Os Beatles usaram dois bateristas diferentes em uma única audição!

O fato Aconteceu em 10 de maio de 1960…

Billy Fury e Larry Parnes

Em 10 de maio de1960 Os Beatles (que ainda eram conhecidos como The Silver Beatles), foram convidados para uma audição no Blue Angel Club em Liverpool.

O clube pertencia a Allan Williams, que foi o primeiro empresário dos Beatles.

Larry Parnes, um empresário do rock, chegou de Londres para a Londres para a audição dos grupos de Liverpool e pra escolher uma banda de apoio para seu cantor Billy Fury, que estava planejando uma turnê pela Escócia.

Outros candidatos à apresentação e que estavam junto com The Silver Beatles, eram: Cass and the Casanovas, Gerry and the Pacemakers, Cliff Roberts and the Rockers e Derry and the Seniors.

Nessa época The Silver Beatles era formado por John Lennon, George Harrison, Paul McCartney, Stuart Sutcliffe (no baixo) e o baterista Tommy Moore.

Infelizmente, Moore ficou atrasado para a audição quando chegou a hora do The Silver Beatles começar. De acordo com George Harrison, “Quando nós chegamos ao clube nosso baterista não apareceu então Johnny Hutchinson, o baterista que estava com Cass and the Casanovas tocou com a gente.

Eu não acho que nós tocamos particularmente bem ou particularmente mal.”

Da esquerda para a direita: Sutcliffe, Lennon, McCartney, Hutchinson and Harrison

O que ninguém sabe é que o baterista do The Silver Beatles apareceu mais tarde naquele dia e marcou o único dia na história dos Beatles em que eles usaram dois bateristas para a mesma apresentação ao vivo. Tommy Moore chegou e ficou de pé atrás da bateria para ajudar The Silver Beatles a terminar seu teste.

Tommy Moore tocando a bateria

Estas duas fotos do mesmo dia mostram Tommy Moore atrás da bateria tocando com John, Paul, George e Stu (que estava ainda aprendendo seu instrumento, de costas para o público).

De acordo com Paul McCartney, “Nós tivemos que dizer ao Stuart  para ficar de outra maneira: Faça um gesto, faça uma bela pose a la Elvis.” Se alguém percebesse veria que quando nós estávamos todos na chave A, Stu estaria em outra chave.”

Tommy Moore tocando a bateria

Alguém poderia se perguntar se John Lennon disse a Larry Parnes – no final de seu teste – a mesma coisa que ele pronunciou no telhado da Apple, depois da última apresentação ao vivo dos Beatles, “eu gostaria de dizer ‘obrigado’ em nome do grupo e em meu nome, e espero que tenhamos passado a audição “. Lennon aproveitou a oportunidade para pedir à estrela Billy Fury um autógrafo.

Billy Fury e John Lennon

Em 18 de maio The Silver Beatles foi informado de que eles não seriam escolhidos para acompanhar Billy Fury, mas sim para ser a banda de apoio de outro cantor agenciado por Parnes, que era Johnny Gentle.

The Silver Beatles excursionaria pela Escócia acompanhando Gentle, com Tommy Moore como baterista da banda.

Em uma reviravolta interessante, Parnes já tinha outra banda cruzando a Escócia na época. O grupo se chamava Vince Eager and The Quiet Three. Esta banda já continha outro baterista que teria breve passagem pelos Beatles dentro de poucos anos. Seu nome era Jimmie Nicol.

Jimmie Nicol com Vince Eager na Escócia em1960.

Johnny Hutchinson, o baterista que substituiu Tommy Moore e tocou com os Beatles na audição do dia 10 de maio de 1960 faleceu aos 78 anos de idade em 12 de abril de 2019.

Em entrevista exclusiva ao Jornal The Sun em 21 de agosto de 2015, o baterista havia contado toda a historia…

Johnny Hutchinson recusou o convite de Brian Epstein para fazer parte dos Beatles antes de a banda se tornar a maior de toda a história.
Embora o nome de Johnny possa não parecer familiar, ele tocou com John Paul e George em agosto de 1962 (entre a demissão de Pete Best em 16 de agosto e a chegada de Ringo Starr em 18 de agosto de 1962, mas retornou para a sua banda de origem, chamada The Big Three, apesar da oferta feita pelo empresário dos Beatles, Brian Epstein.

