma, George Freedman, Marcos Roberto e Ronnie Von; embaixo estão Jerry Adriani, Nenê, Manito e Mingo dos Incríveis.

Geraldo Alves concedendo entrevista por telefone durante jantar em comemoração aos 20 anos de sua carreira. Geraldo Alves, Roberto Carlos e o comunicador Carlos Aguiar. e amigos

Geraldo Alves e seu pai José Olímpio dos Santos com o comunicador Antonio Aguillar.

Cantor Paulo Sérgio com a cantora Nalva Aguiar.

Programa Clube dos Artistas – Jerry Adriani e Nalva Aguiar.

Roberto Carlos em um Show em Presidente Prudente/SP no ano de 1964. O baixista Bruno Pascoal aparece ao fundo. Detalhe: o palco era uma carroceria de caminhão.

 

TV Record 1971 Trofeu Chico Viola Wilson Simonal, Ângelo Máximo e Geraldo Alves.

A cantora Wanderléa no programa Jovem Guarda.

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O SANFONEIRO GERALDO ALVES
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ANTONIO AGUILLAR ENTREVISTA NORIVAL D`ANGELO, BATERISTA DA ORQUESTRA DE ROBERTO CARLOS.

Trabalhando há cerca de 43 anos como baterista da orquestra de Roberto Carlos, Norival D`Angelo começou na vida artística integrando um conjunto criado por Antonio Aguillar, chamado The Flyers.
Integrou a banda Secos & Molhados no auge do sucesso, depois da saída do baterista Marcelo Frias, participando dos shows e do segundo CD da banda, que incluia o hit “Flores Astrais”.

Norival D`Angelo

Trabalhou também com as bandas Beatniks, SomBeats, entre outras, levando ao público os primeiros trabalhos cover de Jimmy Hendrix, Led Zeppelin e Deep Purple.

Esta entrevista foi concedida a Antonio Aguillar nos camarins do Ginásio do Ibirapuera durante um Show de Roberto Carlos em São Paulo, no final de agosto 2017.

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RENATO BARROS FALA SOBRE A BANDA RENATO E SEUS BLUE CAPS NO PASSADO E NO PRESENTE!

Numa conversa informal, RENATO BARROS fala sobre a banda RENATO E SEUS BLUE CAPS no passado e no presente, e entre outras coisas, esclarece sobre os vocais nas gravações, as formações que a banda teve em sua longa trajetória até chegar na atual, que vem desde 1989.

(Atualizado em 25-06-2022)
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O MESMO VÍDEO NO YOUTUBE

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As Canções de Renato e Seus Blue Caps que tiveram voz solo de Paulo César Barros.

1 – Você não soube amar
2 – Até o Fim – 1966
3 – Feche os Olhos – 1965
4 – Ela é um mistério para mim
5 – Pra você não sou ninguém
6 – Esta Noite não Sonhei com Você
7 – Por que eu te Amo
8 – Menina Feia
9 – Não me diga adeus – As 14 mais Vol XIX – 1967
10 – Perdi a Esperança – 1967
11 – Tânia
12 – Vou Subir bem mais alto que você
13 – Se Você Soubesse
14 – A Esperança é a Última que Morre
15 – Dona do Meu Coração
16 – A Saudade que Ficou
17 – Minha Vida (… é a dor de uma saudade que ficou…)
18 – Mas não Faz Mal (Não faz mal, não faz mal, não faz mal) – 1972
19 – Tudo em Vão (Eu pensei, só Deus sabe que eu pensei, fazer de nós um só, você não quis eu sei)
20 – Se Tu Soubesses
21 – Agora é Tarde
22 – Não demore mais (Só nesta canção é um título não oficial)
Não Demore Mais (Não pense que eu esqueci de você, mas sofro assim calado que é pra ninguém saber…)
23 – Relógio
24 – Ana
25 – Vivo Só – As 14 mais – 1966
26 – Um é pouco, dois é bom, três é demais
27 – Baby, Baby
28 – Eu não quero ver você chorar
29 – Paula
30 – Sonhos de Amor
31 – Feito Sonho
32 – Guarde O Seu Amor Pra Mim
33 – Eu te Amo
34 – Batom Vermelho
35 – Coração Faminto
36 – Gatinha Manhosa
37 – Tão Má pra Mim
38 – Kathleen (Música gravada para o primeiro LP (1963) que tinha o Erasmo na banda, porém não foi lançada. No vocal estão Paulo César e Erasmo – foi a primeira vez que os dois cantaram juntos numa gravação).

