O último LP gravado pela banda The Jordans

“The Jordans foi um grupo lançado por mim em l960 na Som Copacabana com o LP A VIDA SORRI ASSIM, uma banda instrumental que fez muito sucesso principalmente com Blue Star e Tema de Lara.
Seus componentes eram Aladim, Sinval, Tony, Foguinho, Mingo, Neno, Manito, Ziquito, José Aroldo Binda, Marco Aurélio Rocha, Porquinho.
Em 1967 Aladim resolveu deixar o grupo e formar sua própria banda que se chamou “ALADIM BAND” e gravou dois LPs.
Ainda em l967, os integrantes dos Jordans foram para a Europa e ocasionalmente tiveram a oportunidade de conhecer alguns componentes dos Beatles, o maior sonho de qualquer brasileiro, e The Jordans tiveram esse privilegio.

Em 1976 acabou a banda The Jordans, cada um foi para seu lugar.
A banda The Jordans, considerada uma das melhores bandas instrumentais dos anos 60, deixava de existir.
Foguinho, o baterista, era também cantor, mas nunca teve destaque como tal.
Sinval também canta mas ninguém sabia disso. Uma pena tantos valores fora da mídia! Foguinho gravou as músicas ‘What does it take to win your love’, ‘Yesterday When I Was young’ e ‘Make Me Smile’. ”

Por Antonio Aguillar

“Make Me Smile” – The Jordans 1971, canta Foguinho!
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“Esta gravação muito bem vocalizada pelo Foguinho faz parte do LP The Jordans de 1971, que foi o último gravado pela banda! Nele tem uma música autoral minha chamada “No Balanço do Tempo” e também gravei cantando a música “School Girl”, entre outras. Neste LP o nosso amigo guitarrista José Aroldo Binda gravou 50% do disco e esta música foi gravada com a participação dele na guitarra. Quando Aroldo foi para os Incríveis, a convite do Foguinho, eu que estava no The Jet Black’s numa formação nova onde éramos eu, Ary (The Bells) e Fominha (Os Iguais), retornei ao conjunto The Jordans e gravei como guitarrista no restante do LP. A capa do disco já estava pronta e constam as fotos de Foguinho, Toni, Sinval, Everaldo(pistom), o Neno que já havia saído do conjunto, Irupe e José Aroldo; o Aladim já havia saído há muito tempo para formar a “Alladim Band”; ele pegou os músicos do The Flyers, do qual eu fazia parte, entretanto estamos falando de épocas distintas.
Eu saí dos Flyers em 1967 e em janeiro de 1968 entrei nos Jordans, no lugar do Aladim, e depois com os Jordans gravei 05 LPS, tendo sido este de 1971 o último, portanto 4 anos após a saída do Aladim.”

Por Marco Aurélio Carvalho Rocha, o Marquinho.

LP The Jordans 1971
Capa: Toni, José Aroldo e Sinval.


LP The Jordans 1971
Capa: Irupê, Foguinho e Everaldo (pistonista que substituiu Neno).

O baterista Foguinho em 1963 na Boate Saloon em São Paulo

Especial Jovem Guarda em Vídeos!

Em 17 de janeiro de 1968 Roberto Carlos se despediu do programa Jovem Guarda comandado por ele pela TV Record canal 7, que teve seu início em 22 de agosto de 1965.

Apesar do breve período de duração, o programa ficou para sempre eternizado no coração de quem viveu aquelas jovens tardes de domingo…

Para quem viveu aquela época e acompanhou tudo de perto e gosta de recordar aqueles belos dias, seguem alguns vídeos de um evento especial realizado entre alguns cantores que participaram da Jovem Guarda, como Bobby de Carlo, George Freedman, Waldireni, Nalva Aguiar, Deny, Leno, Renato e Seus Blue Caps, Wanderley Cardoso, The Jordans, Martinha, Demétrius, Os Caçulas, Marcos Roberto e Dori Edson.

A apresentação foi realizada no final do ano de 1995 para 1996, na fazenda de Sérgio Reis em Sorocaba, e levado ao ar em seu programa pela Rede Manchete de televisão.

“Foi em 1995/96 Programa do Sérgio Reis gravado direto de uma fazenda no interior de São Paulo em comemoração aos 30 anos da Jovem Guarda, registro antológico.” Disse-me Deny sobre este dia memorável.

The Jordans – Blue Starr

Bobby de Carlo – “Tijolinho”

Tutti Frutti – George Freedman

Doce de Coco / O Bom Rapaz – Wanderley Cardoso

Menina Linda / Feche os Olhos – Renato e Seus Blue Caps com Leno no baixo

Pobre Menina – Leno e Renato e Seus Blue Caps

Rítmo da Chuva (Demétrius) / Eu Daria a Minha Vida (Martinha)

“Vá embora daqui” / “Perto dos Olhos, Longe do Coração” – Marcos Roberto e Dori Edson

Os Caçulas – “A chuva que Cai”

“Coruja” – Deny e Sérgio Reis

“Roberta” / “Al-di-la” / “LA Bamba” – Ary Sanches

Ary Sanches, Deny e Bobby de Carlo

Ary Sanches, Deny e Bobby de Carlo

George Freedman

George Freedman

The Jordans, um conjunto de Rock Instrumental dos anos 60.

Este é um texto sobre a trajetória do conjunto The Jordans, escrito na ocasião do lançamento do CD The Jordans Bons Tempos! 35 anos de Rock Instrumental.

CD dos Jordans

O conjunto teve início em 1958, no bairro do Tatuapé em São Paulo, onde se reuniam Aladim, Sival e Tigueis com o nome de “The Tree Plays” para tocarem nos clubes do bairro e em programas de rádio na época do início do Rock and Roll no Brasil.

Neste vídeo Aladim conversa com Antonio Aguillar durante seu programa de rádio e conta sobre o início dos Jordans