Johnny disse: “Eu tinha 23 anos e estava tocando com os Beatles em Chester. Brian estava lá e ficou me olhando de maneira estranha.”
“Eu saí do palco após o show e tive que diminuir o zoom. Brian disse, “eu estava olhando pra ver como você se encaixaria com os Beatles”.
“Eu brinquei dizendo, eu não encaixaria”.
Ele disse, “Encaixaria sim, eu quero que você se junte aos Beatles”.

Johnny também recorda o que disse a Brian, que ficou chocado: “Eu não quero tocar com os Beatles, Brian, eu tenho o meu próprio grupo. Eu não me juntaria aos Beatles por um relógio de ouro. Existe apenas um grupo pelo com o qual estou comprometido e este é o The Big Three. Os Beatles não poderiam fazer um som melhor do que aquele e Pete Best é muito meu amigo”.

“Eu disse a Brian que eu não poderia fazer essa sujeira com Pete mas ele disse, “John, The Big Tree é limitado mas para os Beatles o mundo é pequeno”.

“Nunca me esqueci dele dizendo isso. Ele era um homem muito inteligente.”

Johnny disse ainda: “Ringo estava com o Rory Storm and the Hurricanes naquela época. Eu disse ao Brian para convidá-lo”…

Traduzido por Lucinha Zanetti

FONTE E TEXTO ORIGINAL: Blog Rock and Roll Detective

Johnny Hutchinson na bateria.

PAUL McCARTNEY NO ALLIANZ PARK SÃO PAULO / 15-10-2017

A CHEGADA

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ABERTURA

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CAN’T BY ME LOVE

HEY JUDE

Nineteen Hundred and Eighty-Five

BLACKBIRD

HELTER SKELTER

BAND ON THE RUN

SOMETHING

LOVE ME DO

IN SPITE OF ALL THE DANGER (VOLTA AO TEMPO)


.

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ATÉ A PRÓXIMA!

Faleceu hoje Pete Shotton, o melhor amigo de John Lennon na Quarry Bank High School.

Morreu hoje aos 75 anos Pete Shotton, o melhor amigo de John Lennon na Quarry Bank High School.

Pete Shotton à esquerda, com John Lennon, na Quarry Bank High School em Liverpool.

Homenagens estão sendo preparadas e sabe-se que ele morreu de ataque cardíaco em sua casa em Knutsford, Cheshire.
No momento está sendo providenciado seu funeral.

Informações aqui.

Pete Shotton fazia parte da banda formada por Lennon, The Quarrymen, que tinha a seguinte formação:

Colin Hanton – bateria, Eric Griffiths – guitarra, John Lennon – vocal, guitarra, Ivan Vaughan – baixo (tea-chest), Pete Shotton – esfregão (washboard) e Rod Davis – banjo.

No ano de 1956 John Lennon era um aluno da escola chamada Quarry Bank School em Liverpool, e adorava tocar Skiffle com seus companheiros.

Nesta época Paul McCartney chorava a morte de sua mãe Mary e estudava em outro colégio de Liverpool, onde também estudava seu colega George Harrison, 9 meses mais novo que ele.

Em 1957 John Lennon decidiu formar um grupo de Skiffle e formou o grupo “The Blackjacks”, porém, este nome durou apenas uma semana e John usou o nome da escola como inspiração para criar “The Quarry Men” em março de 1957.

The Black Jacks

Não é surpresa portanto Pete Shotton ser o primeiro musico que o jovem Winston intimidaria a aprender a tocar um instrumento para entrar em “sua” banda. O duo consistia de John Lennon num violão com quatro cordas e Pete Shotton tocando esfregão com dedal, instrumento tão na moda no skiffle. Nascia assim, perto do final de 1956, The Black Jacks Skiffle Group. O nome veio graças ao fato que os dois sempre tocavam de jeans negro. Inicialmente muito satisfeito com sua realização musical, aprendendo números de Lonnie Donnegan e alguns outros sucesso da época, Lennon rapidamente percebia a necessidade de ter mais componentes. Com mais gente na banda, trazendo um maior número de instrumentos e assim aumentando a carga sonora do grupo (em outras palavras, fazendo mais barulho), poderiam, quem sabe, atrair mais a atenção de um público hipotético.

