A despedida a José Carlos Scarambone e Euclides de Paula, dois ex integrantes de Renato e Seus Blue Caps!

Este mês de julho de 2019 foi marcado pelas perdas de dois músicos que passaram pela banda Renato e Seus Blue Caps…

Durante um Show da banda no Rio de Janeiro realizado em 26 de julho de 2019, soubemos do falecimento de José Carlos Scarambone, ex-tecladista que integrou a banda no período de 1969 a 1976.

Scarambone entrou para a banda com a saída de Mauro Motta em 1969 e permaneceu até 1976.
Além de sua importância como tecladista, Scarambone também era a pessoa que fazia a ligação da banda com as emissoras de rádio e outros veículos de comunicação, o que possibilitava que as músicas fossem tocadas em várias emissoras de rádio no Rio de Janeiro.

Seu falecimento ocorreu em 10 de julho (2019) e Renato e Seus Blue Caps foram pegos de surpresa quando chegaram para realizar o show no Teatro Clara Nunes, no Rio de Janeiro, e souberam da triste notícia!

O Show foi dedicado ao amigo de tantas caminhadas…

Em 16 de julho (2019) faleceu Euclides de Paula – Entrevista, que fez parte da banda como guitarrista logo nos primórdios de sua fundação, em 1962, tendo sido posteriormente integrante de importantes bandas dos anos 60, como Luizinho e Seus Dinamites e The Pops e como informou seu irmão Marquinhos, substituiu o grande guitarrista César quando este foi para os Populares.

Seu falecimento ocorreu em 16 de julho de 2019 e quando soube Renato Barros enviou mensagem de condolências à família de Euclides…

.
R.I.P.

RENATO E SEUS BLUE CAPS NA WIKIPÉDIA

Renato e Seus Blue Caps é uma banda de rock brasileira.

Informação Geral

Conhecido como: A banda de Rock em atividade mais antiga do planeta
Origem: Rio de Janeiro
País: Brasil
Gênero: Rock, Pop Rock, Rock Balada
Período de Atividade: 1959 – Atual
Afiliação(ões): Gene Vincent, Elvis Presley, Little Richard, The Platters, The Beatles, The Rolling Stones, Mamas and Papas, Bee Dees, Erasmo Carlos, Erasmo Esteves
Página Oficial: RENATO E SEUS BLUE CAPS ORIGINAL

Ex-integrantes:

Paulo Cézar Barros (contrabaixista/vocalista) – 1959 a 1968 / 1971 a 1974 / 1979 a 1989
Ed Wilson (Edinho) (guitarrista/vocalista) – 1959 a 1962
Roberto Simonal (saxofonista) – 1962 a 1963
Erasmo Carlos (guitarrista/vocalista) – 1963
Cláudio Caribé (baterista) – 1962
Euclides de Paula (guitarrista) – 1959 a 1961
Ivan Botticcelli (pianista/tecladista) – 1960 a 1962
Carlos Antonio (Toni) Pinheiro (baterista) – 1963 a 1971
Carlos Alberto da Costa Vieira (Carlinhos) (guitarrista) – 1965 a 1968
Ivanilton (Michael Sullivan) (cantor) – 1973 a 1976
Pedrinho Medeiros (contrabaixista) – 1969 a 1977
Cláudio (Cadinho) (contrabaixista/vocalista) – 1989 a 1993
Marco Antônio da Silva Freire, o Marquinho (tecladista/vocalista) – 1979 a 1983
Mauro da Motta Lemos (tecladista) – 1968
José Carlos Scarambone (tecladista) – 1969 a 1976
Gelson Moraes (baterista) – 1972 a 2013
Amadeu Signorelli (contrabaixista) – 1991 a 2018
Renato Barros (guitarrista/vocalista) – 1959 / 2020
Gelson Moraes Júnior (baterista) – 2013 a 2022

Formação Atual

Cid Rodrigues Chaves (saxofonista/vocalista)– 1964 / atual
Fabrício Motta (baterista) – 2022 / Atual
Darci Velasco (tecladista) – 1989 / Atual
Bruno Sanson (contrabaixista) – 2018 / Atual
Chi Lenno (guitarrista) – 2020 / Atual