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RENATO E SEUS BLUE CAPS – ORIGEM E FORMAÇÕES

(1959) Renato Barros, Paulo César Barros, Euclides de Paula (ficou até 1961) Edinho (Ed Wilson), Ivan Botticcelli (entrou em 1960)

(1962) Renato Barros, Paulo César Barros, Edinho (Ed Wilson), Roberto Simonal, Cláudio Caribé, Ivan Botticcelli

(1963) Renato Barros, Paulo César Barros, Erasmo Carlos, Roberto Simonal, Toni

(1965 a 1967) Renato Barros, Paulo César Barros, Cid, Carlinhos Carlos Alberto Da Costa Vieira, Toni

(1968) Renato Barros, Paulo César Barros, Cid, Carlinhos, Toni, Mauro Motta

(1969 a 1970) Renato Barros, Cid, Toni, Pedrinho, Scarambone

(1971) Renato Barros, Paulo César Barros, Cid, Scarambone, Toni, Pedrinho

(1972 a 1973) Renato Barros, Paulo César Barros, Cid, Scarambone, Pedrinho, Gelson

(1974 a 1976) Renato Barros, Cid, Scarambone, Pedrinho, Ivanilton (Michael Sullivan), Gelson

(1977) Renato Barros, Cid, Pedrinho, Gelson

(1979 a 1983) Renato Barros, Paulo César Barros, Cid, Marquinho, Gelson

(1987) Renato Barros, Paulo César Barros, Cid , Gelson

(1996 a 2013) Renato Barros, Cid Chaves, Gelson Moraes, Darcy Velasco, Amadeu Signorelli.

(2013 – 16/06/2018) Renato Barros, Cid Chaves, Darci Velasco, Amadeu Signorelli, Gelsinho Moraes.

(14/07/2018 – 28-07-2020 Renato Barros, Cid Chaves, Gelsinho Moraes, Bruno Sanson, Darci Velasco.

28-07-2020 até 27-01-2022 – Cid Chaves, Gelsinho Moraes, Darci Velasco, Bruno Sanson e Chi Lenno
28-01-2022 até a atualidade – Cid Chaves, Fabrício Motta, Darci Velasco, Bruno Sanson e Chi Lenno

Gelson Moraes morreu em 20 de março de 2013 e seu filho Gelsinho Moraes assumiu a bateria.

Gelsinho Moraes morreu em 28 de janeiro de 2022 e o músico Fabrício Motta assumiu a bateria.

Formação Atual

Cid Rodrigues Chaves (saxofonista/vocalista)– 1964 / atual
Fabrício Motta (baterista) – 2022 / Atual
Darci Velasco (tecladista) – 1989 / Atual
Bruno Sanson (contrabaixista) – 2018 / Atual
Chi Lenno (guitarrista) – 2020 / Atual