Com duas semanas de existência, the Black Jacks teria o acréscimo de Eric Griffths, que ganhara um violão novo de presente do seus pais, e Bill Smith tocando um baixo improvisado, feito de cabo de vassoura, corda e um caixote de chá pintado de preto. Os dois são amigos de Lennon da escola. Griffths e Lennon foram juntos ter aulas de violão com um tutor mas abandonaram na segunda aula. Acabaram tendo suas aulas de Julia Lennon mãe de John, que afinava os instrumentos para os dois e lhes ensinaou acordes de banjo. Este núcleo inicial da banda tocava geralmente em festas. Outros meninos se juntavam aos quatro, esporadicamente participando da formação, mesmo que, em alguns casos, durando apenas um ensaio.

Com a moda do skiffle se alastrando e crianças em todos os cantos buscando instrumentos para montarem suas bandas, o Natal de 1956 foi marcado pela quantidade de instrumentos musicais que foram presenteados pelos pais. É o caso de Colin Hanton e Rod Davis, respectivamente ganhando uma pequena bateria, e um banjo. Hanton e Griffths se conheciam de jogar futebol de rua na vizinhança. Quando soube que Hanton tinha ganho uma bateria, foi convidado para entrar na banda.

Rod Davis, o bom aluno entre eles, depois de tentar tocar o violino e o ukulele, acabou se acertando com o banjo. Mal começou a se gabar do presente que seria rapidamente convidado por Griffths a entrar para o grupo. Portanto o ano de 1957 começa com este grupo de skiffle na sua formação completa: John cantava e tocava guitarra, Colin Hanton tocava bateria, Eric Griffiths tocava guitarra, Pete Shotton tocava no “washboard”, Rod Davis no banjo e Bill Smith no baixo (bass). Bill logo foi substituído por Ivan Vaughan.

The Quarry Men – 06 de Julho de 1957 – St. Peter’s Woolton Garden – John Lennon e Eric Griffths nos violões, Pete Shotton no esfregão e dedal, Rod Davis no banjo, Len Garry no baixo improvisado e Colin Hanton na bateria.

The Quarry Men – 6 de Julho de 1957 – St. Peter’s Woolton Garden – John Lennon e Eric Griffths nos violões, Pete Shotton no esfregão e dedal, Len Garry no baixo improvisado e Colin Hanton na bateria.

O dia em que Paul McCartney foi apresentado a John Lennon!

Em 06 de Julho de 1957, os Quarrymen se apresentaram no Garden Fete de St. Peter’s Church em Woolton, Liverpool, e foi entre 16h15min. e 17h45min. que Paul McCartney conheceu John Lennon através de Ivan Vaughan, que era colega de escola dele e morava perto da casa de John; fazia 8 meses que Paul tinha perdido sua mãe Mary…

woolton-6-07-57

O Show havia sido marcado para as 09h e começou às 10h da manhã e Julia, mãe de Lennon, foi ver o show com Mimi, que achou aquilo tudo uma indecência!
O modo como o adolescente John tocava e se requebrava com Eric Griffith no palco improvisado, horrorizou tia Mimi. Paul chegou por volta de 11h30min. na quermesse, onde John só cantaria 6 músicas, porque Mimi ficou horrorizada e John teve que deixar o palco envergonhado… 🙂

Bob Spitz descreve este momento em seu livro “Os Beatles – A Biografia”:

“John ficou impressionado por Paul lembrar a letra, que ele sempre esquecia , por isso optava por fazer improvisos vocais para acompanhar o ritmo. A versão de Paul era mais pesada, mais marcante, ele tocava a quinta tônica, que a banda simplesmente ignorava. E Paul cantou a música fazendo todas as pausas, despreocupado como se estivesse em frente ao espelho do quarto sem ninguém à sua volta. O fato de os integrantes de uma banda e uma dúzia de escoteiros estarem por perto não o intimidava nem um pouco. Não obstante, a “platéia” ficou magnetizada.
“Aquilo foi estranho. Ele tocava e cantava de uma forma que nenhum de nós era capaz, nem mesmo John”, lembra Eric Griffiths. “Paul tinha confiança, presença. E com uma naturalidade incrível. Ficamos realmente impressionados.”

(…)Houve uma identificação instantânea, uma conexão química entre os dois rapazes que se percebiam comprometidos com a música com a mesma intensidade, com a mesma paixão cega. Tendo em vista a forma como se estudavam, a postura e os olhares dirigidos de um para o outro, o que realmente acontecia era um amor à primeira vista.”

