A Importância de Antonio Aguillar na Carreira de Roberto Carlos.

Em 1959, Abelardo “Chacrinha” Barbosa apresentava um programa de música da velha guarda, de segunda a sexta-feira, às 18h pela Rádio Nacional de São Paulo, localizada na Rua Sebastião Pereira, 218.

Em 1959, Antonio Aguillar apresentava um programa de música jovem chamado “Ritmos para a Juventude”, de segunda a sexta-feira, às 17h, pela Rádio Nacional de São Paulo, localizada na Rua Sebastião Pereira, 218.

Os dois radialistas eram muito amigos e sempre estavam juntos, trocando ideias sobre música e sobre os cantores.
Antonio Aguillar foi inúmeras vezes ao Rio de Janeiro para participar dos programas de rádio e televisão do Chacrinha, onde o disc-jóquei da juventude levava sempre os artistas que lançava em disco em São Paulo.

Chacrinha sempre falava a Antonio Aguillar sobre Roberto Carlos, um cantor que cantava samba canção e bossa-nova com a voz pausada e baixa, bem ao estilo de João Gilberto; ele se apresentava na boate Plaza em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Em 1959 Roberto Carlos lançou o seu primeiro disco em 78rpm pela Polydor, com as músicas JOÃO E MARIA / FORA DO TOM, de autoria de Carlos Imperial e Roberto Carlos.

Em 1960 Antonio Aguillar foi ao Lord Palace Hotel , na Rua das Palmeiras, onde o Chacrinha se hospedava semanalmente para fazer os seus programas de rádio e televisão em São Paulo e no hall do hotel o velho guerreiro chamou um garoto tímido com um ar tristonho e o apresentou ao disc-jockei Antonio Aguillar, com a seguinte frase:

“Este é o cantor Roberto Carlos, que mora no Rio e vem morar em São Paulo. Ele gravou MALENA em um 78rpm e eu gostaria, Aguillar, que você divulgasse esse moço, que tem muito valor e futuramente será um grande sucesso. Ajude-o por mim em seus programas, que você não vai se arrepender”.

Antonio Aguillar, que fazia os seus programas de rádio e televisão com muita audiência em todo o Brasil, prometeu ao Chacrinha, que era seu amigo, fazer aquilo que podia para dar uma força na carreira do rapaz que acabara de ser apresentado.

Como Roberto Carlos ficou hospedado naquele hotel, Aguillar foi no dia seguinte conversar com ele para combinar como seriam feitas suas apresentações na televisão e também a divulgação do seu disco no rádio.

A música “Malena” não inspirava muito ao Aguillar, mas Roberto Carlos prometia gravar outras músicas voltadas mais para os jovens da época.

Roberto apresentou ao Aguillar a sua divulgadora em São Paulo, de nome Edy Silva, conhecida no meio por trabalhar nas emissoras coligadas, que tinham uma programação distribuída para as principais emissoras do País.

Através dela, Aguillar conheceu pessoalmente Othon Russo, que era o diretor de divulgação da CBS e que prometera fazer um trabalho intenso para projetar da melhor forma possível o cantor de Cachoeiro do Itapemirim.

Roberto Carlos entrou no esquema de Aguillar e sempre esteve nas programações musicais da rádio Nacional de São Paulo e semanalmente no Festival da Juventude da TV Excelsior Canal 9. Muitos cantores de sucesso eram apresentados nas programações de Aguillar, como Nilton Cesar, Agnaldo Rayol, Carlos Ganzaga, The Jordans, Ronnie Cord, Demetrius, Baby Santiago, Hamilton Di Giorgio, Tony Campello, Celly Campello, Gessi Soares de Lima, Maria Odete, The Jet Blacks, Leila Silva, Marta Mendonça, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Oslaim Galvão, Prini Lorez, The Clevers, Renê Dantas, Sergio Reis, George Freedman, Meire Pavão, Albert Pavão, Renato Guimarães, Sergio Murilo, Bobby de Carlo, Marcos Roberto, Dori Edson, Nilton Cesar, Carlos Ely, Sergio Reis, etc.

Claro que o sucesso chegou para Roberto com um Rock, a música Splish Splash, que ele gravou seguindo os conselhos de Carlos Imperial e Antonio Aguillar.

Neste vídeo a seguir, podemos ouvir algumas mensagens feitas por Roberto Carlos especialmente para Antonio Aguillar, que foram levadas ao ar em programas de Rádio comandados por Antonio Aguillar, mas nunca divulgadas antes de 2012 em outro veículo de comunicação.

As gravações me foram gentilmente enviadas pelo próprio Antonio Aguillar em 08 de dezembro de 2012 e eu coloquei no Youtube:

Roberto Carlos também enviava convites para Antonio Aguillar e sua família sempre que fazia shows em São Paulo, como aconteceu no dia 20 de setembro de 2018, quando conversaram e Roberto Carlos enviou mensagem para o programa de Aguillar na época, que era o JOVENS TARDES DE DOMINGO, levado ao ar pela Rádio Capital no dia 30 de setembro de 2018:

Em 1968, Roberto Carlos queria cantar na Igreja, e nesta época ele estava compondo músicas sacras e a primeira delas havia sido a hoje tão famosa “Jesus Cristo”.

Na época o Cardeal Arcebispo de São Paulo era Agnello Rossi e Roberto Carlos havia pedido para Antonio Aguillar que interferisse por ele junto ao cardeal, pois estava querendo se casar com Cleonice Rossi, uma mulher desquitada, mais velha que ele, com uma filha pequena, e se conquistasse o clero, talvez pudesse se casar na igreja.

Antonio Aguillar foi entrevistar Don Agnelo Rossi, levando o pedido de Roberto, o qual foi negado, ouçam:

Roberto Carlos queria cantar na Igreja.

A reportagem com fotos sobre o pedido de Roberto Carlos a Don Agnelo Rossi, intermediado por Antonio Aguillar:

Morre em São Paulo o Comunicador Antonio Aguillar, aos 94 anos!

Neste domingo que passou, 11 de fevereiro de 2024, internado desde a sexta-feira, 09 de fevereiro, por problemas respiratórios e cardíacos, Antonio Aguillar veio a falecer aos 94 anos de idade.