BIOGRAFIA

Fundada em 1959, a banda idealizada por Renato e criada juntamente com seus irmãos Paulo Cézar e Ed Wilson, recebeu a princípio o nome de “Bacaninhas do Rock da Piedade”.
A família Barros sempre foi bastante musical e costumava se reunir no quintal da casa onde moravam no bairro da Piedade no Rio de Janeiro. O pai cantava, o tio tocava cavaquinho, violão, a mãe também tocava e cantava, chamavam os amigos e assim os irmãos começaram a se interessar por música.
Nessa época chegava ao Brasil o Rock com Bill Haley and His Comets, despertando a atenção dos jovens pelo Rock and Roll. Aconteceu primeiro na zona norte do Rio e começaram a surgir em toda esquina uma banda de rock.
Era final dos anos 50 e influenciados pelo gosto musical da família e pelo Rock and Roll de Little Richard, Bill Haley e depois Elvis Presley, os rapazes começaram a imaginar que poderiam participar de programas de rádio fazendo mímica das músicas de sucesso, algo que era bastante comum naquela época.
Perto de onde moravam havia um clube chamado “Sport Clube Opposição” que eles costumavam frequentar aos domingos à noite para assistir a um festival de Rock que acontecia lá e certo dia o Senhor Barros fez uma surpresa aos filhos. Combinou tudo com o apresentador e os meninos que estavam assistindo da plateia, foram chamados ao palco para se apresentarem.
Muito encabulados, eles subiram ao palco e tocaram um Rock.
Eram os Bacaninhas do Rock da Piedade se apresentando em público pela primeira vez.
Eles já conheciam o Gelson Moraes nessa época, pois ele tinha um conjunto de Rock em Vila Isabel e costumava frequentar também o Clube Oposição. Gelson chegava com seus amigos todos vestindo blusão de couro o que causava o ciúme nos garotos do bairro, por que as garotas ficavam todas caidinhas por eles.
O conjunto de Gelson tinha um diferencial, pois sabiam cantar as letras em inglês e isso impressionava os garotos.
Renato recorda que quando ouviu a música Tutti Frutti ficou muito interessado e foi até a loja comprar o disco. Ele não sabia falar o nome da música e precisou cantarolar para o vendedor.
Foi então de Little Richard o seu primeiro disco de rock.
Elvis Presley chegou logo em seguida para dominar as paradas. Os rapazes passaram a imitar o cantor e até passavam graxa de sapato nos cabelos pra fazer o topete ficar parecido com o de Elvis.
E foi nessa época, final dos anos 50, que começou uma febre entre os jovens, que era a de formar um conjunto próprio de rock and roll, aquele Rock primitivo mesmo.
Renato Barros sempre gostou muito de futebol e certo dia um amigo do Sr. Ermiro Barros, seu pai, disse que queria levá-lo para ser sócio do Vasco da Gama, apesar de Renato ser rubro negro.
E assim Renato e este amigo chamado Francisco foram até a Sede do Vasco da Gama na Avenida Rio Branco.
Renato tornou-se sócio e tal e na volta pra casa, como vinham a pé, passaram pela Praça Mauá e lá Renato viu uma grande fila de jovens em frente a Rádio Mayrink Veiga.
Renato era ouvinte da rádio e se interessou em saber do que se tratava. Perguntou a uma pessoa da fila, que lhe explicou que era para se fazer inscrições para o programa “Hoje é Dia de Rock”.
“Conversei com o senhor Francisco e pedi a ele que me esperasse por que eu ia entrar na fila. O produtor do programa era Jair de Taumaturgo e para fazer a inscrição eles me perguntaram qual era o nome do meu conjunto. Como eu não tinha nenhum, me lembrei do bloco de carnaval que havia no meu bairro da Piedade e coloquei na ficha o nome “Bacaninhas do Rock da Piedade”.”
Chegando a sua casa, Renato contou a novidade e chamou seus outros dois irmãos, Paulo Cézar e Edson, para se juntarem a ele na formação de um conjunto.
Sua mãe fez as roupas pra irem todos vestidos iguais e lá foram eles participar do programa “Hoje é Dia de Rock” na Rádio Mayrink Veiga, fazendo mímica.
A apresentação foi um fracasso e os irmãos levaram a maior vaia!
Havia na Rádio Mayrink Veiga este programa de auditório chamado “Hoje é dia de Rock” e lá era comum se inscreverem para fazer mímica, por que quem cantava de verdade naquela época não era muito valorizado; a onda era mesmo fazer mímica.
O programa era dirigido pelo Disk Jockey Jair de Taumaturgo e comandado por Isaac Zaltman, tinha uma audiência muito significativa, tanto que a vaia que levaram ressoou por muito tempo em seus ouvidos.
