“THE BEATLES” (WHITE ALBUM) OU ÁLBUM BRANCO DOS BEATLES FAZ 50 ANOS!

Amarelado pelo tempo, ainda conservo a Nota Fiscal de compra do meu Álbum Branco.

.

O encarte agora é um quadro na minha sala.

.

Este poster, que também veio com o álbum e agora está em um quadro na minha sala, traz todas as letras das músicas no verso.


.


.

Lançado em 22 de novembro de 1968, o disco “The Beatles”, único álbum duplo lançado por eles, costuma ser chamado de “White Album” (Álbum Branco) por ter a capa toda branca, contendo apenas o nome da banda escrito em relevo. Foi o décimo álbum oficial dos Beatles, e depois dele ainda seriam lançados mais três, que foram o Yellow Submarine (Apple Records, 1969), Abbey Road (Apple Records, 1969) e Let It Be (Apple Records, 1970).

Em Maio de 1968, depois de terem passado uma temporada na Índia em meditação com o guru Maharishi Mahesh, os Beatles se reuniram na casa de George Harrison em Kinfauns, Esher, para efetuar o próximo trabalho do grupo. Gravaram 23 maquetes e definiram o caminho para o que seria um novo disco, o qual decidiram chamar simplesmente de The Beatles, cuja capa seria também simples e branca, contrastando com o excesso de informação do álbum do ano anterior, 1967, o Sgt. Peppers.

Segundo o jornalista e escritor português Nuno Galopim, “o disco revelava uns Beatles mais versáteis que nunca, num alinhamento de grandes canções como Back in the USSR, Savoy Truffle ou Dear Prudence, que ia das mais discretas baladas ao mais intenso hard rock. Não faltavam motivos para aclamar, novamente, uma banda que escrevia a história! Mas poucos imaginavam quão assombrado todo o projeto nascera. Com apenas uma canção de Lennon e McCartney verdadeiramente escrita a dois (Birthday), apesar de todas serem co-assinadas, o disco revelava uma evidente separação de interesses. Paul cantando essencialmente o amor, John ensaiando um registro mais crítico e destemido, George e Ringo também presentes como autores.
Primeiro disco gravado depois da criação da Apple Corps, era um álbum feito por músicos que agora também eram empresários. A morte de Brian Epstein e a presença de Yoko Ono sublinharam um clima que acabou expresso num álbum fruto do seu tempo. Um álbum de 1968, o ano em que o rock acordou depois do sonho psicodélico.”

As músicas que compõem o álbum:

Disco 1
Lado A
“Back in the U.S.S.R.” – de Paul McCartney, foi gravada na época em que Ringo brigou com o grupo e ficou fora por um tempo. McCartney assumiu a bateria.
“Dear Prudence” – composta na Índia por John Lennon para animar Prudence, irmã de Mia Farrow, que fazia parte da trupe que por lá excursionava.
“Glass Onion” – música de Lennon falando sobre fãs que tentavam descobrir mensagens subliminares nas músicas dos Beatles.
“Ob-La-Di, Ob-La-Da” – de McCartney.
“Wild Honey Pie” – composta e gravada somente por Paul McCartney.
“The Continuing Story of Bungalow Bill” – de Lennon, trouxe a participação de Yoko Ono (mulher de John), de Pattie Boyd (mulher de George) e de Maureen Cox (mulher de Ringo) na vocalização.
“While My Guitar Gently Weeps” (George Harrison) – Composição de George Harrison, com participação na gravação do amigo Eric Clapton, que fez o solo de guitarra da música, embora seu nome não tenha sido creditado no álbum.
“Happiness Is a Warm Gun” – composição de Lennon, foi banida da rádio BBC devido ao seu apelo sexual.

Lado B
“Martha My Dear” – composição de McCartney, foi feita em homenagem a sua cachorra Martha. Contou com a participação de músicos de estúdio e de George Harrison no contrabaixo e Lennon na guitarra.
“I’m So Tired” – escrita na Índia por Lennon, se refere ao cansaço causado pela meditação.
“Blackbird” – balada de McCartney, gravada somente por ele.
“Piggies” (Harrison) – música de George Harrison, não contou com a participação de Lennon na gravação.
“Rocky Raccoon” – de McCartney, contou com a participação de George Martin no piano ao estilo de velhos salões do oeste americano.
“Don’t Pass Me By” (Ringo Starr) – primeira composição de Ringo Starr a ser gravada pelos Beatles.
“Why Don’t We Do It in the Road?” – composição de McCartney, só foi gravada por ele e Ringo Starr. Foi a primeira música a ser gravada que não contou com a participação de todos os membros do grupo.
“I Will” – composição de McCartney escrita para Linda Eastman. Foi a primeira música que McCartney dedicou a ela. A música não contou com a participação de Lennon e Harrison.
“Julia” – composição de Lennon dedicada a sua mãe Julia. Somente John participou da gravação.

Disco 2
Lado A
“Birthday” – composição de Lennon & McCartney, foi uma das últimas músicas que John e Paul colaboraram juntos para a composição. Contou com a participação de Yoko Ono e Pattie Boyd na vocalização.
“Yer Blues” – composição de John Lennon.
“Mother Nature’s Son” – composta e gravada somente por Paul.
“Everybody’s Got Something to Hide Except Me and My Monkey” – composição de John. Foi feita como resposta a uma caricatura de Yoko, em que ela era retratada como uma macaca sugando a criatividade de Lennon.
“Sexy Sadie” – composição de Lennon, fala sobre a desilusão dele pelo fato de o guru Maharishi ter supostamente tentado seduzir Mia Farrow.
“Helter Skelter” – composição de McCartney.
“Long, Long, Long” (Harrison) – composição de George Harrison.

Lado B
“Revolution 1” – versão acústica da composição de John Lennon.
“Honey Pie” – composição de McCartney.
“Savoy Truffle” (Harrison) – composição de George Harrison, que se inspirou em uma caixa de bombons, especialmente para seu amigo Eric Clapton, doido por doces.
“Cry Baby Cry” – composição de John Lennon inspirada em historias de sua infância.
“Revolution 9” – de John Lennon, esta música é uma colagem de sons que posteriormente se tornaria o estilo dos três primeiros álbuns experimentais de John e Yoko. Paul foi o único Beatle a não participar das gravações, chegando mais tarde a dizer que “aquilo não era música Beatle”.
“Good Night” – escrita por John para seu filho Julian, a música foi cantada por Ringo acompanhado em estúdio por uma orquestra, encerrando o álbum.

E em comemoração aos 50 anos do álbum branco, uma caixa de discos remixados foi lançada. Saiba aqui => The Beatles’ new remixed White Album box set is a marvel! como os Beatles poderiam ter feito seu White Album usando a tecnologia de hoje!

A Banda The Beatles Again leva a Piracicaba seu Show “On The Road 25 Anos”!

A banda The Beatles Again, de Araraquara/SP, está comemorando 25 anos de estrada com o show “On The Road 25 Anos”, e se apresentou neste 31 de outubro de 2018, no SESC Piracicaba.

Durante o show a banda fez uma retrospectiva dos momentos marcantes de sua história, como a final do Concurso Nacional – The Beatles Festival, em 2001, e de diversos shows como o Elétrico/Acústico, com releituras acústicas dos clássicos dos Beatles, com instrumentos como viola caipira, ukulele (do especial Paul McCartney) e do especial Sgt. Peppers 50 Years.

FORMAÇÃO

BETO NEVES – guitarra, violão, teclado, ukulele, gaita, viola caipira, acordeon e vocais;
DANIEL MATTOS – baixo e vocais
ROGÉRIO PIU – guitarra solo, violão e vocais
BETO PLACCO – bateria, percussão e vocais

Com a banda no SESC Piracicaba, em 31-10-2018.

“Conhecida no mundo beatlemaníaco nacional pelo seu esmero na reprodução fiel dos arranjos originais dos Beatles, com instrumentos dos modelos originais usados pelos The Beatles, e ênfase na parte vocal, a banda vem de aclamada participação no festival BH Beatle Week em Belo Horizonte, onde atuou ao lado das mais conhecidas bandas tributo do Brasil, América do Sul, USA e Europa. No segundo semestre de 2018, cumpre extenso roteiro em várias unidades do Sesc, em todo o Estado de São Paulo.

Formada por Beto Neves (guitarra, violão, teclado, ukulele, gaita, viola caipira, acordeon e vocais), Daniel Mattos (baixo e vocais), Rogério Piu (guitarra solo, violão e vocais) e Beto Placco (bateria, percussão e vocais), a banda estreiou seu show – “The Beatles Again On The Road – 25 Years” no circuito Sesc, com apresentações em Santos , Santo André, Jundiai e Campinas.

Em novembro, a banda será uma das atrações da Niterói Beatle Week, um dos maiores festivais Beatles do país.

“É a primeira vez que tocamos em Piracicaba. Fizemos um evento no Facebook e gerou muita repercussão, com mais de 1.700 pessoas. Temos certeza que será uma noite muito bacana!”, ressaltou Neves.

TRAJETÓRIA – Em abril de 1993, The Beatles Again subiam pela primeira vez no palco da sede social do Clube Araraquarense. Do primeiro ano da formação, permanecem na banda Beto Neves e Beto Placco. Apesar da repercussão inicial, eles acreditam que a exposição da banda veio mesmo durante a participação no The Beatles Festival 2001, em Ribeirão Preto, que contou com 104 bandas inscritas e colocou o grupo entre as três melhores bandas do Brasil. Nos anos 2015, 2016 e 2017 participou com destaque do maior festival Beatles da America do Sul, o BH Beatle Week, em Belo Horizonte, com as melhores bandas tributo aos Beatles do Brasil, America do Sul, USA e Reino Unido.

FONTE

Estivemos eu e minha amiga Zezé Negri no evento, e como não poderia deixar de ser, registramos tudo!

FOTOS

https://www.facebook.com/media/set/?set=a.10217309527872044&type=1&l=6ce10e131e
.

VÍDEOS

.

.

.

.

.

O LP RENATO E SEUS BLUE CAPS “ESPECIAL”, LANÇADO EM NOVEMBRO DE 1968, FAZ 50 ANOS!


.

Em 22 de agosto de 2018 RENATO BARROS, em uma conversa informal, comentou cada faixa do LP e ainda contou algumas curiosidades e falou sobre a Jovem Guarda em relação a sua banda Renato e Seus Blue Caps:


.