Como me informou sua esposa Célia Aguillar, na semana anterior Aguillar havia sido diagnosticado com pneumonia, tratou porém não houve resultado, e sentindo muita falta de ar, ele foi internado e não resistiu…

Antonio Aguillar ainda trabalhava em Rádio, tinha um programa aos sábados e domingos pela Rádio Calhambeque e estava lúcido e ativo, sempre pronto a dar entrevistas e falar sobre os muitos artistas que ajudou ao longo de sua existência…

Foi no final dos anos 50, quando inaugurava-se a Rádio Eldorado AM na sede do Estadão, Rua Major Quedinho, 28 em São Paulo, que o ainda fotógrafo Antonio Aguillar foi escalado para fotografar esse grande evento. Desde então apaixonou-se pelo rádio, do qual era fã em sua cidade natal, e no decorrer do tempo, fez na rádio Eldorado um teste de locutor e foi considerado fora dos padrões da emissora, mas não desistiu da ideia.  Aguillar ficou sabendo que seu colega Hélio Damante, colunista religioso do Estadão, havia recusado um convite do clero para dirigir o departamento de jornalismo da Radio 9 de Julho, localizada na Rua Wenceslau Braz, 79. Hélio deu a Aguillar uma carta de apresentação ao Cônego Olavo Braga Scardigno, Diretor Artístico da emissora pertencente ao clero, onde iniciou redigindo boletins informativos para o Jornalista Joelmir Betting ler no ar de hora em hora.

Alguns meses depois foi indicado para comandar o programa Calouros 9 de Julho, onde se tornou conhecido popularmente.

Paulo Rogério, radialista da organização Victor Costa (1960), contratou Aguillar para locução comercial na Radio Excelsior.

Naquele tempo as emissoras de rádio tinham auditórios para programas ao vivo, com a presença de público.

Pedro Geraldo Costa comandava ao lado da Professora Zita Martins o programa infantil “Clube dos Garotos” e quando se aposentou, Antonio Aguillar foi convidado para assumir o comando desse programa de auditório, com inovações que deram certo.

Com o falecimento do comunicador Jayme Moreira Filho, comandante do programa de calouros intitulado “Aí Vem o Pato”, com produção de Luciano Calegari, Antonio Aguillar assumiu o tradicional programa, criando diplomas para os melhores calouros e nessa inovação ganhou prestígio do Diretor Artístico Francisco Abreu. Mais uma oportunidade após a saída de Moreira Jr., que comandava o programa diário “Ritmos para a Juventude”. Era uma programação de rock n’ roll e tinha muita audiência, principalmente entre os jovens da época.

Ao assumir o comando do programa Aguillar divulgava os discos de Carlos Gonzaga, Tony Campello, Celly Campello, The Jordans, Elvis Presley, Chuck Berry, Paul Anka, Neil Sedaka, Brenda Lee, etc.  A presença dos jovens durante o programa era enorme e dai surgiu a ideia de se fazer ao vivo aos sábados, no auditório localizado na Rua Sebastião Pereira, 219, onde hoje se localiza o Minhocão (Viaduto Jango Goulart).

Os finais de semana se tornaram uma loucura durante a apresentação do programa Ritmos para a Juventude, ao vivo das 15h às 17h, mas agora faltava criar grupos musicais que tocassem rock. 

Naquela época tinha o Atílio e seu Regional, mas não tocava rock. Ai então Antonio Aguillar convidou Joe Primo, nome artístico Joe Primo, que chamou Bobby De Carlo e assim criaram um grupo musical especializado. Nasceu ali o conjunto The Vampires, que acompanhava os artistas que iam cantar ao vivo.

Era uma euforia e tinha audiência total. Às vezes necessitava ter a interferência do Juizado de Menores, devido às reclamações dos pais preocupados com suas filhas. O guitarrista José Provetti, nome artístico Gato, entrou para a banda quando o nome já havia sido mudado para The Jet Blacks. Gravaram e foram contratados pela Boate Lancaster, localizada na Rua Augusta em São Paulo.

Aguillar então se viu obrigado a criar um novo grupo porque essa banda viajava muito para shows e não podia tocar na programação da emissora.

Mingo e Neno tocavam nos Jordans, deixaram a banda e procuraram o Aguillar na Rádio Nacional de SPaulo, hoje Globo, e pediram uma oportunidade ao disck jockey Antonio Aguillar que fosse criada uma nova banda.

Aguillar combinou com os rapazes, que para não perder o grupo, criaria The Clevers com a sua patente. Aceita a proposta, Neno apresentou Luiz Franco Thomaz, da cidade de Itariri, e como ele tinha ganhado uma bateria nova do avô, Aguillar lhe deu o nome artístico de NETINHO.

Waldemar Mozena era guitarrista de uma orquestra do interior e foi apresentado para integrar a nova banda. Como ele sorria por qualquer coisa, Aguillar deu-lhe o nome artístico de RISONHO.

A nova banda formada pelo Aguillar tinha como integrantes Risonho – guitarra, Mingo – guitarra base e vocalista, Neno – contrabaixo, Netinho – bateria e Manito – Saxofonista. Essa banda gravou na Continental a música El Relicario e foi o maior sucesso em todo o Brasil.

Quando Aguillar deixou a TV Excelsior, programa Festival da Juventude, para ingressar na TV Record – Teatro Record em 1964, os Clevers acompanharam a cantora Rita Pavone, que esteve no programa Reino da Juventude para receber uma guitarra especial de presente. Ela cantou com o acompanhamento dos Clevers e se encantou com o grupo. Num entendimento com o Aguillar, ela aceitou fazer uma jogada de marketing, que seria informar na imprensa que ela era a namorada do Netinho.  Foi assim que The Clevers acabou indo numa turnê para a Itália para acompanhar a italianinha e acabaram se entusiasmando muito por lá. Pela imaturidade dos garotos, eles acabaram rompendo relações comerciais com Aguillar, que acabou criando The Flyers, um novo grupo musical composto por grandes profissionais.

Na época, o Chacrinha (Abelardo Barbosa), que era velho amigo de Aguillar, pediu que ele desse uma oportunidade ao desconhecido Roberto Carlos, que tinha sido lançado pelo Carlos Imperial no Rio de Janeiro cantando Bossa Nova. Aguillar recebeu Roberto Carlos em São Paulo e ajudou muito divulgando o artista em seus programas de radio e televisão, além do noticiário nas revistas especializadas.

Aguillar deixou a Record e Roberto foi convidado para criar o programa JOVEM GUARDA, e todos os músicos e cantores que passaram pelos programas do Aguillar, fizeram o programa de Roberto Carlos, que ao lado do Erasmo Carlos e Wanderléa, comandaram esse grande movimento musical que perdura até hoje.

Antonio Aguillar aposentou-se em 1981 e se mudou com a família (esposa Celia, filhas Débora e Gabriela), para São José do Rio Preto, onde passou por varias emissoras de rádio da cidade.

Em São José do Rio Preto nasceu seu filho Douglas Aguillar e depois de 12 anos mudou-se para Santos, fazendo programas de rádio em várias emissoras.