Porém foi aquela vaia que fez com que tivessem novo objetivo e os rapazes não desistiram e se empenharam para depois darem a volta por cima.
Após a apresentação desastrosa, os irmãos passaram a se dedicar à música ao vivo.
Passavam horas trancados, aperfeiçoando a técnica em seus instrumentos. Paulo Cézar, por exemplo, começou tocando piano com dois dedos e posteriormente, percebeu que seu negócio era o contrabaixo.
Até aí não havia sido formado um conjunto e haviam adotado o nome de “Bacaninhas do Rock da Piedade”, numa alusão ao bairro em que foram criados no Rio de Janeiro. Logo se juntaram aos irmãos Barros os amigos Euclides de Paula (guitarrista), Gélson Moraes (baterista) e o saxofonista Roberto Simonal (irmão do cantor Wilson Simonal).
Três meses depois daquela desastrosa apresentação, Renato voltou a entrar na fila para fazer nova inscrição, desta vez para tocarem ao vivo, não mais para fazer mímica e tocaram “Be-bop-a-Lula”, uma música gravada pela primeira vez em 1956 por Gene Vincent and His Blue Caps. Tocaram e cantaram a música de Gene Vincent, mas com um arranjo dos Everly Brothers, utilizando duas vozes, Paulo Cézar Barros (que antes tocava piano) e Ed Wilson. A novidade fez um grande sucesso, pois nenhum grupo no Brasil fazia aquilo.
Os irmãos Renato Barros (com 14 anos), Edson Barros (com 12 anos) e Paulo Cézar Barros (com 10 anos) já em 1957, foram com seu pai ao estúdio no bairro de Irajá, subúrbio do Rio, para a primeira gravação da banda, ainda amadora, que fizeram em acetato. Foi nesta gravação que Paulo Cézar cantou pela 1ª vez na vida e a musica em questão era o grande sucesso do momento, “Personality”, de Lloyd Price e também Oh! Carol, de Neil Sedaka. A gravação foi feita ainda em acetato e foi uma pena esse acetato não ter sido guardado…
Voltando ao programa “Hoje é dia de Rock”, a apresentação foi um sucesso e a mesma intensidade das vaias foi agora em aplausos. O único senão foi que Jair de Taumaturgo pediu para que trocassem o nome, que ainda era Bacaninhas do Rock da Piedade.
Perguntou a Renato, “qual é o seu nome?” Renato respondeu e aí começaram as sugestões: Renato e Seus Cometas, Renato e “seus alguma coisa”, até que ao ouvir a sugestão “Renato e Seus Blue Caps”, pois havia um grupo fazendo sucesso chamado Gene Vincent and His Blue Caps, ele gostou da sugestão e todos aceitaram (Obs.: o cantor que se diz idealizador do nome nem sonhava em iniciar no Rock, morava ainda lá em Minas e nem sonhava vir ao Rio de Janeiro…). Estava assim definido o nome do conjunto.
Já com o nome de Renato e Seus Blue Caps, inspirado em Gene Vincent, o grupo se apresentou no mesmo programa, tocando e cantando “Be-bop-a-lula” e obteve o primeiro lugar da semana e posteriormente, o prêmio de melhor do mês.
O grande lance era vencer o concurso e ir tocar no programa de Abelardo Barbosa, o Chacrinha, e já saíram do programa direto para se apresentarem lá. Receberam uma maquilagem no rosto e tomaram o ônibus em direção ao programa.
Renato sempre se destacava pelo seu carisma e além do talento, chamava atenção também pela beleza e encantava a todos.
Lá encontraram o Diretor Geral da Copacabana Discos, Nazareno de Brito, que se interessou por eles e sugeriu realizarem um disco a três. Fizeram parte do LP de 1962 com Renato e Seus Blue Caps os artistas Reynaldo Rayol e Cleide Alves e cada um deles colocaria 04 músicas, sendo que no final Reynaldo Rayol acabou colocando 05.
Em 1960 gravaram o primeiro disco de 78 rotações pela Gravadora Ciclone, em que acompanhavam o grupo vocal “Os Adolescentes”.
No ano seguinte, gravaram com Tony Billy, pela mesma etiqueta, a Ciclone.
Nesse período Gelson Moraes deixou o conjunto e Claudio Caribé entrou no grupo para ser o baterista em seu lugar.
Após a participação no programa do Chacrinha na TV Tupi, foram contratados pela Copacabana Discos, onde lançaram dois 78 rotações e dois LPs: em 1962 (Twist) e em 1963, sendo que o estreante Toni foi o baterista neste segundo LP.
O disco Twist de 1962 não aconteceu e logo depois eles conheceram Erasmo e Roberto Carlos, começaram a se apresentar em circos e ensaiavam sempre na casa deles na Piedade. Costumavam aparecer para os ensaios: Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Roberto Livi, entre outros.
No ano de 1962 Ed Wilson saiu para fazer carreira solo. Em seu lugar entrou Erasmo Carlos, que participou do disco de 1963, inclusive cantando magistralmente a música “Estrelinha”.