Posteriormente, conheceram outros músicos que vieram fazer parte do grupo, como Mingo, que morava atrás da Biblioteca do Tatuapé e Manito, que se exibia em Shows das Lojas Sangia no mesmo bairro, em cima de caminhões palco.
Participaram do programa Crush-Hi-Fi da TV Record, na Rua da Consolação ao lado de Celly Campello, George Freedman, Antonio Cláudio e Jester Tigers, The Rebels, Gally Jr. (Prini Lorez) e outros grandes nomes que agitaram a juventude no início dos anos 60.
A convite de Carlos Gonzaga, o ídolo número 1 do Rock Balada Brasileiro, participavam de seus shows em todo Brasil, onde iriam conhecer Antonio Aguillar, que estreava um programa na antiga Rádio Nacional na Rua das Palmeiras, com o nome de Ritmos para a Juventude, no auditório da emissora, ao vivo, apresentado todos os sábados e que se tornaria o programa de maior audiência em São Paulo, Foi o embrião do Programa Jovem Guarda, que aconteceria alguns anos mais tarde.
Nesse programa apresentavam-se outros grandes ídolos da juventude do momento, como Demétrius, Baby Santiago, Wilson Miranda, Mário Augusto, Renato Guimarães, Moacir Franco, Jet Black’s, The Hits Gianne, etc. Teriam sua primeira gravação em 78 RPM pelo selo Mocambo, com a música Bouddha, surgindo aí a chance de serem contratados pela gravadora Copacabana, que lançaria o primeiro LP do conjunto, com o título de “A vida Sorri Assim”, que tornaria o conjunto conhecido do público brasileiro.
Nessa época também havia uma caravana de artistas da Rádio Nacional comandada pelo “Peru que Fala”, apelido de Sílvio Santos, que levava aos bairros e cidades do interior shows patrocinados pelas lojas Ultralar, com a presença fixa de Carlos Alberto de Nóbrega, Ronald Golias, Canarinho, Chocolate, Paulo Moien, Wilson Miranda, Betinho e seu Conjunto, Uccio Gaetta, Francisco Egídio, Agnaldo Rayol, Ângela Maria, Ronnie Cord, Cauby Peixoto e Os Jordans que lá estavam executando os rocks instrumentais para a juventude. Nesse momento também era dado o início na Rua Augusta da primeira casa noturna a executar músicas ao vivo dirigida ao público jovem, com os ritmos que predominavam naquele momento: Rock and Roll, Twist, Hully Gully, Madison, Calypso etc… e que se tornaria o ponto noturno mais famoso em todo o Brasil, cujo nome era Boate Lancaster; logo após outras seriam montadas também na Rua Augusta, como a Squindô (esquina com Av. Paulista), Salloon, San Quentin, Hi-Fi, etc… e os Jordans lá estavam animando aquelas noites inesquecíveis para quem frequentou e curtiu.
Os Jordans, a exemplo dos Jet Black’s, saíram da Boate Lancaster para o seu primeiro grande sucesso em disco com a música Blue Star, que se colocaria em primeiro lugar nas paradas de sucesso de todo o Brasil durante seis meses.
No ano de 1963 os Jordans participaram de muitos programas de grande audiência na TV, como o programa Yani Jr. na Record, junto com Jô soares, sendo na época o conjunto que o acompanhou em seus números de humorismo; o Clube dos Artistas, Almoço com as Estrelas, do saudoso Ayrton Rodrigues e em todos os musicais da Record, como Show do dia 07, Astros do Disco com Randal Juliano, programa Júlio Rosemberg na TV Cultura, Alô Brotos na TV Tupi com Sérgio Galvão, Clube do Rock, com Ademar Dutra na Organização Victor Costa (hoje Globo), programa Renato Corte Rayol na TV Record, Discoteca do Chacrinha na TV Rio e muitos outros programas famosos.
No retorno da Europa no final de 1967 os Jordans foram agraciados com o Título de Cidadãos Paulistanos, oferecido oficialmente pela Câmara Municipal de São Paulo.
Seguiram-se outras gravações dando sequência à carreira dos Jordans em todo o Brasil com as músicas F.B.I., Midnight, Tem va Pas e outras mais, o que fazia o conjunto cumprir uma agenda intensa de viagens pelo país. As emissoras de televisão, em virtude da grande aceitação do público, começaram a produzir programas do gênero e a convidar os artistas que estavam despontando nas paradas de sucesso para participarem de seus musicais: TV Exelsior com Whisky a Go Go, TV Record, Ritmos para a Juventude, TV Tupy, Alô Brotos, etc… E lá estavam os Jordans presentes em todos eles.
A TV Record, emissora líder em musicais na época, resolve então produzir um programa aos domingos sob o comando de Roberto Carlos, com o nome, a princípio, de Festa de Arromba, mas que depois recebeu o título de Jovem Guarda. Entre os nomes que deveriam fazer parte do programa estavam Os Jordans, contratados exclusivos para se apresentarem em todos os programas do eixo São Paulo / Rio.
Em 1966 os Jordans participaram do Programa Show do Dia 7, um especial da Record no qual foram surpreendidos com o sucesso de sua apresentação com a música Tema de Lara, em que tiveram que fazer o bis por três vezes em respeito ao público de pé, que exigia o bis, aplaudindo sem parar. Imediatamente a Copacabana colocou os Jordans no estúdio para gravar e lançar em apenas dois dias o Compacto Simples e depois o LP Studio 17, que foi o maior triunfo do conjunto, que recebeu o troféu Roquete Pinto, o Disco de Ouro e um contrato para a temporada na Itália em 1967.
Em outubro de 1967 embarcaram para a Europa para cumprir temporada na Itália, porém fazendo escala na Espanha, onde encontraram seus discos que foram lançados por lá.
Na França estiveram participando de entrevistas junto com Johnny Hollyday e Silvie Vartan.
Em Londres, Inglaterra, não sabiam o que o destino lhes reservaria de maravilhoso, e numa feliz coincidência, ao fazerem uma refeição em um Restaurante italiano em Picaddily Circus, tiveram a oportunidade de conhecer e serem filmados ao lado dos ídolos de todo o mundo, a banda The Beatles, que estava em sua fase de maior sucesso!
The Beatles recebeu os Jordans em seu laboratório de filmagens, defronte ao referido restaurante, proporcionando o maior comentário na imprensa falada e escrita em toda a América do Sul, tendo em vista que os Beatles nunca estiveram por aqui na sua fase áurea.
Finalmente desembarcaram na Itália, onde foram recebidos por toda a imprensa de lá, inclusive foram homenageados com um banquete oferecido pelo Cônsul brasileiro.
Apresentaram-se na TV italiana R.A.I. com uma montagem pelos cenógrafos italianos das estirpes russas, executando a música Tema de Lara e Noites de Moscou, vestidos de Cossacos num show transmitido por toda a Europa.
De volta ao Brasil ainda tiveram mais uma surpresa, que foi encontrar na viagem o conjunto britânico The Hollies, que vinha cumprir temporada aqui na América do Sul.
Antes de partirem da Itália assinaram um contrato de 05 anos para permanecerem na Europa a partir de 1968, contrato este que não foi cumprido por divergências entre os elementos dos Jordans, o que motivou a saída de Aladim, o solista da banda, e posteriormente os Jordans encerrariam suas atividades musicais.
Agora, em 1992, passados 25 anos, os Jordans se reúnem novamente a convite de Mingo, dos Clevers (falecido em 1995), que também fez parte do conjunto em sua primeira formação, e que resultou na motivação para a gravadora Movie-Play relançar os seus discos, agora remasterizados em CD.
Novamente estão os Jordans se apresentando em shows e programas de televisão a título de resgatar a memória da fase do Rock Instrumental Brasileiro. O conjunto produziu em 1995 um CD obedecendo o estilo que fizeram em toda sua carreira, com músicas inéditas e outras regravações de hits famosos com a técnica digital de hoje, destacando uma melodia que promete ser mais um sucesso (Cavatina), que será lançado brevemente pela gravadora Sky-Blue.
Os Jordans voltam com seus integrantes originais: Aladim, Tony, Sival, Foguinho, em algumas faixas que precisou de saxofone está o Manito, que também foi integrante dos Jordans no início de carreira.

“The Jordans foi um grupo lançado por mim em l960 na Som Copacabana com o LP A VIDA SORRI ASSIM, uma banda instrumental que fez muito sucesso principalmente com Blue Star e Tema de Lara. Seus componentes eram Aladim, Siwal, Tony, Foguinho, Mingo, Neno, Manito, Ziquito, José Aroldo Binda, Marco Aurélio Rocha , Porquinho. Em 1967 Aladim resolveu deixar o grupo e formar sua própria banda ALADIM BAND e gravou dois LPs. Em l967 The Jordans foram para a Europa e ocasionalmente tiveram a oportunidade de conhecer os componentes dos Beatles, o maior sonho de qualquer brasileiro e The Jordans tiveram esse privilegio.
Em 1976 acabou a banda The Jordans, cada um foi para seu lugar. A banda The Jordans, considerada a melhor banda instrumental dos anos 60, deixava de existir.
Foguinho, o baterista, era também cantor, mas nunca teve destaque como tal. Siwal também canta e ninguém sabe disso. Uma pena tantos valores fora da mídia! Foguinho gravou as músicas ‘What does it take to win your love’, ‘Yesterday When I Was young’ e ‘Make Me Smile’ ” (Antonio Aguillar)