Trabalhou na Rádio Independência AM, Rádio Onda Nova FM e Radio Centro América a qual ajudou fundar e nela fazia os programas sertanejos pela manhã e aos domingos, Reino da Garotada ao vivo, direto de uma churrascaria, onde reunia mais de 500 crianças que desfrutavam no pátio ao vivo das atrações com palhaços, artistas e prêmios.

Em 1995 Aguillar e sua família resolveram mudar para Santos.

Aguillar, trabalhou na Rádio Tribuna AM, Radio Club quando era propriedade do Pelé e chegou a produzir um programa na Rádio Cultura AM, para o famoso Lombardi do SBT.

Em 2005 resolveu retornar a São Paulo, residindo na Rua Carlos Sampaio, antigo endereço e no mesmo apartamento 41.

Trabalhou durante15 anos na Rádio Capital AM. Com a pandemia do Corona Vírus em 2020, teve que se ausentar da Radio Capital e atualmente está na Rádio Calhambeque, uma emissora da internet, no horário de 12h às 14h, com o programa Jovens Tardes de Domingo, com reprise aos sábados das 12h às 14h.  Para sintonizar a Rádio Calhambeque: www.radiocalhambeque.com  .

Quando estava com 92 anos de idade, Aguillar ficou limitado ao seu trabalho radiofônico, mas continua fazendo suas edições para Johnny Lopes, responsável pela rádio Calhambeque. Com um glaucoma infernal, enxerga apenas com 80% da vista esquerda. A vista do lado direito apagou, embora continue com o tratamento de colírios indicados pelos médicos (Maleato Timolol 0,5% e Tartarato de Brimonidina 0,2%); Aguillar teve um câncer de próstata e há mais de 15 anos passou por uma cirurgia radical, para não deixar a doença progredir. Fez também há mais de 10 anos uma cirurgia do fêmur na perna esquerda, com a colocação de um titânio.  Aguillar usa aparelhos auditivos, e continua trabalhando em sua casa nas edições de seus programas históricos (Ritmos para a Juventude – Radio Nacional de São Paulo – hoje Globo, Ritmos para a Juventude na TV Paulista Canal 5 (hoje Globo) em 1961 – Rádio Record , Rádio Tupi, Rádio Gazeta de S.Paulo, TV Excelsior Canal 9 Festival da Juventude – 1963 – TV Record, Teatro Record Rua da Consolação, Reino da Juventude – 1964, onde apresentava no auditório os grandes astros, entre os quais, The Clevers, The Jordans, The Flyers, The Jet Black`s,  Dick Danello, Sergio Reis, Rita Pavone, Os Vips,  Deny e Dino, Waldireni, Nilton Cesar, Marcos Roberto,  Antonio Marcos,  Dori Edson, Os Caçulas, Prini Lorez, Jean Carlo,  Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléa, Ary Sanches, Jerry Adriani, Leno e Lilian, The Golden Boys, etc… etc… etc .

Como havia recebido um convite do Hélio Ribeiro, criador da Radio Capital, para ingressar na nova emissora de S.Paulo e não pode aceitar porque estava de mudança para outra cidade, agora foi procurar o novo diretor dessa emissora de radio e falou com Francisco Paes de Barros. Iniciou nesta Rádio em 2005 com o programa Jovens Tardes de Domingo e permaneceu no ar uma vez por semana, durante 15 anos. Só deixou a emissora em virtude da pandemia, pois não era permitido em sua idade avançada, continuar realizando seu programa musical, que era ao vivo.

Daí para a frente passou a editar seu programa de casa, através do computador, e esta no ar pela Rádio Calhambeque (Google) aos domingos das 12h às 14h, com reprise aos sábados no mesmo horário.

Esta foi a trajetória de vida do radialista, jornalista e fotógrafo Antonio Aguillar, conhecido nos anos 60 como “O Timoneiro da Juventude Feliz e Sadia”!

*18/10/1929 / +11/02/2024

Mensagem do neto de Carlos Gonzaga sobre sua morte na Itália.

Jonatas Guarino, neto e coordenador da assessoria do cantor Carlos Gonzaga, em entrevista ao jornalista e radialista Antônio Aguillar informou que o seu avô foi enterrado no cemitério da cidade de Velletti, na região metropolitana de Roma, na Itália. Carlos Gonzaga foi um dos pioneiros afrodescendentes que fez muito sucesso nos anos de 1960 com as músicas “Diana” e “Bat Masterson”. Ele faleceu no último dia 25 de agosto num hospital na Itália.

Segundo o neto, o corpo do avô não foi transladado para o Brasil porque ele já vinha morando nos últimos anos naquele país, junto com uma de suas filhas. “Além disso os valores para um translado são muito altos e nossa família, a exemplo do meu avô, não tinha condições para esse custo exacerbado”, justificou. “Nós não somos de uma família rica. São todos trabalhadores e lutam com a vida. Meu próprio avô, o Carlos Gonzaga, não era de uma geração onde o artista ficava rico. Ele viveu bem, com o todo o conforto necessário, mas nunca foi uma pessoa rica como são muitos artistas de agora”.

Carlos Gonzaga nasceu em Paraisópolis, sul de Minas Gerais, e migrou para São Paulo em 1940. Trabalhou como carregador de malas e numa indústria que fabricava cadeiras para salões de barbeiro. Começou a frequentar os programas de auditório das rádios paulistanas e seu timbre de voz acentuado chamou a atenção da gravadora RCA Victor, que em 1958 o convidou para gravar a música “Diana”, que estourou nas paradas de sucesso.

Prestes a completar 100 anos em fevereiro do ano que vem, Carlos Gonzaga realizava shows, viajando para se apresentar por várias cidades em várias partes do Brasil até pouco antes da pandemia do coronavírus. Segundo seu neto, sua última apresentação em público em solo brasileiro foi na Virada Paulista, dois ou três anos antes da pandemia.

No Brasil, morou os últimos anos na cidade de Santo André, onde frequentava, no Parque Novo Mundo, o Salão do Reino das Testemunhas de Jeová, incentivado por uma de suas filhas. O neto Jonatas informou que a violência no ABC paulista e região metropolitana de São Paulo fez sua mãe levar Carlos Gonzaga para morar junto com outra filha na Itália. “Tenho uma tia, casada com um italiano, que já morava faz muitos anos na Itália”.

