George Harrison explica como compôs algumas canções.

No dia em que lamentamos os 12 anos da partida de George Harrison, ele recebe homenagens diversas, de todo canto do mundo. É também em sua homenagem que estou compartilhando esta matéria, que são textos contendo explicações pelo próprio George, de como ele compôs algumas de suas canções.
Os textos foram retirados de sua autobiografia intitulada “I Me Mine” e da autobiografia “Wonderful Tonight”, de sua primeira esposa, Pattie Boyd.

Don`t Bother Me

“A primeira que fiz, uma espécie de exercício para ver se eu era capaz de compor. Escrevi num hotel em Bornemouth, Inglaterra, onde tocamos no verão de 1963. Eu estava me sentindo mal e de cama, por isso se chamou “Don’t Bother Me” (Não me Amole). Não é uma boa canção, mas serviu para me convencer que eu devia insistir e algum dia faria algo legal.” Está no LP With The Beatles, de 22 de novembro de 1963.

“A Beatlemania, taí uma coisa que eu não gostaria de repetir nunca mais. Era horrível, mas legal também às vezes. É como Cuckoo’s Nest [Um Estranho no Ninho], quando você sabe que é são, mas só tem doidos à sua volta, como os guardas, as enfermeiras, o governo, todo mundo. Chegou um ponto em que sabíamos que não éramos loucos, mas era só a gente chegar numa cidade que todo mundo embarcava na viagem chamada Beatles e enlouquecia.

A gente nada fazia pra encorajar aquilo tudo. A coisa vai crescendo, engolfa a nossa vida particular em grandes ondas e a gente tem que se virar para que aquilo volte ao normal, e que se transforme em águas tranquilas. Ao mesmo tempo, as pessoas com quem trabalhamos ficam tentando acirrar tudo de novo. É um estado permanente de colisão. Perguntavam se a gente não vivia fora da realidade. Respondia que a realidade é um conceito, e para a maioria das pessoas, é uma ilusão.
Eu não sou George, sou essa coisa viva que segue em frente e sempre seguirá enquanto eu estiver neste corpo, que foi bebê, jovem, logo será velho e morrerá. Se acham isso de nós é um conceito pessoal deles. Há conceitos que se acumulam em camadas e mais camadas de ilusão. Por que viver na escuridão a vida toda? Procure a luz interior. Esta é a grande mensagem. (I Me Mine)

O interesse de George pela música indiana começou na trilha sonora do filme Help! Ele comprou uma citara indiana e foi apresentado ao mestre Ravi Shankar, que o tomou como aluno. Estudou cítara de 1965 a 1968.
Something
“Feita ao piano nas sessões do álbum branco em 1968. Teve um intervalo para Paul fazer umas dobras, então fui para o estúdio um, que estava vazio, e comecei a compor. Não entrou no álbum branco porque o repertório estava fechado. Eu dei primeiro para Joe Cocker, antes de eu gravar. É a minha canção mais bem sucedida, com mais de 150 regravações. Minha favorita é a versão com James Brown.

https://vimeo.com/78100066

Quando a compus imaginei Ray Charles cantando e ele realmente gravou. Gosto muito também da versão de Smokey Robinson.” (LP Abbey Road – 26 de setembro de 1969).

“Fiquei muito feliz na primeira aula, por estar com um grande mestre que se dispôs a começar do nada, com um principiante. Uma coisa que aconteceu diz muito sobre o tema. Estava em aula, o telefone tocou, deixei a cítara de lado e me levantei para atender. Ravi brigou comigo: ‘Você precisa ter mais respeito pelo instrumento.’ Aprendi que não se pode apreciar nada sem respeito e disciplina. Aquilo fez sentido pra mim. Sempre achei o fim alguns músicos quebrarem seus instrumentos nos shows. Foi muito difícil aprender, as pernas doíam terrivelmente pela posição de lótus e o bojo do instrumento se apóia no pé esquerdo.