BIOGRAFIA

Fundada em 1959, a banda idealizada por Renato e criada juntamente com seus irmãos Paulo Cézar e Ed Wilson, recebeu a princípio o nome de “Bacaninhas do Rock da Piedade”.
A família Barros sempre foi bastante musical e costumava se reunir no quintal da casa onde moravam no bairro da Piedade no Rio de Janeiro. O pai cantava, o tio tocava cavaquinho, violão, a mãe também tocava e cantava, chamavam os amigos e assim os irmãos começaram a se interessar por música.
Nessa época chegava ao Brasil o Rock com Bill Haley and His Comets, despertando a atenção dos jovens pelo Rock and Roll. Aconteceu primeiro na zona norte do Rio e começaram a surgir em toda esquina uma banda de rock.
Era final dos anos 50 e influenciados pelo gosto musical da família e pelo Rock and Roll de Little Richard, Bill Haley e depois Elvis Presley, os rapazes começaram a imaginar que poderiam participar de programas de rádio fazendo mímica das músicas de sucesso, algo que era bastante comum naquela época.
Perto de onde moravam havia um clube chamado “Sport Clube Opposição” que eles costumavam frequentar aos domingos à noite para assistir a um festival de Rock que acontecia lá e certo dia o Senhor Barros fez uma surpresa aos filhos. Combinou tudo com o apresentador e os meninos que estavam assistindo da plateia, foram chamados ao palco para se apresentarem.
Muito encabulados, eles subiram ao palco e tocaram um Rock.
Eram os Bacaninhas do Rock da Piedade se apresentando em público pela primeira vez.
Eles já conheciam o Gelson Moraes nessa época, pois ele tinha um conjunto de Rock em Vila Isabel e costumava frequentar também o Clube Oposição. Gelson chegava com seus amigos todos vestindo blusão de couro o que causava o ciúme nos garotos do bairro, por que as garotas ficavam todas caidinhas por eles.
O conjunto de Gelson tinha um diferencial, pois sabiam cantar as letras em inglês e isso impressionava os garotos.
Renato recorda que quando ouviu a música Tutti Frutti ficou muito interessado e foi até a loja comprar o disco. Ele não sabia falar o nome da música e precisou cantarolar para o vendedor.
Foi então de Little Richard o seu primeiro disco de rock.
Elvis Presley chegou logo em seguida para dominar as paradas. Os rapazes passaram a imitar o cantor e até passavam graxa de sapato nos cabelos pra fazer o topete ficar parecido com o de Elvis.
E foi nessa época, final dos anos 50, que começou uma febre entre os jovens, que era a de formar um conjunto próprio de rock and roll, aquele Rock primitivo mesmo.
Renato Barros sempre gostou muito de futebol e certo dia um amigo do Sr. Ermiro Barros, seu pai, disse que queria levá-lo para ser sócio do Vasco da Gama, apesar de Renato ser rubro negro.
E assim Renato e este amigo chamado Francisco foram até a Sede do Vasco da Gama na Avenida Rio Branco.
Renato tornou-se sócio e tal e na volta pra casa, como vinham a pé, passaram pela Praça Mauá e lá Renato viu uma grande fila de jovens em frente a Rádio Mayrink Veiga.
Renato era ouvinte da rádio e se interessou em saber do que se tratava. Perguntou a uma pessoa da fila, que lhe explicou que era para se fazer inscrições para o programa “Hoje é Dia de Rock”.
“Conversei com o senhor Francisco e pedi a ele que me esperasse por que eu ia entrar na fila. O produtor do programa era Jair de Taumaturgo e para fazer a inscrição eles me perguntaram qual era o nome do meu conjunto. Como eu não tinha nenhum, me lembrei do bloco de carnaval que havia no meu bairro da Piedade e coloquei na ficha o nome “Bacaninhas do Rock da Piedade”.”
Chegando a sua casa, Renato contou a novidade e chamou seus outros dois irmãos, Paulo Cézar e Edson, para se juntarem a ele na formação de um conjunto.
Sua mãe fez as roupas pra irem todos vestidos iguais e lá foram eles participar do programa “Hoje é Dia de Rock” na Rádio Mayrink Veiga, fazendo mímica.
A apresentação foi um fracasso e os irmãos levaram a maior vaia!
Havia na Rádio Mayrink Veiga este programa de auditório chamado “Hoje é dia de Rock” e lá era comum se inscreverem para fazer mímica, por que quem cantava de verdade naquela época não era muito valorizado; a onda era mesmo fazer mímica.
O programa era dirigido pelo Disk Jockey Jair de Taumaturgo e comandado por Isaac Zaltman, tinha uma audiência muito significativa, tanto que a vaia que levaram ressoou por muito tempo em seus ouvidos.