Segundo Jonatas, sua mãe tinha sido assaltada três vezes e o próprio Carlos Gonzaga passou pela experiência de ter sido assaltado a mão armada na região do ABC paulista. Durante a entrevista para Antônio Aguillar, Jonatas elogiou o sistema de saúde existente na Itália. “Nós só temos que agradecer a todos os médicos e o pessoal do hospital que, sem conhecer a importância de Carlos Gonzaga no Brasil, o trataram desde os primeiros momentos que ele precisou da melhor forma possível.

“Infelizmente não existe tratamento em nenhum lugar do mundo para que possa comprar a vida de qualquer ser humano”, afirmou, acrescentando que seu avô faleceu de causa natural em razão da idade. “A saúde na Europa funciona e muito bem. A gente espera que todos, no mundo inteiro, tenham também acesso aos melhores tratamentos quando precisar.

“Não quero aqui fazer discurso político, mas a gente torce muito para que a situação do Brasil mude”, frisou. “Lutemos, todos nós, por uma mudança na sociedade brasileira. Não é possível vivermos com tamanha diferença social. Quando você vem para um país europeu a gente vê que isso é possível, não existem tantas diferenças de classes. Enquanto as pessoas ficarem aí no Brasil brigando por esquerda e direita as coisas não acontecem”.

Jonatas Guarino não descarta que o corpo do cantor Carlos Gonzaga possa ser transladado no futuro para o Brasil. “Mas isso aí não sabemos ainda”, afirmou pedindo para as pessoas acessarem a página oficial de Carlos Gonzaga no Facebook clicando aqui neste link.

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https://www.facebook.com/CarlosGonzagaOficial/

Da esquerda pra direita estão Paulo Isidoro, Tico, Fafá, Lumumba (Pike Riverte) e Gonzaga.

Ouçam a entrevista de Jonatas Guarino para o jornalista Antônio Aguillar no Youtube:

Mingo, guitarrista dos Incríveis, entrevistando Sylvinha Araújo.

Sílvia Maria Vieira Peixoto Araújo, mais conhecida como Sylvinha Araújo, foi uma cantora e compositora que nasceu em 16 de setembro de 1951 em Mariana-MG e faleceu em 25 de junho de 2008 em São Paulo.

No vídeo a seguir há uma entrevista que o Radialista Antonio Aguillar levou ao ar quando recebeu em seu programa de Rádio os artistas Sylvinha (e seu marido, que vocês sabem o nome mas eu nem vou mencionar… rsrs).

Durante o programa Aguillar mostrou a entrevista que eles haviam feito para o Mingo em seu programa “Country Pira” quando eles tinham 10 anos de casados.
Domingos Orlando, conhecido como Mingo, fez parte da banda Os Incríveis e tinha um programa de rádio chamado “Country Pira”, onde realizava entrevistas com artistas e nesta ele recebeu Silvinha com seu marido.
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Mingo e Netinho


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Mingo nasceu em 01/01/43 e faleceu em 14/06/95, vítima de um AVC fulminante, aos 52 anos. Foi compositor e também produtor, tendo comandado uma Produtora e Gravadora (Estúdio todo computadorizado e super moderno) juntamente com Risonho, também dos Incríveis, cujo nome era Promovideo.
Depois comprou a parte do Risonho e formou a New Voice Produções.
Estudou piano, Acordeom, guitarra e o idioma Inglês, quase se tornando professor na matéria. No início dos anos 60, fez parte do conjunto The Jordans como guitarrista e vocalista.
Era fã de Burt Lancaster e Gina Lollobrigida, foi Palmeirense de coração e seu prato predileto era uma boa macarronada.
Quando saiu dos Jordans, foi para o conjunto The Clevers onde fez sucesso logo no princípio com a música “El Relicário”, gravação em 78 RPM, e depois no LP “Encontro com The Clevers” e “Twist”.
Como integrante dos Clevers e depois d`Os Incríveis, emplacaram um sucesso atrás do outro, com viagens internacionais, filmes exibidos no cinema, vários Bailes Shows, acompanharam diversos artistas também.
Mingo tinha uma voz única e foi um dos melhores vocalistas do Brasil em todos os tempos. Colocou sua voz em vários sucessos dos Incríveis, como “Era um Garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones”, “O Giramundo”, “Sta Lucia”, “Sayonara”, “Kokorono Niji”, “In Ginochio da te”, “Lafilarmonica”, “Embora”, “Sem Destino”, “Israel”, “Marcas do que se Foi”, “Gabriela”, “Você vai ser Mamãe”, “Tan Tan”, “Isso é a Felicidade”, entre outros sucessos e músicas dos Incríveis.
Na década de 90 tinha projetos para a volta da Jovem Guarda, onde possivelmente ele mesmo iria apresentar o Programa semanalmente, mas infelizmente ele veio a falecer.
Mingo conseguia fazer uma base na guitarra como poucos!
A guitarra solo no grupo ficava a cargo de Risonho.

Informações e fotos por Sérgio Rocha.

Antonio Aguillar – Biografia Completa

Antonio Aguillar, brasileiro, casado, jornalista, radialista, residente na Rua Major Freire, 98 apto. 33 no Bairro Vila Monte Alegre – CEP 04304-110 São Paulo, nasceu dia 18 de outubro de 1929 em São José do Rio Preto, SP.
Filho de José Aguillar e Maria Dolores Finhana, de origem espanhola.
Na adolescência, em sua cidade natal, trabalhou em um tradicional estúdio fotográfico DEMONTE, onde aprendeu a arte de revelar filmes e fotografar (isso em 1940), colecionando imagens de pessoas e da cidade de São José do Rio Preto. Chegou a doar mais de 50 imagens da cidade para o acervo da Secretaria da Cultura do Município de São José do Rio Preto.
Ao completar 18 anos em 1948, com o consentimento de seus pais, mudou-se para São Paulo, conduzindo uma pequena câmara tipo fole e passou a fotografar pessoas, familiares, vários locais históricos da cidade de São Paulo, até se tornar jornalista e trabalhar em 1950 no jornal O Estado de S.Paulo, onde ficou até 1960.

Antonio Aguillar aos 19 anos.

Comprou uma Câmera Speed Graphic 6X9 com filme de rolo, Parker, de última geração e assim fez sua vida de repórter fotográfico no tradicional jornal da Capital Paulista.
La iniciou fotografando os desfiles de 7 de setembro, reuniões e inaugurações importantes para inserir no Estadão, onde passou pelas paginas do Suplemento Feminino, Suplemento Agrícola e outros.