Sobre a composição “Porque Eu Te Amo”, Leno Azevedo escreveu:

“A música “Porque eu te amo” o Cesar me mostrou como só dele a melodia e me pediu uma letra… a sugestão do tema da letra foi até dele.. fiz às pressas na sala ao lado do estudio pois eles aguardavam para botar voz no play-back já gravado. Se o Renato participou da melodia eu nunca soube. Me lembro que foi o Cesar quem me mostrou para eu botar letra.” (Leno)

Leno também se refere à versão de Please Mister Postman (Escreva Logo):

“A versão de Please Mr. Postman foi feita por mim na mesma noite e eles gravaram em seguida.
Saiu no nome do Renato talvez por engano da CBS, mas tudo bem… Afinal eu já tinha mais uma minha no mesmo LP, que é a “Não vou me humilhar por você”.” (Leno)

“Sobre o que disse Renato no que diz respeito à música “Ela é tão linda”, concordo com ele. Hoje em dia ela não tem o peso que tivera em 68, mas seria uma ótima música para regravação por uma banda de rock pesado. Quando o Paulo César fez seu show na virada cultural de SP em 2015, tocou essa música com uma introdução bem pesada baseada em “I Love It Loud” do Kiss. Confesso que não entendi no início, mas quando começou a cantar, aí percebi que era “Ela é tão linda”, com uma guitarra carregada de distorção executada por Márcio Augusto. Realmente foi a música mais pesada do repertório aquele dia.
Este é o tipico disco que possui uma sonoridade excelente, mas que não teve um grande sucesso, a não ser pelos fãs da banda, talvez por causa das composições que não tiveram grande impacto como os demais discos. Historicamente falando, foi o mesmo ano de lançamento de “O Inimitável” de Roberto Carlos, e do primeiro disco do cantor Paulo Sérgio. Acredito que para os artistas da época deve ter sido o “Ó” bater nesses dois discos pois é só música fera. Talvez as melhores do disco tenham sido “Ela é tão linda” e “A esperança é a última que morre”. Essa última me chama a atenção os “licks” de guitarra no refrão, pois são praticamente os mesmos de “Eu te amo, te amo, te amo” do Roberto Carlos, ou seja, se alguém ainda tinha alguma dúvida que era Renato e Seus Blue Caps a banda que acompanhou RC em “O Inimitável”, aqui está a prova.” (Edson Fraioli de Mattos)

Em 07 de dezembro de 2016 o ex-tecladista da banda, Mauro Motta, escreveu sobre a música “A Esperança é a Última que Morre”:

“Pois é … O tempo passa mesmo !!!
Essa gravação, foi uma das primeiras que fiz como músico da banda Renato e seus Blue Caps, no LP “ESPECIAL”, num órgão Hammond B3, que era complicadíssimo de se mexer, e eu não conhecia nada dele … rsss .. Mas nada era um problema …
Teve uma outra, nesse mesmo álbum, com o título de “Porque te amo”, que resolvi fazer um solo de Cravo, kkk, e achei que era fácil por ter o mesmo teclado que o piano. Mas a digitação é completamente diferente.. E tomei uma “surra” rss .. Mas … tudo era um motivo pra “festa”… E só alegrias … !!!
E tô eu ai na foto, de blusa branca, do lado direito, … ainda um garoto… 18 anos..!!! .
Bons Tempos …

.

Renato e seus Blue Caps – Álbum: Especial – Gravadora: CBS 1968
.

.

Em janeiro de 1968 a Jovem Guarda chegou ao fim como um programa de TV, mas sua estética musical ainda daria ecos de sobrevivência durante um bom tempo, mais precisamente até por volta de 1973.
Renato e seus Blue Caps adentram o ano como sendo a banda mais popular do país, ano aquele que ficaria marcado pela explosão definitiva da Tropicália.
A banda contava com um membro novo nos teclados, o músico Mauro Motta, que nos anos seguintes ficaria famoso como parceiro de composição de Raulzito, o Raul Seixas, antes da fase “Maluco Beleza”, a qual se iniciaria em 1972.
Este LP “Especial” foi o último disco dos anos 60 com Carlinhos na guitarra e Paulo Cesar no contrabaixo e o único que teve a participação de Mauro Motta.
O vocal conta ainda com a participação de Paulo César, que logo depois abandonaria o grupo para tentar carreira solo, mais ainda voltaria para a banda anos depois. Pedrinho foi indicado para assumir o contrabaixo em seu lugar.

Este disco tem como faixa inicial a excelente “Para me Abandonar”, de Puruca (Francisco Fraga, da dupla Os Jovens); depois continua com as baladas “Não Vou me Humilhar por Você” (composição de Leno), “Porque te amo” (composição de Renato e Paulo César), que apresenta um belo cravo barroco no arranjo, executado por Mauro Motta aos 18 anos; a “pesada” “Ela é tão linda” (composição de Cleo Gallanth), como disse Renato no vídeo onde comentou cada faixa do disco; a animada e balançada “Já não Precisas Mais Chorar” (de D’avila Filho), executada com um órgão bem psicodélico (ou seja, com um som agudo do Hammond, um pouco exagerado, que chega a distorcer um pouco os sons das notas, sendo um pouco ardido para os ouvidos, e que é típico do final da década de 60).

O LP também nos brinda com as ótimas versões “Te adoro” (No fuimos, dos uruguaios Hugo e Osvaldo (Los Shakers), versão de Sérgio Becker, (saxofonista da banda The Youngsters); a belíssima “Ela é um mistério para mim” (“She’s still a mistery”, de Sebastian, do grupo americano The Lovin’Spoonful) versão de Leno.

O “LP Especial” é um dos ótimos discos de Renato e Seus Blue Caps, possuindo uma qualidade sonora acima da média da maioria dos lançamentos da época, com arranjos vocais e instrumentais excelentes.

Este também foi um dos álbuns de maior vendagem da banda, dando mostras de que o grupo não sentiu o enfraquecimento do movimento Jovem Guarda, que ainda duraria até por volta de 1973.Aliás, muito antes de existir o programa Jovem Guarda, a banda já fazia sucesso, principalmente com a música “Menina Linda”, que havia sido lançada em 1964.

Renato e Seus Blue Caps – Especial 1968

Formação:
Renato Barros: Guitarra Solo e vocal;
Paulo Cezar Barros: Baixo e Vocal;
Cid Chaves: Percussão e vocal;
Carlinhos: Guitarra Rítmica;
Tony: Bateria;
Mauro Motta: Teclados.

Faixas:
01 Para me Abandonar (Puruca)
02 Ela É Um Mistério Para Mim (She is still a mistery) (Sebastian Versão: Gileno)
03 Porque Eu Te Amo (Renato Barros – Paulo Cezar Barros)
04 Escreva Logo (Please Mr. Postman) (B. Holland-F.C. Gorman Versão de Leno)
05 Não Vou Me Humilhar Por Você (Gileno)
06 Te Adoro (No fuimos) (Hugo-Osvaldo Versão: Sergio Becker)
07 Ela É Tão Linda (Cléo Galanth)
08 A Esperança É a Última Que Morre (Ed Wilson)
09 Não Demore Mais (It’s good to see you) (Peter Shelley Versão: Renato Barros)
10 Já Não Precisas Mais Chorar (D’avila Filho)
11 Bem Feliz Serei (Sunshine girl) (Carter-Stephens Vers: Robert Livi)
12 Sem Suzana (Renato Barros)

Matéria de uma revista do ano de 1968 falando sobre o lançamento do LP “Especial”.

Na foto estão Toni Pinheiro, Renato Barros, Carlinhos, Cid Chaves e Paulo César Barros.

“Renato e Seus Blue Caps, Uma Volta Colorida Às Origens” (UMA REPORTAGEM DE 1981)

Quando foi lançado o LP Renato e Seus Blue Caps 1981, a revista “Sétimo Som” publicou a seguinte reportagem:

Renato e Seus Blue Caps Revista Sétimo Som (1981) (Foto do acervo de Carlos Giroto)

“Renato e Seus Blue Caps, Uma Volta Colorida Às Origens”

Vinte e um anos de carreira, dezoito discos gravados, mais de 200 shows por ano e um reconhecimento público como um dos maiores conjuntos baile-shows do país. Renato e Seus Blue Caps está na praça com um novo disco intitulado Sonho Colorido.

Para Renato Barros, fundador, guia espiritual e guitarrista do grupo, esse trabalho é uma volta às origens, uma vez que, com o surto da Discoteca em 1978, eles tiveram que aderir ao novo gênero por critério de sobrevivência:

“Nesse tempo as coisas estavam pretas. Para sobreviver como grupo, tivemos que entrar no embalo da discoteca, mas o nosso público mais antigo não aceitou bem esta mudança. Assim, neste disco voltamos a fazer nosso som próprio e todos têm gostado.”

De novidade, Renato e Seus Blue Caps traz de volta o compositor Gileno, da extinta dupla Leno e Lilian, e ainda canta uma música de Bob Dylan ao lado de Zé Ramalho.

“Nós conhecemos o Zé desde 1976, quando fomos fazer um show na Paraíba e ele ficou nosso amigo. Para nossa surpresa, ele disse que curtia nosso trabalho. Com isso nasceu uma grande amizade que se concretiza agora em “Sonho Colorido” que, sem sombra de dúvida, é um dos nossos melhores discos”, diz Renato Barros.

O conjunto, além de Renato (guitarra e vocal), é formado ainda por Paulo César Barros (baixo e vocal), Marquinho (teclados), Cid (sax e vocal) e Gelson (bateria), todos irmanados numa única filosofia: “Fazer um som vibrante, que atinja o maior número de pessoas”, como explica um integrante do grupo.

“Pra gente _ prossegue ele _ o que interessa é fazer um som alegre, dançante e vibrar intensamente com a pessoas.”

Reportagem: Péricles Santana
Foto: Gravadora CBS

(Foto do acervo de Carlos Giroto)

E a banda foi ao Fantástico junto com Zé Ramalho…

FAIXAS DO DISCO

01-00:00 Coração Faminto
02-03:45 Mr.Tambourine Man
03-06:12 Tim-Tim
04-09:26 Sentimento Estranho
05-13:28 Sem Você Não Vivo
06-16:55 Saudades de Maria Helena
07-20:34 Você Foi Longe Demais
08-23:45 Sonho Colorido
09-26:40 Velhos Tempos
10-30:32 Sou Apenas Alguém

OUÇAM AQUI A MÚSICA “SONHO COLORIDO”
Composição: Carlinhos/Fatha (pseudônimo de Ed Wilson)

O álbum RENATO E SEUS BLUE CAPS 1967 comentado.

Gravado em setembro de 1967 e lançado em dezembro do mesmo ano, o LP RENATO E SEUS BLUE CAPS 1967 está prestes a completar 50 anos, e neste vídeo podemos ouvir seu criador RENATO BARROS comentando o disco faixa por faixa. Segundo ele, este disco ficou conhecido como ‘DISCO DO LAMÊ”, devido à capa do disco, onde o grupo veste casacos confeccionados do tecido chamado lamê, muito em voga na época.

Tive o privilégio de ouvir o disco com Renato Barros, e destaco algumas curiosidades contadas por ele nesta nossa conversa:

1 – O tema da composição de Leno intitulada “A irmã do meu melhor amigo” existiu mesmo. O amigo dele se chamava “Calota” e tinha uma irmã… ouçam o relato de Renato no vídeo.

2 – Renato explica alguns cortes na gravação da música “Ana”;

3 – Quem tocava gaita nas canções gravadas pelo conjunto era Cid Chaves, e na gravação de “Menina Linda”, ao contrário do que muitos pensam, o instrumento usado não foi uma gaita, e sim uma Escaleta tocada pelo próprio Renato. Renato explica que na gravação dos Beatles eles utilizaram uma gaita, porém Renato e Seus Blue Caps não tinham uma, então utilizaram a Escaleta que havia sido comprada para fazerem o acompanhamento do cantor Trini Lopez no programa de Carlos Imperial. A mesma Escaleta foi perdida, pois Renato conta que a esqueceram em um taxi.

4 – Importância de Carlos Imperial no Rio e de Antonio Aguillar em São Paulo para os artistas na época;

5 – A música “Menina Feia” foi inspirada na canção “Lady Jane” (1966), dos Rolling Stones;

6 – “Não me diga adeus” seguiu a linha de “Feche Os Olhos”.