FORMAÇÕES

1959 – Renato Barros, Paulo Cézar Barros, Euclides de Paula (ficou até 1961) Edinho (Ed Wilson), Ivan Botticcelli (entrou em 1960)
1962- Renato Barros, Paulo Cézar Barros, Edinho (Ed Wilson), Roberto Simonal, Cláudio Caribé, Ivan Botticcelli.
1963 – Renato Barros, Paulo Cézar Barros, Erasmo Carlos, Roberto Simonal, Toni.
1964 – Renato Barros, Paulo Cézar Barros, Cid Chaves, Toni.
1965 a 1967 – Renato Barros, Paulo Cézar Barros, Cid, Carlinhos (Carlos Alberto Da Costa Vieira), Toni.
1968 – Renato Barros, Paulo Cézar Barros, Cid, Carlinhos, Toni, Mauro Motta.
1969 a 1970 – Renato Barros, Cid, Toni, Pedrinho, Scarambone.
1971 – Renato Barros, Paulo Cézar Barros, Cid, Scarambone, Toni, Pedrinho.
1972 a 1973 – Renato Barros, Paulo Cézar Barros, Cid, Scarambone, Pedrinho, Gelson.
1973 a 1976 – Renato Barros, Cid, Scarambone, Pedrinho, Ivanilton (Michael Sullivan), Gelson.
1977 – Renato Barros, Cid, Pedrinho, Gelson.
1979 a 1983 – Renato Barros, Paulo Cézar Barros, Cid, Marquinho, Gelson.
1987 a 1989 – Renato Barros, Paulo Cézar Barros, Cid, Gelson.
1989 a 1993 – Renato Barros, Cid Chaves, Gelson Moraes, Darci Velasco, Cadinho.
1993 a 1996 – Renato Barros, Cid Chaves, Gelson Moraes, Darci Velasco, Amadeu Signorelli.
1996 a 2013 – Renato Barros, Cid Chaves, Gelson Moraes, Darci Velasco, Amadeu Signorelli.
2013 a 16-06-2018 – Renato Barros, Darci Velasco, Amadeu Signorelli, Gelsinho Moraes e Cid Chaves.
14-07-2018 até 28-07-2020 – Renato Barros, Cid Chaves, Gelsinho Moraes, Darci Velasco e Bruno Sanson.
28-07-2020 até 27-01-2022 – Cid Chaves, Gelsinho Moraes, Darci Velasco, Bruno Sanson e Chi Lenno
28-01-2022 até atualidade – Cid Chaves, Fabrício Motta, Darci Velasco, Bruno Sanson e Chi Lenno

Nota: as datas são aproximadas, dado que não houve registro das saídas e entradas dos componentes, com exceção das informações de 2013 pra cá.
Com o falecimento do líder Renato Barros, entrou para a banda o guitarrista Chi Lenno. Com o falecimento de Gelsinho Moraes em 28 de janeiro de 2022, entrou em seu lugar o baterista Fabrício Motta.

O conjunto começou com Renato e seus dois irmãos Paulo César e Edson (Ed Wilson).
No final dos anos 50, o gosto musical da família já vinha sendo influenciado pelo Rock’n Roll de Elvis, Little Richard e Bill Halley; certo dia Renato estava com um amigo indo assistir uma partida de Futebol (o Vasco da Gama é quem ia jogar) e viu uma fila. Era para um programa de Rádio na Mayrink Veiga, comandado por Jair de Taumaturgo.

Participaram do programa fazendo “mímica” e após uma apresentação desastrosa na rádio Mayrink Veiga, no programa “Hoje é dia de Rock”, de Jair de Taumaturgo, passaram a se dedicar à música ao vivo e meses depois voltariam ao programa.
Passavam horas trancados, aperfeiçoando a técnica em seus instrumentos. Paulo Cezar, por exemplo, começou tocando piano com dois dedos, e posteriormente, percebeu que seu negócio era o contrabaixo.
Até aí não havia sido formado um conjunto, e haviam adotado o nome de “Bacaninhas do Rock da Piedade”, numa alusão ao bairro em que foram criados no Rio de Janeiro. Logo se juntaram aos irmãos Barros os amigos Euclides (guitarrista) Gélson (baterista) e o saxofonista Roberto Simonal (irmão do cantor Wilson Simonal).

Já com o nome de Renato e Seus Blue Caps, inspirado em Gene Vincent, e sugerido por Jair de Taumaturgo, o grupo se apresentou no mesmo programa, tocando e cantando “Be-bop-a-lula”, e obteve o primeiro lugar da semana, e posteriormente, o prêmio de melhor do mês, além de terem sido muito aplaudidos desta vez. Ainda em 1960, gravaram o primeiro disco de 78 rotações, pela gravadora Ciclone, em que acompanhavam o grupo vocal “Os Adolescentes”. No ano seguinte, gravaram com Tony Billy, pela mesma etiqueta. Nesse período, Gelson deixa o conjunto e Claudio Caribê entra para ser o baterista do grupo. Após uma participação no programa do Chacrinha, na TV Tupi, foram contratados pela Copacabana, onde lançaram dois 78 rotações e dois LPs: em 1962 (Twist) e 1963, sendo que o estreante Toni Pinheiro foi o baterista neste segundo LP.