No verão de 1968 me hospedei num hotel de Nova York onde estavam Eric Clapton e Jimi Hendrix. Tinha a cítara comigo. Eric me deu uma Les Paul que me ajudou a decidir voltar para a guitarra. Eu me sentia em casa na Índia, mas jamais conseguiria ser um bom instrumentista ao estilo indiano. Ravi tinha me mostrado mais de 100 músicos da cítara, todos bons, mas ele disse que apenas um deles se tornaria um mestre do instrumento. Compreendi que ser um virtuoso na citara tinha um padrão bem superior ao de ser um músico clássico ocidental. Eu devia ter começado pelo menos uns 15 anos antes.” (I Me Mine)

Em sua autobiografia, “Wonderful Tonight”, Pattie Boyd conta sua vida conjugal com Harrison e revela que ele a pediu em casamento no primeiro dia de filmagens de A Hard Day’s Night, em 1964. Os dois riram e George a convidou para sair, mas ela recusou porque tinha namorado. Chegou a perguntar se o namorado podia ir também. George sorriu e se despediu. Quando ela contou para as amigas que tinha dado este fora num Beatle, o mundo desabou sobre sua cabeça. Ela acabou o namoro, rezou por uma segunda chance, que veio quando voltou ao set de filmagens, 10 dias depois, para novas cenas. George perguntou como estava o namorado, Pattie contou que terminara e George a convidou para sair. Casaram em 21 de janeiro de 1966, após dois anos de namoro conturbado pelos compromissos de George e pelos compromissos dela, que era modelo.

My Sweet Lord

“Inspirei-me ao ouvir a versão das Edwin Hawkins Singers de Oh! Happy Day. Pensei muito se devia fazer My Sweet Lord porque estaria me comprometendo publicamente e achei que muita gente ia reagir mal, porque as palavras Lord e God as deixam furiosas por alguma razão. Eu estava colocando minha cabeça no cadafalso porque eu teria que sustentar aquilo, mas ao mesmo tempo pensei que ninguém falava a respeito, bem que gostaria que tivesse alguém fazendo isso. Todo mundo estava só fazendo coisas tipo Be bop baby, que é OK para dançar, mas eu era ingênuo e achava que devíamos expressar nossos sentimentos e não omiti-los. Foi o que senti: Porque devemos ser infiéis a nós mesmos? Comecei a acreditar na importância de expressar meus sentimentos mais fortes (…) Não percebi a semelhança com He’s So Fine, teria sido tão fácil mudar algumas notas.” Pattie conta que depois desse processo por plágio George nunca mais ouviu rádio para não ser influenciado por nada. (LP All Things Must Pass, 30 de novembro de 1970).

“Os Beatles viviam uma vida irreal. Ficaram famosos ainda muito novos e não pararam mais de trabalhar. Não tiveram oportunidade de amadurecer como a maioria das pessoas. Quando a fama chegou, eram tão assediados por fãs e todo tipo de gente, que se resguardavam sob o guarda chuva protetor do empresário Brian Epstein. Em muitos aspectos eram crianças ainda. Pouco sabiam da vida e nem tinham motivação para aprender. Se queriam alguma coisa era só pedir ao Brian. Um dia em dezembro de 1965 andando de carro, George me disse de repente: ‘Vamos casar? Vou falar com o Brian.’ Ele parou na frente da casa do empresário, saiu e voltou minutos depois: ‘Brian disse que está tudo bem. Casa comigo? Pode ser em janeiro.’
Fiquei muito feliz, emocionada, mas não deixei de perceber que ele precisou falar com o Brian antes para ver se não havia alguma turnê marcada.” (Wonderful Tonight).

George conheceu o LSD em 1965, o que lhe deu os primeiros insights e indagações pessoais e filosóficas que encontrariam resposta na filosofia indiana. No verão de 1967 ele e Pattie foram ao “quartel general” do movimento hippie, o bairro de Haight-Ashbury, o nome de duas ruas locais. Eles estavam hospedados numa casa em Los Angeles, em Blue Jay Way, e resolveram dar um pulo na vizinha San Francisco. Eles foram até lá com quatro amigos.