E muito mais… Ouçam e vejam aqui:

.
Ou no Youtube:

GETÚLIO CÔRTES no Clube Ginástico, Rio – Projeto Jovens Tardes FUNJOR.

GETÚLIO CÔRTES ficou conhecido como “Negro Gato” devido ao sucesso de sua composição gravada por Renato e Seus Blue Caps e posteriormente por Roberto Carlos.

Também é famoso por ser o compositor que mais teve músicas gravadas por Roberto Carlos, um total de 14 canções, incluindo “O Feio”, “Noite de Terror”, “Negro Gato”, “O Tempo vai Apagar”, “Nada Tenho a Perder”, entre outras.

Este Show faz parte do Projeto Jovens Tardes FUNJOR, que presta homenagem aos compositores dos anos 60 e é organizado pelo Instituto FUNJOR no Clube Ginástico Português.

Seguem alguns vídeos filmados por Henrique Kurtz na noite de 12 de maio de 2017.

GETÚLIO canta o rock “Noite de Terror”, de sua autoria e gravado por Roberto Carlos em 1965 (LP Canta Para A Juventude).

“Noite de Terror” possui ares de roteiro de cinema, a letra é baseada num filme que Getúlio realmente assistiu, acrescentando apenas uma garota que não constava na fita.
A 7ª arte sempre foi uma grande fonte de inspiração para o Negro Gato, exercendo muita influência em sua obra.

GETÚLIO canta o sucesso “Pega Ladrão”, de sua autoria e gravado por Roberto Carlos em 1965 (LP Jovem Guarda).

Músicos que acompanham Getúlio Côrtes:

Chico Neto – teclados
Jimmy Santa Cruz – contrabaixo
Evandro Jesus – bateria

Rio, 12-05-2017.
Vídeo: Henrique Kurtz ©

Participação de RENATO BARROS no Show.

Renato Barros interpreta “SMILE”, uma canção baseada em um tema instrumental utilizado na trilha sonora do filme “Tempos Modernos”, de Charlie Chaplin, em 1936, letra e título adicionados em 1954 por John Turner e Geoffrey Parsons.

Acompanhamento:
CHICO NETO – teclados
JIMMY SANTA CRUZ – contrabaixo
EVANDRO JESUS – bateria

Rio, 12-05-2017.
Vídeo: Henrique Kurtz ©

.

” Você Não Serve Pra mim” (Renato Barros)
“Devolva-me” (Renato Barros / Lílian Knapp)

Acompanhamento:
CHICO NETO – teclados
JIMMY SANTA CRUZ – contrabaixo
EVANDRO JESUS – bateria

Rio, 12-05-2017.
Vídeo: Henrique Kurtz ©

.

.

Renato Barros e Getúlio Côrtes contando suas memórias.

Canta… Renato e Seus Blue Caps!

Sobre a distribuição dos vocais nas canções gravadas pela banda Renato e seus Blue Caps em seus discos, Renato Barros me explicou que como ele era o produtor, juntamente com Sr. Evandro, já naquela época ele se preocupava com a saída de algum membro e que viesse a deixar a banda fragilizada. Então eles preparavam a todos e como hoje podemos constatar, todas as músicas ficaram ótimas e o grupo não ficou refém de uma voz só, como aconteceu com uma banda contemporânea deles.

As vozes eram distribuídas de acordo com o timbre característico de cada um e que se encaixasse melhor na melodia. Mesmo sendo o Renato e o Sr. Evandro nos anos 60 os produtores, Renato fazia questão de pedir as opiniões de todos os integrantes na hora da distribuição dos vocais. Ele considera seu trabalho dentro do estúdio muito mais eficaz e importante do que simplesmente cantar uma música. O importante pra ele era sempre o resultado final e graças a Deus, como ele diz, sempre acertava e isso permanece até hoje com a sua direção musical nos Shows da banda Renato e Seus Blue Caps.

Para melhor explicar aos fãs e interessados sempre em saber quem cantou em cada canção, fizemos este vídeo gravado em 19 de abril de 2017, onde Renato Barros expõe sobre o assunto e esclarece como eram escolhidos os vocais.

.

.

Renato diz que não é relevante saber quem cantou, mas nós os fãs gostamos de saber todas as particularidades das gravações e principalmente quem foi o autor da letra, da melodia e lógico, quem cantou, e é por isso que vou colocar aqui algumas informações já publicadas na página Renato e Seus Blue Caps Original, a página oficial da banda, as quais foram dadas por Paulo César Barros aqui.

As músicas do LP Viva a Juventude, de 1964, foram praticamente cantadas por todos os integrantes de Renato e Seus Blue Caps na época e até por quem não era banda…
Na musica TREMEDEIRA, por exemplo, até Getúlio Cortes participou em algumas intervenções, como por exemplo, quando se escuta “AH, AH”; e quando se escuta “OH”, aí é Paulo César.

Na musica “SOU FELIZ DANÇANDO COM VOCÊ”, Renato e Paulo César cantam em uníssono, mas na parte onde diz “ATÉ O FIM DA NOITE…”, o solo vocal é do Renato.

Na canção “GAROTA MALVADA”, Renato e Paulo César cantam em uníssono.

Na música “Loop the loop” as vozes são de todos com destaque na voz do Erasmo.

Na musica “GATINHA MANHOSA” cantam Paulo César e Erasmo; no solo vocal da segunda parte é Paulo César, ainda com timbre de garoto, na parte que diz: “QUANDO AUMENTO A VOZ……”

Na musica “MENINA FEIA” (ela existiu mesmo…) o solo vocal foi feito por Paulo César.

A música “IRMÃ DO MEU MELHOR AMIGO” foi cantada por Renato e Paulo César.

A canção “SEXO FRÁGIL”, do disco de 1983, é uma composição de Renato Barros e Nani.
Nesta gravação Renato faz o vocal solo e todas as outras vozes duplicadas ou “vocal aberto” são dele.

Em “SONHOS DE AMOR” Paulo César fez os arranjos da base (banda) e distribuiu as vozes do backing.
É ele também quem faz o solo vocal da melodia.

No disco “Batom Vermelho” Paulo César fez os arranjos e os solos vocais das musicas PAULA (Homenagem a sua filha ), FEITO SONHO e RELÓGIO, estas duas últimas em parceria com o saudoso e grande cantor, ex cunhado dele, o PRÊNTICE; Paulo César também colocou na sua 1ª gravação, na época ainda um garoto, o músico RENATO NETO, que era o líder da banda do saudoso cantor PRINCE.

A música “Um é pouco, dois é bom, três é demais”, do LP de 1967 foi composta por Renato Barros e Paulo César Barros fez o arranjo da música.
Uma curiosidade nesta canção é que a versão mono é um pouco mais longa do que a estéreo, que saiu em CD.
O vocal tem Paulo César e Renato Barros cantando em uníssono a musica quase toda e somente no verso que diz “O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO NÃO SE FAZ”, Paulo César faz vocal solo, e depois voltam novamente em uníssono.

Versão mono:

.

Versão Esteril

Na canção “Sou tão Feliz”, que é uma versão de “Love me Do”, de Lennon & McCartney, o vocal é de Renato Barros e Paulo César Barros, que cantam juntos a 1ª parte.
No refrão onde diz: “SÓ PRA MIM………”, Paulo César faz o solo vocal.

Na canção “Vivo Só”, uma versão feita por Paulo Cesar Barros para o sucesso “For Your Love”, dos ingleses The Yardbirds, o vocal é do próprio Paulo César Barros.

A música “Amanheci Chorando” foi composta por Renato Barros e tem o vocal de Paulo Cesar Barros.
Foi gravada originalmente no LP As 14 Mais Vol. XX da CBS.

Vera Lúcia é uma composição de Renato Barros em parceria com seu irmão Paulo César Barros.
Saiu tanto em compacto como no LP “VIVA A JUVENTUDE”, portanto não há dúvida quanto a minha participação.

A música “Tão Má pra Mim” é uma versão de “Bad to me”, de Lennon e McCartney.
Foi lançada em 1965, ano em que saiu o LP “Isto é Renato e seus Blue Caps”, e foi gravada entre agosto e setembro, mas não fez parte do LP.

“Essa musica não saiu em nenhum dos LPs de carreira, provavelmente tenha saído em algum compacto. Fiz o solo vocal na parte “GOSTO DE VC, MEU BEM, MAIS QUE TUDO ENFIM…………..” mas não lembro quem é o autor dela, pode até ser que seja eu o versionista, mas não lembro.” (Paulo César Barros)

Em “Vou subir bem mais alto que você”, do LP de 1967, quem faz o vocal é Paulo César Barros.

Na música “Recordações”, lançada em 1974, quem fez o vocal solo foi Michael Sullivan , o Ivanilton, apelidado de Porquinho.

Em “Posso até lhe abandonar”, do álbum de 1976, uma composição de Paulo César Barros, que não estava na banda nessa época, não tem o seu vocal, embora tenha sido ele quem tocou o baixo e fez o arranjo, tanto de base como dos sopros, mas não cantou.
.

.
Na música “Sem Suzana” de 1968 o solo vocal é de Paulo César.

“Esta Noite não Sonhei com você” é uma composição de Renato Barros que saiu no LP de outubro de 1971.
Ele se inspirou na balada “Oh! Darling”, de Lennon & McCartney, pra compor a melodia desta belíssima canção. 😉
Vocal de Paulo César Barros.

“Amanheci Chorando” tem vocal de Paulo César Barros.

“Vou subir bem mais alto que você” tem vocal de Paulo César Barros.

NOTAS:
1 – Richard Brown and his Orchestra era o Renato Barros solando com acompanhamento da orquestra da gravadora. LP de 1972, CBS/Entré, n° 104219.

2 – Paulo César entrou no RC7 exatamente quando o Gato e o Bruno saíram, mas tocou não só com o Gato, como também com o Wanderley ( teclado ), na gravação do Roberto “EU TE DAREI O CÉU”. No Kriga-ha tocou o LP todo.

Os Bons Tempos da Beatlemania de volta com Renato e seus Blue Caps!

Lembram da chegada dos Beatles à América?

Algo semelhante aconteceu na última sexta-feira quando a banda Renato e Seus Blue Caps retornaram a Porto Alegre para um Show em importante teatro na cidade, o Bourbon do Country!

Não apenas autoridades, músicos e jornalistas aguardavam a chegada dos músicos no Aeroporto Salgado Filho, mas também uma legião de fãs liderados por Nice Carpin, Tarcísio CasaNova, Henrique David, Luciano Oliveira Goulart, entre outros que empunhavam faixas e cartazes saudando seus ídolos!

Após a festiva recepção no Aeroporto, Renato e sua trupe recebeu mais homenagens em um cocktail de boas vindas organizado por Nice Carpin…

O show realizado no Teatro foi impecável e um dos mais aplaudidos de toda a temporada durante o mês de março!

MAIS FOTOS DO SHOW

https://www.facebook.com/media/set/?set=a.1849708635297446.1073741854.1429581317310182&type=1&l=53fa9268fe

.

Durante o Show, quando entra a parte autoral, Renato Barros fez belíssima homenagem ao músico gaúcho Lupicínio Rodrigues, uma filmagem feita pelo músico Tarcísio CasaNova!

