klaus Voorman conta como foi seu último encontro com George Harrison!

Recebi recentemente um trecho em inglês do livro escrito por Klaus Voorman, intitulado “Warum spielst du Imagine nicht auf dem weissen Klavier, John?” e por enquanto disponível apenas em alemão, onde ele narra a última vez em que esteve com o amigo George Harrison.

George Harrison - 25-02

Foto enviada por Anita Sasso

Esta parte do livro é realmente muito triste e de cortar o coração de qualquer pessoa, ainda mais o nosso, que gostamos tanto de George Harrison, que se ainda estivesse entre nós, amanhã, 25 de fevereiro de 2013, estaria fazendo 70 anos!

Klaus refere-se no texto à última foto que ele tirou de George e o quanto fica triste quando olha pra ela…
George e Olivia

“Depois do nosso pequeno passeio pelo jardim nós nos sentamos por ali juntos durante um longo tempo e ele queria saber como estava indo a minha família. Ele sempre perguntava sobre eles, era importante para ele saber se tudo estava bem de verdade.
“Como está Christina, ela ainda tem aquela organização de ajuda com os Sioux”? George sabia dos problemas dos Índios Americanos nos Estados Unidos. O irmão de Olivia trabalhava como professor com os Navajos e ambos sabiam das condições catastróficas nas reservas dos índios.
“Sim, parece ser algo como um destino na vida dela.”
George assentiu. “Sim, isso acontece com algumas pessoas e depois elas não conseguem mais fazer outra coisa.
Na verdade, cada um de nós tem um papel a desempenhar na terra, mas apenas poucas pessoas sabem disso. A maioria acha que só estamos aqui para ganhar muito dinheiro muito rapidamente e caminhar pelo lado ensolarado da rua. O que Christina faz certamente não é fácil mas é admirável. De onde vem o dinheiro para o projeto?”
Eu sempre ficava encantado ao ver como George ia fundo quando o assunto lhe interessava. Eu contei a ele sobre os problemas momentâneos em obter dinheiro suficiente, e que Christina queria ir às reservas dentro de quatro semanas com uma equipe de especialistas em construir outro prédio para os jovens. Eu disse a ele que os índios cresciam rápido.
George riu. “Você não quer dizer a marca que você fuma, quer?”
Ele sabia exatamente o que eu queria dizer. Nós conversamos sobre o quanto cada um poderia fazer com este material ecológico: roupas, materiais de construção, papel. Quando eu contei a ele a estória sobre como o FBI havia ceifado os campos poucos dias antes da colheita no verão anterior, ele não podia acreditar. “Isso é impossível. Eu pensei que as reservas não estivessem ligadas a eles. O DEA e o FBI não deveriam estar roçando em outro lugar?” Coisas desleais, deixavam George louco da vida.
“Sim, e é por isso que ela quer isolar este prédio de jovens do outro, misto. Na Alemanha, perto de Karlsruhe, há uma empresa que faz materiais de acabamento de todo tipo. Eles doariam todo o material, mas falta dinheiro para a organização fazer o transporte.”
“Quanto custa”? perguntou George.
“Nós temos uma oferta de uma empresa de mudança. Por volta de cinco mil dólares. É muito dinheiro, mas tem um valor simbólico para os Indios, mostrar o que seria possível se os campos tivessem sido deixados para eles.”
“Ligue para Christina. Ela deve me passar um fax com a oferta. Eu tenho bons contatos com as empresas inglesas de mudanças. Talvez eu possa ajudá-los e obter uma oferta melhor.”
Liguei imediatamente para Chrstina e ela, claro, ficou exultante. Qualquer oferta mais barata seria mais do que bem vinda.
Quando cheguei em casa, Christina já me saudou com um largo sorriso na face. O que aconteceu? Christina havia, como conversado, passado o fax da oferta para George. Duas horas mais tarde, seu assistente ligou com a solicitação a ser enviada para o número da conta bancária da organização de Christina, a Lakota Village Fund.
“George quer pagar pelos custos do transporte.”
“Mas ele apenas queria encontrar um serviço mais barato pra nós!” Christina estava sem palavras.
“Não estou sabendo de nada. Ele me disse para enviar o dinheiro para o transporte imediato. Boa sorte, Christina.”

Bem, este era George. E não somente ele, mas este era o jeito que todos os quatro membros dos Beatles costumavam ser. Eles ajudavam e davam suporte a coisas as quais o público nunca, jamais soube a respeito.
Algumas poucas semanas mais tarde, George ligou novamente. Ele estava em Going (região montanhosa localizada na Áustria), mas nesta hora não estava em um Hotel, mas sim na casa de seu amigo Gerhard Berger. Eu havia ficado muito preocupado, por que havido saído muitas reportagens na imprensa sobre sua fraca saúde. Eu sabia que ele estava na Suiça, vendo um especialista, mas ninguém sabia contar-me realmente o que estava havendo com o meu amigo. Sua ligação telefônica me confortou, por que era a mesma velha voz, seguida de seus típicos comentários, secos e cheio de humor. Então eu dirigi de volta para a Áustria, mas desta vez com um estranho sentimento no estômago. O que eu poderia esperar? Em Going (região montanhosa na Áustria) havia um trecho relativamente longo de estrada com montanhas de pequeno porte, até se chegar a uma casa típica no estilo pseudo alpino. Fui levado até a casa por um empregado. Olivia estava trabalhando no computador. Quando ela me viu, foi em minha direção. Ela parecia triste e me pediu para seguí-la até lá fora no terraço. Fazia um maravilhoso dia ensolarado, e tínhamos uma bonita vista da montanha chamada “Wilder Kaiser”. Olivia tentou preparar-me para tudo, gentilmente. Esperamos por mais de uma hora por George. Ele entrou na casa, vindo lá de fora, e usava um chapéu na cabeça. Seu rosto e corpo pareciam inchados. Resultado de todas as terapias. Sua risada e olhos brilhantes não deixavam você pensar que havia ali um homem muito doente. Ele sentou-se próximo a mim e eu evitei a pergunta idiota “como vai”. Não era necessário perguntar isso a ele. Ele começou a conversar sobre sua saúde sem nenhum aviso.
“Não é tão ruim assim, Klaus. Estou bem. Os médicos fizeram de tudo e eu vou ficar bom de novo. Acredite-me. Exceto que acho que eu deveria trocar de cabelereiro.”
Rindo, ele tirou seu chapéu e mostrou a cabeça, que estava coberta com alguns fios de cabelo de diferentes comprimentos.
“Que tipo de câmera é aquela que você tem aí, acho que tenho a mesma. Deixe-me ver.”
Como se não tivesse percebido a minha mudez, George continuou conversando e tomou a câmera digital da minha mão, que eu tinha comprado poucas semanas atrás em Londres. Conversamos sobre ela por instantes e George mostrou-me algumas dicas das coisas que se poderia fazer com ela.
George não era apenas um excelente motorista, ele também era dedicado ao automobilismo. Ele tinha uma porção de amigos no cenário automobilístico, porém ele não suportava Michael Schumacher. Ele sempre reclamava na frente da televisão quando Schumacher competia numa corrida. Neste dia também, enquanto assistíamos a um show ao vivo da Corrida de Fórmula 1 na casa de Gerhard Berger.