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“Lembro-me da daquelas tardes quentes de sábado quando o auditório da Rádio Nacional de São Paulo era sacudido pelos ritmos estridentes dos The Jordans, emanados de suas irresistíveis vocações musicais.
Qualquer pessoa, mesmo afastada desse gênero musical, poderia ver que aqueles harmoniosos rapazes seriam sucesso em breve espaço de tempo. Era evidente.”
Assim dizia eu naqueles loucos anos 60, na contra capa do primeiro disco dos Jordans, “A Vida Sorri Assim”, e ainda hoje permanece verdadeiro. Em 1960, quando da estreia no mundo do disco, Aladim, Sival, Tony e Foguinho, a primeira formação original que permaneceu por muito tempo, contavam ainda com Irupê e Mingo (este depois foi para Os Incríveis). Mas o grupo sempre foi um celeiro de grandes nomes, tendo passado também por eles Manito e Neto (Os Incríveis) e Ziquito.
Permanecendo como o único conjunto de Rock Instrumental com a formação original até hoje, estes saudáveis senhores continuam mais jovens que há 35 anos atrás, pois assimilaram a tecnologia atual, sem perder aquela frenética busca do timbre ideal para cada som de cada instrumento.
São algumas décadas e dezenas de discos que separam aquele árduo início de carreira, quando estouraram internacionalmente com “Blue Star”, tendo passado por “Tema de Lara”, “Noites de Moscou”, “F.B.I.”, “Tem Va Pas”, “Peter Gunn” e muitas outras desde CD que levou um ano para ser gravado, pois o perfeccionismo deles impedia qualquer falha. Desta vez eles vieram para provar que são como o vinho, quanto mais velho, melhor! Mas, melhor para nós!”

Texto escrito por Antonio Aguillar, na ocasião do lançamento do “CD The Jordans Bons Tempos! 35 anos de rock instrumental”

“A última formação dos Jordans, que encerrou suas atividades, num baile em Bauru( agosto de 1974) era:
Marquinho( guitarra solo e cantor) Chico Medori ( Chicao), bateria e cantor, Toni, (contra baixo e cantor), Everaldo, ( Piston), Irupe, ( Sax) e EValdo ( Teclados) e cantor
Hoje, o Aladim detém o nome da banda, e junto com o Sinval e eventualmente com o Toni, mais um baterista, realizam shows, de forma esporádica.
Se apresentaram recentemente na Virada Cultural de SP.” (por Marco Aurélio, o Marquinho)

Performances solo do guitarrista Marquinho, dos Jordans!

Marco Aurélio Carvalho Rocha, o Marquinho, entrou para o conjunto The Jordans em substituição ao Aladim.
Foi Neno, que na ocasião pertencia ao conjunto, que viu Marquinho tocando na boate Charmant, na Rua Bento Freitas em São Paulo e o levou para os Jordans, onde permaneceu entre os anos de 1968 a 1974.

“O Neno tinha uma excelente visão de Marketing no sentido de influir no repertório é de dar visibilidade ao grupo no sentido de programas de televisão e de divulgação
Não foi difícil, no sentido comercial, manter -se sem a presença do Aladdim, porque a banda tinha uma estrutura comercial consolidada e fazíamos por volta de 20 bailes por mês, além de shows, na sua maioria no sul do Brasil.
Portanto,foram anos de muita abundância financeira, até que, como acontece com muitos artistas, iniciou a curva de declínio do sucesso e em agosto de 1974, em um baile na cidade de Bauru, o conjunto encerrou as atividades.”
Marquinho

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E muitas outras performances do Marquinho vocês poderão curtir e comentar aqui, no grupo Eternos Anos 60, no Facebook. 😉

Marquinho gravou com o grupo os LPs Edição Extra: 2,3,4,5 e dividiu 50% da gravação do último LP que leva o nome de “The Jordans” com o músico José Aroldo Binda, que saiu na capa do disco.

Sobre o LP The Jordans Edição Extra Vol. 2, Marquinho escreveu:

“Neste LP o solista sou eu Marquinho; entrei no conjunto no lugar do Aladim em 1968 e fiquei até 1974 quando o conjunto encerrou as atividades. O solo vocal de Geórgia on My Mind também é meu.
Os LPs Edição Extra 2,3,4,5, todos têm a minha participação como solista vocal e instrumental. Quando entrei em 1968, o Ziquito não fazia mais parte do conjunto. O solo na canção “The Letter” eu fiz em oitavas e usando um pedal Hofner que o Foguinho trouxe do exterior … Summertime foi vocalizado pelo Sinval, nesta faixa 01 usei um pedal overdrive no solo. A guitarra que eu usei na gravação deste meu primeiro LP nos Jordans, o Edição Extra n. 2, foi uma Galantina italiana. Nos demais LPs passei a usar uma Fender americana que o Foguinho trouxe dos States…”

Irupê, Marquinho, Neno, Foguinho, Toni e Sinval

Irupê, Marquinho, Neno, Foguinho, Toni e Sinval

Aladim em depoimento a Antonio Aguillar conta sobre o início do conjunto The Jordans.

O Blog “We Love the Beatles Forever” recebeu com exclusividade e compartilha com seus seguidores o depoimento que Romeu Mantovani Sobrinho, o Aladim, líder do conjunto The Jordans, deu a Antonio Aguillar sobre o início do conjunto The Jordans.

Muito mais que ler em livros, ouça de viva voz toda a história daqueles velhos tempos, belos dias!
No início o conjunto tinha o nome de The Three Plays e era formado por Aladim, Sinval e Tigueis e começaram em 1958.
No programa Crush com Tony e Celly Campello, eram: Aladim, Foguinho, Sinval, Ziquito, e Tony.

Quando saiu o Tigueis, entrou o Foguinho em seu lugar e também entrou o Tony.

Mais tarde Aladim conheceu Mingo, que veio também para o conjunto fazendo guitarra base.

Nessa mesma ocasião, Aladim e Foguinho viram uma pessoa fazendo propaganda para as Lojas Sanger, tocando Saxofone – era o Manito, que também foi convidado para o grupo e aceitou.

Iniciaram então a tocar na Boate Lancaster, assim como os conjuntos The Clevers, The Jet Black´s, The Bells, enfim, todos começaram na Boate Lancaster e tocaram também na Skindô e Saloon.

Em 1960 Mingo gravou uma canção em inglês composta por ele e musicada por Aladim, imitando Paul Anka, e foi um grande sucesso, mas o primeiro grande sucesso da banda foi Blue Starr.

LP "A vida sorri assim", primeiro da série da banda The Jordans, quando Aguillar os levou para a Copacabana Discos e fizeram o LP pela Som Copacabana em 1962.

LP “A vida sorri assim”, primeiro da série da banda The Jordans, quando Aguillar os levou para a Copacabana Discos e fizeram o LP pela Som Copacabana em 1962.

E depois deste grande sucesso veio a Jovem Guarda.

Ouçam o que conta o Aladim, incluindo histórias inéditas acontecidas com eles e Roberto Carlos na coxia do Teatro Record! 😉

A História das Bandas de Rock lançadas Por Antônio Aguillar

Tive a grata satisfação de receber um E.mail do ícone do Rádio e da TV, a lenda viva da pré-Jovem Guarda, o comunicador Antonio Aguillar, que me disse: “Lucinha, você está disposta a escrever sobre as bandas que foram ajudadas por mim? Então vamos lá…”

Desta forma, tenho a honra e o prazer de compartilhar aqui, a história das bandas de rock lançadas por Antônio Aguillar, contada por ele mesmo!