“Achávamos que era um lugar especial, criativo e artístico, com pessoas bonitas, mas era horroroso. Estava cheio de gente cadavérica, jovens sujos e largados. Todo mundo parecia estar doidão, incluindo mães e filhos. Entramos numa loja e, quando saímos, vimos, sei lá, umas 40 pessoas nos seguindo e dizendo: ‘Os Beatles estão aqui. Os Beatles estão na cidade.’

Beware of Darkness

“Compus em casa na Inglaterra num período em que alguns amigos do templo Radha Krishna estavam hospedados em casa: Cuidado com Maya. Gosto da melodia, é meio estranha. A letra é auto explicativa.” (LP All Things Must Pass, 30 de novembro de 1970).

Chegou um momento em que ficamos com medo de parar, aí alguém disse: ‘vamos para a Hippie Hill’. Atravessamos a rua e entramos num parque e lá dentro alguém falou: ‘Vamos nos sentar’. Sentamos cercados de gente que olhava para George como se ele fosse o Messias. Aí o inevitável aconteceu.Um violão foi passado de mão em mão até chegar no George. Ele pegou o instrumento, mostrou alguns acordes, devolveu, nos levantamos e caminhamos para a limusine.
Alguém ofereceu STP para George, que recusou educadamente. O cara gritou: ‘George me deu um fora’. Daí a multidão ficou hostil. Corremos até o carro, entramos e trancamos as portas. Cercaram a gente, as caras coladas nos vidros. George sempre pensou nas drogas como um meio de abrir a mente. Haight-Ashbury lhe abriu os olhos. Ele parou de usar drogas , e adotou a meditação.” (Wonderful Tonight)

All Things Must Pass

“Quando compus All Things Must Pass estava tentando fazer algo ao estilo de Robbie Robertson e foi o que aconteceu. Acho que a idéia geral era expressar todo tipo de escritos místicos e também psicodélicos como os de Timothy Leary.” Robbie era guitarrista da The Band. (LP All Things Must Pass, 30 de novembro de 1970).

Badge

“Compus essa com Eric Clapton. O Cream decidiu gravar um álbum de despedida, Eric tinha uma melodia, ajudei a completar e depois fizemos os versos. Quando anotei, escrevi bridge, que é como chamamos a parte do meio. Eric, que estava sentado do outro lado, leu errado. ‘O que é isso, badge?’ Eu disse que era bridge. Ele acabou dando esse nome à música. O Ringo chegou quando estávamos no verso, ‘I told you not to drive around in the dark. I told you…’ E Ringo ‘about the swans that live in the park’. É meio bobo, mas foi assim que aconteceu. Ao vivo, Eric cantava no final ‘Where is my badge?’” (LP Goodbye, do Cream, 28 de fevereiro de 1969).

Give me Love

“Às vezes a gente abre a boca sem saber o que vai falar, o que quer que se fale é o ponto de partida. Se isso acontece e você tem sorte, pode se transformar numa canção Esta música é uma oração, uma declaração de princípios entre eu e o Senhor e quem mais quiser.” (CD Living In The Material World, 7 de maio de 1973).

Here Comes the Sun

“Foi escrita numa época em que a Apple parecia uma escola, onde tínhamos que bancar empresários com um monte de papéis para assinar. O inverno parece durar pra sempre na Inglaterra, então quando chega a primavera, é um alívio. Um dia resolvi faltar n a Apple e fui para a casa de Eric Clapton. Peguei um violão, fui passear no jardim, aliviado de não ter que lidar com contadore,s e compus a música.” (LP Abbey Road, 26 de setembro de 1969).