“Empurre-o pra fora da pista!” ele gritava cada vez que Schumacher ultrapassava um de seus colegas. Eu sempre me divertia com isso. George, que costumava ser sempre quieto e pacifico, com a Fórmula 1 e principalmente com Schumacher, ele ficava furioso. Nada podia tirá-lo da frente da tela da TV. Ele mal olhou quando eu acidentalmente esbarrei em um grande vaso de flor e inundei a sala do Gerhard Berger.
Quanto mais tempo eu passava com George aquela tarde, mais ele me convencia de que estava ficando cada vez melhor. Ele tinha grandes planos, queria fazer algumas mudanças necessárias na Apple.
“Irrita-me ver que o mundo inteiro quer ganhar dinheiro às nossas custas, e nós não podemos administrar pra obtermos juntos, um conceito descente de propaganda (merchandising).”
Eu sabia o que ele queria dizer. O assunto “merchandising” tem sido um problema desde Brian Epstein. Ele subestimou o assunto naquela época.
Depois de poucas horas, nós dois nos sentimos como se estivéssemos fazendo um agradável passeio. Caminhamos pelos campos levemente montanhoso, mas George só podia caminhar bem devagar. Tínhamos que parar várias vezes. Sua respiração tensa demonstrava que ele estava na verdade muito fraco para isso, mas nós queríamos continuar o passeio. Ou será que ele estava só fingindo ser um homem carregado de energia?
Seu convite foi seu secreto adeus a mim. Ele queria ter algumas horas agradáveis comigo, rir, planejar e dar-me conselhos para o futuro.
“Quando você vai finalmente escrever seu próprio livro? Você vivenciou demais. Qualquer idiota que apenas apertou nossas mãos sente a necessidade de escrever um livro sobre nós. Por que não você, Klaus?”
“Por que qualquer idiota faz isso. Pra mim seria como uma traição. Todos iriam dizer: claro, agora aí vem o Voormann também.”
George olhou pra mim sem acreditar. “Não fale asneiras, Klaus. Você não tem que escrever sobre o tamanho do meu pau. De qualquer forma, o que você acha que devemos fazer? Ou todo o pessoal da Apple: Neil por exemplo. Há pessoas demais ganhando dinheiro usando o mito dos Beatles. É por isso que me incomoda que não possamos organizar nosso conceito de “merchandising”.
George estava respirando como uma locomotiva, e tivemos que nos sentar no chão de novo, de forma que ele pudesse se recuperar. Estávamos ambos deitados na grama olhando para o céu.
“Você sabe, a morte na verdade não é nada especial, nem boa nem má. É apenas um veículo que nos leva ao próximo passo ou nível.”
Ele falava sobre a morte da mesma forma que outros falam de comida ou bebida.
“Já estou aqui tempo suficiente. O que mais eu vou querer. Tenho vivido uma vida privilegiada. Já experimentei de tudo que alguém pudesse experimentar. Se eu for chamado pra ir embora agora, então é a hora certa. Acredite-me, não estou com medo.” E enquanto ele falava sobre isso, nós dois olhávamos as nuvens se movendo e passando por nós no céu azul. O humor era cheio de paz e também um pouco feliz. Caminhamos de volta vagarosamente, e ele me contou sobre sua nova casa adquirida na Suiça e o pequeno estúdio onde ele poderia trabalhar. De volta à casa, nós dois esperávamos ansiosos por uma xícara do “velho e bom Inglês”.
“Venha”, disse ele depois de alguns instantes, “vou lhe mostrar minha mais nova produção de vídeo.” Ele colocou uma fita no gravador de vídeo e sorriu descaradamente.
Era inacreditável. George havia filmado ele próprio. Estrábico, careca e faltando um dente, ele cantou diante da câmera.
“Como é a sensação de ser uma das pessoas mais bonitas.” Nós rimos até chorar. Escutamos as canções de George Formby até tarde da noite, e quando ficamos com fome mais tarde naquela noite, fomos até a cozinha, onde ele preparou sanduíches de queijo e uma xícara de Horlix pra cada um de nós.
Se eu soubesse que esta seria a minha última vez com George, eu não teria ido dormir, e teria ficado acordado a noite toda a seu lado.
Mas George não queria que eu soubesse. Ele deixou que eu dirigisse de volta acreditando que ele estava curado e que havia grandes coisas programadas para nós.
Em outubro, um aviso através da mídia dizia que ele havia sido internado em uma clínica, que os médicos não tinham muitas esperanças e tudo o mais. Eu não queria acreditar nisso e dizia a todos que ligavam que George estava passando bem, uma vez que eu havia estado com ele poucas semanas antes e ele estava em boas condições. Falei sobre todas as suas muitas idéias e que ele queria gravar um novo LP. Hoje eu sei que eu dizia isso mais para mim mesmo. Eu queria evitar, com todas as minhas forças, acreditar que o meu querido amigo estava morrendo.
No começo de novembro tentei chegar até Olivia e enviei a ela um E.mail. Sua resposta confirmou que George estava em uma clínica especial. Ele estava muito fraco, mas eles não desistiram de ter esperança. De repente o telefone começou a tocar sem parar. Editores e jornalistas queriam assegurar entrevistas comigo em caso de George falecer. O que todos acreditavam que estava prestes a acontecer. Eu me senti horrível e não podia compreender tal atitude. Meu pequeno George estava morrendo e eles estavam tentando chegar até as pessoas convenientes para fazerem os seus elogios.
Eu não atendia mais ao telefone e me escondi no porão a tocar piano por horas. Christina teve sucesso, e conseguiu manter todos afastados.
Em 29 de novembro, aconteceu. Um editor da ZDF nos ligou após ter recebido a notícia através de telégrafo. Para mim este foi um dos piores momentos de minha vida. A morte de John me bateu muito forte, mas George? A notícia de sua morte me deixou chocado. Eu não queria falar com nenhum jornalista sobre isso, nem por telefone, nem em nenhum programa de TV. Durante dias eu fui bombardeado com ligações telefônicas, mas eu não podia dizer nada. Somente alguns muito poucos é que respeitaram meus sentimentos e compreenderam.
Alguns não tinham nenhum tato, e machucavam os sentimentos. Não por mim, mas por George. Na metade de dezembro, um pacote chegou da Califórnia. O endereço do remetente era do escritório de Olivia. Era o último presente de Natal e o último cartão de Natal de George e Olivia. Aquele que ele havia organizado antes de sua morte. Mostrava um anjo com uma flor de lótus em suas mãos e as palavras “Love and Peace”.
O primeiro verão após a morte de George, Dhani e Olivia convidaram amigos próximos para uma pequena cerimônia para George. Foi um evento muito emocionante, muito positivo e muito delicado, totalmente sem a imprensa e toda a atenção costumeira. Lá se encontraram a pequena “turma”, que notavelmente acompanharam a vida de George: Eric, Paul, George Martin, sua primeira esposa Pattie, Astrid, irmão Harry, Neil Aspinall e o fiel Joan, que já trabalhava em Friar Park antes de George comprá-la. E novamente a fascinação deste parque foi sentida. O tempo permitiu que o evento acontecesse no jardim. Pequenas velas acesas flutuavam no lago, e no final, Dhani tocou uma parte da fita com os últimos sons de guitarra de George, seu planejado novo LP. Era uma peça instrumental, faltava a voz de George e ele ainda estava lá. Enquanto a típica guitarra de George tocava pela quietude do parque, os visitantes andavam ao redor quase em meditação. Todos estavam dizendo adeus, cada um a sua maneira. Ninguém falava e muitos deixaram suas lágrimas se derramarem livremente. Eu também. Oh! George, sinto tanto a sua falta!”

Do livro de Klaus Voorman, ainda lançado apenas em alemão, cujo título é “Warum spielst du Imagine nicht auf dem weissen Klavier, John?”

“Concentrava-me mais em John e Paul porque eram eles que nos davam os primeiros lugares. Mas a gente deixava George gravar uma faixa ou duas mais por pena dele. Mas hoje eu vejo que ele sempre fez grandes canções. Perdão, George”… (George Martin em depoimento sobre a história dos Beatles)

“O espírito dele estava pronto para partir”… (Frase dita por um amigo de escola de George Harrison)

Antonio Aguillar, mais que um artista, um mito na história do Rock no Brasil!

Mais que um artista da TV e do Rádio brasileiros, Antonio Aguillar é um mito. é a lenda viva na história do Rock e do movimento chamado Jovem Guarda no Brasil, pois poucos são os cantores e bandas que não tiveram a mão de Aguillar os impulsionando para o sucesso!

"The Clevers" e Antonio Aguillar

“The Clevers” e Antonio Aguillar

Convidado a figurar nas mais importantes festas, homenagens e tributos sobre a música, TV e Rádio no Brasil, Aguillar sempre foi presença constante nos shows de Roberto Carlos, sempre a convite do Rei…

Aguillar, sua esposa Célia e Roberto Carlos, no recente Cruzeiro Emoções com Roberto Carlos

Aguillar, sua esposa Célia e Roberto Carlos, no recente Cruzeiro Emoções com Roberto Carlos

Sua presença em qualquer evento musical é sempre aguardada com muita alegria e interesse pelos convidados, agora imaginem vocês, ter a honra de recebê-lo em minha casa e ouvir dele próprio as histórias da Jovem Guarda: “priceless”!