O tempo foi passando e Aguillar se tornou repórter policial do Jornal, com plantões na antiga Central de Polícia, no Pátio do Colégio em São Paulo.
Antonio Aguillar sempre foi uma pessoa organizada e naquele tempo a direção do Jornal não arquivava os negativos, mas os profissionais guardavam e hoje ele mantem em seu acervo particular, mais de mil negativos históricos de suas reportagens fotográficas, com a seleção dos principais negativos, copiados no tamanho 30×40, para exposições que passaram pela própria redação do jornal, sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, SESC, Associação dos Funcionários Públicos Estaduais, Conjunto Nacional, e por várias cidades do interior, etc.

No final dos anos 50, inaugurava-se a Rádio Eldorado AM na sede do Estadão, Rua Major Quedinho, 28 em São Paulo. Escalado para fotografar esse grande evento, Antonio Aguillar apaixonou-se pelo rádio, do qual era fã em sua cidade natal. No decorrer do tempo, fez na rádio Eldorado um teste de locutor e foi considerado fora dos padrões da emissora, mas não desistiu da ideia. Aguillar ficou sabendo que seu colega Hélio Damante, colunista religioso do Estadão, havia recusado um convite do clero para dirigir o departamento de jornalismo da Radio 9 de Julho, localizada na Rua Wenceslau Braz, 79. Hélio deu a Aguillar uma carta de apresentação ao Cônego Olavo Braga Scardigno, Diretor Artístico da emissora pertencente ao clero, onde iniciou redigindo boletins informativos para o Jornalista Joelmir Betting ler no ar de hora em hora.
Alguns meses depois foi indicado para comandar o programa Calouros 9 de Julho, onde se tornou conhecido popularmente.
Paulo Rogério, radialista da organização Victor Costa (1960), contratou Aguillar para locução comercial na Radio Excelsior.
Naquele tempo as emissoras de rádio tinham auditórios para programas ao vivo, com a presença de público.
Pedro Geraldo Costa comandava ao lado da Professora Zita Martins o programa infantil “Clube dos Garotos” e quando se aposentou, Antonio Aguillar foi convidado para assumir o comando desse programa de auditório, com inovações que deram certo.
Com o falecimento do comunicador Jayme Moreira Filho, comandante do programa de calouros intitulado “Aí Vem o Pato”, com produção de Luciano Calegari, Antonio Aguillar assumiu o tradicional programa, criando diplomas para os melhores calouros e nessa inovação ganhou prestígio do Diretor Artístico Francisco Abreu. Mais uma oportunidade após a saída de Moreira Jr., que comandava o programa diário “Ritmos para a Juventude”. Era uma programação de rock n’ roll e tinha muita audiência, principalmente entre os jovens da época.
Ao assumir o comando do programa Aguillar divulgava os discos de Carlos Gonzaga, Tony Campello, Celly Campello, The Jordans, Elvis Presley, Chuck Berry, Paul Anka, Neil Sedaka, Brenda Lee, etc. A presença dos jovens durante o programa era enorme e dai surgiu a ideia de se fazer ao vivo aos sábados, no auditório localizado na Rua Sebastião Pereira, 219, onde hoje se localiza o Minhocão (Viaduto Jango Goulart).
Os finais de semana se tornaram uma loucura durante a apresentação do programa Ritmos para a Juventude, ao vivo das 15h às 17h, mas agora faltava criar grupos musicais que tocassem rock.
Naquela época tinha o Atílio e seu Regional, mas não tocava rock. Ai então Antonio Aguillar convidou Joe Primo, nome artístico Joe Primo, que chamou Bobby De Carlo e assim criaram um grupo musical especializado. Nasceu ali o conjunto The Vampires, que acompanhava os artistas que iam cantar ao vivo.
Era uma euforia e tinha audiência total. Às vezes necessitava ter a interferência do Juizado de Menores, devido às reclamações dos pais preocupados com suas filhas. O guitarrista José Provetti, nome artístico Gato, entrou para a banda quando o nome já havia sido mudado para The Jet Blacks. Gravaram e foram contratados pela Boate Lancaster, localizada na Rua Augusta em São Paulo.
Eu então me vi obrigado a criar um novo grupo porque essa banda viajava muito para shows e não podia tocar na programação da emissora.
Mingo e Neno tocavam nos Jordans, deixaram a banda e procuraram o Aguillar na Rádio Nacional de SPaulo, hoje Globo, e pediram uma oportunidade ao disck jockey Antonio Aguillar que fosse criada uma nova banda.
Aguillar combinou com os rapazes, que para não perder o grupo, criaria The Clevers com a sua patente. Aceita a proposta, Neno apresentou Luiz Franco Thomaz, da cidade de Itariri, e como ele tinha ganhado uma bateria nova do avô, Aguillar lhe deu o nome artístico de NETINHO.
Waldemar Mozena era guitarrista de uma orquestra do interior e foi apresentado para integrar a nova banda. Como ele sorria por qualquer coisa, Aguillar deu-lhe o nome artístico de RISONHO.
A nova banda formada pelo Aguillar tinha como integrantes Risonho – guitarra, Mingo – guitarra base e vocalista, Neno – contrabaixo, Netinho – bateria e Manito – Saxofonista. Essa banda gravou na Continental a música El Relicario e foi o maior sucesso em todo o Brasil.
Quando Aguillar deixou a TV Excelsior, programa Festival da Juventude, para ingressar na TV Record – Teatro Record em 1964, os Clevers acompanharam a cantora Rita Pavone, que esteve no programa Reino da Juventude para receber uma guitarra especial de presente. Ela cantou com o acompanhamento dos Clevers e se encantou com o grupo. Num entendimento com o Aguillar, ela aceitou fazer uma jogada de marketing, que seria informar na imprensa que ela era a namorada do Netinho. Foi assim que The Clevers acabou indo numa turnê para a Itália para acompanhar a italianinha e acabaram se entusiasmando muito por lá. Pela imaturidade dos garotos, eles acabaram rompendo relações comerciais com Aguillar, que acabou criando The Flyers, um novo grupo musical composto por grandes profissionais.
Na época, o Chacrinha (Abelardo Barbosa), que era velho amigo de Aguillar, pediu que ele desse uma oportunidade ao desconhecido Roberto Carlos, que tinha sido lançado pelo Carlos Imperial no Rio de Janeiro cantando Bossa Nova. Aguillar recebeu Roberto Carlos em São Paulo e ajudou muito divulgando o artista em seus programas de radio e televisão, além do noticiário nas revistas especializadas.
Aguillar deixou a Record e Roberto foi convidado para criar o programa JOVEM GUARDA, e todos os músicos e cantores que passaram pelos programas do Aguillar, fizeram o programa de Roberto Carlos, que ao lado do Erasmo Carlos e Wanderléa, comandaram esse grande movimento musical que perdura até hoje.
Antonio Aguillar aposentou-se em 1981 e se mudou com a família (esposa Celia, filhas Débora e Gabriela), para São José do Rio Preto, onde passou por varias emissoras de rádio da cidade.
Em São José do Rio Preto nasceu seu filho Douglas Aguillar e depois de 12 anos mudou-se para Santos, fazendo programas de rádio em várias emissoras.
Trabalhou na Rádio Independência AM, Rádio Onda Nova FM e Radio Centro América a qual ajudou fundar e nela fazia os programas sertanejos pela manhã e aos domingos, Reino da Garotada ao vivo, direto de uma churrascaria, onde reunia mais de 500 crianças que desfrutavam no pátio ao vivo das atrações com palhaços, artistas e prêmios.
Em 1995 Aguillar e sua família resolveram mudar para Santos.
Aguillar, trabalhou na Rádio Tribuna AM, Radio Club quando era propriedade do Pelé e chegou a produzir um programa na Rádio Cultura AM, para o famoso Lombardi do SBT.
Em 2005 resolveu retornar a São Paulo, residindo na Rua Carlos Sampaio, antigo endereço e no mesmo apartamento 41.
Trabalhou durante15 anos na Rádio Capital AM. Com a pandemia do Corona Vírus em 2020, teve que se ausentar da Radio Capital e atualmente está na Rádio Calhambeque, uma emissora da internet, no horário de 12h às 14h, com o programa Jovens Tardes de Domingo, com reprise aos sábados das 12h às 14h. Para sintonizar a Rádio Calhambeque: http://www.radiocalhambeque.com .
Atualmente com 92 anos de idade, Aguillar ficou limitado ao seu trabalho radiofônico, mas continua fazendo suas edições para Johnny Lopes, responsável pela rádio Calhambeque. Com um glaucoma infernal, enxerga apenas com 80% da vista esquerda. A vista do lado direito apagou, embora continue com o tratamento de colírios indicados pelos médicos (Maleato Timolol 0,5% e Tartarato de Brimonidina 0,2%); Aguillar teve um câncer de próstata e há mais de 15 anos passou por uma cirurgia radical, para não deixar a doença progredir. Fez também há mais de 10 anos uma cirurgia do fêmur na perna esquerda, com a colocação de um titânio. Aguillar usa aparelhos auditivos, e continua trabalhando em sua casa nas edições de seus programas históricos (Ritmos para a Juventude – Radio Nacional de São Paulo – hoje Globo, Ritmos para a Juventude na TV Paulista Canal 5 (hoje Globo) em 1961 – Rádio Record , Rádio Tupi, Rádio Gazeta de S.Paulo, TV Excelsior Canal 9 Festival da Juventude – 1963 – TV Record, Teatro Record Rua da Consolação, Reino da Juventude – 1964, onde apresentava no auditório os grandes astros, entre os quais, The Clevers, The Jordans, The Flyers, The Jet Black`s, Dick Danello, Sergio Reis, Rita Pavone, Os Vips, Deny e Dino, Waldireni, Nilton Cesar, Marcos Roberto, Antonio Marcos, Dori Edson, Os Caçulas, Prini Lorez, Jean Carlo, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléa, Ary Sanches, Jerry Adriani, Leno e Lilian, The Golden Boys, etc… etc… etc .
Como havia recebido um convite do Hélio Ribeiro, criador da Radio Capital, para ingressar na nova emissora de S.Paulo e não pode aceitar porque estava de mudança para outra cidade, agora foi procurar o novo diretor dessa emissora de radio e falou com Francisco Paes de Barros. Iniciou nesta Rádio em 2005 com o programa Jovens Tardes de Domingo e permaneceu no ar uma vez por semana, durante 15 anos. Só deixou a emissora em virtude da pandemia, pois não era permitido em sua idade avançada, continuar realizando seu programa musical, que era ao vivo.
Daí para a frente passou a editar seu programa de casa, através do computador, e esta no ar pela Rádio Calhambeque (Google) aos domingos das 12h às 14h, com reprise aos sábados no mesmo horário.
Esta é a trajetória de vida do radialista, jornalista e fotógrafo Antonio Aguillar, conhecido nos anos 60 como “O Timoneiro da Juventude Feliz e Sadia”!
Por Antonio Aguillar
Revisão por Lucinha Zanetti em 29 de janeiro de 2022.