Em 62, Ed Wilson parte para a carreira solo, e Erasmo Carlos, então secretário de Carlos Imperial, assume o posto de crooner do conjunto. Foi em 1963 que Renato e Seus Blue Caps teve o primeiro vínculo com a CBS. O grupo acompanhou Roberto Carlos na gravação de “Splish Splash”.

Em 64, graças à insistência de Roberto Carlos e Rossini Pinto, o grupo é contratado pela CBS, lançando um compacto duplo. A banda, a essa altura, tinha Renato (guitarra solo), Paulo Cezar (baixo), Cláudio (que voltara ao conjunto nas gravações desse compacto), Cid (sax) e Carlinhos, primo de Renato (guitarra base). Após esse compacto, Toni retorna mais uma vez ao posto de baterista, e o conjunto fica, então, com a formação que faria grande sucesso nos anos seguintes.
A essa altura, Renato e Seus Blue Caps já era bastante conhecido no Rio de Janeiro, devido às frequentes aparições em programas de TV e apresentações em rádio.
No começo de 1965, a gravadora CBS resolve, finalmente, lançar mais um LP do conjunto. Durante as gravações, em janeiro daquele ano, Renato Barros fez, sem muitas pretensões, a versão em português para a música “I should Have known better”, dos Beatles, que recebeu o nome de “Menina Linda”. Apresentada no programa de Carlos Imperial, na TV Rio, a música causou tão boa repercussão, que foi incluída no LP, que se chamaria “Viva a Juventude!”. Logo a música entraria nas paradas de sucesso, projetando Renato e Seus Blue Caps em todo o país.

O ano de 1965 seria um marco para a carreira da banda. O sucesso – inesperado – aumenta cada vez mais, e próximo ao final do ano, com o programa “Jovem Guarda”, na Record, Renato e Seus Blue Caps conquista definitivamente seu espaço no cenário da música jovem. O LP “Isto é Renato e Seus Blue Caps” alcança excelente vendagem e dá um impulso maior à popularidade do grupo.
A banda se especializa em versões das músicas dos Beatles e de outros artistas internacionais, mas desenvolve também um estilo próprio de interpretação e composição. Muitas das versões de Renato faziam mais sucesso aqui no Brasil do que as originais em inglês. Surgem também as excursões para o exterior, e a banda atinge o ápice de sua popularidade no final de 66, com o lançamento do LP “Um embalo com Renato e Seus Blue Caps”, o disco de maior sucesso e vendagem na carreira do conjunto.
O grupo também seria o responsável pelo acompanhamento de grandes nomes da Jovem Guarda, emprestando sua sonoridade a diversos lançamentos fonográficos. O excelente LP “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura” é apenas um exemplo.

Entre 1965 e 1969, foram lançados 6 LPs, todos atingindo altos índices de vendagem e execução nas rádios. Em 68, o tecladista Mauro Motta passa a integrar a banda. No ano seguinte, o grupo passa por algumas alterações. Paulo Cezar grava um compacto simples, tentando se firmar em carreira solo. Em seu lugar entra Pedrinho. Carlinhos também deixa o conjunto, e Mauro Motta dá lugar a Scarambone.

Em 71, Paulo Cezar retorna ao conjunto, mas sai do grupo novamente em 73. Enquanto isso, o ano de 1972 ficou marcado pela saída de Toni, sendo substituído pelo baterista Gélson, que faleceu recentemente, dando lugar a seu filho Gelsinho na bateria. Dois anos mais tarde, a banda passa a contar também com os vocais de Ivanílton, que mais tarde seria conhecido nacionalmente como Michael Sullivan. É possível constatar a passagem marcante de Michael Sullivan pelo grupo, ouvindo os LPs de 1974 e 1976 (10 anos de Renato…)
O grupo passa por mais modificações em sua formação já em 1977. Saem do conjunto Michael Sullivan e Scarambone. No ano seguinte, é a vez do baixista Pedrinho deixar a banda, para a volta do vocalista e também baixista Paulo Cezar Barros, que um ano antes lançara pela Emi/Odeon um bom disco com versões dos Beatles.
O ano era 1978, e além da entrada do novo tecladista Marquinho, o conjunto lança um compacto simples com as músicas “Minha Vida” e “Nega, Neguinha”. Esta última, seria um prenúncio do que viria pela frente. A grande onda era a Disco Music, e o LP anual do grupo, em 79, foi fortemente influenciado pelo ritmo das discotecas.