Iniciando no tempo das grandes orquestras e conjuntos regionais dos anos 50/60

Em 1957 quando fui para o rádio (Radio Nove de Julho, de propriedade do clero) na Rua Wenceslau Braz, 79, minha função era jornalística – redigir boletins informativos para o colega Joelmir Betting divulgar de hora em hora.
Aos sábados existia um programa de calouros, que era apresentado pelo musico Mauro Silva no palco dessa emissora. Ele tocava clarinete. Devido a algum mal entendido, ele deixou a emissora e o discotecário achou por bem me convidar para dar continuidade a aquele programa que tinha uma boa audiência.
Depois de apresentar uns quatro programas, senti que estava apto a continuar no esquema e esse programa tinha o Atílio e Seu Regional para acompanhar os calouros. Depois de um ano nessa programação, resolvi aceitar o convite do radialista Paulo Rogério para integrar o cast da Organização Victor Costa (1959) que tinha no comando a Rádio Nacional de S.Paulo e a Radio Excelsior, além da TV Paulista Canal 5. Funcionava na Rua das Palmeiras, 315 e 322, com auditório de rádio na Rua Sebastião Pereira (não me lembro o numero, sei que é onde passa o minhocão no Largo do Arouche). Fui ser locutor comercial (naquele tempo não havia os chamados jingles) ao vivo para fazer a propaganda dos anunciantes. Depois de quase um ano nessa atividade, paralelamente fui convidado pelo Diretor Sr. Francisco Abreu para fazer um programa de rádio, na Radio Nacional, denominado Melodias Sandar, onde teria que divulgar musicas com a orquestra de Ray Conniff. Ai conheci alguns rapazes, Aladim, Mingo, Siwal , Tony e Foguinho, que pertenciam a um conjunto denominado banda de rock. Esse ritmo estava fazendo muito sucesso lá fora, principalmente nos Estados Unidos com Elvis Presley, Chuck Barry, The Ventures, e outros. The Jordans, a banda do Aladim, tinha gravado um 78 rpm na Rosemblit com as músicas Budha e Change or Mind, esta com a vocalização feita pelo Mingo. Eles me pediam para tocar o disco no programa e acabei fazendo uma grande amizade com eles. No decorrer do tempo, o Moreira Junior, que fazia diariamente um programa denominado Ritmos para a Juventude, onde divulgava o rock n roll, acabou pedindo demissão e deixou a Radio Nacional de S.Paulo para ir trabalhar nas Paginas Amarelas para ganhar mais dinheiro, vendendo anuncio. O Diretor Francisco Abreu então me convocou para fazer o programa e eu já tinha alguns subsídios para isso, porque tinha, através dos Jordans, entrado em contato com alguns cantores de rock e baladas. Como a Radio Nacional tinha um grande auditório, onde trabalhavam o Manoel de Nobrega e o Nelson de Oliveira, eu resolvi falar com a direção se poderia fazer um programa semanal com o mesmo nome do programa Ritmos para a Juventude. Aceito, comecei a apresentar sábado ao vivo no auditório esse programa que rapidamente entrou na preferencia popular. Como ainda não existia um conjunto para acompanhar os cantores que se apresentavam no programa ao vivo, recorri ao Atilio e Seu Regional que fazia a primeira parte e aos Jordans, que faziam a 2ª parte do programa, que tinha inicio às 15h e terminava às 17h.

O auditório ficava lotado de jovens e senhores e senhoras também. Era uma loucura… No decorrer do tempo já tínhamos ali outros grupos musicais, como Jerry Jeferson e seus Night and Days, Os vampiros (The Vampires), que mais tarde ficou The Jet Black`s. O sucesso era tanto que a TV Paulista resolveu lançá-lo na televisão da Rua das Palmeiras 322. Era uma terça feira à noite a estreia do programa. Estavam lá Tony Campello, Ronnie Cord, George Freedman, Hamilton Di Giorgio, Prini Lorez, Nilton Cesar, Carlos Gonzaga, Moacyr Franco, Demétrius, Alcely Camargo e os grupos musicais The Jordans e The Jet Black`s. O ensaio foi no 4º. Andar onde estava a minha sala de trabalho. Na hora do programa, todos pegaram o elevador que transportava cenário (não suportava carga muito pesada, porque cenários eram cargas leves) e o mesmo despencou desde o 4º andar até as molas, no térreo. Foi um alvoroço. Todos foram parar no pronto socorro, mas nada grave. George Freedman ainda se lembra de ter dito aos colegas que soltassem o corpo, deixassem o corpo mole para amortecer a queda, e foi ele o que menos se feriu. O programa estreou com todos muito tensos e nervosos, mas assim mesmo receberam os aplausos da plateia (auditório lotado) e tivemos mais audições na semana, com a promessa de continuarmos por muito tempo. Mas nesse meio tempo, a produção da TV Excelsior canal 9, que tinha maior repercussão em termos de audiência e grande alcance em suas imagens, convidou-me para apresentar no show do meio dia, que era um programa diário com auditório sempre lotado pelas pessoas que na hora do almoço, aproveitavam para fazer hora e iam assistir aos programas atraentes do Show do Meio Dia. Ao estrearmos, numa 3ª. feira, com a tamanha divulgação, a fila para entrar era enorme e não cabia todo mundo no auditório do Teatro Cultura Artística, utilizado pela TV Excelsior na Rua Nestor Pestana, 196 – Centro de São Paulo. Formou um tumulto em frente a TV Excelsior, que acabaram quebrando o vidro das portas frontais, só voltando ao normal com a presença da Radio Patrulha no local.

Em vista de tudo o que aconteceu, fui convidado para fazer o meu programa aos domingos, das 18h às 19h, naquele mesmo auditório e assim, com a distribuição de convites só entrariam os de posses desses convites. Quem fosse assistir ao Festival da Juventude teria que levar 5 tampinhas do produto Cerejinha, que era o patrocinador do programa. O que choveu de tampinha na TV Excelsior, foi uma coisa fora do comum. O programa fez muito sucesso com a presença agora do Roberto Carlos também, que tinha vindo do Rio de Janeiro para conseguir o estrelato em São Paulo, considerada a cidade celeiro dos artistas. Quem tivesse talento e quisesse fazer sucesso, teria que morar em São Paulo e se apresentar nos programas do Antonio Aguillar, tanto de radio como de televisão. Nessa TV lancei o conjunto musical The Clevers, que gravou em agosto de 1963 um 78 rpm, com as musicas África e Relicário, alcançando as paradas de sucessos com a musica El Relicário. Em novembro desse mesmo ano eles gravaram um compacto simples com as musicas El Novilhero e Maria Cristina, mas em outubro já estavam preparando o LP “Encontro com The Clevers” e o El Relicário era o carro chefe do disco.

Foto do disco pertencente a Oscar Fornari

Foto do disco pertencente a Oscar Fornari

Em Janeiro de 1964 gravaram Jailouse e Veneno num compacto simples, mas em Fevereiro desse mesmo ano de 1964 a gravadora extraiu do LP um compacto duplo com as musicas mais cotadas, que eram El Relicário, África, Maria Cristina e Candy Dance; ainda em 1964 foi lançado o LP “OS INCRIVEIS THE CLEVERS” e em 1965, o LP “DANÇANDO COM THE CLEVERS” e o LP “INCRIVEIS VOL. 3”. Em 1967, já na RCA e com o nome Os Incríveis, lançaram o compacto com a música “ERA UM GAROTO QUE COMO EU AMAVA OS BEATLES E OS ROLLING STONES”.

Na TV Record existia no mesmo horário do Festival da Juventude, o programa Ginkana Kibon, que era de grande audiência. Na época consegui derrubar a audiência desse programa, que era apresentado pela Clarice Amaral e Vicente Leporace, com produção de Durval de Souza.
Foi então que o dono da TV Record, Paulinho Machado de Carvalho, foi até a mim e convidou-me para estrear um programa no Teatro Record, palco de grandes atrações, pois alí já havia desfilado Paul Anka, Neil Sedaka, Brenda Lee e muitos artistas internacionais. Aceitei o convite e fui com todos os meus artistas para o Teatro Record e lancei o Reino da Juventude. Não deu outra: consegui grande audiência e o programa da TV Excelsior ficou nas mãos de Ademar Dutra, que perdeu alguns pontos no IBOPE, fazendo com que o Ginkana Kibon voltasse a liderar a audiência.