.

.

.

Alguns fãs que estiveram presentes também enviaram vídeos, como este onde o fã Henrique David canta emocionado juntamente com Renato e Cid…

.

.

No mês de abril a banda deverá voltar a se apresentar em Belo Horizonte, Curitiba, Maceió, Aracajú, Niterói, etc…

A agenda de Shows é sempre atualizada na Página Oficial da Banda e também na Página Oficial do músico Renato Barros.

Para fazer parte do Fã Clube, venha para o grupo RENATO E SEUS BLUE CAPS BRASIL (FÃ CLUBE) e fique por dentro de tudo sobre a banda mais carismática do Brasil, RENATO E SEUS BLUE CAPS! 😉

FOTOS ENVIADAS POR LUCIANO OLIVEIRA GOULART

VÍDEOS ENVIADOS POR TARCÍSIO CASANOVA E HENRIQUE DAVID

SHOW DE RENATO E SEUS BLUE CAPS NO TEATRO BRADESCO EM SÃO PAULO (EU FUI!)

Amadeu Signorelli, Renato Barros, Lucinha Zanetti, Darcy Velasco, Gelsinho Moraes e Cid Chaves

Um fã faz tudo pelos seus ídolos, e eu não sou diferente.

Fui ao Show e queria registrar tudo, cada segundo, mas foi praticamente impossível, e apesar de ter feito três diferentes gravações, nenhuma ficou boa, e por este motivo peço desculpas aos artistas pela filmagem amadora, os vídeos estão bastante tremidos, mas ninguém pode imaginar o quanto eu me empenhei em registrar tudo pra compartilhar com meus amigos e fãs de Renato e Seus Blue Caps.
Foi a minha primeira vez no Teatro Bradesco em São Paulo, se eu soubesse teria me sentado na primeira fileira com uma cadeira de suporte para as minhas duas câmeras, o celular e um iPad (este ficou no meu colo…), além das baterias que comprei pra não deixar de filmar por falta delas… rsrs
Me desculpem pelas imagens, fiz o que pude, mas não sou profissional, sou apenas uma fã ardorosa da banda.

Renato e Seus Blue Caps – Show no Teatro Bradesco em São Paulo, realizado em 22 de março de 2017 – Parte 1

Camarim
Afinando os instrumentos
Entrada no palco
Começa o Show

.NO YOUTUBE

.

Renato e Seus Blue Caps – Show no Teatro Bradesco em São Paulo, realizado em 22 de março de 2017 – PARTE 2

Dona do meu coração (trecho)
Apresentação da Banda
Renato conta a historia do Blazer que está usando no Show
Eu não aceito o teu adeus
Eu sou apenas alguém
.

.

No Youtube

.

Renato e Seus Blue Caps – Show no Teatro Bradesco em São Paulo, realizado em 22 de março de 2017 – PARTE 3

Hotel California
Renato e Cid conversam
Ana
Playboy
Não volto não
Cláudia
Garota Malvada
Show de guitarra do maior guitarrista do Brasil, que fez a guitarra até gemer => Renato Barros!!!

.
NO YOUTUBE

.

Garota Malvada e o Show do maior guitarrista do Brasil, Renato Barros!

.

Renato e Seus Blue Caps – Show no Teatro Bradesco em São Paulo, realizado em 22 de março de 2017 – PARTE 4

Smile
Corcovado
Eu sei que vou te amar

Devolva-me
A Pobreza
Eu não sabia que você existia
Você não serve pra mim

.
NO YOUTUBE

.

E ainda tivemos o Show de Rock and Roll anunciado pelo Cid Chaves.
.

.

.

FOTOS

https://www.facebook.com/media/set/?set=a.10212013523115235.1073741921.1288187940&type=1&l=e0dbfa9588

.

RENATO BARROS E CID CHAVES ENTREVISTADOS POR ANTONIO AGUILLAR NO CAMARIM DO TEATRO BRADESCO EM SÃO PAULO

.

TIETAGEM NO HOTEL ANTES DO SHOW

https://www.facebook.com/media/set/?set=a.10212140055838474.1073741922.1288187940&type=1&l=de54271d3b

.

MAIS FOTOS

https://www.facebook.com/media/set/?set=a.10212013523115235.1073741921.1288187940&type=1&l=e0dbfa9588

.

História da Banda de Rock Renato e Seus Blue Caps

Fundada em 1959, a banda de Renato começou com o nome de “Bacaninhas do Rock da Piedade” a partir de uma inscrição para o programa Hoje é Dia de Rock, fazendo mímica.
Quando o Rock chegou ao Brasil ele aconteceu primeiro na zona norte do Rio e começaram a surgir em toda esquina uma banda de rock…
Havia na Rádio Mayrink Veiga um programa chamado “Hoje é dia de Rock” e lá foi Renato se inscrever para fazer mímica com seu grupo.
Levaram uma vaia muito grande, mas não desistiram e segundo Renato, foi até bom, pois tornou-se um incentivo para darem a volta por cima e dois meses depois ele voltou a falar com Jair de Taumaturgo e se inscreveu novamente, agora para fazer apresentação ao vivo, não mais para fazer mímica.
A apresentação foi um sucesso e a mesma intensidade das vaias foi agora em aplausos. O único senão foi que Jair de Taumaturgo pediu para que trocassem o nome de Bacaninhas do Rock da Piedade para Renato… alguma coisa, citando algumas opções, até que Renato acabou gostando de “Renato e Seus Blue Caps” (inspirado em Gene Vincent and His Blue Caps).
Os Beatles chegaram ao conhecimento de Renato através de um amigo dele chamado Aurélio, que tinha acesso às músicas antes que elas chegassem ao Brasil.
Os Beatles tiveram origem no Skiffle e no Rock and Roll dos anos 50 e inovaram, fazendo o gênero pop rock, pois todos do conjunto cantavam, além de tocarem. Renato e Seus Blue Caps então descobriu que poderia fazer isso também e começou a dividir os vocais.
Certo dia Carlos Imperial mostrou um disco para Renato com uma música nova que ele não conhecia, de uma banda que ele nunca tinha ouvido falar, e pediu que ele aprendesse a letra para tocar e cantar no dia seguinte, abrindo seu programa.
Renato então pensou como iria fazer aquilo e teve a ideia de escrever uma letra em português, e deu certo.
No final do programa Imperial foi se encontrar com Renato que estava em um barzinho próximo à Rádio, chegou com uma pilha de papel dizendo ao Renato que tudo aquilo era pedido para que eles tocassem de novo a música.

Mas é o próprio Renato Barros quem conta esta historia, ouçam…

A banda Renato e Seus Blue Caps é oriunda do Rock e a Jovem Guarda veio depois, quando os Beatles chegaram no Brasil, transformando aquele Rock and Roll em Pop Rock. Renato tem total consciência da competência musical e artística da sua criação, embora escondida pela Jovem Guarda.
Renato descobriu que poderia se juntar a este estilo musical que os Beatles estavam trazendo para o Brasil e que transformava aquele rock and roll de 3 acordes.
A banda embarcou no Rock e na Jovem Guarda, mas as origens de Renato e Seus Blue Caps vem dos anos 50, pois Renato ouvia sua mãe, que era cantora, escutava Billy Hallyday, Nat King Cole, Frank Sinatra, João Gilberto, Lupicínio Rodrigues, Dolores Duran, e esta foi a formação musical que Renato e seus irmãos receberam.
Quando o programa Jovem Guarda nasceu, a banda já existia há mais de cinco anos e foi primordial para os artistas na época, embora Renato e seus Blue Caps dificilmente seja citado por eles e pelo jornalismo musical do país, como tendo sido um artista importante e participativo.
Na mídia, todos parecem deixar claro que a Jovem Guarda era um trio: Roberto, Erasmo e Wanderléa, mas enganam-se as pessoas que pensam desta forma.
Renato e Seus Blue Caps foi preponderante nas carreiras dos três artistas citados, mas se acostumou com a omissão, e as pessoas acreditam no que a mídia desinformada escreve e publica.
Renato e seus Blue Caps chegou ao programa Jovem Guarda pelas mãos de Marcos Lázaro, pelo simples motivo de que a música “MENINA LINDA” estava em segundo lugar em São Paulo, e isso lhe causou estranheza: “como não levaram ainda este conjunto para o programa?”
Não fosse isso, talvez Renato e Seus Blue Caps não tivesse participado do Jovem Guarda!
Naquela época, Roberto Carlos só levou com ele lá do Rio de Janeiro para o programa em São Paulo, os seguintes artistas: ERASMO CARLOS (recém EX- Renato e seus Blue Caps ), “WANDERLÉA”, “GOLDEN BOYS” e “TRIO ESPERANÇA”.

Renato e seus Blue Caps não assistiu ao final melancólico do programa Jovem Guarda, pois muito antes, já havia pedido rescisão de contrato à TV RECORD Canal 7 de São Paulo. Os motivos foram vários, incluindo um pessoal, que era o fato de Renato adorar a praia e o Maracanã aos domingos, embora cada componente da banda tivesse tido o seu.
Mas o reconhecimento veio e continua vindo por parte de quem é mais importante, que é o reconhecimento popular, tanto é verdade que a banda Renato e Seus Blue Caps é o artista deste seguimento que mais faz shows pelo Brasil até os dias de hoje.

.

.

HISTÓRICO

Renato Barros teve a ideia de criar o conjunto Renato e Seus Blue Caps e chamou os três irmãos da família Barros: Renato, Paulo Cezar e Edson (Ed Wilson) para se juntarem a ele.

No final dos anos 50, influenciados pelo gosto musical da família e pelo Rock and Roll de Elvis Presley, Little Richard e Bill Halley, os rapazes começaram a imaginar que poderiam participar de programas de rádio, fazendo mímica das músicas de sucesso, algo que era bastante comum naquela época. Após uma apresentação desastrosa na rádio Mayrink Veiga, no programa “Hoje é dia de Rock”, de Jair de Taumartugo, passaram a se dedicar à música ao vivo.
Passavam horas trancados, aperfeiçoando a técnica em seus instrumentos. Paulo Cezar, por exemplo, começou tocando piano com dois dedos, e posteriormente, percebeu que seu negócio era o contrabaixo.
Até aí não havia sido formado um conjunto, e haviam adotado o nome de “Bacaninhas do Rock da Piedade”, numa alusão ao bairro em que foram criados no Rio de Janeiro. Logo se juntaram aos irmãos Barros os amigos Euclides (guitarrista) Gélson (baterista) e o saxofonista Roberto Simonal (irmão do cantor Wilson Simonal).

Já com o nome de Renato e Seus Blue Caps, inspirado em Gene Vincent, o grupo se apresentou no mesmo programa, tocando e cantando “Be-bop-a-lula”, e obteve o primeiro lugar da semana, e posteriormente, o prêmio de melhor do mês. Ainda em 1960, gravaram o primeiro disco de 78 rotações, pela gravadora Ciclone, em que acompanhavam o grupo vocal “Os Adolescentes”. No ano seguinte, gravaram com Tony Billy, pela mesma etiqueta. Nesse período, Gelson deixa o conjunto e Claudio entra para ser o baterista do grupo. Após uma participação no programa do Chacrinha, na TV Tupi, foram contratados pela Copacabana, onde lançaram dois 78 rotações e dois LPs: em 1962 (Twist) e 1963, sendo que o estreante Toni foi o baterista neste segundo LP.