I Me Mine

“I me Mine é o problema do ego. Existem dois “eus”. O Eu pequeno é quando a pessoa diz ‘Eu sou isso’ e o grande Eu, isto é OM, o todo completo, a consciência universal despida de dualidade e ego. Swami Vivekananda diz: ‘Cada alma é potencialmente divina, o objetivo é manifestar essa divindade.’ Ele quis dizer a fusão do pequeno Eu com o grande Eu (o oceano).
Experimentar LSD foi como se alguém me projetasse no espaço. A mente vai longe muito rápido , eu tive flashes, percepções de ter percorrido o universo e voltado ao ponto onde comecei, porque a relatividade gira o tempo inteiro. Isso me confundiu um tempo e, depois de uma dose de ácido, percebi que estava amarrado nessa coisa que, depois, percebi se chamar relatividade. Então o grande Eu é o absoluto, mas estamos no relativo, onde as coisas são bom-mau, sim-não, em cima-embaixo, preto-branco. Acho que é por isso que o chamam de droga do céu inferno, mas a vida é céu e inferno, nós a transformamos num ou noutro. Não existe céu e inferno além da relatividade.
Então, de repente, olhei em volta e tudo que conseguia ver tinha a ver com meu ego, sabe, como ‘este pedaço de papel é meu’, ‘dá para mim’, ‘eu sou’. Isso me deixou maluco. Eu odiava tudo que dizia respeito ao ego, era um flash de tudo que era falso e passageiro, que eu não gostava.
Mas depois percebi que havia alguém aqui além do velho tagarela (era assim que eu me sentia, eu não tinha visto, ouvido ou feito nada na vida, mesmo assim não tinha parado de falar). Quem sou eu se tornou a ordem do dia.
Enfim, foi isso que saiu de dentro de mim: I Me Mine. A verdade dentro de nós precisa ser percebida: quando você percebe que tudo mais que você faz, toca e cheira não é real, então consegue perceber o que é a realidade e pode responder a pergunta: “Quem sou eu?”

Fonte: O Globo, por Jamari França

GEORGE HARRISON 001

Homenagem a George Harrison

George Harrison representou e representa tanta coisa para tanta gente de diferentes culturas e religiões. Ele inspirou e continua a inspirar felicidade e positividade às pessoas que escutam suas canções e nelas encontra um legado de sensibilidade, espiritualidade e humor.
Poderia falar do músico, do produtor cinematográfico, do homem espiritual, do bom amigo e pai de família, ou quem sabe, do jardineiro, mas eu o conheci enquanto um Beatle, e é assim que vou lembrá-lo para sempre: George, o Beatle!

George e a guitarra - Liverpool

https://vimeo.com/60498047

George canta “Horse to the Water”, já com a voz bem fraca…

https://vimeo.com/78102316

“Horse to the Water” é uma canção de Jools Holland e Sua Orquestra de Rhythm & Blues; está no album de Holland, “Small World, Big Band”. A canção tem destaque por ter sido a última vez que George Harrison fez uma gravação.
George gravou os vocais poucas semanas antes de sua morte em novembro de 2001. Porém, Harrison fez apenas os vocais por que já estava muito fraco devido a luta contra o câncer, para tocar guitarra.
A canção teve co-autoria de George e seu filho Dhani. O editor da música havia listado seu nome como “R.I.P. Music Ltd,” um último exemplo do irônico senso de humor de Harrison..

https://vimeo.com/79612514

Fã dos Beatles recebe carta de Jackie Kennedy pelo tributo em prol da Biblioteca JFK.

No dia em que o assassinato do ex-Presidente John F. Kennedy completa 50 anos (22-11-1963), David Sukavoty conta sua história e memórias da época em que se seguiu ao episódio que comoveu o mundo.
David falou ao Examiner.com em uma entrevista esta semana:

“Não sei se vocês tiveram conhecimento ou se estão a par de que a Revista Parade deu suporte aos jovens da América para angariar fundos para a Biblioteca John F. Kennedy após seu assassinato”, disse ele. “Meu primo e eu organizamos dois shows de marionetes Beatle para arrecadar fundos para a Biblioteca quando nós tínhamos ambos 10 anos.”

E pelos seus esforços, eles receberam uma carta pessoal de Jackie Kennedy, a qual podemos ver aqui:

The letter that David Sukovaty received from Jacqueline Kennedy for the Beatles puppet show he put on. Courtesy David Sukovaty

Carta que David Sukovaty recebeu de Jacqueline Kennedy pelo show de marionetes Beatles que ele organizou.
Cortesia de David Sukovaty

A primeira aparição dos Beatles numa TV Americana faz 50 anos!

Acredita-se que esta seja a primeira maior reportagem que saiu nos Estados Unidos sobre os Beatles e o novo fenômeno Britânico da Beatlemania.
Ela apresenta um filme gravado no Teatro Winter Gardens, em Bournemouth, Inglaterra, em 16 de novembro de 1963, e foi transmitida na América em 21 de novembro de 1963.