Porém foi aquela vaia que fez com que tivessem novo objetivo e os rapazes não desistiram e se empenharam para depois darem a volta por cima.
Após a apresentação desastrosa, os irmãos passaram a se dedicar à música ao vivo.
Passavam horas trancados, aperfeiçoando a técnica em seus instrumentos. Paulo Cézar, por exemplo, começou tocando piano com dois dedos e posteriormente, percebeu que seu negócio era o contrabaixo.
Até aí não havia sido formado um conjunto e haviam adotado o nome de “Bacaninhas do Rock da Piedade”, numa alusão ao bairro em que foram criados no Rio de Janeiro. Logo se juntaram aos irmãos Barros os amigos Euclides de Paula (guitarrista), Gélson Moraes (baterista) e o saxofonista Roberto Simonal (irmão do cantor Wilson Simonal).
Três meses depois daquela desastrosa apresentação, Renato voltou a entrar na fila para fazer nova inscrição, desta vez para tocarem ao vivo, não mais para fazer mímica e tocaram “Be-bop-a-Lula”, uma música gravada pela primeira vez em 1956 por Gene Vincent and His Blue Caps. Tocaram e cantaram a música de Gene Vincent, mas com um arranjo dos Everly Brothers, utilizando duas vozes, Paulo Cézar Barros (que antes tocava piano) e Ed Wilson. A novidade fez um grande sucesso, pois nenhum grupo no Brasil fazia aquilo.
Os irmãos Renato Barros (com 14 anos), Edson Barros (com 12 anos) e Paulo Cézar Barros (com 10 anos) já em 1957, foram com seu pai ao estúdio no bairro de Irajá, subúrbio do Rio, para a primeira gravação da banda, ainda amadora, que fizeram em acetato. Foi nesta gravação que Paulo Cézar cantou pela 1ª vez na vida e a musica em questão era o grande sucesso do momento, “Personality”, de Lloyd Price e também Oh! Carol, de Neil Sedaka. A gravação foi feita ainda em acetato e foi uma pena esse acetato não ter sido guardado…
Voltando ao programa “Hoje é dia de Rock”, a apresentação foi um sucesso e a mesma intensidade das vaias foi agora em aplausos. O único senão foi que Jair de Taumaturgo pediu para que trocassem o nome, que ainda era Bacaninhas do Rock da Piedade.
Perguntou a Renato, “qual é o seu nome?” Renato respondeu e aí começaram as sugestões: Renato e Seus Cometas, Renato e “seus alguma coisa”, até que ao ouvir a sugestão “Renato e Seus Blue Caps”, pois havia um grupo fazendo sucesso chamado Gene Vincent and His Blue Caps, ele gostou da sugestão e todos aceitaram (Obs.: o cantor que se diz idealizador do nome nem sonhava em iniciar no Rock, morava ainda lá em Minas e nem sonhava vir ao Rio de Janeiro…). Estava assim definido o nome do conjunto.
Já com o nome de Renato e Seus Blue Caps, inspirado em Gene Vincent, o grupo se apresentou no mesmo programa, tocando e cantando “Be-bop-a-lula” e obteve o primeiro lugar da semana e posteriormente, o prêmio de melhor do mês.
O grande lance era vencer o concurso e ir tocar no programa de Abelardo Barbosa, o Chacrinha, e já saíram do programa direto para se apresentarem lá. Receberam uma maquilagem no rosto e tomaram o ônibus em direção ao programa.
Renato sempre se destacava pelo seu carisma e além do talento, chamava atenção também pela beleza e encantava a todos.
Lá encontraram o Diretor Geral da Copacabana Discos, Nazareno de Brito, que se interessou por eles e sugeriu realizarem um disco a três. Fizeram parte do LP de 1962 com Renato e Seus Blue Caps os artistas Reynaldo Rayol e Cleide Alves e cada um deles colocaria 04 músicas, sendo que no final Reynaldo Rayol acabou colocando 05.
Em 1960 gravaram o primeiro disco de 78 rotações pela Gravadora Ciclone, em que acompanhavam o grupo vocal “Os Adolescentes”.
No ano seguinte, gravaram com Tony Billy, pela mesma etiqueta, a Ciclone.
Nesse período Gelson Moraes deixou o conjunto e Claudio Caribé entrou no grupo para ser o baterista em seu lugar.
Após a participação no programa do Chacrinha na TV Tupi, foram contratados pela Copacabana Discos, onde lançaram dois 78 rotações e dois LPs: em 1962 (Twist) e em 1963, sendo que o estreante Toni foi o baterista neste segundo LP.
O disco Twist de 1962 não aconteceu e logo depois eles conheceram Erasmo e Roberto Carlos, começaram a se apresentar em circos e ensaiavam sempre na casa deles na Piedade. Costumavam aparecer para os ensaios: Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Roberto Livi, entre outros.
No ano de 1962 Ed Wilson saiu para fazer carreira solo. Em seu lugar entrou Erasmo Carlos, que participou do disco de 1963, inclusive cantando magistralmente a música “Estrelinha”.