Em 62, Ed Wilson parte para a carreira solo, e Erasmo Carlos, então secretário de Carlos Imperial, assume o posto de crooner do conjunto. Foi em 1963 que Renato e Seus Blue Caps teve o primeiro vínculo com a CBS. O grupo acompanhou Roberto Carlos nas gravações de Splish Splash e Parei na Contramão.

Em 1964, graças à insistência de Roberto Carlos e Rossini Pinto, o grupo é contratado pela CBS, lançando um compacto duplo. A banda, a essa altura, tinha Renato (guitarra solo), Paulo Cezar (baixo), Cláudio (que voltara ao conjunto nas gravações desse compacto), Cid Chaves (sax) e Carlinhos, primo de Renato (guitarra base). Após esse compacto, Toni retorna mais uma vez ao posto de baterista, e o conjunto fica, então, com a formação que faria grande sucesso nos anos seguintes.
A essa altura, Renato e Seus Blue Caps já era bastante conhecido no Rio de Janeiro, devido às frequentes aparições em programas de TV e apresentações em rádio.
No começo de 1965, a gravadora CBS resolve, finalmente, lançar mais um LP do conjunto. Durante as gravações, em janeiro daquele ano, Renato Barros fez, sem muitas pretensões, a versão em português para a música “I should Have known better”, dos Beatles, que recebeu o nome de “Menina Linda”. Apresentada no programa de Carlos Imperial, na TV Rio, a música causou tão boa repercussão, que foi incluída no LP, que se chamaria “Viva a Juventude!”. Logo a música entra nas paradas de sucesso, e projeta Renato e Seus Blue Caps em todo o país.

O ano de 1965 seria um marco para a carreira da banda. O sucesso – inesperado – aumenta cada vez mais, e próximo do final do ano, com o programa “Jovem Guarda”, na Record, Renato e Seus Blue Caps conquista definitivamente seu espaço no cenário da música jovem. O LP “Isto é Renato e Seus Blue Caps” alcança excelente vendagem e dá um impulso maior à popularidade do grupo.
A banda se especializa em versões das músicas dos Beatles e de outros artistas internacionais, mas desenvolve também um estilo próprio de interpretação e composição. Muitas das versões de Renato faziam mais sucesso aqui no Brasil do que as originais em inglês. Surgem também as excursões para o exterior, e a banda atinge o ápice de sua popularidade no final de 66, com o lançamento do LP “Um embalo com Renato e Seus Blue Caps”, o disco de maior sucesso e vendagem na carreira do conjunto.
O grupo também seria o responsável pelo acompanhamento de grandes nomes da Jovem Guarda, emprestando sua sonoridade a diversos lançamentos fonográficos. O excelente LP “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura” é apenas um exemplo.

Entre 1965 e 1969, foram lançados 6 LPs, todos atingindo altos índices de vendagem e execução nas rádios. Em 68, o tecladista Mauro Motta passa a integrar a banda. No ano seguinte, o grupo passa por algumas alterações. Paulo Cezar grava um compacto simples, tentando se firmar em carreira solo. Em seu lugar entra Pedrinho. Carlinhos também deixa o conjunto, e Mauro Motta dá lugar a Scarambone.

Em 71, Paulo Cezar retorna ao conjunto, mas sai do grupo novamente em 73. Enquanto isso, o ano de 1972 ficou marcado pela saída de Toni, sendo substituído pelo baterista Gelson, que faleceu recentemente, dando lugar a seu filho na bateria. Dois anos mais tarde, a banda passa a contar também com os vocais de Ivanílton, que mais tarde seria conhecido nacionalmente como Michael Sullivan. É possível constatar a passagem marcante de Michael Sullivan pelo grupo, ouvindo os LPs de 1974 e 1976 (10 anos de Renato…)
O grupo passa por mais modificações em sua formação já em 1977. Saem do conjunto Michael Sullivan e Scarambone. No ano seguinte, é a vez do baixista Pedrinho deixar a banda, para a volta do vocalista e também baixista Paulo Cezar Barros, que um ano antes lançara pela Emi-Odeon um bom disco com versões dos Beatles.
O ano era 1978, e além da entrada do novo tecladista Marquinho, o conjunto lança um compacto simples com as músicas “Minha Vida” e “Nega, Neguinha”. Esta última, seria um prenúncio do que viria pela frente. A grande onda era a Disco Music, e o LP anual do grupo, em 79, foi fortemente influenciado pelo ritmo das discotecas.

O primeiro ano da década de 80 trouxe como lançamento mais um compacto simples pela CBS, e no ano seguinte, o novo LP da banda, que tinha, entre as novidades, uma faixa com a participação de Zé Ramalho. A música, “Mr. Tambourine Man”, versão para o clássico dos anos 60, foi a musica de trabalho, e teve até direito a clip exibido no Fantástico, da Rede Globo.

Depois de 28 anos na mesma gravadora, a banda se transferiu, em 1982, para a RCA, lançando inicialmente um compacto simples, e no ano seguinte, o excelente LP “Pra Sempre”.
Porém, após esse disco, o conjunto ficou 4 anos (1983-1987) sem gravar, até que a volta aos lançamentos fonográficos se deu na Continental, com o LP “Baton Vermelho”, um sucesso de vendas e de execução, que trouxe o grupo novamente à mídia.

Em 1989, porém, Paulo Cezar novamente deixaria o grupo, que teria Luiz Claudio em seu lugar, além de contratar o tecladista Darci. Luiz Claudio ficaria no grupo até 1994, quando seria substituído por Amadeu.
A volta ao disco ocorreu em 1995, quando a banda participou da coletânea 30 anos da Jovem Guarda, produzida por Márcio Augusto Antonucci, dos Vips.
Em 1996, foi a vez do disco Renato e Seus Blue Caps – 1996, lançado pela Globo Columbia.

Já em 2000, os Blue Caps participam de três CDs promocionais em homenagem a Roberto Carlos e no final de 2001, o esperado disco ao Vivo é lançado pela Warner, junto com mais cinco faixas inéditas, incluindo a belíssima composição de Renato Barros intitulada “Atriz”.

Vale destacar que Renato e Seus Blue Caps jamais deixou de excursionar pelo país e realizar shows e apresentações.
Atualmente, com mais de 50 anos de carreira ininterruptos, o conjunto poderia entrar para o Guiness Book como sendo o mais antigo do mundo em atividade.
E uma prova da importância de Renato e Seus Blue Caps nesta “Era Digital”, foi o lançamento de seus discos e coletâneas em CD, mostrando que a música de Renato e Seus Blue Caps sobreviveu ao tempo, atravessou gerações, e se mantém viva, alegre e espontânea.

AS FORMAÇÕES

(1959) Renato Barros, Paulo César Barros, Euclides de Paula (ficou até 1961) Edinho (Ed Wilson), Ivan Botticcelli (entrou em 1960)

(1962) Renato Barros, Paulo César Barros, Edinho (Ed Wilson), Roberto Simonal, Cláudio Caribé, Ivan Botticcelli

(1963) Renato Barros, Paulo César Barros, Erasmo Esteves, Roberto Simonal, Toni

(1964) Renato Barros, Paulo César Barros, Toni, Cid Chaves

(1965 a 1967) Renato Barros, Paulo César Barros, Cid, Carlos Alberto Da Costa Vieira, Toni

(1968) Renato Barros, Paulo César Barros, Cid, Carlinhos, Toni, Mauro Motta

(1969 a 1970) Renato Barros, Cid, Toni, Pedrinho, Scarambone

(1971) Renato Barros, Paulo César Barros, Cid, Scarambone, Toni, Pedrinho

(1972 a 1973) Renato Barros, Paulo César Barros, Cid, Scarambone, Pedrinho, Gelson

(1973 a 1976) Renato Barros, Cid, Scarambone, Pedrinho, Ivanilton (Michael Sullivan), Gelson

(1977) Renato Barros, Cid, Pedrinho, Gelson

(1979 a 1983) Renato Barros, Paulo César Barros, Cid, Marquinho, Gelson

(1987) Renato Barros, Paulo César Barros, Cid, Gelson

(1996 a 2013) Renato Barros, Cid Chaves, Gelson Moraes, Darci Velasco, Amadeu Signorelli.

(2013 a 16-06-2018) Renato Barros, Darci Velasco, Amadeu Signorelli, Gelsinho Moraes e Cid Chaves.

(14-07-2018 até a atualidade) – Renato Barros, Cid Chaves, Gelson Moraes Júnior, Darci Velasco e Bruno Sanson.

Cid Chaves tem permanência ininterrupta na banda desde 1964, tendo passado por várias fases distintas ao longo de sua historia na banda.
Chegou como saxofonista, substituindo a Roberto Simonal, e vários outros componentes também foram saindo, outros chegando, e por diversos motivos transparecendo talvez certa falta de comprometimento e Renato muitas vezes se sentindo isolado por ser o único que sabia o que estava fazendo e o único que tinha uma meta a ser atingida, e conseguiu atingi-la. (Disse-me ele certa vez em que conversamos).
Temos que enaltecer a carreira de Cid Chaves, pois nunca pulou do barco, nem nas mais bravias tempestades, segundo palavras do próprio Renato.
Não deve ser fácil trabalhar com várias cabeças pensantes, várias personalidades e portanto não deve ser fácil manter uma banda, e é por isso que temos que louvar e enaltecer Renato Barros, por manter há tanto tempo a sua Renato e Seus Blue Caps nessa estrada sinuosa mas de muito sucesso.

DISCOGRAFIA

A Discografia de 1962 a 2001.

RENATO E SEUS BLUE CAPS – 1962 – TWIST

Primeiro LP de Renato e seus Blue Caps, gravado em 1961 e lançado no ano seguinte pela Copacabana. A estratégia era lançar no mercado novos talentos, aproveitando o Twist, o rítmo do momento. Para os vocais, foram escolhidos Reynaldo Rayol e Cleide Alves. O cantor Reynaldo Rayol se recorda de muitas histórias a respeito desse disco. Na musica “Peppermint Twist”, Roberto Carlos e Wilson Simonal fizera o “coro”, nos revelou Rayol. Ele ainda se recorda que na gravação de “Sinal Ocupado”, Ed Wilson assumiu o contra-baixo, enquanto Paulo Cezar tocou guitarra. As gravações ocorriam à tarde, e além da participação também não creditada de Erasmo Carlos, “Os Cariocas” fizeram o backing vocal em “Cuide Certinho do Meu Bem” e “Bonequinha”.

Formação:
Renato Barros: Guitarra Solo
Paulo Cesar Barros: Baixo
Edson Barros (Ed Wilson): Guitarra Rítmica
Roberto Simonal: Sax
Claudio: Bateria
Ivan Botticelli: Piano
Reinaldo Rayol: Vocal
Cleide Alves: Vocal

Músicas:
01 Peppermint Twist
02 Chega (Makin Love)
03 I Like Twist With My Baby
04 Sinal Ocupado (Busy Signal)
05 Meu Anjo da Guarda
06 Summer Comes Again
07 Blue Caps Twist
08 Eu Quero Twist
09 Hey, Brotinho
10 Cuide Certinho do Meu Bem (Take Good Care of My Baby)
11 Namorando
12 Bonequinha

RENATO E SEUS BLUE CAPS – 1963 – Renato e Seus Blue Caps.