Antonio Aguillar, o Timoneiro, o Precursor da Jovem Guarda e da “Juventude Feliz e Sadia”, como Roberto Carlos sempre faz questão de lembrar, quando se encontram, pode ser encontrado aos domingos, no horário das 11h30 às 13h, pela Rádio Capital de São Paulo, onde ele realiza o programa “Jovens Tardes de Domingo”.

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Antonio Aguillar em casa 007

George Harrison e o Álbum Abbey Road

Na época do lançamento do disco, em 26 de setembro de 1969, George Harrison fez uma análise, descrevendo faixa por faixa as canções que compõem o álbum Abbey Road, faltando apenas o comentário sobre “Come Together”.
George H

Lado A

‘Something’ – “É uma música minha. Eu comecei a escrevê-la quando nós estávamos terminando o álbum recente, o Branco, mas nunca a terminava. Nunca conseguia encontrar as palavras certas para ela. Joe Cocker fez uma versão também, e há conversa de que será o próximo compacto dos Beatles. (e foi LADO A)). Quando a gravei, pensei em alguém como Ray Charles fazendo a música, pensando na sensação que ele deveria ter. Mas como não sou Ray Charles, sou muito limitado, nós fizemos o que podíamos. É um bom pensamento e, provavelmente, a melhor melodia que já escrevi.”

‘Maxwell’s Silver Hammer’ – “ É algo só de Paul, passamos um grande tempo gravando. É uma daquelas músicas que se assobia instantaneamente, algumas pessoas vão odiar e outras vão amar. É como ‘Honey Pie’, um tipo de coisa divertida, mas provavelmente vai pegar, porque na estória o camarada mata todo mundo. Usamos meu Sintetizador Moog e eu acho que saiu com grande efeito.”

‘Oh! Darling’ – É outra música de Paul, típica dos anos 50/60. principalmente nos acordes. É uma música típica da época dos grupos Moonglows, Paragons, Shells e tudo o mais. Nós fizemos alguns oh, oohs no vocal e Paul gritando.”

‘Octopus Garden’ – “É de Ringo, a segunda que escreveu. É linda. Ringo fica chateado só tocando bateria. Ele toca piano, em sua casa, mas só conhece três acordes. E ele sabe o mesmo na guitarra. Gosta principalmente da música country, tem um sentimento bem country. É realmente uma grande música. Superficialmente, é uma música boba e infantil, mas acho a letra muito significativa. Ringo escreve suas músicas cósmicas sem saber. Eu encontro significados profundos em suas letras e provavelmente ele nem sabe disso. Linhas como ‘Resting our head on the seabed’ (descansando nossa cabeça no leito do mar) e ‘we’ll be warm beneath the storm’ (nós estaremos aquecidos debaixo da tempestade) fazem com que eu entenda que quando se chega dentro de nossa consciência, tudo é de muita paz.”

‘I Want You (She’s so heavy)’ – “É uma música bem forte. Foi John quem tocou guitarra solo e cantava. Isso é bom porque a frasesolo que ele toca é basicamente blues. Mas é uma música muito original do tipo Lennon, tem algo de espontoso no seu ritmo; ele sempre cruza algo, coisas diferentes no ritmo, por exemplo ‘All You Need Is Love’, da qual o tempo vai de 3-4 para 4-4, mudando o tempo todo. Quando você pergunta para ele sobre isso, ele não sabe como. Faz naturalmente. No instrumento inicial e nos intervalos, ele criou uma exelente següência de acordes.”

Lado B

“Here Comes The Sun’ – “É a primeira faixa do lado 2. É a música que escreve para este álbum. Eu a fiz em um dia ensolarado no jardim de Eric Clapton. Nós tínhamos passado por muitos problemas nos negócios, e tudo era muito pesado. Estar no jargim de Eric Clapton era como fazer bagunça depois da escola. Eu senti um tipo de alívio e a música saiu naturalmente, é um pouco parecida com ‘If I Needed Someone’, com aquele tipo de solo correndo por ela. Mas, realmente, é muito simples.”

“Because’ – “É uma das coisas mais bonitas que fizemos. Tem uma harmonia de três partes – John, Paul e eu. John escreveu a música, e o acompanhamento é um pouco parecido com Beethoven. Assemelha-se com o estilo de Paul escrever, mas só por causa se sua suavidade. Paul geralmente escreve coisa mais suaves e John é mais delirante, mais pirado. Mas, de tempos em tempos, John gosta de escrever uma música simples de 12 compassos. Acho que é faixa de que mais gosto do álbum . É tão simples, especialmente a letra. A harmonia foi muito difícil de ser feita, tivemos que aprendê-la mesmo. Eu acho que vai ser a música que impressionará a maioria das pessoas. Os pirados vão estender e os caretas, pessoas sérias, e críticos, também. Depois vem a seleção de músicas de John e Paul, todas juntas. É difícil descrevê-las sem que se ouça todas juntas. ‘You Never Gove Me Your Money’ parece ser duas músicas, uma completamente diferente da outra. Em seguida vem ‘Sun King’ (Rei Sol) que John escreveu. Oroginalmente, ele a tinha chamado de ‘Los Paranoias’.”

“Mean Mister Mustard e Polytheme Pam’ – “São duas músicas curtas que John escreveu na Índia, há 18 meses.”

‘She Come In Through the Bathroom Window’ – “É uma música muito boa de Paul com uma boa letra.”

‘Golden Slumber’s` – “É outra música muito melódica de Paul que se encadeia.”

‘Carry The Weight’ – “ Fica entrando por todo o tempo (pot pourril).”

‘The End’ – “É o que é: uma pequena seqüência que finaliza tudo. Eu não consigo ter uma visão completa de ‘Abbey Road’. Com ‘Pepper’s’, e até o álbum branco, eu tive uma imagem do começo ao fim do produto, mas nesse disco eu ainda estou perplexo. Acho que é um pouco parecido com ‘Revolver’, não sei diereito. Não consigo realmente ainda vê-lo como uma entidade completa.”

George Harrison / Setembro de 1969
Fonte: Revista Vigu Especial de 1976

George e o álbum Abbey Road

Roberto Carlos foi proibido de cantar na Igreja!

Recebi recentemente do Antonio Aguillar, este arquivo gravado por ele em 1968, quando Roberto Carlos estava compondo músicas sacras e a primeira delas havia sido a hoje tão famosa “Jesus Cristo”.

Essa matéria foi publicada no jornal “O Estado de São Paulo” e na “Gazeta”.
Na época o Cardeal Arcebispo de São Paulo era Agnello Rossi e Roberto Carlos havia pedido para Antonio Aguillar que interferisse por ele junto ao cardeal, pois estava querendo se casar com Cleonice Rossi, uma mulher desquitada, mais velha que ele, com uma filha pequena, e se conquistasse o clero, talvez pudesse se casar na igreja.

Aguillar e Roberto Carlos em 1968

Roberto Carlos e Aguillar 1968
Porém, seu intento não deu certo, conforme a negativa do arcebispo sobre a presença de Roberto no templo cantando, e que pudemos ouvir no áudio acima.

Nas duas fotos a seguir, as páginas dos jornais A Gazeta e o Estadão, onde Roberto Carlos está concedendo entrevista sobre o assunto – eles falam sobre a música sacra.

 Roberto Carlos concedendo entrevista sobre o assunto e os jornais A gazeta e o Estadão que falam sobre a composição sacra


Roberto Carlos concedendo entrevista sobre o assunto e os jornais A gazeta e o Estadão que falam sobre a composição sacra

Recorte do jornal Estadão datado de 17 de março de1968

Recorte do jornal Estadão datado de 17 de março de1968

Roberto Carlos concedendo entrevista sobre o assunto e os jornais A gazeta e o Estadão que falam sobre a composisção sacra 2

Desta forma, Roberto se casou com Nice na Bolívia, em Santa Cruz de La Sierra, por ela ser desquitada e no Brasil não havia divórcio ainda naquela época; só foi assinada a lei do divórcio no Brasil em 1977.