FOTOS ILUSTRATIVAS

“Antonio Aguillar e Jacqueline Myrna na TV Excelsior Canal 9 Nestor Pestana em São Paulo. anos 60, programa Festival da Juventude. Hoje ela reside nos Estados Unidos onde sempre mantenho contato com ela através da internet. Jacqueline apresentava o programa junto comigo e falava arrarraquarra. Era muito engraçado e os telespectadores riam do modo dela pronunciar as palavras. Diziam que ela era de origem francesa, mas na verdade ela era Romena e pronunciava um português arrastado. Boas lembranças saudade”.

Antonio Aguillar e Jackeline Myrna

Vicente Rao e Ruy Mesquita na redação do jornal o Estado de S.Paulo, na Rua Major Quedinho, 28, 5o. andar, anos 50. Um flagrante histórico de autoria de Antonio Aguillar.

Antonio Aguillar fotografa Vicente Rao e Ruy Mesquita

Numa noite nos anos 50 Antonio Aguillar fotografou o Brigadeiro Eduardo Gomes que visitava Júlio de Mesquita Filho, Diretor do Jornal o Estado de S.Paulo nas oficinas do periódico, quando conversavam sobre política.

Nesta foto, Antonio Aguillar recebe o cantor Demétrius em seu programa Ritmos para a juventude nos anos 60, na Rádio Nacional de São Paulo, hoje Globo. Demétrius havia gravado um LP com a musica Corina Corina e foi lá no programa para divulgar, pois era um cantor muito querido e foi sem dúvida um grande ídolo da juventude.

Nossos Parabéns e Votos de Muita Saúde e Felicidade a Antonio Aguillar pelo seu Aniversário!

Em 18 de outubro de 1929 nascia em São José do Rio Preto, Antonio Aguillar.