Um áudio histórico também foi encontrado pela NBC TV sobre os Beatles e este foi o primeiro a mostrar uma apresentação deles, disse o escritor Bruce Spizer, autor de alguns livros sobre os Beatles, como o intitulado “The Beatles Are Coming”, em entrevista via telefone para o site Examiner.com.

De acordo com a NBC.com, em 18 de novembro de 1963, uma segunda-feira, Huntley-Brinkley apresentou uma reportagem feita por Edwin Newman sobre o fenômeno Beatles e esta foi a primeira aparição dos Beatles na televisão Americana, assistida por milhões de pessoas em todo o país. Foi a maior audiência que tiveram os Beatles fora da Inglaterra até aquele momento.
É difícil de acreditar, mas a cópia daquela transmissão não existe nos arquivos da NBC TV!

The Beatles first time in american television

Uma gravação em áudio de alguma forma sobreviveu, e foi recentemente descoberta na Biblioteca do Congresso. A CBS levou ao ar a história em seu show matinal ainda naquela semana de novembro de 1963 ( por Alexander Kendrick )”.

Este áudio pode ser escutado aqui neste vídeo:

We Love the Beatles Forever

Procura-se fotos antigas de John Duff Lowe com os Quarrymen!

Membro da banda pré-Beatles, o grupo The Quarrymen, procura foto antiga com o grupo.

John Duff Lowe - pianista do The Quarrymen

John Duff Lowe – pianista do The Quarrymen

Um ex-integrante dos Quarrymen, que mais tarde se tornou a banda The Beatles, espera encontrar uma foto dele com a banda naqueles primeiros dias, disse o músico e escritor de Liverpool, autor do livro “The Beatles and Me”, Dean Johnson, ao Beatles Examiner em 13 de dezembro.

“Eu consegui desenterrar algumas fotos realmente raras para o meu livro, incluindo a última visita de John Lennon a Liverpool, então espero que este apelo resolverá este mistério,” disse Johnson.

John Duff Lowe foi o pianista dos Quarrymen entre 1957-1960, e estava com John Lennon e Paul McCartney na noite que eles encontraram George Harrison no Wilson Hall em Garston.

John Duff Lowe

John Duff Lowe

Duff Lowe diz que ele nunca teve uma fotografia da época em que fazia parte do Quarrymen, então se aproximou de Johnson, que compilou o livro “The Beatles and Me” para ajudá-lo a rastrear evidências da sua época com eles. O livro de Johnson apresentou várias fotos do grupo, raras e nunca vistas anteriormente.

Duff Lowe, que ainda toca regularmente com os sobreviventes do Quarrymen acrescentou: “Estou certo de que alguém daquela época tem algumas fotos em preto e branco do início do grupo The Quarrymen”.

Se você acha que tem uma foto de John Duff Lowe com a banda, entre em contato com Dean Johnson no E.mail deanjohnsonmusic@hotmail.com.

Fonte: Examiner.com

Photograph, o livro de fotos de Ringo Starr

Photograph é o nome do livro lançado por Ring Starr, o baterista dos “Fab Four”, contendo imagens inéditas dos Beatles em momentos de intimidade, sob o olhar do baterista da banda inglesa.
Os 240 registros do livro de fotos narram a vida de Ringo desde sua juventude, passando pela formação da banda e seu estrondoso sucesso.

O músico começou a ter a fotografia como hobby aos 17 anos e documentou o grupo em diferentes ocasiões da vida privada: gravando em Abbey Road, passando férias em diferentes lugares do mundo ou indo fazer shows.

“Eu estava preso a tê-los como modelos. Durante toda a nossa carreira em turnê, nós compartilhamos dois quartos e um carro. Foi assim que passamos a nos conhecer: em uma van, hora após hora”, comentou Ringo, hoje com 73 anos, sobre a experiência que resultou na publicação.

Lançado em edição de luxo limitada a 2500 cópias, todas assinadas pelo ex-Beatle, Photograph tem 300 páginas e sua importância maior é contar ao mundo um pouco mais da história do ilustre grupo inglês.