FORMAÇÕES

1959 – Renato Barros, Paulo Cézar Barros, Euclides de Paula (ficou até 1961) Edinho (Ed Wilson), Ivan Botticcelli (entrou em 1960)
1962- Renato Barros, Paulo Cézar Barros, Edinho (Ed Wilson), Roberto Simonal, Cláudio Caribé, Ivan Botticcelli.
1963 – Renato Barros, Paulo Cézar Barros, Erasmo Carlos, Roberto Simonal, Toni.
1964 – Renato Barros, Paulo Cézar Barros, Cid Chaves, Toni.
1965 a 1967 – Renato Barros, Paulo Cézar Barros, Cid, Carlinhos (Carlos Alberto Da Costa Vieira), Toni.
1968 – Renato Barros, Paulo Cézar Barros, Cid, Carlinhos, Toni, Mauro Motta.
1969 a 1970 – Renato Barros, Cid, Toni, Pedrinho, Scarambone.
1971 – Renato Barros, Paulo Cézar Barros, Cid, Scarambone, Toni, Pedrinho.
1972 a 1973 – Renato Barros, Paulo Cézar Barros, Cid, Scarambone, Pedrinho, Gelson.
1973 a 1976 – Renato Barros, Cid, Scarambone, Pedrinho, Ivanilton (Michael Sullivan), Gelson.
1977 – Renato Barros, Cid, Pedrinho, Gelson.
1979 a 1983 – Renato Barros, Paulo Cézar Barros, Cid, Marquinho, Gelson.
1987 a 1989 – Renato Barros, Paulo Cézar Barros, Cid, Gelson.
1989 a 1993 – Renato Barros, Cid Chaves, Gelson Moraes, Darci Velasco, Cadinho.
1993 a 1996 – Renato Barros, Cid Chaves, Gelson Moraes, Darci Velasco, Amadeu Signorelli.
1996 a 2013 – Renato Barros, Cid Chaves, Gelson Moraes, Darci Velasco, Amadeu Signorelli.
2013 a 16-06-2018 – Renato Barros, Darci Velasco, Amadeu Signorelli, Gelsinho Moraes e Cid Chaves.
14-07-2018 até 28-07-2020 – Renato Barros, Cid Chaves, Gelsinho Moraes, Darci Velasco e Bruno Sanson.
28-07-2020 até 2022 – Cid Chaves, Gelsinho Moraes, Darci Velasco, Bruno Sanson e Chi Lenno
28-01-2022 até atualidade – Cid Chaves, Fabrício Motta, Darci Velasco, Bruno Sanson e Chi Lenno

Nota: as datas são aproximadas, dado que não houve registro das saídas e entradas dos componentes, com exceção das informações de 2013 pra cá.
Com o falecimento do líder Renato Barros, entrou para a banda o guitarrista Chi Lenno. Com o falecimento de Gelsinho Moraes em 28 de janeiro de 2022, entrou em seu lugar o baterista Fabrício Motta.

DISCOGRAFIA

Twist (1962 – Copacabana)
Renato e Seus Blue Caps (1963 – SOM)
Viva a Juventude (1964 – CBS)
Isto é Renato e Seus Blue Caps (1965 – CBS)
Um Embalo Com Renato e Seus Blue Caps (1966 – CBS)
Renato e Seus Blue Caps (1967 – CBS)
Especial (1968 – CBS)
Renato e Seus Blue Caps (1969 – CBS)
Renato e Seus Blue Caps (1970 – CBS)
Renato e Seus Blue Caps (1971 – CBS)
Renato e Seus Blue Caps (1972 – CBS)
Renato e Seus Blue Caps (1973 – CBS)
Renato e Seus Blue Caps (1974 – CBS)
10 Anos de Renato e Seus Blue Caps (1976 – CBS)
Renato e Seus Blue Caps (1977 – CBS)
Suco de Laranja (1979 – CBS)
Renato e Seus Blue Caps (1981 – CBS)
Pra Sempre – Renato e Seus Blue Caps (1983 – RCA)
Batom Vermelho (1987 – Continental)
Renato e Seus Blue Caps 1996 (1996 – Globo/Columbia)
Renato e Seus Blue Caps – Ao Vivo! 2001 (2001 – WEA)