Pg. 96 e 97

Uma Simples Guinada do Destino (Parte 1)

Em seu livro “Os Beatles – A Biografia“, Bob Spitz escreveu no Capítulo 5:
“A única verdadeira surpresa da festa do jardim da Igreja de São Pedro no ano de 1957 foi a participação dos Quarry Men.
Nos mais de quarenta anos em que os habitantes da vila de Woolton celebraram o evento que eles chamavam costumeiramente de “a Rosa da Rainha”, só bandas marciais haviam tocado. Ainda havia um brilho heróico, uma resposta emocional, a todos aqueles homens rubicundos em uniforme tocando “pop standards” formais arranjadas como se eles estivessem acompanhando a retirada de Dunquerque. (…) Mas algo havia mudado. A canção regular dos homens em azul não mais encantavam os jovens, cujo mundo em expansão via pouco glamour na tradição. Bessie Shotton, a mãe de Pete, convenceu o comitê da festa que uma banda de skiffle atrairia os jovens e propôs os Quarry Men (…)
Os garotos entraram em êxtase. A festa do jardim era “o maior evento social no calendário da vila” (…) Além de tocar, os Quarry Men receberam outra distinção: acompanhar a parada anual dos carros alegóricos (…)
A banda se instalou na carroceria de um caminhão que partiu da igreja pouco depois das duas horas da tarde do dia 6 de julho.

Uma Simples Guinada do Destino (Parte 2)

(…) Um cheiro de circo persistia no ar pesadamente escaldado (…)Os Quarry Men tocaram uma animada seleção de canções – metade skiffle, metade rock’n’roll – que foi recebida entusiasticamente pelos jovens que se aglutinavam em volta do palco (…) John se lembra: “foi o primeiro dia que cantei Be-Bop-A-Lula ao vivo no palco”, e bem se pode imaginar o quanto ele curtiu. Depois improvisou uma versão de “Come Go With Me” de forma hilariante (…)
Um pouco antes de encerrarem, Eric Griffiths e Pete Shotton perceberam Ivan Vaughn logo abaixo do palco, à direita, com outro jovem ao lado (…) sorriram uns para os outros, ficando subentendido que eles se reuniriam depois do show.
Ivan se aproximou afoitamente. Cumprimentou a todos e apresentou seu amigo da escola – Paul McCartney.

Uma Simples Guinada do Destino (Parte 3)

Len Garry relembra: “O clima estava um pouco tenso. Ivan havia dito [antes dessa tarde, NT] a John sobre Paul ser um grande guitarrista, então ele se sentia um pouco ameaçado.” (…)Curiosamente, Paul tinha trazido seu violão. Sentindo a oportunidade, roubou as atenções, tocando habilmente uma versão do “Twenty Flight Rock” de Eddie Cochran, com todas as sibilâncias do fraseado rockabilly e um toque de Elvis na garganta (…)“De cara, pude ver que John estava com toda a atenção no garoto”, diz Pete Shotton. (…) “Pude perceber que John estava muito impressionado.”Paul também deve ter percebido. Ele parecia se concentrar justamente em John, a quem reconhecia como o legítimo líder da banda. Sem querer perder o pique, “mandou ver” em sua própria versão de “Be-Bop-A-Lula”.(…)“Foi fantástico. Ele tocava e cantava de um jeito que nenhum de nós conseguia, inclusive o John”, relembra Eric Griffiths (…)Mas Paul ainda não tinha acabado. Já mesmo então sabendo como “trabalhar” uma audiência, ele atacou com um medley de Little Richard – “Tutti Frutti,” “Good Golly, Miss Molly,” e “Long Tall Sally” (…)“Depois disso,” diz Colin Hanton, “John e Paul passaram a se circundar como gatos.”
Nota: Esta frase do livro, original, diz o seguinte: “Afterwards,” Colin Hanton says, “John and Paul circled each other like cats.”
A tradução foi mais ou menos literal, e acho que o sentido é o seguinte: ficaram estimulados e desafiados um pelo outro.
Na edição brasileira esta frase ficou traduzida assim; “Depois daquilo”, diz Colin Hanton, “John e Paul se rodearam como gatos.”

Na igreja em Woolton existe esta placa em homenagem a este histórico encontro!

woolton-placa-encontro-john-e-paul

Cerimônia de Aniversário de John Lennon em Liverpool será em Woolton!

Em Liverpool, na igreja de Saint Peter, onde John Lennon e Paul McCartney se encontraram pela primeira vez, uma cerimônia especial acontecerá às 14h no dia 09 de outubro, tanto para homenagear John Lennon como também para inaugurar o túmulo reformado de seu tio George Toogood Smith, que era casado com sua tia Mimi. O evento incluirá música tocada pelo Quarrymen, que foi o grupo de John Lennon antes dos Beatles e que estavam presentes no dia em que Lennon e Paul McCartney se encontraram na igreja.