O primeiro ano da década de 80 trouxe como lançamento mais um compacto simples pela CBS, e no ano seguinte, o novo LP da banda, que tinha, entre as novidades, uma faixa com a participação de Zé Ramalho, que foi a música, “Mr. Tambourine Man”, versão para o clássico dos anos 60, foi a musica de trabalho, e teve até direito a clip exibido no Fantástico, da Rede Globo.

Depois de 28 anos na mesma gravadora, a banda se transfere, em 1982, para a RCA, lançando inicialmente um compacto simples, e no ano seguinte, o excelente LP “Pra Sempre”.
Porém, após esse disco, o conjunto ficou 4 anos (1983-1987) sem gravar, até que a volta aos lançamentos fonográficos se deu na Continental, com o LP “Batom Vermelho”, um sucesso de vendas e de execução, que trouxe o grupo novamente à mídia.

Em 1989, porém, Paulo César novamente deixaria o grupo, entrando Luiz Claudio, o Cadinho, em seu lugar, além de contratarem o tecladista Darci Velasco. Luiz Claudio ficaria no grupo até 1994, quando seria substituído por Amadeu Signorelli. A volta ao disco ocorreu em 95, quando a banda participou da coletânea 30 anos da Jovem Guarda, produzida por Márcio Augusto Antonucci, com 05 músicas. Em 1996, foi lançado o disco Renato e Seus Blue Caps – 1996, pela Globo Columbia.

Em 2000 participam de 03 CDs promocionais em homenagem a Roberto Carlos com 03 músicas e no final de 2001, o lançam um disco ao vivo pela Warner, contendo 05 faixas inéditas.

Vale destacar que Renato e Seus Blue Caps jamais deixou de excursionar pelo país e realizar shows e apresentações.
Atualmente, com mais de 58 anos de carreira ininterruptos, a banda é considerada como a mais antiga do planeta em atividade (banda de Rock), podendo até entrar para o Guinness Book.
Uma prova da importância de Renato e Seus Blue Caps nesta “Era Digital”, é o lançamento de seus discos e coletâneas em CD, mostrando que a música de Renato e Seus Blue Caps sobreviveu ao tempo, atravessou gerações, e se mantém viva, alegre e espontânea.
Atualmente a banda é sucesso realizando seus Shows de Norte a Sul do Brasil.

Depoimentos de Músicos Brasileiros sobre a Influência dos Beatles.

Uma Série publicada pelo site UOL e a banda cover Zoom Beatles celebraram os 50 anos da Beatlemania e do lançamento do álbum “Please, Please Me”, dos Beatles, ocasião em que alguns músicos brasileiros foram entrevistados e deram seus depoimentos.
Para comemorar os 50 anos de “Please, Please Me” em 22 de março de 2013, 1º disco da banda que revolucionou e mudou os rumos da história da música, o UOL preparou um grande especial em vídeo, dividido em quatro capítulos.
Com depoimentos de nomes consagrados da música brasileira como Caetano Veloso, Cauby Peixoto, Ronnie Von, Ritchie, Odair José, Renato Barros (Renato e Seus Blue Caps) e Lilian Knapp (Leno e Lilian), a homenagem também conta com a participação da banda Zoom Beatles, que regravou nos mínimos detalhes o álbum para o especial. Cada faixa tem seu respectivo clipe, gravado no heliponto do prédio do UOL, em São Paulo.

Zoom Beatles

“Quem acha que não foram influência, não sabe apreciar”

“A gente fazia mais um arranjo para o Brasil, para a América do Sul, por que se tiverem que escolher entre a música gravada por vocês e a música gravada pelos Beatles, vocês vão ficar na rabeira…” disse Renato Barros

“Eles fizeram muito mais do que seria necessário. Depois, eu vi como as músicas deles eram bonitas!”, relembra Caetano Veloso. Tanto na performance nos palcos quanto no estúdio, o quarteto inglês mostrou sua genialidade ao longo de sua trajetória e continua sendo reconhecido por todas as gerações de músicos. “A ideia do pop song vem das mãos deles. Eles escreveram o manual para nós”, ressalta Ritchie.

Além dos depoimentos de Renato Barros (Renato e Seus Blue Caps), Caetano Veloso, Cauby Peixoto, Ronnie Von, Ritchie, Odair José, Lilian Knapp (Leno e Lilian), e do Radialista Roberto Maia, podemos assistir no episódio trechos dos clipes de “Do You Want To Know a Secret?”, “A Taste of Honey”, “There’s a Place” e “Twist and Shout”.