NOTAS

1) Todas as informações aqui publicadas constam do livro de memórias de RENATO BARROS, intitulado RENATO BARROS: UM MITO, UMA LENDA, escrito por Lucinha Zanetti.

2) Qualquer referência alusiva ao livro escrito por Eduardo Araújo, como informa a WIKIPEDIA é contestada pelo fundador e criador da banda Renato e Seus Blue Caps, o músico Renato Barros.

3) Estas são as informações atualizadas que a Wikipédia não quer aceitar, dando preferência a inverdades publicadas aleatoriamente, principalmente do GSHOW – Programa Mais Caminhos (site da Globo).

REFERÊNCIAS

Vídeos de entrevistas com RENATO BARROS no Youtube

Formação atual da banda Renato e Seus Blue Caps

RENATO BARROS NA WIKIPÉDIA

Informação Geral

Nome: Renato Cosme Vieira de Barros
Nascimento: 27 de setembro de 1943
Local de Nascimento: Rio de Janeiro
Data de Falecimento: 28 de julho de 2020 no Rio de Janeiro
Gênero(s): Pop Rock, Rock, Balada,
Instrumento(s): Guitarra, piano, órgão, bateria, gaita
Período em Atividade: 1959 – atualmente
Afiliações: Renato e Seus Blue Caps; Artistas da Jovem Guarda; Roberto Carlos; Erasmo Carlos; Erasmo Esteves, Paulo César Barros; Ed Wilson; Jerry Adriani; etc…
Influência(s): Little Richard, Elvis Presley, The Beatles, Carlos Santana, Jazz Music.
Página Oficial: RENATO BARROS


Renato Cosme Vieira de Barros (Rio de Janeiro, 27 de setembro de 1943), conhecido por Renato Barros, é um músico, compositor, cantor, produtor e guitarrista brasileiro, fundador da banda de rock Renato e Seus Blue Caps.

DESCENDÊNCIA

Renato Cosme Vieira de Barros nasceu no Rio de Janeiro em 27 de setembro de 1943.
É filho de Ermiro Pereira de Barros e de Odila Vieira de Barros.

Seu pai era policial civil do DESP e Ator nacional, cujo nome artístico era Renato Barros (daí o nome dado ao filho mais velho); nasceu na Paraíba na cidade de Olho D`água em 09 de abril de 1909. Olho D’água é uma localidade próxima a Cabaceiras, interior da Paraíba, e mudou-se para o Rio de Janeiro em 1927.
Sua mãe, Odila Vieira de Barros era cantora, nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 13 de novembro de 1920.
Ermiro e Odila se conheceram no Rio de Janeiro e se casaram em 1942.

A família morava na Avenida Suburbana, 8846 no bairro de Piedade, Rio de Janeiro e foi lá que da união nasceram os filhos Renato Cosme Vieira de Barros, Edson Vieira de Barros e Paulo Cézar Vieira de Barros.
Edson Vieira de Barros, dois anos mais novo que o irmão Renato Vieira de Barros, nasceu no Rio de Janeiro em 29 de julho de 1945.
Paulo Cézar Vieira de Barros, quatro anos mais novo que seu irmão Renato Vieira de Barros, nasceu no Rio de Janeiro em 31 de janeiro de 1947.

Renato Barros foi casado com Lúcia Helena Dias Ribeiro e o casamento durou de 1971 até a morte da esposa em 2006.
Da união nasceram as duas filhas, Renata (11-01-1975) e Erika (21-11-1976) e duas netas, Juliana e Fernanda.
Sua mãe foi cantora da Rádio Nacional, mas não seguiu na carreira. Seu pai fez papéis secundários nos filmes da Atlântida, e assim Renato conheceu Oscarito e Grande Otelo, entre outros artistas da época.
Os tios gostavam de fazer serestas, e o gosto pela música foi tomando conta do garoto, que voltava do colégio pra casa e ficava namorando o violão do tio.
Foi sua mãe quem começou a lhe ensinar a tocar e a primeira música que aprendeu foi “Moda da mula preta”, um grande sucesso de Luiz Gonzaga.