Um disco com grande melhora tanto em qualidade de som como artística em relação ao primeiro lançado em 1962, o Twist.
Com apenas 10 faixas, é um disco gravado com garra e inspiração.
O vocal de Erasmo em “What I’d say” é o retrato fiel dos jovens do subúrbio que curtiam Rock. Inglês enrolado na hora de cantar, espontaneidade e vontade de ganhar algumas garotas. Com este LP, Renato e Seus Blue Caps começava a despertar a atenção dentro do cenário musical.
Formação:
Erasmo Carlos: Guitarra Rítmica e Vocal;
Renato Barros: Guitarra Solo;
Paulo Cezar Barros: Contrabaixo;
Roberto Simonal: Sax;
Tony: Bateria
Faixas =>
01 Limbo Rock
02 Walking My Baby Back Home
03 Estrelinha (Little Star)
04 O Lobo Mau (The Wanderer)
05 Comanche
06 Boogie do Bebê (Baby sittin’ Boogie)
07 Ford de Bigode
08 What’d I Say
09 Relax
10 Stand Up

Compacto 1964
Primeiro compacto dos Blue Caps lançado pela gravadora CBS, incluindo 4 faixas e com nova formação
Formação:

Renato Barros: Guitarra Solo
Paulo Cezar Barros: Contrabaixo
Carlinhos: Guitarra Rítmica
Cid Chaves: Sax
Tony: Bateria

01 – Vera Lucia
02 – We Like Birland
03 – Bigorrilho
04 – Noturno em Mi Bemol

RENATO & SEUS BLUE CAPS 1964 – VIVA A JUVENTUDE!

Primeiro LP pela CBS, “Viva a Juventude!” foi também o primeiro trabalho de repercussão de Renato e Seus Blue Caps. A música “Menina Linda” foi o grande destaque do disco. O ex-integrante Carlinhos tem uma lembrança curiosa das gravações de “Viva a Juventude!”: “Era uma festa, quando abria o microfone, todo mundo cantava junto, como se fosse um bloco de carnaval”.
O LP traz também as primeiras versões dos Beatles em português, feitas por Renato Barros.
É possível também identificar a voz de Erasmo Carlos em algumas faixas; embora o Tremendão já tivesse deixado o conjunto para seguir carreira solo.

[01] Negro Gato (Getúlio Cortes)
[02] Menina Linda (I should have Know Better) ( Lennon-MacCartney Vers: Renato Barros)
[03] Tremedeira (Tremarella) (Rossi-Alicata-Vianello Vers: Neusa de Souza)
[04] Querida Gina (Renato Barros)
[05] Sou Feliz Dançando com Você (I’m so happy just to dance with you) (Lennon-MacCartney Vers: Lilian Knapp)
[06] Gatinha Manhosa (Erasmo Carlos-Roberto Carlos)
[07] Canto pra Fingir (My whole world in falling down) (Jerry Crutchfield-Bill Anderson Vers: Rossini Pinto)
[08] Garota Malvada (I call your name) (Lennon-MacCartney Vers: Renato Barros)
[09] Os Costeletas (Renato Barros-Getúlio Cortes-Carlinhos)
[10] Fruit Cake (B. Tucker)
[11] Loop the Loop (Teddy Vann-Joe Dong Vers: Rossini Pinto)
[12] Vera Lucia (Renato Barros-Paulinho)

RENATO & SEUS BLUE CAPS – 1965 – “Isto é Renato e Seus Blue Caps”.

[01] Você não Soube Amar (It’s gonna be all right) (Jorge Marsden Versão: Roberval-Arthur Emílio)
[02] Feche os Olhos (All my loving) (Lennon-MacCartney Versão: Renato Barros)
[03] O Escândalo (Shame and scandal in the family) (Huon Donaldson-S. H. Brown Versão: Renato Barros)
[04] O Fugitivo (Luiz Ayrão-Ercio Roberto)
[05] Preciso Ser Feliz (Renato Barros-Paulinho-Lilian Knapp)
[06] Eu Sei (I’ll be back) (Lennon-MacCartney Vers: Renato Barros)
[07] Meu Primeiro Amor (You’re going to lose that girl (Lennon-MacCartney Versão: Lilian Knapp)
[08] Aprenda a me Conquistar (Carlinhos-Renato Barros-Lilian Knapp)
[09] Espero Sentado (Keep Searchin’) (Del Shannon Versão: Lilian Knapp)
[10] Sou tão Feliz (Love me do) (Lennon-MacCartney Versão: Renato Barros)
[11] Esqueça e Perdoe (Getúlio Cortes)
[12] Orgulho de Menina (I need your love) (Clark-Smith Versão: Renato Barros)

RENATO & SEUS BLUE CAPS – 1965

RENATO & SEUS BLUE CAPS – 1966 – Um Embalo Com Renato e Seus Blue Caps

[01] Meu Bem Não me Quer (My bay don’t care) (Sid Herring Vers: Renato Barros)
[02] Pra Você Não Sou Ninguém (Look thru any window) (Goldman-Silverman Versão: Paulo Cezar Barros)
[03] Até o Fim (You won’t see me) (Lennon-MacCartney Versão: Lilian Knapp)
[04] Sim, Sou Feliz (Renato Barros-Paulo Cezar Barros)
[05] Gosto de Você (Tell me what you see) (Lennon-MacCartney Versão: Paulo Cezar Barros)
[06] Perdi a Esperança (Paulo Cezar Barros-Marcus Fabiani)
[07] Primeira Lágrima (Renato Barros)
[08] Dona do Meu Coração (Run for your love) (Lennon-MacCartney Versão: Renato Barros)
[09] Não Te Esquecerei (California dreamin’) (J. & M. Phillips Versão: Lilian Knapp)
[10] Vivo Só (For your love) (G. Gouldman Vers: Paulo Cezar Barros)
[11] Não Quero Você Chorar (Paulo Cezar Barros)
[12] A Garota que Eu Gosto (Adaptação: Renato Barros)

RENATO & SEUS BLUE CAPS – 1966

01-00:00 A Garota Que Eu Gosto
02-01:37 Até o Fim
03-04:58 Dona do Meu Coração
04-07:01 Gosto de Você
05-09:42 Meu Bem Não Me Quer
06-11:48 Não Quero Ver Você Chorar
07-14:25 Não Te Esquecerei
08-16:58 Perdi a Esperança
09-20:11 Pra Você Não Sou Ninguém
10-22:52 Primeira Lágrima
11-26:01 Vivo Só
12-28:28 Sim Sou Feliz

RENATO & SEUS BLUE CAPS – 1967 – Renato e Seus Blue Caps

[01] Este Amor Me Faz Sofrer (SemiDetached Suburban-Mr.James) (G. Stephens-J. Carter Vers: Luiz Keller)
[02] No Dia Em Que Jesus Voltar (Paulo Cezar Barros)
03 Não Posso Me Controlar (I can’t control myself) (Reg Presley Vers: Luiz Keller)
[04] A Saudade que Ficou (Renato Barros-Ed Wilson)
[05] Menina Feia (Renato Barros)
[06] Não Me Diga Adeus (Carlinhos-Paulo Cezar Barros)
[07] Vou Subir Bem Mais Alto Que Você (Reach out I’ll be there) (B. Holland-E. Holland-L. Dozier Vers: Luiz Keller)
[08] A Irmã do Meu Melhor Amigo (Gileno)
[09] Tem que Ser Você (With a girl like you) (Reg Presley Vers: Luiz Keller)
[10] Ana (Anna) (Go to him) (Arthur Alexander Vers: Lisna Dantas)
[11] Um É Pouco, Dois É Bom, Três É Demais (Renato Barros)
[12] Lar Doce Lar (Renato Barros-Carlinhos)

RENATO & SEUS BLUE CAPS – 1968 – Renato e Seus Blue Caps – Especial

[01] Para me Abandonar (Puruca)
[02] Ela É Um Mistério Para Mim (She is still a mistery) (Sebastian Vers: Gileno)
[03] Porque Eu Te Amo (Paulo Cezar Barros-Gileno)
[04] Escreva Logo (Please Mr. Postman) (B. Holland-F.C. Gorman Vers: Renato Barros)
[05] Não Vou Me Humilhar Por Você (Gileno)
[06] Te Adoro (No fuimos) (Hugo-Osvaldo Vers: Sergio Becker)
[07] Ela É Tão Linda (Cléo Galanth)
[08] A Esperança É a Última Que Morre (Ed Wilson)
[09 Não Demore Mais (It’s good to see you) (Peter Shelley Vers: Renato Barros)
[10] Já Não Precisas Mais Chorar (D’avila Filho)
[11] Bem Feliz Serei (Sunshine girl) (Carter-Stephens Vers: Robert Livi)
[12] Sem Suzana (Renato Barros)

RENATO & SEUS BLUE CAPS – 1969 – Renato e Seus Blue Caps

[01] Obrigado Pela Atenção (Raulzito)
[02] Meu Bom Amigo (Maria Vasquez-Pelin)
[03] Foi Mentira (Rossini Pinto)
[04] No Dia em Que Você Me Disse Adeus (Pedro Paulo)
[05] Eu Vivia Enganado (Hooked on a feeling) (Mark James Vers: Rossini Pinto)
[06] Disse Me Disse (Rossini Pinto)
[07] Não Vá Embora Sem Me Dizer (Renato Barros)
[08 Tão Sozinho (Cuore stanco) (Migliacci-Luisini-Pintucci Vers: Rossini Pinto)
[09] Não Volto Mais (Paperback writer) (Lennon-MacCartney Vers: Renato Barros)
[10] Despedida (Ed Wilson)
[11] Claudia (Lodi) (J. C. Forgety Vers: Renato Barros)
[12] Quando A Cidade Dorme (Leno)

RENATO E SEUS BLUE CAPS – 1970 – Renato e Seus Blue Caps

[01] Faça O que Eu Digo, Mas Não Faça O que Eu Faço (Gil-Jean)
[02] Coitadinha de Você (Marcos Torraca)
[03] Playboy (Pedro Paulo-Raulzito)
[04] Todo Meu Amor Você Levou (Átila-Paulinho Soares)
[05] Escreva (César Sampaio)
[06] Cha-La-La Marisa (Cha-la-la, I need you) (Hank Hillman-Brian Goldwyn Vers: Roberto Bernardes)
[07] Tudo Tem Seu Preço (Getulio Côrtes)
[08] Vontade de Viver (Ed Wilson)
[09] Só Faço Com Você (Leno)
[10] Não Quero Chorar (Marcos Torraca)
[11] Meu Amigo do Peito (Renato Barros)
[12] Se Eu Sou Feliz, Por Que Estou Chorando? (Raulzito-Leno)

RENATO E SEUS BLUE CAPS – 1971 – Renato e Seus Blue Caps

Primeiro álbum de Renato e Seus Blue Caps a não incluir versões de músicas internacionais. Neste disco, está evidente a influência do guitarrista Santana sobre Renato Barros, o que deu ao LP uma sonoridade bem característica do início da década de 70.
Como curiosidade, vale destacar que este é o disco preferido de Renato, entre todos que a banda lançou. A faixa que abre o disco, “46-77-23”, do excelente compositor Getúlio Côrtes, causou alguns “inconvenientes” ao dono do telefone cujo número era cantado no refrão desta música.
O álbum marca também o retorno de Paulo Cezar Barros ao conjunto.