Seguem algumas das fotos, publicadas no site UOL.

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Uma Entrevista com Mark Lewisohn

“Tune in: All These Years” é o novo lançamento do autor Mark Lewisohn, cujo Volume I deve ser lançado em novembro de 2013.

O autor e historiador Mark Lewisohn ofereceu para as estantes dos fãs dos Beatles alguns dos livros de melhores pesquisas já realizadas. E novembro de 2013 marca o lançamento do Volume I do seu novo livro, “Tune in: All These Years”. Resultado de toda uma década de exaustiva pesquisa, “Tune in” lança uma nova luz sobre os primeiros anos dos Beatles. O trabalho épico é a primeira entrada numa trilogia que promete apresentar uma história mais abrangente, detalhada e definitiva do grupo mais popular da história da música. Atada com laços de humor e uma forma narrativa desenvolta, combinada com uma estrita atenção aos fatos, o livro Tune in de Mark Lewisohn, oferece vislumbres jamais vistos antes com referência aos anos de formação de cada um deles individualmente e que o mundo eventualmente conhece no coletivo como sendo Os Beatles. Neste capítulo, os rapazes passam tempo com Mark Lewisohn discutindo o primeiro dos quais prometem ser os três mais importantes livros sobre os Fab Four.

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Em entrevista durante o Festival de Música em Dublin, Rod Davis (The Quarrymen) fala sobre o dia em que John Lennon conheceu Paul McCartney.

Rod Davis, que com seu grupo The Quarrymen vai participar do Beatles Festival em Dublin, de 07 de novembro a 10 de novembro na Irlanda, é uma conexão direta com as origens dos Beatles e ainda toca o tipo de música que levou ao que se tornou o Fab Four. Ele disse numa recente entrevista que o “skiffle” não tem a devida atenção.

The Quarrymen se apresentando em 2010

The Quarrymen se apresentando em 2010

“Skiffle sempre foi muito negligenciado em grande escala. Eu acho que os roqueiros deveriam olhar pra trás e reescrever a história. O skiffle foi absolutamente de vital importância.”

Davis credita Lonnie Donnegan, do “Rock Island Line”, como sendo uma grande influência sobre ele, tendo ajudado muitos jovens Britânicos a se tornarem músicos e pegar o vírus da música.
“Aquele tipo de canção não disparou nas paradas. Não alcançou o número um, mas foi o que eletrizou os jovens por aqui, especialmente influenciou os jovens rapazes a comprar guitarras e banjos. Portanto, sem ela, não teria havido todos aqueles guitarristas que sabiam três acordes de forma que quando o rock `n` roll surgiu, todos eles puderam tocar rock ‘n’ roll. E o rock ‘n’ roll era muito mais atrativo do que o skiffle, e Lonnie Donnegan mesmo, particularmente, não era um rapaz muito atraente.”
Davis disse que Bill Haley, que esteve no Reino Unido em turnê, tinha a aparência de um homem de meia idade e por isso não teve muitos seguidores. “Mas quando Elvis apareceu, as pessoas acharam que poderiam tocar rock ‘n’ roll,” disse ele. “Elvis, Gene Vincent e Eddie Cochram todos eles tinham esta imagem de “bad boy”, a qual chamou a atenção de muitos jovens do Reino Unido naquela época.”
Questionado sobre suas lembranças do famoso dia em que John Lennon e Paul McCartney se encontraram, ele diz: “Eu não lembro de ter visto Paul em lugar nenhum naquele dia. Eu lembro de ter visto Ivan Vaughan, que era o rapaz que o trouxe, mas eu não lembro de ter visto Paul.” Disse ele, quando a banda se juntou novamente em 1997, que …“ havia cinco de nós e cerca de sete visões diferentes sobre o que aconteceu.” Disse ele com um sorriso que ele mudou a história de brincadeira, dizendo “Eu provavelmente fui fazer xixi no momento mais significativo da história do rock ‘n’ roll”.
Davis disse ainda que o Quarrymen aparecerá durante o festival no sábado fazendo o que ele chamou de “uma entrevista pública” com o “Irish Times” (jornal irlandês).
“Daremos nossa entrevista costumeira sobre nossa vida boemia por cerca de uma hora,” disse ele. “Depois vamos tocar à noite em um clube chamado Grand Social.”
Ele diz que o grupo não tem estado muito na estrada esses últimos tempos. “A última vez que saímos em turnê foi em 2011 quando fizemos 17 shows em 21 dias por todo os Estados Unidos “, disse ele. Por hora, “faremos shows simples. Nós gostamos especialmente de ir à Europa para show de fim de semana.”
Há a possibilidade de shows em 2014 na Ucrânia e Liverpool, embora não haja nenhum plano de voltarmos aos Estados Unidos no momento. “Uma turnê nos Estados Unidos é uma operação mais complicada. Não que não tenhamos gostado dos Estados Unidos. Gostamos de verdade de estar nos Estados Unidos.”
Davis informa também que quando eles não estiverem tocando este fim de semana em Dublin, “estaremos por perto bebendo muita Guinness”, disse ele. “Os Quarrymen são movidos a Guinness (cerveja),” ele ri.