PARTE 1 – “Quando eles apareceram, era como ouvir Justin Bieber”, diz Caetano Veloso.

PARTE 2 – “A gente fazia mais um arranjo para o Brasil, para a América do Sul, por que se tiverem que escolher entre a música gravada por vocês e a música gravada pelos Beatles, vocês vão ficar na rabeira…” disse Renato Barros
“Depois dos Beatles, o ‘tio Ronnie’ virou Ronnie Von”, afirma o cantor.

PARTE 3 – “Em Goiás, acharam que John e Paul eram uma dupla sertaneja”, recorda Odair José.
Lílian Knapp menciona a amiga que cantou com os Beatles, que foi nossa querida Lizzie Bravo.

PARTE 4 – O 4º e último capítulo do “Especial Beatles – 50 anos de Beatlemania” traz detalhes do legado que a banda de Liverpool deixou e mostra como a indústria musical, desde então, tem seguido e copiado tudo que foi descoberto e aprimorado pela banda que mudou os rumos da música mundial.

O VÍDEO COMPLETO NO FACEBOOK
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DEPOIMENTO DE RENATO BARROS
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Há 50 anos ” Em Ritmo de Aventura”!

O álbum “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura”, foi gravado em agosto de 1967, entre os dias 16 e 18, com exceção da faixa “Eu Sou Terrível”, gravada em outubro, e teve seu lançamento originalmente em novembro de 1967, como trilha sonora do filme de mesmo nome, “Em Ritmo de Aventura”; é o mais perfeito e o mais bem-sucedido álbum de RC, da sua fase Iê-iê-Iê, cuja moldura sonora era mais uma vez guiada e ampliada pelos sons de órgão Hammond do tecladista Lafayette e pelo maravilhoso acompanhamento dos BLUE CAPS e do RC-7. A interferência do grande Lafayette é tão importante que não se sabe como ele não requereu coautoria em algumas das faixas desse disco fantástico.

“Em Ritmo de Aventura” é um primor, do início ao fim, Roberto estava inspiradíssimo e abriu o leque para várias influências, que iam além do iê-iê-iê, sinalizando o início de uma mudança de estilo em seu repertório.

Em termos musicais, Roberto flertava com a Black music, o country e o rock mainstream dos anos 60. Clássicos como “Eu sou terrível”, “Por isso corro demais”, “Quando”, “Você não Serve pra mim” e “Só vou gostar de quem gosta de mim”, e a ultra romântica “Como é grande o meu amor por você”, ajudaram a eternizar o álbum no inconsciente coletivo da juventude da época, por isso, “Em Ritmo de Aventura” seja talvez o álbum mais cultuado de Roberto até os dias atuais. (por Rubens Stone)

A faixa “VOCÊ NÃO SERVE PRA MIM”, uma belíssima composição de RENATO BARROS se destaca também pela performance do guitarrista com sua guitarra distorcida, o chamado efeito FUZZ.

RENATO BARROS CONTA COMO FOI QUE ROBERTO CARLOS GRAVOU SUA COMPOSIÇÃO “VOCÊ NÃO SERVE PRA MIM”.

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Considerado pela Revista Rolling Stone brasileira como o 24º melhor disco brasileiro de todos os tempos, o disco teve a participação de músicos de estúdio, incluindo metais, quarteto de cordas, flauta, gaita, alguns músicos do RC-5 e da banda de Lafayette, onde o tecladista teve contribuição decisiva em quase todas as faixas, substituindo eventualmente o órgão Hammond por um piano ou cravo. Porém a base de tudo foi feita por RENATO E SEUS BLUE CAPS, destaque para Renato na guitarra e Paulo César Barros no contrabaixo.

O FILME COMPLETO

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LADO A
“Eu Sou Terrível” (Roberto Carlos – Erasmo Carlos)
“Como É Grande o Meu Amor por Você” (Roberto Carlos)
“Por Isso Corro Demais” (Roberto Carlos)
“Você Deixou Alguém A Esperar” (Édson Ribeiro)
“De Que Vale Tudo Isso” (Roberto Carlos)
“Folhas De Outono” (Francisco Lara – Jovenil Santos)

LADO B
“Quando” (Roberto Carlos)
“É Tempo De Amar” (Pedro Camargo – José Ari)
“Você Não Serve Pra Mim” (Renato Barros)
“E Por Isso Estou Aqui” (Roberto Carlos)
“O Sósia” (Getúlio Côrtes)
“Só Vou Gostar De Quem Gosta De Mim” (Rossini Pinto)