No Teatro Record, participavam do Reino da Juventude: Demétrius, Ronnie Cord, Roberto Carlos, Wanderléa, Erasmo Carlos, Marcos Roberto, The Jet Black`s, The Jordans, Giani, Joelma. Uma vez que os Jet Black`s e Jordans tinham muitos compromissos de shows e trabalhavam na Boate Lancaster, não podiam se dedicar ao programa Reino da Juventude, então fui obrigado a pensar num novo grupo musical. Nesse meio tempo, sabedores disso, Neno, Mingo e Manito foram até a Radio Nacional e me disseram que estavam deixando o The Jordans e que gostariam de integrar o novo grupo a ser formado pelo “disc-jockey da juventude feliz e sadia”. Eu tinha em minha mesa um dicionário inglês / português e folheando aquele exemplar, achei um nome sugestivo para o novo grupo: CLEVERS.

Submeti o nome aos rapazes para aprovação, e eles acharam interessante porque em português queria dizer hábeis, astutos. Uma vez escolhido o nome (era moda naquele tempo colocar nome americano em grupos musicais, por influencia dos Ventures e outros) e eu teria que registrar a patente. Consultei os rapazes sobre isso e eles foram unanimes em dizer que seria interessante que a sigla fosse registrada em meu nome, Antonio Aguillar, para segurança do grupo. Aquele que criasse um caso e saísse do grupo perderia todo e qualquer direito. Assim foi feito e eu procurei uma empresa especializada e registrei a marca THE CLEVERS, conforme combinado. Depois o Neno indicou o Luizinho de Itariri para integrar o grupo e este veio ensaiar na minha sala no 4º andar da Organização Victor Costa, com uma bateria novinha. Perguntei a ele como havia conseguido aquele instrumento musical zerinho. Ele me disse que fora um presente do avô para incentivá-lo para a musica. Na verdade, Luiz Franco Thomaz não sabia tocar direito e o Manito acabou dando umas aulas a ele e assim ele foi se familiarizando mais com o instrumento. Como percebi a grande vontade dele em tocar, acabei batizando-o de “NETINHO”, em homenagem a seu avô, que lhe presenteara com a bateria. A principio ele não gostou, mas eu disse que era uma homenagem ao seu avô, que queria vê-lo um grande musico. Até hoje ele usa esse pseudônimo. Ficou famoso assim.

Netinho e Antonio Aguillar

Netinho e Antonio Aguillar

Netinho recorda com Aguillar o início de tudo

O Guitarrista solo que foi integrado à banda era o Waldemar Mozena e como esse rapaz vinha de uma orquestra de Valparaiso e sempre estava sorrindo, para conseguir um apelido pra ele, chamei-o então de “RISONHO” e ficou assim até hoje. Os demais já tinham apelidos, Manito era o Antonio Rosas Sanches, o Neno era o Demerval Teixeira e o Mingo, Domingos Orlando.

Os ensaios do conjunto eram feitos na minha sala do 4º andar da Rua das Palmeiras, 322 e depois de um tempo, o Diogo Mulero, o Palmeira Diretor Artístico da Continental, mandou o Francisco Petrônio, que era o homem de sua confiança, para ver o ensaio do novo grupo musical. Depois de uma semana, THE CLEVERS foi convidado a assinar contrato com a gravadora Continental. Para esse ato, foi marcado no programa de TV do comunicador Enzo de Almeida Passos, que era na TV Tupi Canal 4, e por influencia do Manito, que era espanhol, The Clevers gravou um 78 rpm com a canção El Relicário, com arranjos do musico e maestro Poly.

Enzo de Almeida Passos foi o primeiro a tocar a música em seu programa “Telefone Pedindo Bis”, na Radio Bandeirantes, e eu no programa “Ritmos para a Juventude”, na Radio Nacional de S.Paulo. Dentro de poucos meses El Relicário era sucesso em todo o Brasil e a banda passou a gravar seu primeiro LP com o título Twist – Dai veio o 2º LP com o titulo “OS INCRIVEIS THE CLEVERS” e assim por diante.

Em 1964, Rita Pavone, contratada pela TV Record, veio ao Brasil fazer algumas apresentações artísticas no Teatro Record. Como eu tinha o programa Reino da Juventude nesse mesmo Teatro, tentei colocar a cantora em contato com meu conjunto musical, e para tanto achei por bem oferecer uma guitarra fabricada especialmente para ela, pela Giannini. Era uma guitarra dourada muito linda. Falei com Teddy Reno, empresário de Rita, sobre o presente mas ela teria que ir ao Reino da Juventude para recebê-lo. Ela gostou e ele aceitou só que impôs uma condição. Ela vai receber mas não pode cantar. E assim foi aceito. Porém, avisei o conjunto The Clevers para tocar “Datemi Un Martello” assim que ela pisasse no palco. E não deu outra, ela esqueceu que não poderia cantar, tamanho foi o seu entusiasmo pela banda, que acabou cantando e assim lavrei um tento, entregando a seguir a guitarra para a maior ídolo internacional daquela época.

Depois disso Rita Pavone me pediu o grupo para acompanhá-la com o seu pianista durante sua temporada no Teatro Record e assim foi feito; depois combinamos que a banda viajaria com ela numa turnê na Itália. Ela e o empresário Teddy Reno, que era o seu namorado na época, aceitaram a proposta e no momento de combinarmos o cache, disse-lhes que aceitaria levá-los para a Itália apenas pelas despesas, sem cache, desde que a Rita aceitasse uma jogada de marketing. Dizer que estava apaixonada pelo Netinho, baterista dos The Clevers, pois esse era o estopim para a grande vitória da banda. Depois dos detalhes combinados, a imprensa divulgou o fictício romance entre os dois e isso ajudou muito o grande sucesso internacional dos Clevers. Quando eles foram para a Itália, eu estava impedido de viajar porque tinha compromissos com a televisão em São Paulo. Como fui procurado pelo Brancato Jr. que desejava viajar com a banda e cuidar de tudo lá fora, acertei com esse empresário mas tive que criar uma nova banda aqui no Brasil, para ficar no lugar deles, enquanto viajavam. Eles concordaram que se lançasse a banda “The Flyers” e até tiraram fotos juntos no palco do Teatro Record , antes de viajarem.

Na época eu tinha acesso a todas as gravadoras, então fechei um contrato com a RCA Victor e eles, os Flyers, gravaram nessa gravadora um único LP, por que meses depois o grupo se desfazia em virtude de alguns problemas surgidos durante uma viagem que fizeram ao Uruguai. No LP intitulado “The Flyers”, eles gravaram Happy Birthday To You – Le Ciliege ( Dance with the ) Guitar Man – Werewolf – Canção do Amor Perdido – La Spagnola – Sul Cucuzzolo – Honky Tonk Song – Love Goodess of Venus – Twist and Shout – Il Surf Delle Mattoelle – Flyers Surf.

O conjunto era composto por Patinho, nas guitarras solo, Fafá, no contra baixo, Pulinho baterista, Pick Riverte, o “Lumumba”, saxofonista e Tico, guitarra base e vocalista. Esses quatro últimos já são falecidos. O Patinho sumiu, ninguém sabe de seu paradeiro.