Formação:
Renato Barros: Guitarra e Vocal
Paulo Cezar Barros: Baixo e Vocal
Cid Chaves: Vocal e Percussão
Scarambone: Teclados
Pedrinho: Guitarra
Tony: Bateria

[01] 46-77-23 (Getúlio Côrtes)
[02] Esta Noite Não Sonhei com Você (Renato Barros)
[03] Sheila (Mauro Motta-Raulzito)
[04] Sou Louco Por Você (Renato Barros-Ed Wilson)
[05] Você Vai me Ouvir (Renato Barros)
[06] Tania (J. C. Scarambone-O. C. Shultz)
[07] Não É Nada Disso (Renato Barros)
[08] Nós Dois (Renato Barros)
[09] Agora É Tarde (Ed Wilson)
[10] O Brinquedo se Quebrou (Renato Barros)
[11] Sou Amor Pra Te Entregar (Renato Barros-Massom)
[12] Ainda É Hora de Chorar (Átila-Raulzito)

RENATO E SEUS BLUE CAPS – 1972 – Renato e Seus Blue Caps

[01] Darling, Darling (Darling, Darling) (Penny Vers: Rossini Pinto)
[02] Eu Sou o Que Eu Sou (I am that I am) (English-Kerr Vers: Rossini Pinto)
[03] Não Foi o Que Eu Fiz (Pedrinho-Renato Barros)
[04] Vou Mudar De Vida (Don’t want to say goodbye) (Carmem-Bryson Vers: Rossini Pinto)
[05] Domingo Feliz (Beautiful Sunday) (Boone-R. McQueen Vers: Rossini Pinto)
[06] Você Vive (Ed Wilson)
[07] Por Você (Little girl) (Rainer-Ehrhardt Vers: Rossini Pinto)
[08] Mas Não Faz Mal (It’s alright “I don’t mind”) (A. Fronte Vers: Pedrinho)
[09] Por Amar (I’ve been down) (Harold Thoy Vers: Rossini Pinto)
[10] Eu Te Adoro (I need you) (G. Beckley Vers: Rossini Pinto)
[11] Baby, Baby (Mauro Motta-Raulzito)
[12] Vou-me Embora (Michoacan) (A. Allen-K. Fowley Vers: Rossini Pinto)

RENATO E SEUS BLUE CAPS – 1973 – Renato e Seus Blue Caps

Neste álbum, a novidade ficou por conta da estreia de Ivanilton, que mais tarde seria muito conhecido como “Michael Sullivan”.

Participação especial de Paulo César Barros no vocal de “Se você Soubesse”.

[01] Vamos Viver Cantando (Let’s hang the moon in the front room mama) (Terry Tassemberg Vers: Rossini Pinto)
[02] Eva Maria (Eva Maria) (J. L. Armenteros-P. Herrero Vers: Rossini Pinto)
[03] Mentira (Amaury-Altanir)
[04] Não Penso Nela (Non penso più a lei) (Manuel de Sica Vers: Rossini Pinto)
[05] Porque Os Sonhos Se Vão (Porque los sueños se van) (L. Pacheco-J. Simonetti Vers: Rossini Pinto)
[06] Não Me Interessa (Lilian Knapp-Marcio Augusto)
[07] Se Você Soubesse (Renato Barros-Rossini Pinto)
[08] Um Homem Apaixonado (Un hombre enamorado) (Rabito Vers: Rossini Pinto)
[09] Guarde O Seu Amor Pra Mim (Save the last dance for me) (Doc Pomus-Mort Shuman Vers: Pedro Paulo)
[10] Estranho (Strange one) (Carl Groszmann Vers: Rossini Pinto)
[11] Um Cantinho No Seu Coração (L. Barrie)
[12] Jurei Nunca Mais Lhe Aceitar (So what if it rains) (Austin Roberts-John Reese Vers: Rossini Pinto)

RENATO E SEUS BLUE CAPS – 1974

Álbum importante da discografia de Renato e Seus Blue Caps, pois dele surgiram alguns hits do grupo, na metade da década de 70.
“Eu Não Aceito o Teu Adeus” foi um grande sucesso, mantendo o nome da banda nas paradas das rádios em todo o Brasil.
O vocal de Ivanilton (Michael Sullivan) em “Recordações” é marcante e se constitui em um dos pontos altos do LP.

Formação:
Renato Barros: Guitarra e Vocal;
Cid Chaves: Vocal e Percussão;
Ivanilton: Vocal;
Scarambone: Teclados;
Pedrinho: Baixo;
Gelson: Bateria

[01] Você Não Merecia (Eugenio Pinto-Rossini Pinto)
[02] Ana (Mona) (J. Spampinato Vers: Rossini Pinto)
[03] Eu Não Aceito o Teu Adeus (Mauro Motta-Renato Barros)
[04] Como Num Sonho (Alessandro – Cury)
[05] Sempre a Te Esperar (Quedate en mis sueños) (J. de la Fuente-M. Santander Vers: Rossini Pinto)
[06] Eu Quero Dançar Contigo (Dancing on a saturday night) (B. Blue-L. de Paul Vers: Rossini Pinto)
[07] Não Quero Mais Saber de Você (M. Miranda)
[08] Só Por Causa de Você (Renato Barros-Gileno)
[09] Pra Quem Você Olha (Altanir Freitas-Amaury Freitas)
[10] Agora É Tarde (Mauro Motta)
[11] Recordações (Ed Wilson)
[12] Vou Curtir Minha Dor (Alessandro)

RENATO E SEUS BLUE CAPS – 1976 – 10 anos de Renato e Seus Blue Caps

Em 1976, quando o grupo já tinha 16 anos de carreira, eis que surge o curioso título de “10 anos de Renato e Seus Blue Caps” para este excelente LP.
Basicamente composto por belas baladas românticas, este décimo quarto álbum de Renato e Seus Blue Caps foi um dos melhores dentre os lançados na década de 70.
Com a canção “Como há dez anos atrás”, Renato conseguiu, de maneira simples e singela, expressar o sentimento de muitos, que já na faixa dos 30, sentiam saudade da adolescência vivida na década anterior.

Formação:

Renato Barros: Guitarra e Vocal;
Cid Chaves: Vocal e Percussão;
Ivanilton: Vocal;
Scarambone: Teclados;
Pedrinho: Baixo;
Gelson: Bateria

[01] Como Há Dez Anos Atrás (Renato Barros)
[02] Eu Te Amei Demais (Renato Barros)
[03] Essa Mágoa que Ficou (L. Ribeiro-Dennis)
[04] Tire Os Grilos da Cabeça (Alessandro)
[05] Me Esqueça (Marcos Wagner-Gil)
[06] Quero Conquistar Você (José Paulo de Souza)
[07] Eu Preciso Tanto de Você (L. Ribeiro-Dennis)
[08] Não Consigo Parar de Chorar (Marcos Wagner-Gil)
[09] Tudo Se Perdeu (L. Ribeiro-Dennis)
[10] Não Sei Dizer (Amaury-Altanir Freitas)
[11] Possso Até Lhe Abandonar (Paulo Cesar)
[12] Não Me Deixe Agora (Edson Ribeiro-Hélio Justo)

RENATO E SEUS BLUE CAPS – 1977 – Renato e Seus Blue Caps
Este álbum de 1977 segue a mesma linha “popular” adotada pelo conjunto há alguns anos. Trouxe o sucesso “365 Dias”, além de “Nem Tudo Se Perdeu”, outra canção do disco que tocou bem nas rádios brasileiras.
Como fato curioso, a gravação de duas versões dos Beatles, o que não ocorria desde o LP de 1969.
Neste álbum, já não faziam mais parte do grupo o tecladista Scarambone e o vocalista Ivanilton. Lincoln Olivetti, arranjador do disco, tocou teclados nas gravações como música extra.

Formação:
Renato Barros: Guitarra e Vocal;
Cid Chaves: Vocal e Percussão;
Pedrinho: Baixo;
Gelson: Bateria

[01] Nem Tudo Se Perdeu (A. Ramos-B. Cardoso)
[02] 365 Dias (Gil-Jean Marcel)
[03] Não Devo Te Aceitar (Léo Soares)
[04] O Que Eu Posso Fazer (Baby’s in black) (Lennon-MacCartney Vers: Fernando Adour)
[05] Sem Você (Renato Barros)
[06] Adorada (Alessandro)
[07] Você É Um Pedaço de Mim (Renato Barros)
[08] Tudo O Que Eu Sonhei (If I fell) (Lennon-MaCartney Vers: Fernando Adour)
[09] Não Quero Nada Da Vida (Cid Chaves)
[10] Não Maltrate Um Coração (Renato Barros)
[11] O Brinquedo Se Quebrou (Renato Barros)
[12] Estou Voltando Pra Você (Ivan Cardoso-Ignacio Guillon)

RENATO E SEUS BLUE CAPS – 1979 – Suco de Laranja

Lançado em meio à febre da Disco Music, “Suco de Laranja” mostra uma curiosa incursão de Renato e Seus Blue Caps por este ritmo. Estratégia para vender discos ou influência musical? A verdade é que o disco tem ótimos momentos, que retratam com fidelidade um pouco da atmosfera musical do final dos anos 70.
Com a volta de Paulo Cezar ao grupo, e a entrada do tecladista Marquinho, o conjunto ganhou um novo fôlego, e gravou uma competente versão do hit internacional de Billy Joel, “My Life”, com vocal característico de Cezar.

Formação:
Renato Barros: Guitarra e Vocal;
Paulo Cezar Barros: Baixo e Vocal;
Cid Chaves: Vocal e Sax;
Gelson: Bateria;
Marquinhos: Teclados

[01] Pense (Boogie wonderland) (Allee Willis-John Lind Vers: Ivan Cardoso)
[02] Eu Te Amo (Renato Barros)
[03] Minha Vida (My Life) (Billy Joel Vers: José Carlos)
[04] Triste Fim de Tarde (Cury-Alessandro)
[05] Tudo Em Vão (Alessandro-Gibran)
[06] Suco De Laranja (Renato Barros-Pantera-Ernani Cardoso)
[07] Mundo Novo (Edson Carlos-A. Santos-Sebastião Rodrigues)
[08] Aperta (Ernani Cardoso-Maurício Mello)
[09] Vou Ao Teu Encontro (Renato Barros-Ernani Cardoso)
[10] Pensando Em Você (C. Rodrigues-Marcelo)
[11] Não Consegui Te Esquecer (Marcos Wagner)

RENATO E SEUS BLUE CAPS – 1981 – Renato e Seus Blue Caps
Último trabalho de Renato e Seus Blue Caps pela CBS, um ano antes da transferência para a RCA.
O disco não atingiu o resultado esperado, e praticamente passou despercebido por parte da mídia, mas não do público fiel, que encontrou neste disco uma ótima versão para “Woman In Love”, e uma releitura do clássico de Bob Dylan “Mr. Tambourine Man”, aqui com a participação e o talento de Zé Ramalho.