Em sua cidade natal, aprendeu o oficio de fotógrafo e em 1948, já maior de idade, deixou a casa dos pais e viajou para São Paulo afim de terminar seus estudos, trabalhando numa Cia. de Seguros e em 1950 no jornal O Estado de S. Paulo, exercendo a função de repórter fotográfico.
Em 1960 passou a trabalhar na Organização Victor Costa como comunicador das Rádios Excelsior e Nacional (hoje Globo),
Aguillar foi um dos maiores divulgadores da chamada musica jovem, primeiramente com seus programas de rádio e depois na televisão, descobrindo muitos astros da música, quando chegou a produzir discos muito divulgados em seus programas.
Foi na TV Excelsior Canal 9, na Rua Nestor Pestana, número 196, no Teatro Cultura Artística, que o comunicador lançou The Jordans, The Clevers e deu a primeira oportunidade aos The Jet Black`s do Joe Primo Moreschi e Bobby de Carlo.
Em 1964 migrou para a TV Record Canal 7 e fez seu programa Reino da Juventude, com apresentações no Teatro Record localizado na Rua da Consolação, 1996, onde posteriormente, ou seja, em 1965, nasceu o programa Jovem Guarda com Roberto Carlos, artista também lançado em São Paulo por ele, o disk jóquei Antonio Aguillar, atendendo a um pedido do Chacrinha.
Antonio Aguillar hoje com 92 anos de idade, lúcido e com sua saúde em dia, continua trabalhando.
Depois de apresentar seu programa Jovens Tardes de Domingo pela Rádio Capital durante 15 anos, na gestão do diretor Francisco Paes de Barros, passou a fazer o Jovens Tardes aos Domingo das 12h às 14h pela Rádio Calhambeque, transmitido pela internet http://www.radiocalhambeque.com .
E como ele costuma dizer… “E assim vai indo enquanto a vida continua….trabalhar há 62 anos no radio é um privilégio….vale a pena”!

A foto a seguir é um painel de família com Aguillar e seus artistas nos anos 60.

Antonio Aguillar fez parte da história de muitos artistas, e aqui podemos vê-lo na companhia de alguns…

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Viva Antonio Aguillar, o “Timoneiro da Juventude Feliz e Sadia!”
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O Retorno de Renato e Seus Blue Caps aos palcos!

Em 13 e 14 de março de 2020 os dois últimos Shows de Renato e Seus Blue Caps foram realizados em Recife e logo em seguida todos os outros já contratados tiveram que ser adiados devido à pandemia.

Eram vários Shows agendados e já confirmados, como por exemplo:

21/03/2020 – Casa de Shows Granfinos – Belo Horizonte / MG
28/03/2020 – Teatro da UCS – Caxias do Sul / RS

04/04/2020 – Casa de Espetáculos Fazenda Feitosa – Santa Cruz do Capibaribe / PE

08/05/2020 – Teresina / PI
21/05/2020 – Aracruz / ES
30/05/2020 – Clube de Engenharia de Goiânia – Goiânia / GO

19/06/2020 – Tauá Resort – Caeté / MG (realizado em 18/06/2021)

05/07/2020 – Teatro Positivo – Curitiba / PR
19/07/2020 – Porto Alegre – Salão de Atos da PUCRS

08/08/2020 – Teatro Riachuelo – Natal / RN
25/08/2020 – Caldas Novas / Goiás
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Vídeo com algumas tomadas do show de Recife


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Dia 18 de junho de 2021, sexta-feira, aconteceu o retorno da banda aos palcos, com uma apresentação de Renato e Seus Blue Caps no Tauá Resort Caeté em Minas Gerais.
Este Show seria realizado em 21 de junho de 2020, porém veio a pandemia e somente no dia 18 a cidade de Caeté-MG pode finalmente receber a banda, agora sem o seu líder Renato Barros, que em fevereiro de 2020 havia feito o convite ao público…


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Em 21 de junho de 2021, o apresentador Gilson Caland da TV Garrincha de Teresina-PI juntou grandes nomes da Música Brasileira, entre eles Cid Chaves, Antonio Aguillar e Getúlio Côrtes, e representando o Piauí, o músico Geraldo Brito.

Cid Chaves falou sobre seu início na banda Renato e Seus Blue Caps e o motivo pelo qual parou de tocar Saxofone, e também mencionou o retorno da Banda aos palcos ocorrido em Caeté.

Getúlio Côrtes contou mais uma vez a história de como se inspirou para compor a música Negro Gato e respondeu à pergunta de Geraldo Brito.

Antonio Aguillar fez o convite aos amigos para uma entrevista pela Rádio Calhambeque, onde realizada semanalmente um programa intitulado Jovens Tardes de Domingo.

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Foto durante o Show da banda no Tauá Resort Caeté, Minas Gerais.
Foto por Guto Chaves

O saudoso cantor Demétrius e a história de sua composição “A Menina do Rock”.

Demetrio Zahra Neto (28 de março de 1942 – 11 de março de 2019), conhecido como Demétrius, foi um pioneiro do rock romântico brasileiro.

Nesta entrevista ao radialista Antonio Aguillar, o saudoso artista conta que compôs a canção ao se recordar de uma menina deslumbrantemente linda dançando no “Bastidores”, local onde ele fez um Show de Rock…

A gravação foi feita no ano 2000, com acompanhamento da banda The Clevers.

Ouçam!

Roberto Carlos, 80 anos!

Roberto Carlos Braga nasceu em Cachoeiro do Itapemirim no dia 19 de abril de 1941, embora há quem diga que foi em outra cidade e no início do mês…

Sua família queria que ele se formasse em Medicina mas desde cedo sua mãe Laura percebeu que o filho queria ser cantor e acabou lhe dando um violão de presente.

No decorrer do tempo, depois de participar de alguns programas de rádio em sua cidade natal, o jovem Zunga, apelido de criança, mudou-se para o Rio de Janeiro, indo morar na casa de sua tia Amélia, para a qual em sua homenagem compôs até uma musica.

Já residindo na cidade maravilhosa, participou de alguns programas de televisão, entre os quais a Discoteca do Chacrinha. O velho guerreiro acabou apresentando Roberto Carlos ao Carlos Imperial, que comandava no Rio de Janeiro programas de música jovem, ocasião em que o Roberto conheceu Arlênio Lívio, amigo de Erasmo, um rapaz ligado à chamada turma do Matoso, que o levou até Tim Maia, ocasião também em que Roberto conheceu Erasmo Carlos e se tornaram amigos.

Roberto chegou a participar do conjunto musical Os Sputniks, cujo líder era Tim Maia, mas no decorrer do tempo começaram alguns problemas entre ele e Tim.
Foi em 1957 que Tim Maia montou o conjunto Os Sputniks, sendo os componentes: Sebastião Rodrigues Maia, Arlênio Lívio, Wellington Oliveira e Roberto Carlos. Após uma briga entre Tim e Roberto, o grupo foi desfeito, Wellington desistiu da carreira musical, e o único remanescente era Arlênio, que no ano seguinte resolveu chamar Erasmo e outros amigos da Tijuca, como Edson Trindade (que tocou violão no grupo Tijucanos do Ritmo, onde Tim Maia tocava bateria) e José Roberto, conhecido como “China” para formarem o grupo vocal “The Boys of Rock”. Mas, por sugestão de Carlos Imperial, o grupo passou a se chamar The Snakes, e acompanhava tanto Roberto quanto Tim Maia em seus respectivos shows.
Foi Arlênio quem levou Roberto para participar do conjunto The Snakes, mas Roberto queria mesmo é se tornar um cantor solo na linha de João Gilberto e Tito Madi, e acabou gravando um compacto com as músicas “João e Maria” e “Fora do Tom”, composições de autoria de Carlos Imperial.