Depois de certo tempo, colocaram empecilho na formação dos Flyers, com o argumento de que eu estaria promovendo uma nova banda e deixando The Clevers de lado. Esse foi um dos argumentos criados junto com o Brancato Jr. como desculpa para o rompimento dos negócios comigo, pois achavam que eu ganhava dinheiro sem fazer nenhum esforço e ainda tinha uma banda no Brasil dando dinheiro…
Era uma noite já tarde quando Mingo, Neno e Netinho foram até a minha residência e disseram: “VIEMOS ROMPER NEGÓCIOS COM VOCÊ…” O mundo caiu pra mim, que os tinha como filhos. No momento que iria desfrutar de todo aquele trabalho em favor da banda, que se tornara internacional, acabei ficando na mão. Naquele tempo não havia um contrato de trabalho entre as partes, pois tudo era feito de forma amadora, e eu não tinha como agir dentro da lei, a não ser reter a marca THE CLEVERS, que era registrada em meu nome pessoal, com a concordância de todos, como uma patente.

A mudança de nome da banda, de The Clevers para Os Incríveis, se deu na Itália em 1965.

Este foi o relato que Antonio Aguillar fez a mim, quando lhe perguntei sobre o motivo pelo qual ele não continuou com os programas de TV, tendo voltado ao jornalismo, como repórter do Jornal O Estado de São Paulo.
Não foi justo o que fizeram com Antonio Aguillar, porém hoje os tempos são outros, e os próprios meninos dos Clevers, hoje músicos de renome, reconheceram isso ainda em vida, como neste depoimento feito pelo Manito.

O músico Manito

O músico Manito

No post sobre a banda The Flyers, aqui, há outros depoimentos dos integrantes dos Clevers.

Mingo entrevistando George Freedman em 1998

Em 24 de janeiro de 1998 George Freedman idealizou um Show onde estiveram presentes os Jordans e também Demétrius. O show aconteceu no Condomínio Wembley Tennis, em Ubatuba, Litoral Norte de São Paulo, e sobre este show ele conversa com Mingo nesta rara entrevista a mim enviada por Antonio Aguillar, da Rádio Capital.

E aqui, outro vídeo:

George Freedman comenta sobre a entrevista, dizendo em 13/01/2013 …“tenho essa entrevista numa fita que o Mingo, quando vivo, me presenteou. Nessa fita gravei Coisinha Estúpida, com os Incríveis me acompanhando. O Mingo tinha um programa de rádio chamado “Country Pira” e ele fez a gravação em seu estúdio particular, para o programa dele. Isso foi feito + – 1 ano antes de seu falecimento por A.V.C., semelhante ao meu…, hemorrágico!!! Que pena…, gostava muito dele. Ainda cheguei a ir em seu 50º níver. Ele faleceu alguns meses depois…, saudades do amigo!!!”

O acompanhamento feito pelo Risonho, dos Incríveis, em Coisinha Estúpida, foi um show à parte!

As fotos a seguir são do arquivo de George Freedman, e embora a qualidade delas não esteja boa, pois foram feitas através do Skype, são um registro do evento!

Sinval e Aladim 2

Show no condominio Wenbley Tennin em Ubatuba - 24-01-1998

Show no condominio Wenbley Tennin em Ubatuba - 24-01-1998 (1)

Show no condominio Wenbley Tennin em Ubatuba - 24-01-1998 (2)

Show no condominio Wenbley Tennin em Ubatuba - 24-01-1998 (3)

Show no condominio Wenbley Tennin em Ubatuba - 24-01-1998 (4)

Show no condominio Wenbley Tennin em Ubatuba - 24-01-1998 (5)

Show no condominio Wenbley Tennin em Ubatuba - 24-01-1998 (6)

Show no condominio Wenbley Tennin em Ubatuba - 24-01-1998 (7)

Show no condominio Wenbley Tennin em Ubatuba - 24-01-1998 (8)

Show no condominio Wenbley Tennin em Ubatuba - 24-01-1998 (9)

Show no condominio Wenbley Tennin em Ubatuba - 24-01-1998 (10)

Show no condominio Wenbley Tennin em Ubatuba - 24-01-1998 (11)

Show no condominio Wenbley Tennin em Ubatuba - 24-01-1998 (12)

Sinval e Aladim

De como o conjunto The Jordans se desfez depois do sucesso de “Tema de Lara”.

Em 1968 Aladdin, nome artístico de  Romeu Mantovani Sobrinho, montou uma banda e com esta nova formação pós Jordans, gravaram dois LPs, sendo um deles este, pertencente a Oscar Fornari, que enviou a foto:

Aladdin saiu dos Jordans e formou esse outro grupo, mais tarde os outros integrantes, Foguinho, Sinval, Tony e Irupê, o chamaram de volta.

Em 1966 o conjunto The Jordans fizeram muito sucesso com a música “Tema de Lara”, e o que sobressaía nesta música eram os metais, muito embora Aladdin tivesse tocado bandolim na gravação.

Em 1967, depois que voltaram da Europa, ocasião em que encontraram com os Beatles casualmente em Londres, Aladdin  decidiu-se por abandonar The Jordans. Foi então que os outros integrantes, Foguinho, Sinval, Tony e Irupê convidaram Marco Aurélio Rocha, apelidado de Porquinho, para ocupar o lugar de Aladdin, pois ele solava e também cantava legal.

Neste meio tempo, depois de sair do grupo, Aladdin formou um outro, que recebeu o nome de Aladdin Band e gravaram dois LP, um deles este da foto.

O tempo passou e em 1970 o novo guitarrista dos Jordans, Porquinho, saiu do grupo e Foguinho convidou José Aroldo Binda para ser o novo solista e cantor; ele tocava no grupo SOM BEAT junto com Norival, que é o baterista de Roberto Carlos até hoje.

José Aroldo ficou um ano com os Jordans e chegou a gravar um LP intitulado THE JORDANS, com 3 elementos de cada lado da capa num gramado. Depois ele foi para Os Incríveis e os Jordans chamaram o Porquinho de volta.

Foguinho (Waldemar Botelho Jr.) ficou no grupo até 06-01-1973, quando terminando um baile no GDR PIQUERI, ele pegou sua bateria, colocou no porta malas de seu Chevrolet Opala e saiu para ficar na história!

Em seu lugar entrou o baterista Chicão e em 1976 o grupo se desfez, chegando ao fim aquele que foi um dos principais e mais famosos grupos instrumentais dos anos 60 e da Jovem Guarda!

Terminava ali o conjunto The Jordans, o único grupo brasileiro a se encontrar com os Beatles enquanto estes ainda eram uma banda!

“Essa foi, no meu modesto entender, uma das melhores bandas brasileiras dos anos dourados. Lembro, com muita saudade, nossos tempos de Rua Augusta, em que eles se apresentavam, madrugada a dentro na boate Lancaster e, eu, me realizava cantando acompanhado pela banda e, o Foguinho me dava a “colher de chá” de substituí-lo na bateria. Que tempo gostoso!!! Até hoje, quando sou convidado para fazer uma apresentação ao vivo, tento encaixá-los para me acompanhar. Eles sempre me transmitiram segurança,, além de uma amizade que já dura, aproximadamente, uns 55 anos!!!” (George Freedman)

Tópicos relacionados:

1 – O Encontro dos Jordans com os Beatles

2 – The Jordans e o LP “Studio 17”

Depoimentos de Eduardo Reis, dos Jet Black`s, Raul de Barros, dos Tremendões, e Foguinho, dos Jordans, sobre os fatos:

Eduardo Reis

Eduardo Reis 16 de Julho de 2012 07:15
Esta foi a outra banda que o Aladin montou e chegou a gravar dois discos. O Foguinho estava fora desta formação.