Casamento de RC e Cleonice

Nesta foto, Antonio Aguillar conversa com Dom Agnello Rossi, a pedido de Roberto Carlos, Dom Agnello, que exerceu esta função de 01 de novembro de 1964, quando da sua nomeação pelo Papa Paulo VI para Arcebispo de São Paulo, até 22 de outubro de 1970, quando foi chamado a servir a Igreja na Cúria Romana.

Aguillar com o Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Agnello Rossi

Aguillar com o Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Agnello Rossi

Depois disso Roberto Carlos fez as canções “Jesus Cristo”, “Nossa Senhora” e outras mais neste estilo. Se fosse hoje ele cantaria em qualquer igreja, pois os próprios padres estão cantando e gravando suas músicas, inclusive o Pe. Antonio Maria gravou com ele a musica Jesus Cristo…

E o próprio Roberto cantou para o papa João Paulo II, em 1997…

Na época isso foi muito comentado porque o assunto acabou virando manchetes em dois jornais de grande circulação. Disse-me o Antonio Aguillar que Roberto sempre foi uma pessoa muito religiosa e desejava estar bem com o clero de qualquer forma. Tanto é verdade que no decorrer do tempo, ele acabou ganhando um medalhão de uma irmã de caridade e a ostentou pendurada no pescoço durante muitos anos. Depois fez amizade com padres que estavam na mídia, como os padres Marcelo Rossi, Antonio Maria e outros.

Porém, não conseguiu se casar na igreja porque era uma coisa impossível. Se isto ocorresse criaria um escândalo e o clero ficaria desmoralizado.

“Quando o Roberto conversa comigo no camarim, a gente fala dessas passagens de sua vida. Ele se lembra ate hoje. Quando entro no camarim, a primeira coisa que ele faz é abrir os braços para me abraçar e num largo sorriso grita: ALO JUVENTUDE FELIZ E SADIA… que é a frase que eu usava na abertura dos meus programas de radio e televisão da época.” (Antonio Aguillar)

O Pe. Antonio Maria cantando Jesus Cristo com Roberto Carlos ficou bonito, mas naquele tempo era tabu a participação de um padre cantando esse tipo de musica. Só depois que os evangélicos começaram a cantar em suas igrejas é que os padres também seguiram esse mesmo caminho, porque a musica é uma forma de influenciar as pessoas a seguirem suas religiões.

Hoje o Pe. Antonio Maria acompanha Roberto Carlos no Cruzeiro que realiza nos finais de ano, e neste mais recente, em dezembro de 2012, ele rezou missa na capela para os passageiros, e aproveito para mostrar esta foto dele com o casal Aguillar.

Celia Pe.Ant.Maria - Aguillar

Curiosidades sobre o Início da Carreira do Rei da Juventude, Roberto Carlos!

Geraldo Alves foi o primeiro empresário artístico de Roberto Carlos. Ele é de Limeira, interior de São Paulo, onde era açougueiro e acordeonista. Nos circos tocava acordeom e Roberto com seu violão, cantava para fazer algum dinheirinho para o dia-a-dia de sua vida, isso nos tempo das “vacas magras”…

Geraldo Alves

Geraldo Alves

Roberto Carlos foi uma das atrações do “Quem tem medo da verdade”, programa sensacionalista que foi ao ar entre os anos de 1968 e 1971 pela TV Record.
Apresentado por Carlos Manga, o programa julgava o artista convidado, se ele era culpado ou inocente, após uma bateria de perguntas feita pelo júri do programa (GB , Silvio Luis e Cléssius Ribeiro, entre outros). Cada participante tinha um advogado de defesa e, no caso do Roberto, foi o apresentador Silvio Santos.
Segue um vídeo do programa, que foi reprisado pelo Arquivo Record, e exibido originalmente em 1970.
Entre outras coisas, tivemos a oportunidade de saber que a canção “Namoradinha de um Amigo Meu” ele escreveu para os Beatniks gravarem…

Nesse trecho, Silvio Santos apresenta sua defesa a favor de Roberto Carlos. Este raríssimo vídeo foi exibido no programa “Em nome do amor”, do SBT, em 03-01-1999, quando o Rei foi liberado pela Rede Globo para ir receber seus troféus Imprensa, premio máximo da televisão brasileira.

“Essa reportagem é histórica. Saiu na Revista O Cruzeiro (um periódico importantíssimo da época (1968). Na ocasião repercutiu muito, pois o Roberto estava querendo permissão para casar na igreja e havia feito a musica Jesus Cristo, queria cantar durante uma missa na Catedral. Atendi o pedido do Roberto e entrevistei o Cardeal Agnelo Rossi, mas ele proibiu… vejam a reportagem.” Antonio Aguillar

“HISTÓRIAS DA JOVEM GUARDA, CONTADAS POR ANTONIO AGUILLAR, A LENDA VIVA DO RÁDIO E DA TV BRASILEIRA!”

Antonio Aguillar é Paraninfo de Turma na Ordem dos Músicos do Brasil – OMB/CRESP

Antonio Aguillar foi convidado pelo Sr. Roberto Bueno, Presidente da Ordem dos Musicos do Brasil , para paraninfar uma turma de credenciados e associados dessa entidade, a OMB/CRESP – Ordem dos Musicos do Brasil / Conselho Regional do Estado de S.Paulo, para entregar-lhes o diploma e a carteira funcional que os tornam musicos profissionais a partir de agora. Foi uma solenidade muito importante. Na abertura a palavra do Presidente da entidade, o Hino Nacional e depois a entrega do diploma para cada um dos novos socios.
Antonio Aguilar foi nesta data de 20 de fevereiro de 2013, paraninfo da turma composta de mais de 35 pessoas, e falou aos presentes sobre as atividades de um musico, quer instrumentista ou vocalista, mas esclareceu que é um caminho difícil mas não impossível, pois depende muito do talento de cada um e da sorte daqueles que desejam fazer da profissão um meio de vida. Contou um pouco da história de sua trajetória e a vida dos artistas principalmente daqueles que passaram pelas suas mãos. Comentou a carreira do idolo maior que é o Roberto Carlos, informando que se ele chegou onde esta foi porque além de perfeccionista é disciplinado, persistente e que acreditou no seu talento e soube superar muitas barreiras. Assim os novos musicos que estavam alí, teriam que agir se é que desejam seguir uma carreira dentro do mundo artistico.

Fotos do Evento realizado hoje, 20 de fevereiro de 2013

Aguillar e Bueno pres.OMB

Antonio Aguillar e o Presidente da Ordem dos Músicos do Brasil, Sr. Roberto Bueno

PARANINFO DA OMB - CRESP 2

Aguillar e Sr. Roberto Bueno

PARANINFO DA OMB - CRESP 3

Aguillar e Sr. Roberto Bueno

PARANINFO DA OMB - CRESP 4

Sr. Roberto Bueno exibe o livro “Histórias da Jovem Guarda”, escrito por Antônio Aguillar, sua filha Debora Aguillar e Paulo Cesar Ribeiro

PARANINFO DA OMB - CRESP 5

O Presidente da OMB, o maestro Mestre Dado – Eduardo Claudio Manhães e Antônio Aguillar

PARANINFO DA OMB - CRESP 6

Aguillar e Mestre Dado – Eduardo Claudio Manhães, musico profissional OMB 27.971, maestro, compositor, arranjador, poeta e intérprete.

PARANINFO DA OMB - CRESP 7

PARANINFO DA OMB - CRESP 8

The Flyers

The Flyers foi um grupo criado por Antônio Aguillar e que só gravou um disco, que hoje é uma raridade.

Vejam a capa e contra capa do LP lançado pela RCA Victor, com The Flyers.

contra capa LP The Flyers (1)

contra capa LP The Flyers (2)

Este disco está disponibilizado para download no Blog do meu amigo João Pimentel, que recentemente me disse que em 2008 recebeu de Antônio Aguillar a seguinte informação:

O conjunto “The Flyers” era formado por Patinho (guitarra solo), Riverte de Oliveira Santos [Lumumba] ao saxofone; Walfrido Costa Filho [Pulinho] na bateria; Vicente Ferrer Juan [Fafá] no contrabaixo; Guilherme Dotta [Tico] na guitarra-base e João Fernandes da Silva Borges de Miranda [Patinho] na guitarra-solo.