E era nesse clima musical que vivia o garoto do bairro da Piedade, até que Little Richard surgiu em sua vida e o capturou para o Rock.
Na sequência, surgiu a criação da banda Renato e Seus Blue Caps com os irmãos, um show no Clube Oposição de Piedade, a inscrição como calouro em programas de rádio, a entrada nos estúdios, enfim, a história de Renato e Seus Blue Caps.

Uma história suburbana que sintetiza a saga do rock brasileiro, o nosso iê-iê-iê.

O COMPOSITOR RENATO BARROS

Um dos símbolos da sonoridade dos anos 60, Renato Barros teve composições suas gravadas por vários cantores como Wanderley Cardoso, Leno & Lilian, Leno, Wanderléa, The Fevers, Roberto Carlos, Jerry Adriani, Pedro Paulo, Sergio Luis, Maritza Fabiani, Roberto Ribeiro, Roupa Nova e José augusto, Adriana Calcanhoto, Ornela Vanoni (Più Grande Del Mio Amor (Maior Que O Meu Amor), Gigliola Cinquetti (Rainy Day, de Ricardo Feghali e Renato Barros), Alain Patrick (A Pobreza) entre outros.

RELAÇÃO DE SUAS COMPOSIÇÕES SOLO E EM PARCERIA

A Garota Que eu Gosto (Adaptação – Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
A Pobreza (Gravada por Leno)
A Saudade que Ficou (c/ Ed Wilson) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Amanheci Chorando (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Amor Sem Fim (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Angústia (com Leno)
Anjo Rebelde (c/ Nanni (Hernani) e Cid Chaves) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Aprenda a Me Conquistar (c/ Lilian Knapp e Carlinhos)
Aquela Canção (Gravada por Leno)
Aquele Tempo (com Lilian Knapp)
Arco-Iris (com Rodrigo)
Atriz – (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Baby (com Vadinho)
Batom Vermelho (c/ Nanni e Gelson Morais) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Bichinho de Pelúcia (com Hernani Cardoso) 1982 –(Gravada por Renato e Seus Blue Caps
Blue Caps Twist (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Boa Viagem (com Nanni/Mariozinho Rocha)
Bonequinha (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Canção do Homem Só (com Getúlio Côrtes)
Cartão Vermelho (com Clarice Pinto)
Castigo (gravada por Maritza Fabiani)
Chorarei, Chorarei, Chorarei (1971) (Gravada por Roberto San)
Choro de Amor (A Hora do Adeus) (com Erasmo Carlos) – (Gravada por José Ricardo)
Colcha de Retalhos (com Rodrigo
Com Dezesseis Anos (com Hugo Belardi)
Com Você no Coração (c/ Nanni) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Como Há Dez Anos Atrás (gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Como Te Adoro Menina (Quiereme Mucho) (Gonzalo Roig/versão de Renato Barros) 1965 – (Gravada pelo Ed Wilson)
Coração Faminto (c/ Gileno) (gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Devo Tudo a Você (gravada por Jerry Adriani)
Devolva-me (creditada a Renato Barros e Lilian Knapp) (Gravada por Leno e Lilian em 1966 e por Adriana Calcanhoto em 2000)
Doce Esperança
É Tarde Pra Se Arrepender (com Pedrinho) – (Gravada por Leno e Lilian
Esta Noite Não Sonhei Com Você (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Está Pra Nascer (Gravada por Leno e Lilian)
Eu e Você (com Vadinho) (Gravada por José Augusto e Roupa Nova)
Eu Não Sabia Que Você Existia (c/ Toni) (Gravada por Leno e Lilian)
Eu Sei (I’ll Be Back) (Lennon & McCartney / Versão de Renato Barros)
Eu Te Amei Demais (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Eu Te Amo (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Eu Te Quero, Eu Te Adoro (c/ Rossini Pinto) (Gravada por Wanderley Cardoso)
Feche os Olhos (Lennon e McCartney) (versão) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Fim de Ano Feliz (com Vadinho
Gaivota (com Ed Wilson) 1982 – (Gravada pela Lílian Knapp).
Gamadinho por Você (Gravada por Erasmo Carlos)
Garota Malvada (I call your name) (Lennon-McCartney Versão: Renato Barros)
Garotinha (Gravada por Leno)
Guerrilheiro do Amor (c/ Nanni e Hugo Belardi) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Hino ao Sport Clube Recife
Lar Doce Lar (c/ Carlinhos) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Limbo do Tra-La-La (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Louco de Amor (gravada em estúdio pela banda Renato e Seus Blue Caps em 2005)
Maior Que o Meu Amor (Gravada por Roberto Carlos)
Me Cace Me Ache (com Hugo Belardi) – 1985 – (Gravada por Wando)
Memórias (c/ Nanni) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Menina Feia (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Menina Linda (c/ Lennon e McCartney) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Meu Amigo do Peito (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Meu Bem Não Me Quer (My Baby Don’t Care) – (com Herring) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Meu Primeiro Amor (com Mauro Motta) (Gravada pelos Fevers)
Meus Domingos Sem Você – (Gravada por Pedro Paulo)
Monaliza da TV (c/ Nanni) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Não Chore (Stormy) (B. Bule/J.B.Cobb/Versão Renato Barros) – (Gravada por Paulo Cézar Barros)
Não Demore Mais (It’s Good to See You) – 1968 (Peter Shelley/versão Renato Barros) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps) –