Raul DE Barros

Raul DE Barros 16 de Julho de 2012 08:55
Edu, mandou bem mas vale completar, nessa banda não é só o Foguinho que tá fora. O Aladim mandou embora todos os elementos dos Jordans,Os Jordans por sua vez colocaram no lugar do Aladrim um tal de Porquinho, gordinho que tocava muito e tinha um pai com uma certa graninha e isso despertou um certo interesse nos elementos dos Jordans, eles ficaram iteressados no garoto ou seria interesseiros!!! O Aladim pegou um conjunto de nome The Donkeys que tocava na boite do sogro dele, Boite La Ronde, da rua Rego Freitas, SP. Nessa foto o Aladim é o primeiro e o último que está sentado é o Ligeirinho e o último que está em pé se chama Jota, todos com cara de bahianos mas tinha entrosamento. Oscar Pegada é novo e só conhece esses grupos pelos LPs que compra, não sabe nadinha da historia, não viveu em Rio/São Paulo, é de outras paradas. Os Jordans poderiam se considerar um conjunto dos mais antigos em atividade não fosse essa interrupção…

Vou escrever em minúsculas senão o RAUL me...

Waldemar Botelho Jr. 16 de Julho de 2012 17:55
Vou escrever em minúsculas senão o RAUL me chama de cegueta.O que aconteceu foi o seguinte:em 1966 fizemos o sucesso com o tema de lara e quem se sobresaía nesta música eram os metais apesar do ALADIM tocar um bandolim.Como seu ego não permitia dividir a fama com mais ninguém em 1967 ele resolveu abandonar os THE JORDANS e aí convidamos o MARCO AURÉLIO ROCHA,vulgo PORQUINHO pra ocupar o lugar dele que apesar de solar muito bem também cantava legal.Nisso depois de saír o ALADIM foi atras de um outro grupo para formar o ALADIM BAND e sei que gravaram 2 lp’s,depois disto não tomei mais conhecimento dele.Em 1970 o PORQUINHO saiu e convidei o JOSE AROLDO BINDA pra solista e cantor,ele ficou um ano conosco depois foi para OS INCRÍVEIS e chamamos o PORQUINHO de volta,eu fiquei no grupo até 06/01/1973 quando terminando um baile no GDR PIQUERI peguei a batera coloquei no porta malas do meu opala e me mandei,entrou um tal de CHICÃO no meu lugar e em 1976 todos pararam,acabando o grupo nesta data,tenho dito.

Lucinha Zanetti

Lucinha Zanetti 16 de Julho de 2012 18:13
Foguinho, mas por que você se mandou com a sua batera? Você fez como Ringo Starr em 1968? rsrs Não foram te buscar com flores? hehe

LUCY,eu tinha uma veraneio e quando tinha uns...

Waldemar Botelho Jr. 16 de Julho de 2012 18:31

LUCY, eu tinha uma veraneio e quando tinha uns dias de folga eu saía pelo interior pra vender bailes nos clubes e assim o grupo tinha bailes todas as semanas inclusive Reveillon vendido com um ano de antecedência, e para isso acontecer eu cobrava 10% de comissão, pois eu gastava com combustível, hoteis e refeições. Pois bem, em 1972 o grupo fez uma reunião e me comunicou que não iriam mais me pagar nada pelos bailes que eu arrumasse; eu aceitei e disse: muito bem, então vou cuidar dos meus interesses e vocês se virem pra arrumar os bailes. Na época eu já tinha 2 lojas de óculos (atacadista) uma no Braz e outra na 25 de março e os bailes começaram a minguar até que quase não tinha mais nada e no dia 06/01/1973 foi o ultimo baile que eu tinha arrumado, e quando terminou eu peguei meu instrumento e me mandei.

Curiosidades contadas pelo Foguinho:

LÁ NO COMEÇO DOS ANOS 60,OS MAIORES NOMES...

Waldemar Botelho Jr. 11 de Agosto de 2012 21:46

LÁ NO COMEÇO DOS ANOS 60,OS MAIORES NOMES ARTÍSTICOS DO BRASIL ERAM WILSON MIRANDA E CARLOS GONZAGA, E GRUPOS MUSICAIS INSTRUMENTAIS QUASE NÃO EXISTIAM.CONHECEMOS O GONZAGA NOS SHOWS RONDA DOS BAIRROS DA RÁDIO RECORD E ELE NOS CONVIDOU PARA ACOMPANHA-LO NOS SEUS SHOWS,E ASSIM INICIAMOS UMA AMIZADE MUITO BOA COM ELE.DEPOIS DE UM TEMPO APARECEU O MIRANDA E ME PERGUNTOU COM SEU JEITO DE FALAR MUITO RÁPIDO “FOGUINHO,QUANTO É QUE AQUELE CARA ESTA TE PAGANDO?”EU RESPONDI E ELE DISSE “VOU PAGAR 50% A MAIS PRA VOCÊS ME ACOMPANHAREM A PARTIR DE HOJE”.FICAMOS SEM AÇÃO PRA NÃO OFENDER O GONZAGA. ENTÃO COMO TINHAMOS FEITO UNS NÚMEROS DE ABERTURA NOS SHOWS DO GONZAGA E VIMOS QUE AGRADAVA BEM O PÚBLICO,RESOLVEMOS DEIXAR OS DOIS DE LADO E PARTIR PRA FAZER OS SHOWS SOZINHOS E DEU CERTO.ESSES SHOWS ERAM EM CIRCOS E PAVILHÕES EXISTENTES NA ÉPOCA.O WILSON ACABOU GRAVANDO UMA MÚSICA DO ALADIM CHAMADA “SUZANA”,BONS TEMPOS.

Waldemar Botelho Jr. disse em 12 de agosto de 2012

CHEGUEI NO AEROPORTO DE MILÃO SÓ COM OS PRATOS QUE COMPREI EM LONDRES,PEGUEI UM TAXI E CORRI PARA O CENTRO,PRAÇA DUOMO,PAREI EM FRENTE A CATEDRAL E ENTREI NA GALERIA AONDE TINHA A CASA RICORDI,JA ESTAVA FECHADA MAS TINHA UNS FUNCIONÁRIOS DENTRO,BATI NA PORTA E UMA SENHORA ME ATENDEU,EXPLIQUEI QUE QUERIA COMPRAR UMA BATERIA URGENTE AÍ ELA ME MANDOU ENTRAR E ME MOSTROU UMAS QUE ESTAVAM NO TÉRREO,NÃO GOSTEI,DEPOIS TINHA OUTRAS NO SUBSOLO,NÃO GOSTEI,ENTÃO PERGUNTEI SE NÃO TINHA UMA PROFISSIONAL,ELA FALOU,TENHO UMA NA SOBRE LOJA MAS É CARA,DISSE A ELA VAMOS VER E AO SUBIR AS ESCADAS VI ESTA BELEZA AÍ DA FOTO MONTADA NUM STANDER E DISSE VOU LEVAR ESTA, ACHO QUE ELA PENSAVA QUE EU NÃO TINHA GRANA PORQUE ME DISSE QUE ERA CARA,QUANTO PERGUNTEI,MIL DÓLARES,TEM UMAS CAPAS?SIM AQUI,DESMONTEI A BATERA ENFIEI NAS CAPAS,PAGUEI,COLOQUEI-A NO TAXI QUE FICOU ME ESPERANDO E FUI PARA UMA CASA NOTURNA QUE A NOITE IRIAMOS TOCAR PRA MONTA-LA E AFINA-LA E JA ESTREEI A LUDWIG

“Quando saí do grupo em 06/01/1973, estava tão bronqueado que liguei pro meu primo em SERTÃOZINHO e perguntei se ele queria comprar a bateria completa com pratos cimbal e cases,no dia seguinte ele veio buscar em minha casa.” (Foguinho)

TIGUEIS, SIVAL, BILLY E ALADIM NA FOTO A SEGUIR – THE JORDANS FORMAÇÃO DO INÍCIO,1958 ATÉ 1961 QUANDO EU ENTREI NO LUGAR DESTE BATERISTA “TIGUEIS”,COMPREI ESTA BATERIA CARAMURU DELE POR CR$7.000,00 CRUZEIROS…