João Pimentel contou-me que na época deste e-mail, disse-lhe Aguillar que já eram falecidos o Lumumba, o Tico, o Fafá e o Pulinho. Quanto ao Patinho, ele não soube informar nada. Ele tinha sumido. Também contou que o Guilheme Dotta tinha o apelido de TICO e pertenceu ao The Flyers, fazendo guitarra base e voz. Antes disso ele era do conjunto musical “Os Rebeldes”, que tinha o Jerry Adriani como um dos integrantes. Depois foi lançado por Aguillar como dupla sertaneja com o seu irmão OIAPOQUE E CHUI e ele chegou a gravar um compacto simples pela COMEP.
O Guilherme Dotta faleceu e deixou muita saudade. Ele chegou a pertencer ao grupo “The Jet Black’s”.

Um ótimo livro sobre a história deste grupo The Jet Black`s foi escrito pelo fundador do conjunto, Primo Moreschi, cujo nome é “O Protagonista Oculto dos Anos 60”.

Eduardo Reis também lançou um livro sobre as formações do conjunto The Jet Black’s.

“Os Flyers tiveram duas pessoas que tocaram com os Jet Black´s, o Tico (Guilherme Dotta) que depois ficou de posse do nome dos The Jet Black´s por anos (até sua morte) e o Lumumba (grande sax tenor) que chegou a tocar e gravar com os The Jet Black´s.” (Eduardo Reis)

Atualmente quem detém os direitos do nome “The jet Black’s” é o músico Edison Della Monica.

The Flyers - componentes
Foto: Riverte de Oliveira Santos [Lumumba] ao saxofone; Walfrido Costa Filho [Pulinho] na bateria; Vicente Ferrer Juan [Fafá] no contrabaixo; Guilherme Dotta [Tico] na guitarra-base e João Fernandes da Silva Borges de Miranda [Patinho] na guitarra-solo.

O LP “THE FLYERS” ( OS VOADORES ), tem as seguintes faixas:

01 – Happy Birthday To You
02 – Le Ciliege
03 – ( Dance With The ) Guitar Man
04 – Werewolf
05 – Canção Do Amor Perdido
06 – La Spagnola
07 – Sul Cucuzzolo
08 – Honky Tonk Song
09 – Love Goodess Of Venus
10 – Twist And Shout
11 – Il Surf Delle Mattonelle
12 – Flyers Surf

O grupo lançou apenas um único disco, mas acabaram se desmanchando, cada um foi para o seu canto. O LP com The Flyers pertencia a uma gravadora de grande peso, a RCA Victor, mas acabou ficando no meio do caminho, mesmo sendo formado por músicos de grande talento e que tocavam muito.
Na época, agora já tão distante, muita concorrência e desacertos prejudicaram músicos e artistas, mas hoje tudo é passado, e quem tinha valor, permaneceu até os dias de hoje.

Uma Matéria da revista Melodias Nº 89 de Dezembro 1964 sobre o conjunto The Flyers.

The Flyers 1

Fle Flyers 2

Artistas da época falam em depoimento sobre o criador do grupo The Flyers e também do The Clevers, que foi o radialista e comunicador Antonio Aguillar.

1 – Depoimento de Sérgio Reis

2 – Depoimento de Roberto Carlos

3 – Depoimento de Antonio Aguillar sobre o Movimento Jovem Guarda

4 – Depoimento de Neno, ex- Clevers, Incríveis e Jordans

5 – Depoimento de Eduardo Araujo

6 – Depoimento de Manito

7 – Depoimento de Neno

8 – Depoimento de Netinho, baterista dos Incríveis

9 – Depoimento de Norival D`Angelo, baterista do Roberto Carlos

10 – Depoimento de Roberto Carlos

11 – Roberto Carlos agradece o Troféu da Rádio Capital

12 – Depoimento de Nelson Ned

“Um flagrante inesquecível. Pique Riverte de sax em punho, foi um musico maravilhoso. Lançado por nós no grupo musical THE FLYERS, depois foi para o RC 7 do Roberto Carlos, Casa das Maquinas do Netinho além de liderar o grupo Placa luminosa. Nos ultimos tempos foi saxofonisa da bandal de Zezé de Camargo e Luciano. Doente acabou falecendo aos 54 anos de idade de cancer no pâncreas e fígado. Deixa mulher e tres filhas. O outro é Antonio Rosas Sanches MANITO, musico completo que iniciou no Jordans depois passou para os The Clevers, mais tarde Os Incriveis. Manito deixou os Incriveis mudou para Bauru e montou o grupo musical O Pão Nosso de Cada Dia. Depois retornou a São Paulo, ficou doente e tocava em varios grupos, onde era chamado. Manito nasceu em Vigo na Espanha em 1946, e faleceu em 21 de março de 2.000 de cancer na laringe; Deixou 3 filhos do primeiro casamento e 2 do segundo. Uma semana antes de falecer esteve na Casa de portugal em cadeira de rodas para receber o trofeu Jovens Tardes de Domingo das mãos do seu padrinho Antonio Aguillar. na foto Aguillar entrevistando os astros da musica que estão no Céu tocando ao lado de Deus.” (Antonio Aguillar)

Pique Riverte (com o sax), Manito e Antonio Aguillar

Pique Riverte (com o sax), Manito e Antonio Aguillar

Tony Sheridan e a sua Primeira Visita ao Brasil!

Foi anunciada nesta manhã de domingo,17 de fevereiro de 2013, o falecimento do vocalista e guitarrista inglês, Tony Sheridan, através do Engenheiro de Som Steve Hoffman, e também em sua fan page no Facebook, através de nota que dizia:

“Tony Sheridan
Our beloved father and friend!
Thank you for your love and inspiration.
You left us today at 12:00 pm.

Your loving family,
Wendy, Bennet, Felim, Amber and Arunima
Rosi and Ricky
The close family and friends

Tony Sheridan
Sheridan foi um artista popular em Hamburgo e se uniu com os Beatles como sua banda de apoio para uma sessão de gravação de 1962. Ele tinha uma voz incrível, no estilo de Elvis, e músicos de importância no cenário artístico sempre falaram muito da forma dele tocar guitarra.
Sheridan tocou em fins da década de 1960 para apoiar as tropas no Vietnã. Um de seus acompanhantes foi morto quando eles vieram sob os tiros na zona militar. Tony ficou na Ásia durante dois anos e foi feito Capitão Honorário do Exército dos EUA.
E foi durante esse período (Vietnam) que Tony interessou-se por temas religiosos, por exemplo: o Budismo, foi despertado.

Em 1978, recebe um convite diferente, ou seja, dar um pulo até Los Angeles, onde ele viveu por um ano, gravando com Elvis Presley’s TCB Band. Foi o primeiro artista a ter essa honraria, após a morte de Elvis.
Ele finalmente se estabeleceu perto de Hamburgo e escreveu um bonito livro de edição limitada para a Genesis Publications chamado The Beatles in Germany (Os Beatles na Alemanha), com Astrid Kirchherr, Ulf Kruger e outros. Ele também lançou um álbum, intitulado “Vagabond”, em 2002.
Em notícia recente, foi relatado que Tony estava lutando com problemas de saúde. Fãs de todo o mundo puderam enviar seus agradecimentos e afetos através do amigo e companheiro, o músico Ted Kingsize Taylor. Sheridan sucumbiu à doença ontem, sábado, 16 de fevereiro. Ele faria 73 anos de idade em maio.
Seu filho, Tony Sheridan Jr carrega a tradição da família como um músico “rockabilly”.
Tony Sheridan teve grande importância no desenvolvimento e no cenário artístico com sua banda inglesa em Hamburgo e por seu papel em trazer os Beatles para suas primeiras gravações profissionais.
Além do trabalho como banda de apoio de Tony, as sessões também renderam uma performance vocal solo da canção Ain’t She Sweet por John Lennon e um violão instrumental por George Harrison e John Lennon chamado Cry For a Shadow. As sessões completas foram lançadas em 2001 pela “Bear Family” na Alemanha e em 2011 nos Estados Unidos como “The Beatles With Tony Sheridan: First Recordings 50th Anniversary Edition”.
Abaixo segue uma rara foto colorida tirada por Astrid Kirchherr de Tony (à esquerda) e o baixista original dos Beatles, Stuart Sutcliffe (direita).
stuart-with-tony-sheridan

Tony Sheridan esteve no Brasil em janeiro de 2010, e em Vitória/ES, onde ele se apresentou, o cantor e guitarrista lembrou alguns dos principais momentos de sua carreira e do período em que passou ao lado dos Beatles, no início dos anos 60.