Não é Nada Disso (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Não Foi o Que eu Fiz (c/ Pedrinho) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Não Há Dinheiro que Pague (Gravada por Roberto Carlos)
Não Maltrate um Coração (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Não Me Perguntem por Ela (Gravada por Jerry Adriani)
Não Precisa Devolver (Meu Retrato) (Gravada por Leno)
Não Quero Mais Saber de Brigas
Não Vá Embora Sem Me Dizer (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Não Volto Mais (Paperback Writer) (Lennon & McCartney / Versão de Renato Barros)
Não Vou Deixar Você Sair (com Mauro Motta)
Nem Mesmo em Sonho (Gravada por Leno e Lilian)
Nos Braços, Nos Olhos e No Coração (c/ Nanni) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Nós Dois (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Noturno em Mi Bemol (adaptação de Renato Barros) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
O Amigo da Onça (com Erasmo)
O Carro do Papai – 1964 (Gravada por Ed Wilson)
O Brinquedo se Quebrou (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
O Feio (c/ Getúlio Côrtes) (Gravada por Roberto Carlos)
O Sósia – (Gravada por Roberto Carlos)
Onde Está (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
O Escândalo (Shame and scandal in the family) (Huon Donaldson-S. H. Brown Versão: Renato Barros)
O Pica-Pau (c/ Lilian Knapp) (Gravada por Erasmo Carlos)
Orgulho de Menina (Original de Dave Clark Five) (Clark/Smith/ Versão Renato Barros)
Os Costeletas (c/ Getúlio Côrtes e Carlinhos) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
O Tempo Vai Apagar (em parceria com Getúlio Côrtes, porém creditada a Getúlio Côrtes e Paulo Cézar Barros)
Páginas (com Rossini Pinto)
Paixão Proibida (A Pobreza)
Papel Picado (Gravada por Leno)
Patrulha na Cidade – (gravada por Ed Wilson)
Pensando em Mim (Gravação em estúdio pela banda Renato e Seus Blue Caps em 2005)
Perdi Você (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Pode Me Procurar (Com Nanni) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Pra Sempre (c/ Nanni) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Preciso Ser Feliz (c/ Paulinho e Lilian Knapp) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Primeira Lágrima (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Que Destino Tenho Eu (com Roberto Bernardes) (Gravada por Jerry Adriani)
Querida Gina (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Quero Um Beijo Seu – (gravada por Pedro Paulo)
Que Saudade de Você (gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Rainy Day (com Ricardo e Jandira Feghali) (Gravada pelo conjunto Roupa Nova)
Rancho Brasil (com Vadinho)
Renato Collection (com Nanni) – (Gravada por Renato e Seus Blue Caps
Rossi, The King – (Gravada por Reginaldo Rossi)
Razão e Emoção (gravada por Roberto Ribeiro)
Se Eu Encontrasse (com Guty) – 1965
Se Você Soubesse (c/ Rossini Pinto) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Sem Resposta (com Leno) – (Gravada por Leno)
Sem Seu Amor – 1968 – (Gravada por Ed Wilson)
Sem Suzana (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Sem Ter Você (Gravada por Sergio Luiz)
Sem você (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Sereia (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Seria Bem Melhor (com Pedro Paulo)
Se tu Soubesses (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Sexo Frágil (c/ Nanni) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Sim, Sou Feliz (c/ Paulo Cézar Barros) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Só Falta Você (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Sozinho (com Pedro Paulo) (Gravada por Pedro Paulo)
Só Por Causa de Você (c/ Gileno) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Sol de Primavera (com Rodrigo)
Sou Amor pra Te Entregar (c/ Massom) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Sou Louco Por Ela (c/ Ed Wilson) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Sou Louco Por Você (com Ed Wilson) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Sou Tão Feliz (Love Me Do) (Lennon & McCartney / Versão Renato Barros)
Suco de Laranja (c/ Ernani Cardoso e Pantera) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Summer Comes Again (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Tão Má pra Mim (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Telefonema – (Gravada por Ed Wilson)
Tentei Lhe Esquecer
Todo Mundo Vê que Você Me Quer
Transa de Amor
Triste Amor (gravada por Jerry Adriani
Tudo Morreu Quando Perdi Seu Amor (gravada por Wanderléa)
Um é Pouco, Dois é Bom, Três é Demais (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Uma Vida Inteira (gravada por Jerry Adriani) (Gravada por Jerry Adriani)
Vamos Fundo (c/ Nanni) (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Vera Lúcia (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Você Deixou Saudades (c/ Mauro Motta) (Gravada por Jerry Adriani).
Você é Um Pedaço de Mim (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Você Não Serve Pra Mim (Gravada por Roberto Carlos)
Você Não Sabe o Que Vai Perder (Gravada por Roberto Carlos)
Você Quis Zombar de Mim (c/ Ed Wilson) (gravada por Jerry Adriani)
Você Vai Me Ouvir (Gravada por Renato e Seus Blue Caps)
Volte Querida (com Lilian Knapp) – Gravada por Lilian
Vou ao Teu Encontro (c/ Ernani Cardoso)