TIGUEIS , SIVAL, BILLY E ALADIM

Registrando aqui outros fatos históricos ocorridos com a Banda The Jordans

Waldemar Botelho Jr Foguinho: “EM 61/62 NOS ACOMPANHÁVAMOS O CARLOS GONZAGA EM SHOWS EM CIRCOS E PAVILHÕES QUE EXISTIAM NA ÉPOCA PELA PERIFERIA E ATÉ EM SANTOS.NUM DESTES SHOWS O GONZAGA ESTAVA MEIO ROUCO E NOS DISSE PRA TOCARMOS UMAS MÚSICAS PARA ABRIR O ESPETÁCULO.MANDAMOS MÚSICAS INSTRUMENTAIS COMO ROCK,TWIST O QUE ACABOU AGRADANDO MUITO A PLATÉIA,COMO A BATERA FICA SEMPRE ATRÁS NO PALCO DAVA PRA EU VER A CARA DO GONZAGA PREOCUPADO COM O NOSSO SUCESSO,AÍ ELE ENTROU E CANTOU PÓREM NÓS FOMOS MAIS APLAUDIDOS QUE ELE.NO PRÓXIMO FIM DE SEMANA PEDIMOS PARA TOCAR NOVAMENTE E ELE RECUSOU,AÍ EU VOLTEI NOS CIRCOS QUE JA TINHAMOS TOCADOS E MARQUEI SHOWS COM OS THE JORDANS E ASSIM COMEÇAMOS A DESLANCHAR NA CARREIRA.”

Uma Curiosidade contada por Marquinho, um dos músicos que integravam The Jordans:

Marco Aurélio Carvalho Rocha
Marco Aurélio Carvalho Rocha 25 de fevereiro de 2015 21:48
Eu fiz a minha estréia no programa Jovem Guarda, exatamente no dia em que o Roberto retornou, consagrado como o Campeão do Festival de São Remo, foi a primeira vez que eu falei com o Rei , pessoalmente, apresentado pelos músicos dos Jordans que já gozavam de muita intimidade com o Roberto.
Na oportunidade, eu, como o novo guitarra solo dos Jordans, executei o solo de Aranjuez, tocando viola e guitarra.
Foi um momento marcante da minha vida, onde pude constatar, in loco, o grande magnetismo do Rei
Foi um privilégio. Isso foi em 1968, não me lembro o mês, o Roberto não liderava mais o programa.
Marquinho.

Ouçam o Marquinho e sua Fender => https://www.facebook.com/video.php?v=450303861789131

The Jordans e o LP “Studio 17”, de 1966.

Em janeiro de 1966 era lançado pela Copacabana o LP “Studio 17”, dos Jordans, e segundo relato de Waldemar Botelho Jr., o baterista Foguinho, este disco, a princípio, teve que ser retirado das lojas! Saibam por que, segundo depoimento do próprio artista.

“Gravamos o lp com 11 faixas porque uma música não foi autorizada e o lp saiu com 11 faixas e foi distribuído assim para as lojas. Fomos convidados pra tocar no show do dia 7 da Record aonde tocamos o tema de Lara que foi um sucesso imediato, diante deste fato a gravadora nos mandou ao estúdio gravar o Tema de Lara, foi tudo muito rápido, sábado nós nos apresentamos na Record e no domingo já estávamos gravando o Tema então a gravadora recolheu os Lps com 11 faixas; eu tenho um Studio 17 com 11 músicas e outro com 12 faixas com os dizeres: CONTÉM O TEMA DE LARA.”

Na capa do LP está escrito em azul, “contém Tema de Lara”, isso por que aconteceu de os Jordans gravarem as 12 canções para o álbum, porém uma delas não teve autorização de edição, tendo o disco sido lançado com apenas 11 faixas.

Nessa época o conjunto se apresentou no programa “Show do dia 7”, um programa mensal que havia na TV Record Canal 7, e no show eles tocaram um arranjo de “Tema de Lara”, do filme Dr. Zhivago. O sucesso foi tanto que eles tiveram que fazer um bis, a pedido da platéia.

O programa foi exibido em um sábado e no domingo os Jordans foram para o estúdio da Copacabana gravar “Tema de Lara”, a pedido do diretor da gravadora, Sr. Emílio Vitale.

Assim, todos os discos foram recolhidos das lojas e substituídos pelo que continha agora 12 faixas, incluindo o “Tema de Lara”.

Mas como disse o Foguinho, alguns exemplares escaparam e estão nas mãos de colecionadores, como este adquirido pelo amigo Oscar Fornari:

Fotos do LP “Studio 17” e autógrafos dos integrantes do conjunto The Jordans:

  • Aladdin (Romeu Mantovani Sobrinho)
  • Sinval (Olimpio Sinval Drago)
  • Tony (José de Andrade)
  • Irupê (Irupê Teixeira Rodrigues)
  • Neno (Demerval Teixeira Rodrigues)
  • Foguinho (Waldemar Botelho Junior

Depoimento do Foguinho:

Waldemar Botelho Jr. publicou no seu Mural.
“LUCY bom dia,você ficou surpresa que eu cantava nos lp’s,nesse que você tem aí autografado por todos,quem canta “SUZIE Q”sou eu,em todos os lp’s que eu gravei (12)tenho doze músicas cantadas.Nos bailes que tocávamos eu cantava 23 músicas,o MARQUINHO,25 músicas e 17 eram instrumentais.”

Nota: Quem grita “Lara” duas vezes durante a performance da canção é Aladim, conforme informação do Foguinho:

Waldemar Botelho Jr.

  • OIi LUCY TUDO BEM?QUEM GRITA “LARA”NA GRAVAÇÃO É O ALADIM.

Também eram os Jordans quem muitas vezes acompanhavam Erasmo Carlos em suas gravações, a exemplo de “Caramelo” e “O Pica-pau”, nesta última uma curiosidade: é Foguinho quem aparece contando o tempo da introdução, conforme ele mesmo contou aqui.

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Fatos e Fotos entre The Beatles e The Jordans

Recebi em 03 de maio de 2012, o seguinte depoimento de Waldemar Botelho Jr., o Foguinho, baterista do conjunto The Jordans nos anos 60:

Waldemar Botelho Jr. publicou no seu Mural

“Em 1963 inauguramos a boite sallon na rua augusta,essa casa ficava no subsolo de uma galeria e por isto era bem grande e para entrar existia uma escada tipo caracol.Estávamos tocando uma noite quando entrou um amigo meu e do meio da escada gritou o meu nome.Pensei, esse cara tá louco,e êle veio correndo pelo meio do salão com um lp nas mãos.Quando terminou a música que estávamos tocando êle estendeu o braço e me entregou o lp,abri e perguntei de quem é,resposta,é de um grupo que está estourando em LONDRES pois êle tinha retornado aquêle dia de lá.Era o primeiro lp dos BEATLES aquêle com meio rosto fundo prêto.Cheguei em casa de manha e toquei na vitrola,achei muito legal e na hora do almoço fui na rádio bandeirantes(r.paula souza) e mostrei pro ENZO DE ALMEIDA PASSOS que logo programou pra tocar no “telefone pedindo bis”a música “i want to hold your hand”e êle anunciou como exclusividade do programa,resultado ganhou em primeiro lugar,tenho este lp até hoje guardado.Outra coisa estávamos tocando em MONTEVIDÉO (UR) em 1964,ficamos por lá uns 3 mêses quando lá assistimos o primeiro filme dêles,acho que aqui só passou no ano seguinte 1965 se não me falha a memória.São detalhes que a gente não esqueçe.”