Em sua curta passagem pelo Brasil, Sheridan fez um mega show na praia de Camburi, ao lado da banda Clube Big Beatles, um dos mais tradicionais grupos brasileiros de tributo ao quarteto de Liverpool.

Ele se apresentou também na casa Spírito Jazz, também em Vitória, como parte do Projeto Sócio de Carteirinha, idealizado pelo Clube Big Beatles, que o acompanharam em seus shows no país.

Considerado o responsável por lançar os Beatles no mundo do disco, ao concordar com seu empresário e aceitar que os Beatles o acompanhasse nas apresentações realizadas no Top 10, em Hamburgo, onde ele já se apresetnava com outro grupo, para ser sua banda de apoio durante as gravações.

O músico contou como o rock n’ roll influenciou os jovens do período pós-guerra na Inglaterra.

“Todos nós passamos pela puberdade. Para quem nasceu nos anos 40 na Inglaterra, e isso inclui os garotos de Liverpool, a puberdade e o rock n’ roll aconteceram mais ou menos na mesma época, e aquilo significava a liberdade para nós”, disse.

“Para mim, olhando agora, vejo que isso tudo foi resultado da Segunda Guerra Mundial. Quando fui convidado pela primeira vez para tocar na Alemanha, para os ‘inimigos’, todos em Londres falavam que o rock n’ roll estava morrendo e que nós precisaríamos arrumar um ‘emprego de verdade’. Por isso não duvidei em me mudar para a Alemanha”, afirmou.

O guitarrista inglês, que foi apelidado de “O Professor” por John Lennon e George Harrison, comentou também sobre seu contato com os Beatles, quando eles se apresentavam no “distrito da luz vermelha” em Hamburgo.

Tony Sheridan nos anos 60

Tony sheridan nos anos 60

“Quando eu tocava com os Beatles nós fazíamos um blues bem rústico, muito diferente do que a banda se tornou depois, em seus primeiros discos. Naquela época, fizemos mais de 100 shows, e é uma pena que ninguém nunca poderá saber como era nosso som naquele tempo, porque nada foi gravado”, contou.

Dezembro de 1962, Ringo na bateria acompanhando Tony Sheridan e sua banda de apoio, The Beat Brothers

Dezembro de 1962, Ringo na bateria acompanhando Tony Sheridan e sua banda de apoio, The Beat Brothers

George, John e Tony Sheridan (Paul atrás, ao piano)

George Harrison, John Lennon e Tony Sheridan (Paul McCartney atrás, ao piano)

Sheridan lembrou ainda a importância de sua vida na Alemanha do pós-guerra, e sua influência sobre os jovens do país naquele momento.

“Pode parecer arrogante dizer isto, mas eu queria influenciar os jovens alemães, mostrar a eles o mundo que surgiu depois da Segunda Guerra Mundial”, declarou.

“Na Inglaterra, tínhamos o rock n’ roll, experimentávamos novas sensações, e eles não tinham nada disso. O período em que Hitler passou no poder deixou uma cicatriz profunda em todos os alemães, e acho que podia ajudá-los a superar isso”, disse Sheridan.

O guitarrista comentou ainda sobre o período em que tocou para as tropas americanas durante a Guerra do Vietnã, e brincou sobre a oposição de Lennon ao conflito.

“Fui para o Vietnã procurar novos ares, porque já estava há muito tempo na Alemanha. Foi uma experiência única tocar para os americanos e, como um músico inglês de rock n’ roll, posso dizer que pela primeira vez me senti completamente aceito depois disso. Talvez, se John (Lennon) tivesse ido para lá também em vez de ficar protestando em Nova York, a guerra tivesse acabado bem antes”, concluiu.

Fonte: G1

Reportagem especial que saiu no site do Terra em janeiro de 2010, quando da primeira vinda de Tony Sheridan ao Brasil.

Quinta-feira, 07 de janeiro de 2010
Tony Sheridan diz que Beatles ficaram limpinhos demais
Por Alex Cavalcanti
“Eles eram a melhor banda de R&B da Europa, com seus casacos de couro e jeans sujos, e de repente se tornaram aquela banda tão “clean”, cantando Love me do”.
A polêmica afirmação é do guitarrista inglês Tony Sheridan, que está em Vitória – ES para duas apresentações no fim de semana. Mas não se deve interpretar a afirmação como uma crítica e a explicação veio na frase seguinte: “Eles também odiavam fazer aquilo, mas não estavam errado. Estavam apenas esperando o momento certo para fazer as coisas do fantástico jeito deles”, completou Sheridan.
O músico, que completa 70 anos em 2010, está no Brasil para duas apresentações com a banda capixaba clube Big Beatles, no sábado, na casa Spirito Jazz, e no domingo, em show gratuito na Praia de Camburi. Sheridan é apontado por especialistas como o responsável por lançar os Beatles no mundo dos discos.
Durante a coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, Tony Sheridan resgatou histórias do cenário europeu durante o pós-guerra. Tony, que atualmente mora em Hamburgo, Alemanha, afirma que foi o rock’n roll que moldou os destinos daquela geração e que, olhando para trás, não vê como as coisas poderiam ser diferentes.
A história do guitarrista se mistura à do quarteto inglês no momento em que ele, músico já conhecido na Europa, convida o grupo de Liverpool para ser sua banda de apoio em alguma apresentações nos anos 50, em Hamburgo. “Nós fazíamos um som bem rústico, puro R&B e rock”, afirma. Quando o quarteto decidiu voltar para Liverpool e lançou Love me do, a mudança não foi bem recebida pelos antigos colegas. “Nós achamos aquilo uma droga. Só pensávamos: meu Deus, como podem fazer essa porcaria?”, conta Sheridan, entre gargalhadas. Questionado sobre os motivos que o levaram a não continuar com os Beatles e se tinha algum arrependimento, Sheridan foi enfático: “sou apenas um músico e tudo que quero é viajar o mundo e curtir a vida. Fama e dinheiro nunca foram importantes para mim”.
A coletiva contou com a pariticipação ainda de Ray Johnson, produtor executivo do internacional Beatle Week, o Festival dos Beatles que acontece há 26 anos em Liverpool. Johnson é também o gerente geral do lendário Cavern Club, local onde os Beatles começaram a tocar. Jonhson elogiou a estrutura montada para o show em Vitória e o trabalho da banca Clube Big Beatles. “Vejo que as bandas no Brasil têm uma competição muito grande. A melhor disso, a melhor daquilo. A melhor do Rio, a melhor de São Paulo. Parece futebol”, declarou.
“Quando convidamos a Club Big Beatles para tocar em Liverpool, e eles já estiveram lá 15 vezes consecutivas, tínhamos certeza que qualquer desafio proposto seria cumprido. Em todos esse anos, eu nunca vi a banda repetir uma apresentação ou set list. Eles estão sempre inovando e fazem isso quietos, concentrados, preocupados antes de tudo com a qualidade do que é oferecido ao festival”, afirmou Johnson.
O executivo também revelou o teor de uma conversa que teve com Allan Williams, primeiro empresário dos Beatles (que desistiu da banda antes dela se tornar um sucesso mundial), que também tinha sido convidado para as apresentações em Vitória. “Eu disse, Alan, você está fazendo uma burrice em não ir comigo ao Brasil. E ele respondeu: ‘venho fazendo burrices há 60 anos. Foi por isso que perdi a banda’, contou Ray Johnson.
Para o show que acontecerá na praia de Camburi, Tony Sheridan e o Club Big Beatles terão ainda a companhia de 40 músicos da Banda da Polícia Militar do Espírito Santo, reproduzindo parte do show que foi apresentado na última edição da Beatle Week. “Esse é um grande show, com a participação especial da Banda da Polícia Militar e um público previsto de cerca de 15 mil pessoas. E tenho certeza que vocês vão poder se encantar com a versão do Tony para Yesterday que é absolutamente fantástica”, afirmou Edu Henning, percussionista e fundador da banda Club Big Beatles.