O PRODUTOR RENATO BARROS

Trabalhou como produtor na antiga gravadora CBS, produzindo artistas como Leno e Lílian, Leno, José Ribeiro, Renato e Seus Blue Caps, entre muitos outros artistas e atualmente trabalha como produtor de shows, notadamente os shows de sua banda Renato e Seus Blue Caps.

O MÚSICO RENATO BARROS

Um dos primeiros guitarristas a utilizar pedais de guitarra, Renato Barros construiu discretamente um estilo marcante como instrumentista, destacando-se no uso da guitarra distorcida, o chamado efeito “Fuzz”.
Gravando com artistas como Wanderléa, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Leno e Lílian, Leno, Jerry Adriani, entre outros, ele ajudou a colocar o Brasil em sintonia com o que se produzia no mundo — a passagem do rockabilly dos anos 1950 para o padrão desenhado pelos Beatles.

Para maiores informações sobre a carreira artística de Renato Barros, vide Renato e Seus Blue Caps.

Em 2019, ao completar 60 anos de carreira artística, Renato Barros lança livro contando suas memórias, intitulado Renato Barros: Um Mito, Uma Lenda, escrito por Lucinha Zanetti.

Presença “oculta” do Compositor RENATO BARROS no programa “Altas Horas”

Durante o programa Altas Horas em homenagem à Jovem Guarda, apresentado por Serginho Groisman em 13-07-2019, Fafá de Belém interpretou a música “Você Não Serve pra Mim”, de autoria de Renato Barros.
Também o grupo vocal Golden Boys apresentou a canção “Eu não sabia que você existia”, também de autoria de Renato Barros em parceria com Toni Pinheiro.

Embora o nome do compositor RENATO BARROS não tenha sido mencionado no ar pelo apresentador nem pelos intérpretes das músicas, uma pequena referência aparecia no cantinho esquerdo da tela da TV…

Em 2001 Renato Barros e Lilian Knapp receberam o troféu Imprensa pela composição “Devolva-me” e a música fazia muito sucesso também como tema de novela, por este motivo o programa Altas Horas convidou os dois compositores para participarem do programa que estava no ar desde o ano 2000.
O trecho da participação dos artistas foi este, o que deixou os fãs de Renato Barros da banda Renato e Seus Blue Caps um tanto indignados.

E é o próprio Renato Barros quem fala a respeito disso nesta nossa conversa em 15 de julho de 2019.