Tradução: Lucinha Zanetti
Fonte: Examiner

The Quarrymen

The Quarrymen

Carlos Imperial, o cara que descobriu Roberto e inventou Erasmo!

Há 21 anos o Brasil perdia Carlos Imperial, que em vida foi um artista polêmico, mas de grande importância para a história do Rock no Brasil!
(Cachoeiro de Itapemirim, 24 de novembro de 1935 — Rio de Janeiro, 4 de novembro de 1992).

Em homenagem a este artista que comandou o destino de tantos outros na história do Rock no Brasil, segue um ótimo texto de autoria de Rubens Stone, do Portal MC & JG.

A chegada do rock and roll no Brasil, em 1955, mesmo ano em que o novo ritmo estourou nos Estados Unidos, significou mais que um momento crucial da história da música popular brasileira, foi um instante transformador dos rumos da cultura no país. E nessa transformação, o capixaba Carlos Imperial, nascido na mesma Cachoeiro de Itapemirim, de Roberto Carlos, foi a figura principal na divulgação do novo gênero, ao criar, nos idos de 1957, na cidade do Rio de Janeiro, o antológico “Clube do Rock”, que arrastou uma legião de jovens, dentre os quais, futuros artistas que em breve teriam grande importância no cenário musical e televisivo do Brasil, como Wilson Simonal, Paulo Silvino, Augusto César Vanucci, Erasmo Carlos, o grupo Renato e Seus Blue Caps e o próprio Roberto Carlos.

Foi ele quem descobriu Roberto e inventou Erasmo Carlos. Imperial chegou para Roberto, nos idos de 1960, depois do fracassado compacto que produziu na Polydor para o então jovem cantor, e deu o toque: era melhor parar com aquela história de imitar João Gilberto, com violãozinho na mão, voz baixinha e desafinada. O negócio era embarcar no rock’n’roll de Elvis Presley.
Primeria gravação de RC
Roberto mais uma vez seguiu os conselhos do padrinho que o levou para a gravadora Columbia (CBS) e compôs quase todo o repertório do primeiro LP do futuro rei da juventude, e daí pra frente, tudo foi diferente, um país inteiro aprendeu a cantar o iê iê iê.

No auge da Jovem Guarda, Imperial compunha para hordas de ídolos jovens , é dele hinos como “A Garota do Roberto” (em parceria com Eduardo Araújo), sucesso com Waldireni; “Pra Nunca Mai Chorar, com Vanusa; “Uma Dúzia de Rosas”, com Ronnie Von, e a fabulosa “A Praça”, um dos maiores sucessos dos anos 60, marchinha que provocou uma verdadeira gincana dos artistas para ver quem conseguia gravar primeiro. Foi Ronnie Von quem levou o troféu , e “A Praça” colou-se mesmo à imagem doce de Ronnie e imortalizou de vez o seu autor, o inesquecível Rei da Pilantragem, Carlos Imperial.

Por Rubens Stone

Revista - Carlos Imperial

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