Tony Sheridan durante entrevista em Vitória/ES

Tony Sheridan durante entrevista em Vitória/ES

O portal R7 também publicou sobre Tony Sheridan no Brasil

Tony Sheridan reúne uma multidão em Vitória
Músico inglês que tocou com os Beatles cantou no Brasil pela primeira vez
O cantor e guitarrista inglês Tony Sheridan passou como um furacão pelo Brasil, mostrando para milhares de pessoas, no último fim de semana, em Vitória, o que há de mais básico no rock n’ roll.
Em sua primeira passagem pelo país, Sheridan fez duas apresentações na capital do Espírito Santo.
A primeira, neste sábado (9), para um público reduzido na casa de shows Spírito Jazz, que incluiu o governador em exercício do estado, Ricardo Ferraço, e o produtor inglês Ray Johnson, um dos responsáveis pela organização do Beatle Week Festival, em Liverpool.
A segunda, mais democrática, ocorreu neste domingo (10) na praia de Camburi, a maior de Vitória, e reuniu aproximadamente 12 mil pessoas, segundo a organização do evento.
Nas duas apresentações, o guitarrista foi acompanhado pela banda Clube Big Beatles, um dos mais tradicionais grupos brasileiros de tributo ao quarteto de Liverpool, e que é considerado uma das melhores do Espírito Santo no setor.
O repertório dos dois shows incluiu alguns clássicos dos Beatles, interpretados pela banda capixaba. Não faltaram canções como Help!, Can`t Buy Me Love, Hey Jude e Don`t Let Me Down.
Além disso, o Clube Big Beatles mostrou que não se limita a reproduzir o que foi originalmente gravado pelos Fab Four, e inovou com uma releitura de Eleanor Rigby em ritmo de MPB.
Nas duas ocasiões, Sheridan participou do show do grupo capixaba, tocando clássicos de grandes nomes do rock n’ roll, músicas que apresentava quando os Beatles eram sua banda de apoio em Hamburgo.
Além das versões de nomes como Chuck Berry, Ray Charles e Elvis Presley, Tony Sheridan apresentou sua leitura de dois clássicos dos Beatles: Yesterday e Golden Slumbers.
O show de domingo contou ainda com a participação da banda da Polícia Militar do Espírito Santo. A plateia que estava na praia de Camburi se emocionou com músicas como The Long & Winding Road e Live and Let Die (da carreira solo de Paul McCartney).
Nas duas apresentações, Sheridan deixou o palco depois de tocar My Bonnie, a música que gravou junto com os Beatles ainda em Hamburgo, e que serviu de primeiro trampolim para o sucesso dos então desconhecidos quatro garotos de Liverpool.
Para Edu Henning, percussionista e fundador do Clube Big Beatles, a presença do guitarrista inglês no Brasil foi a realização de um sonho, e mostrou um pouco do que acontece nas apresentações da banda no Beatle Week Festival.
-A gente se apresenta há 15 anos em Liverpool, e sempre volta contando histórias de como é tocar ao lado de nomes importantes da História da música. Desta vez, conseguimos mostrar isso aqui. A vinda do Tony é um sonho que transformamos em realidade.
Mais que um sonho, a passagem relâmpago de Tony Sheridan pelo Brasil mostrou que, ao contrário do que acontece com muitas das pessoas ligadas aos Beatles, ele parece estar em paz com seu passado e com sua vida.
Logo em seu primeiro contato com a imprensa brasileira, fez questão de deixar claro o que o período ao lado dos Beatles representou para ele.
-Quando pensamos no episódio dos Beatles é preciso dizer que é algo importante, mas para mim é só um episódio da minha vida. Eu nunca fui um Beatle, essa bobagem de quinto Beatle nunca existiu. Quando eles voltaram para Liverpool, John Lennon me convidou para acompanhá-los, para tocarmos juntos lá, mas eu estava me dando muito bem em Hamburgo, e por isso preferi ficar.
Animado ao falar sobre o tema, Sheridan foi ainda mais longe.
-Se me perguntassem se eu faria tudo de novo, não tenho dúvidas em dizer que sim. Eu percebo que tudo que fiz com a música foi muito relevante, e estou feliz com isso. Não me importo com fama ou dinheiro, quero é viajar, viver minha vida e aproveitar cada momento.

Tony Sheridan no Brasil em 2010

Tony Sheridan no Brasil em 2010

Em 2010, na época do show de Tony em Vitória, a “We Love the Beatles Forever” acompanhou o evento na comunidade do Orkut.

Foto durante o Show no Spirit Bar, em Vitória

Spirit Bar - foto no show

Eis aqui o Tony Sheridan falando sobre os Beatles

Luto por Tony Sheridan, mais uma pessoa ligada aos Beatles e que se vai tão cedo… R.I.P.

Valentine`s Day também é dia de Roberto Carlos, o mais romântico dos cantores brasileiros

Hoje, 14 de fevereiro, o mundo celebra o Valentine`s Day, e eu aproveito pra compartilhar nesta data, um texto sobre Roberto Carlos, nosso cantor mais romântico…

Texto do Jornalista Álvaro Pereira Júnior
Colunista da Folha

Roberto Carlos é o cantor mais romântico da música brasileira, e nenhuma trilha sonora para o dia dos Namorados pode ser mais perfeita do que as canções do Rei.
Roberto Carlos
Falo do Roberto de voz triste de “Nossa Canção” (1966), do renegado sem rumo de “As Curvas da Estrada de Santos” (1969), do homem sem esperanças em “De Tanto Amor” (1971).
Roberto é um intérprete maior que as próprias canções, um intuitivo minimalista que representa um certo espírito romântico brasileiro melhor do que qualquer outro artista jamais sonhou.
Antes de abraçar mensagens religiosas e fazer músicas para romances sem interesse, como hoje, Roberto foi compositor e intérprete de canções desesperadamente solitárias. Seus personagens estavam sempre fugindo de um passado em pedaços, ou tentando reconstruí-lo, em busca de redenção. Como em “Sua Estupidez”, de 1969: “Meu bem, meu bem/ Você tem de acreditar em mim/ Ninguém pode destruir assim/ Um grande amor.”
Ele cantou também o amor distante, em diversos graus de saudade. Com Erasmo, compôs “Palavras” (1973): “. Não, não vá me dizer palavras que venham/ Me fazer chorar depois/ Eu sei que vou viver / Por muito tempo ainda/ Das lembranças de nós dois”.
Mesmo em canções de outros compositores, Roberto se apropria dos versos, e empresta sentimento até aos trechos mais simples. Em “Como Vai Você” (Antônio Marcos-Mário Marcos), de 1972, a letra diz: “Como vai você/ Eu preciso saber da sua vida/ Peça a alguém para me contar sobre o seu dia/ Anoiteceu e eu preciso só saber/ Como vai você”. Nesse instante, Roberto é o último dos rejeitados, e só encontra conforto ao desabafar seu infortúnio para nós, ouvintes.
O grande crítico de música americano Greil Marcus costuma dizer que não gosta de bandas que piscam para ele. Ou seja, músicos que posam de simples e despojados, mas depois piscam de leve, como se dissessem: “Estamos tocando assim para curtir e ganhar dinheiro, mas na verdade somos grandes intelectuais cheios de projetos artísticos”.
Analista experiente, Marcus ainda sonha com a sinceridade e o acaso que forjam os grandes nomes da música popular, sem que seja necessariamente possível explicar por quê.
Greil Marcus não entende nada de música brasileira, e precisou pensar alguns segundos para lembrar que no Brasil não se fala espanhol. Pena, porque Roberto é exatamente o que ele procura: um autêntico gênio pop, nosso brasileiro mais romântico..
Roberto Carlos 2

EMOÇÕES

Capa preta é a melhor
Em homenagem ao Rei, a seção “Gringas” muda só hoje de nome e recomenda aos jovens roqueiros o álbum que Roberto gravou em 1966. A capa, preta, é o máximo do cool. Dentro, só pedradas: “Eu Te Darei o Céu”, “Querem Acabar Comigo”, “Não Precisas Chorar”, “Esqueça” , “É Papo Firme”. Clássico total, e o CD está em catálogo.