No decorrer do tempo Roberto gravou um LP cujo título era “LOUCO POR VOCE”, hoje uma raridade, e os colecionadores chegam a pagar de 5 a 10 mil reais por um exemplar!

Enquanto no Rio nos anos 60 predominava a Bossa Nova, em São Paulo a grande força era o Rock and Roll.

Antonio Aguillar comandava na Rádio Nacional (hoje Rádio Globo) o programa “Ritmos para a Juventude” e na TV Excelsior, canal 9, o programa Festival da Juventude, enquanto Chacrinha tinha um programa na TV Tupi chamado Discoteca do Chacrinha, que depois foi para a TV Rio onde ficou até 1968.
Os dois eram grandes amigos e Chacrinha pediu a Antonio Aguillar que ajudasse Roberto Carlos, pois ele desejava morar em São Paulo.
Marcaram um encontro no Lord Palace Hotel em São Paulo e Aguillar disse a Roberto, que o pedido do velho guerreiro para ele “era uma ordem”, e que ia tentar ajuda-lo, mas que milagres não fazia, e se ele tivesse talento e estivesse preparado para enfrentar a vida de artista, isso tudo o tempo diria.

Roberto estava divulgando a musica Malena, composição de Rossini Pinto e Fernando Costa, mas Aguillar sabia que não era a cara de seus programas de rock…

Roberto Carlos alugou um apartamento na Rua Albuquerque Lins e Aguillar foi visita-lo. Viu na parede da sala no apto, um grande poster de Elvis Presley montado numa motocicleta de 1.200 cilindradas…

Aguillar então disse ao Roberto que já que ele era fã de Elvis, porque não gravava um rock? Roberto retrucou dizendo que era um cantor romântico, ficaria difícil gravar esse tipo de musica. Aguillar respondeu: Elvis Presley também canta musica romântica, mas o rock é seu destaque.
Roberto ficou pensativo e falou com Erasmo Carlos, que já era roqueiro naquela época, e Erasmo pegou uma musica de sucesso do cantor Bobby Darin e fez uma versão. A música era “Splish Splash”.

Daí em diante mudou tudo na vida de Roberto Carlos!

A direção da gravadora CBS, antiga Colúmbia, contratou Edy Silva, que trabalhava no ramo de divulgação e ela passou a visitar com Roberto a tiracolo todos os Disc Jockeys do Brasil.

E foi assim que essa melodia ficou nas paradas de sucessos por muito tempo.
Roberto ficou conhecido em todo o Brasil, e teve a oportunidade de ser convidado a comandar o programa Jovem Guarda no Teatro Record, localizado à época na Rua da Consolação – o programa durou 3 anos, de 1965 a 1968.

Atualmente, segundo Genival Barros, responsável pela organização dos shows de Roberto Carlos, ele vem preparando durante a pandemia algumas musicas inéditas e elaborando um livro sobre sua vida, o qual deverá lançar brevemente.

Vamos aguardar e desejar sempre boa sorte ao maior cantor popular do Brasil, que é sem dúvida alguma ROBERTO CARLOS.

(Informações do Texto enviadas por Antonio Aguillar)

Foto: Internet

Leiam também a coluna de Alex Medeiros para a Tribuna do Norte e conheçam a história da canção “Aparências”, que ficou conhecida como “A canção que o rei não gravou”…

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MORRE NO RIO, LAURO BRAGA, IRMÃO MAIS VELHO DE ROBERTO CARLOS!

Morreu no Rio de Janeiro em 11 de março de 2021, aos 90 anos de idade, o irmão mais velho de Roberto Carlos.
Lauro estava internado há quatro meses no Hospital da Aeronáutica, no Rio de Janeiro, por conta de uma meningite e após sofrer um AVC.
Quando Roberto foi tentar carreira artística no Rio, saiu com seu irmão Lauro de Cachoeiro do Itapemirim, ES, pois seu irmão também queria ser jogador de futebol. Lauro chegou a treinar num grande time, mas teve um problema no joelho que o impediu de seguir a carreira de atleta.
Roberto Carlos, no velório do irmão, se despediu e disse:
– “Meu irmão querido, que eu amo muito. Nosso Deus de bondade infinita o proteja e o abençoe sempre, amém, amém, amém”.

Dudu Braga, filho de Roberto Carlos, disse que o tio havia feito aniversário três dias antes de falecer… E fez questão de frisar que o tio faleceu de um AVC e não de Covid19.
Dudu fez questão de esclarecer também que não foi ao velório ocorrido no Rio de Janeiro, porque está em tratamento de um câncer, mas se viu bem representado pelo pai, Roberto Carlos.

“Ele vai ficar no meu coração”, disse ele.

Na foto Roberto Carlos e seu irmão Lauro Braga.
Deixo aqui as minhas condolências à família Braga.

Por Antonio Aguillar, Radialista, Comunicador e Jornalista.

Comunicado de Dudu Braga nas Redes Sociais em 11 de março de 2021:

“Pessoal, meu tio Lauro sempre foi um exemplo de vitalidade para nós e estamos muito tristes com a sua partida. Na foto, da esquerda para direita, meu tio Carlinhos, paizão e meu tio Lauro. Que Deus o tenha e o abençoe sempre”! #Fé #amor
Obrigado a todos vocês pelo carinho!! Não tenho palavras para agradecer. Fiquem com Deus, beijos no coração de todos.

Roberto Carlos e seus irmãos Carlinhos e Lauro.

O cantor Vicente Telles também se manifestou:

“Acabo e perder um amigo e o nosso querido Roberto Carlos acaba de perder um irmão, Laurinho Braga. Vai com Deus meu amigo! Lembro deste dia em que andamos a tarde toda em Copacabana. Fomos na casa lotérica, no Bradesco e depois paramos ai onde estamos na foto e você me dizia que eu tivesse fé que eu ainda iria cantar com seu irmão Roberto Carlos! Obrigado amigo e o meu carinho está demonstrado em todos os recadinhos que eu deixava em sua casa sempre que passava na portaria do seu prédio… Santa Luzia”.

Vicente Telles e Lauro em 2017.