Formação:
Renato Barros: Guitarra e Vocal;
Paulo Cezar Barros: Baixo e Vocal;
Cid Chaves: Vocal e Sax;
Gelson: Bateria;
Marquinhos: Teclados

[01] Coração Faminto (Gileno-Renato Barros)
[02] Mr. Tambourine Man (Mr. Tambourine Man) (Bob Dylan Vers: Leno)
[03] Tim-Tim (Fatha-Cury)
[04] Sentimento Estranho (Gileno)
[05] Sem Você Não Vivo (Armando Baltar-Nilton Baltar)
[06] Saudades de Maria Helena (Manoel Cruz)
[07] Você Foi Longe Demais (Fatha-Cury)
[08] Sonho Colorido (Carlinhos-Fatha)
[09] Velhos Tempos (Cury-Fatha)
[10] Sou Apenas Alguém (Woman in love) (Barry Gibb-Robin Gibb Vers: Sanry)

RENATO E SEUS BLUE CAPS – 1983 – Pra Sempre

Depois de gravar durante 19 anos na CBS, Renato e Seus Blue Caps lança pela RCA este ótimo álbum, cercado de muita expectativa.
É um dos discos mais importantes da carrreira da banda, pois além de reunir boas músicas, mostra o grupo, em plena década de 80, totalmente integrado, assimilando novas tendências e produzindo um disco que até os dias atuais soa moderno e inspirador. À época do lançamento, a TVE do Rio de Janeiro produziu um especial sobre o grupo, em que as músicas deste novo álbum eram apresentadas.

Formação:
Renato Barros: Guitarra e Vocal;
Paulo Cezar Barros: Baixo e Vocal;
Cid Chaves: Vocal e Sax;
Gelson: Bateria;
Marquinhos: Teclados

[01] Renato Collection (Renato Barros-Nanni)
[02] Pra Sempre (Renato Barros-Nanni)
[03] Guerrilheiro do Amor (Rock do flipper) (Renato Barros-Hugo Belardi-Nanni)
[04] Será? (Cury-Ed Wilson)
[05] O Fogo Ainda Não Apagou (Hugo Belardi)
[06] Sexo Frágil (Renato Barros-Nanni)
[07] Vamos Fundo (Renato Barros-Nanni)
[08] Sonhos de Amor (Paulo Cesar-Ney)
[09] Memórias (Renato Barros-Nanni)

RENATO E SEUS BLUE CAPS – 1987 – Batom Vermelho

Após quatro anos da passagem pela RCA, Renato e Seus Blue Caps volta ao disco, neste lançamento pela Continental.
“Batom Vermelho” é um ótimo disco, bem produzido, repertório eficiente com músicas que caíram no gosto popular. “Batom Vermelho” tocou bem nas rádios, e trouxe o grupo de volta à mídia.
Destaque para “Feito Sonho”, que com vocal inspirado de Paulo Cezar, foi um dos grandes êxitos do álbum.

Formação:
Renato Barros: Guitarra e Vocal;
Paulo Cezar Barros: Baixo e Vocal;
Cid Chaves: Vocal;
Gelson: Bateria

[01] Batom Vermelho (Renato Barros-Nanni de Souza-Gelson Moraes)
[02] Julia (Ed Wilson-Gilson)
[03] Pode Me Procurar (Renato Barros-Nanni de Souza)
[04] Monaliza da TV (Renato Barros-Nanni de Souza)
[05] Relógio (Prêntice-Paulo Cesar Barros)
[06] Paula (Paulo Cesar Barros)
[07] Unissex Total (Gelson Moraes-Nanni de Souza)
[08] Feito Sonho (Prêntice-Paulo Cesar Barros)
[09] Com Você No Coração (Renato Barros-Nanni de Souza)
[10] Nos Braços, Nos Olhos e No Coração (Renato Barros-Nanni de Souza)
[11] Anjo Rebelde (Renato Barros-Nanni de Souza-Cid Chaves)
[12] Gaivotas Livres (Gene Araújo-Antonio Amorim).

Renato e seus Blue Caps – 1996
Da onda de regravações de sucessos antigos que prevaleceu na década de 90, o grupo Renato e Seus Blue Caps não saiu ileso.
Primeiro álbum a ter lançamento simultâneo em CD e LP, sendo que este último teve tiragem limitada, “Renato e Seus Blue Caps – 1996” traz regravações de músicas que marcaram a carreira da banda, em alguns casos, dispostas em pout-pourris.
O ponto alto, sem dúvida, foram as inéditas, entre as quais a belíssima “Amor Sem Fim”.

Formação:
Renato Barros: Guitarra e Vocal;
Cid Chaves: Vocal;
Gelson: Bateria;
Darcy Velasco: Teclado;
Amadeu Signorelli: Baixo

01 – Até o Fim
02 – Meu Bem Não Me Quer / Meu Primeiro Amor / Menina Linda
03 – Amar Você
04 – Dona Do Meu Coração
05 – O Escândalo / Não Me Diga Adeus / Feche os Olhos
06 – Palavra de Rapaz
07 – Ana
08 – Primeira Lágrima
09 – Se Você Soubesse
10 – Não Te Esquecerei
11 – Amor Sem Fim
12 – Playboy
13 – Eu Não Aceito o Teu Adeus
14 – Eva

Curiosidade:
O tecladista Renato Neto, que foi convidado por Paulo César Barros para gravar os teclados neste disco Batom Vermelho, depois foi para a banda de Prince e ficou com ele até sua morte em 2016.
Paulo César foi o responsável pela primeira gravação profissional de Renato Neto e as músicas que ele tocou foram: Paula, Feito Sonho e Relógio.

RENATO E SEUS BLUE CAPS AO VIVO – 2001

Com 11 faixas ao vivo e mais 05 inéditas, o CD foi lançado durante as comemorações dos mais de 40 anos de existência do grupo fundado por Renato e seus dois irmãos: Paulo Cezar e Edson (Ed Wilson).
No final de 2001, este tão esperado disco ao vivo foi lançado pela Warner, juntamente com mais 5 faixas inéditas.
Já faziam parte da banda os seguintes componentes: Renato Barros, Darci Velasco, Amadeu Signorelli, Gelsinho Moraes e Cid Chaves, que permanecem até os dias de hoje.
Nas 11 faixas “ao vivo” temos a oportunidade de reviver alguns dos maiores sucessos conquistados nesta bela trajetória iniciada com o sucesso de “Menina Linda”, versão de Renato Barros para a composição de Lennon & McCartney, “I should have known better”.
As faixas bônus do disco, as 05 canções inéditas gravadas em estúdio, são de uma beleza e excelência ímpar, revelando mais uma vez o grande talento e potencial de criação de Renato e Seus Blue Caps, permitindo a esta famosa banda sua permanência no cenário musical até os dias de hoje.

.

Discografia completa neste site:
http://www.jovemguarda.com.br/discografia-renato.php

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A banda atualmente vive o seu melhor momento profissional, fazendo shows pelo Brasil que são um sucesso, teatros sempre lotados, recebendo o carinho de todas as faixas etárias, notadamente o carinho de jovens também.

Teatro Municipal da Tijuca em 21/09/2016

.
Smile – Show no Teatro Ópera de Arame em Curitiba – 24/09/2016

Foi tudo construído com muita seriedade, trabalho, organização, verdades, dignidade e um grande amor pela música.
Renato Barros é profissional competente, homem da noite, aprecia a boa música, é fã de Jazz, Sinatra, Nat King Cole e assim como existem vários outros profissionais em diferentes áreas, como ele, aproveitam seu tempo extra com coisas produtivas e proveitosas que acabam beneficiando não só a si próprio mas também à banda como um todo e a muitas pessoas a sua volta.
Como exemplo, podemos citar a própria banda Renato e Seus Blue Caps nos idos de 1959, criada, amamentada, alimentada por ele. Como contamos acima, Renato teve a ideia de se inscrever no programa “Hoje é dia de Rock” primeiro e só depois foi perguntar aos amigos, entre eles seus dois irmãos, se estavam interessados em participar. Alguns toparam e já em 1961 conseguiu a primeira gravação na Copacabana Discos, que foi o LP chamado TWIST com RSBC e mais dois artistas: Reynaldo Rayol e Cleide Alves. Interessante destacar que não tinham um baterista oficial, e o cargo ficava alternando entre Claudio Caribé e Gelson Morais. As datas das gravações foram marcadas porém o baterista com o qual contavam, sumiu, simplesmente preferiu tocar com o cantor Eduardo Araújo no interior de Minas e por lá ficou durante um longo tempo. Tanto que quando voltou, já encontrou o baterista Tony Pinheiro em seu lugar.
Renato recorda o desespero de seu pai e de todos à procura de um baterista, até que uma amiga, a cantora Célia Vilela, que tinha uma irmã, Marlene Vilela, que era namorada do irmão do Tony, resolveu o problema trazendo o Tony para tocar na banda e assim ele se tornou o baterista que mais participou das gravações na CBS no período da Jovem Guarda.
Cid Chaves foi apresentado a Renato pelo seu irmão Paulo Cezar. Houve muito olho grande e muita ausência de talento no decorrer dos tempos, e os únicos integrantes da banda que entraram pelas mãos de Renato foram respectivamente: Erasmo Carlos em 1962 e Michael Sullivan em 1974.
Disse Renato Barros:
_ “Um equivoco que já está se tornando verdade é a tal da “voz principal” da banda. A partir de 1964, Renato e Seus Blue Caps adquiriu o esquema Beatles, onde todos cantavam individualmente ou em vocais, ora Paul, ora John, ora George e até o Ringo. Assim era com eles, ora Paulo César, ora Renato, ora Cid ou em uníssono. Dependíamos muito do timbre que se encaixava melhor nas melodias escolhidas. Eu era o produtor, em comum acordo com o Evandro Ribeiro. Eu cansei de escolher o Paulo Cezar na grande maioria dos solos vocais inclusive nas minhas composições. Eu também cantei alguns dos grandes sucessos, mas reconheço que o Paulo Cezar em maior número. O Cid teve uma participação mais efetiva a partir de Play Boy, já nos anos 70.”
Aos fãs de Renato e Seus Blue Caps,
Não permitam que a história dessa banda tão importante e de tanto sucesso em todo o país até os dias de hoje, seja contada por qualquer um, na maioria das vezes objetivando os seus próprios interesses e frustrações. Muitos podem contar esta historia da forma que quiserem, porém lembrem-se de que Renato Barros ainda está aqui para preservar a verdade. Qual é seu interesse? A resposta é: AMOR PELO QUE FEZ, PELO QUE FAZ E PELO QUE AINDA PRETENDE FAZER.

Na entrevista a seguir, Renato expõe sobre seu gosto musical, que não se restringe apenas ao Rock and Roll, como muitos podem pensar.

“NÃO GOSTARIA DE SER LEMBRADO COMO ROQUEIRO OU COMO UM SIMPLES ARTISTA DA JOVEM GUARDA… FORAM APENAS PORTAS QUE SE ABRIRAM… FORAM IMPORTANTES, POREM NÃO REFLETEM A MINHA VERDADE… GOSTARIA DE SER LEMBRADO COMO “HOMEM DA MÚSICA. INDEPENDENTEMENTE DE GÊNEROS.” (RENATO BARROS)

Nesta outra entrevista, ele fala sobre algumas de suas composições:

Quem duvidar, aqui está ele interpretando Dolores Duran! 😉

E “De volta pro Aconchego” (Dominguinhos e Nando Cordel)

“Quem há de Dizer”, de Lupicínio Rodrigues…

Aqui um pout pourri deste artista completo…

Uma releitura de “Primeira Lágrima”…

Renato envia Show  POA 3