Tentaram matar o Rei
Vários outros nomes da música brasileira fizeram o possível para assassinar a obra de Roberto Carlos, gravando covers grosseiros e/ou inexpressivos. Em meio a Jota Quest, Marisa Monte e Simone, o destaque negativo é para Maria Bethânia, que transforma até doces baladas, como “Olha”, em boleros elefantinos.

Em espanhol é mais fácil
Os latinos de língua espanhola saíram na frente e, na Internet, é muito mais comum encontrar o Rei em castelhano do que português. Com a vantagem de que muitos fãs são mexicanos, moram nos EUA e têm conexões rápidas com a Internet. Assim, fica fácil e rápido baixar sua música favorita. Pena que em outra língua.

Tem tudo na Internet
Justiça se faça ao site orei.com.br. Tem simplesmente todas as letras, todas as músicas, todos os discos e todas as relações de faixas de tudo o que o Roberto já gravou. Os comentários que vêm acompanhando são simplórios, mas o trabalho de compilação é ótimo e só merece elogios. O áudio, sem qualidade de CD, serve para matar saudade. (APJ)

CD Player – Especial Rei

PLAY
“Eu te Amo, Eu te Amo”
(1968) Roberto e Erasmo, no auge da forma, escreveram os versos que ficaram famosos: “Cartas já não adiantam mais/Quero ouvir a sua voz”. A voz de Roberto aparece alterada no refrão, como se tivesse passado por um megafone.

PAUSE
“Amada Amante” (1971)
A dupla Roberto e Erasmo dá os primeiro sinais de que está a ponto de substituir o romântico pelo meloso. “Amada Amante” ainda mantém a velha chama, mas já começa a tomar o caminho fácil que leva à porta do motel.

EJECT
“Cavalgada” (1977)
“Vou cavalgar por toda a noite/Por uma estrada colorida/Usar meus beijos como açoite/E minha mão mais atrevida.” Assim começa esta canção, e, daí para a frente, as coisas não melhoram muito. Não tem jeito: é brega.

FONTE: Folha de S. Paulo

rosas vermelhas

Recriando o álbum Please Please Me, o Primeiro dos Beatles!

A BBC de Londres promoveu a recriação do Álbum Please Please Me, dos Beatles, por ocasião dos 50 anos de sua gravação e lançamento.
Foi assim que durante 12 horas dentro do estúdio, os músicos Mick Hucknall, Joss Stone, Stereophonics e Graham Coxon regravaram o álbum na íntegra, na mesma ordem da gravação original e no mesmo estúdio, com o mesmo engenheiro de som, que foi Richard Langham e durante as mesmas 12 horas que os Beatles levaram para gravar o disco na época.

regravando please please me

Essas gravações aconteceram no dia 11 de janeiro, segunda-feira, e liberadas para audição no site da BBC.
Os registros em vídeo farão parte de um documentário chamado The Beatle`s Please Please Me – Re-making a Classic”, que irá ao ar nesta sexta-feira pelo canal 4 da BBC.
Aqui estão alguns registros:







Mais registros aqui

Fonte: Codevilla Cultura Pop

Pinceladas sobre a História do Rock no Brasil [2]

Nos dias atuais, é difícil encontrarmos jornalistas interessados em mostrar ao público a verdadeira estória por trás das cortinas da fama e dos sucessos nos primórdios da era do Rock no Brasil, enfim, a verdadeira história de um grande movimento musical, seus personagens, e tudo o que existiu num passado já bem distante, mas que marcou as nossas vidas.

Disse-me outro dia o radialista e comunicador Antonio Aguillar, que essas coisas publicadas por mim, as quais ele me envia, nunca foram mostradas em lugar nenhum e que ficariam escondidas do público se não fossem divulgadas. Ele me disse também que esse material ele já havia encaminhado em outras épocas para tantos jornalistas e nada foi publicado, talvez por que neste país, as pessoas destacam apenas o que seja de interesse pessoal, e não se dá o devido valor ao que representa para a história.

Aguillar cita o caso do cantor Jet Black (Little Black), por exemplo, e diz que é uma coisa inédita, pois ninguém havia dado publicidade ao fato.

Cantor Jet Black, também conhecido como Little Black

Cantor Jet Black, também conhecido como Little Black

O Bolão também ficou esquecido no tempo, mas representava muito naquele início, quando tudo era novidade. Tenho na memória (apesar dos meus 83 anos de idade) muitas outras coisas da época e assim que formos falando, vou revelando para você.

Bolão e Aguillar

Bolão e Aguillar

Gostaria agora de lhe passar um pequeno detalhe. Naquele tempo tínhamos no Rio de Janeiro, uma jornalista chamada Janete Adib, proprietária da Revista do Rock.

Revista Do Rock Rio-nº 10, de 1961, trazendo artigos sobre Ricky Nelson, Sedaka e Elvis Presley

Revista Do Rock Rio-nº 10, de 1961, trazendo artigos sobre Ricky Nelson, Sedaka e Elvis Presley


Revista Do Rock Rio-nº 5, de1960, com Paul Anka, Elvis, Sérgio Murilo, Celly Campelo

Revista Do Rock Rio-nº 5, de1960, com Paul Anka, Elvis, Sérgio Murilo, Celly Campelo

Essa revista publicava muita coisa na época, e devo ter revistas aqui guardadas não sei onde, mas vou ver os exemplares e assim que encontrar mando algumas informações mais importantes para você. Quem também dava muita força ao nosso movimento musical era a Revista Contigo e a Revista do Radio, que mais tarde passou a se chamar Revista do Rádio TV. Enfim, dá para ressuscitar muita coisa histórica. Meu livro publicou muita coisa, poderia ter muito mais, porém na ocasião do lançamento, a Editora Globo me apressou e disse vamos publicar aquilo que você tem em mãos no momento e depois faremos a 2a. edição com mais informações.
Vivenciei tudo, pois fui o responsável pelo movimento desde o início em São Paulo e Carlos Imperial no Rio. Tivemos lá o Jair de Taumaturgo e Isack, mas esses foram apenas comunicadores do movimento. Aqui em São Paulo tivemos Os Brotos Comandam na Radio Bandeirantes com Sergio Galvão e mais tarde com Luiz Aguiar. Na Radio Nacional eu tinha o programa Ritmos para a Juventude e mais tarde, na mesma emissora, Ademar Dutra com o Clubinho G-9, que divulgava as musicas jovens. Na Radio Piratininga de São Paulo o Ferreira Martins, que era meu fã no interior e influenciado pelo meu programa, veio a S.Paulo e trabalhou nessa emissora com a divulgação de musica jovem; depois saiu para ser locutor de estúdio fazendo jingle, onde continua até hoje, e assumiu Gilberto Lima já falecido. Tudo eu vivenciei e o próprio George Freedman pode confirmar pois ele conheceu o Jet Black cantor e depois a transformação do nome para o grupo com a entrada do José Proveti, o “Gato”, que faleceu (não sei se você sabe) na miséria, vendendo bilhete de loteria, talvez por causa da bebida e outras coisas mais. Essas realidades foram vividas. Adorei que você descobriu o nome do Bolão e colocou a informação detalhada dele. Foi exatamente como você escreveu. Naquele tempo predominavam as orquestras e ele era um dos componentes de orquestra. Depois passou a dar aula para muita gente e chegou a participar do meu programa como mostra esta foto comigo. É isso que precisa ser dito para quem deseja pesquisar e saber a realidade dos fatos e não a invenção das coisas da época áurea do movimento musical mais eloqüente do mundo. Tudo isso acontecia no mundo inteiro. Essa transformação era geral, por isso se fala até hoje e ainda se falará por muitos anos mais.”

Por Antonio Aguillar

“Pinceladas” sobre a História do Rock no Brasil [1]