St. Peter`s Church - Cortesia da Dr. Donna Jackson para o site Examiner.com

St. Peter`s Church – Cortesia da Dr. Donna Jackson para o site Examiner.com

O motivo para a reforma da sepultura é que o tempo e o passar dos anos deixaram suas marcas nele, disse Dr. Donna Jackson, que está organizando o evento, e tem sido a meta da equipe de voluntários que cuida do patrimônio dos Beatles na Igreja, realizar algumas obras de restauro muito necessária. “Há muitas razões pelas quais este é um importante evento”, disse ela. “Acima de tudo, é uma maneira de os fãs dos Beatles dizerem ‘obrigado’ a um homem que foi tão importante na vida de John.”

Dr. Donna Jackson disse que o trabalho foi feito com o consentimento da família de Lennon. “Antes de planejarmos a reforma nós conversamos com os membros da família de John para explicar o que nós queríamos fazer. A última coisa que queríamos era que pensassem que estávamos nos metendo na privacidade da família. Mas felizmente, eles concordaram que este era um gesto gentil da parte dos fãs dos Beatles. Tio George cuidou de John por muitos anos. É bacana agora que os fãs dos Beatles possam devolver aquele favor, cuidando de seu túmulo.”

A cerimônia de inauguração será apresentada pelos Quarrymen e pelo ator Andrew Lancel, que representou Brian Epstein no palco, numa peça sobre sua vida. Os Quarrymen ainda visitam a igreja regularmente. Lancel não é só um fã dos Beatles mas também é membro da congregação de St. Peter. O evento incluirá também uma palestra pelo guia sobre os Beatles em Liverpool, Jackie Spencer, sobre a importância de Tio George para John Lennon, e música ao vivo de Mark Bloor, um dos músicos residentes no Cavern Club.

Fonte: Examiner.com (Steve Marinucci)

Traduzido por Lucinha Zanetti

John Lennon e seu tio George

John Lennon e seu tio George

Texto Original em Inglês:

In Liverpool at St. Peter’s Church where John Lennon and Paul McCartney first met, a special ceremony will be held at 2 p.m. Oct. 9 to both honor John Lennon and unveil the refurbished grave of his uncle George Toogood Smith, who was married to his Aunt Mimi. The event will include music by the Quarrymen, who were John Lennon’s group before the Beatles and were present the day Lennon and Paul McCartney met at the church.

The reason for the refurbishment of the grave is that weather and the passing years have taken their toll on it, said Dr. Donna Jackson, who is organizing the event, and it has been an aim of the team of volunteers who look after Beatles heritage at the Church to carry out some much-needed restoration work. “There are many reasons why this is an important event,” she said. “Most of all, it’s a way for the Beatles fans to say ‘thank you’ to a man who was so important in John’s life.”

She said the work was done with the endorsement of the Lennon family. “Before we planned the refurbishment we talked to members of John’s family to explain what we wanted to do. The last thing we wanted was for them to think that we were intruding on a private family issue. But fortunately, they agreed that this was a lovely gesture on the part of Beatles fans. Uncle George took care of John for many years. It’s nice that Beatles fans can now return that favor by taking care of his grave.”

The unveiling ceremony will be performed by the Quarrymen and actor Andrew Lancel, who played Brian Epstein in a stage play about his life. The Quarrymen are all still regular visitors to the Church. Lancel is not only a huge Beatles fan but also a member of the congregation at St Peter’s. The event will also include a talk by Liverpool Beatles guide Jackie Spencer on the importance of Uncle George to John Lennon, and live music from Mark Bloor, one of the resident musicians at the Cavern Club.

Foto feita por mim dentro do Museu The Beatles Story em Liverpool - Jan/2012

Foto feita por mim dentro do Museu The Beatles Story em Liverpool – Jan/2012

Procura-se fotos antigas de John Duff Lowe com os Quarrymen!

Membro da banda pré-Beatles, o grupo The Quarrymen, procura foto antiga com o grupo.

John Duff Lowe - pianista do The Quarrymen

John Duff Lowe – pianista do The Quarrymen

Um ex-integrante dos Quarrymen, que mais tarde se tornou a banda The Beatles, espera encontrar uma foto dele com a banda naqueles primeiros dias, disse o músico e escritor de Liverpool, autor do livro “The Beatles and Me”, Dean Johnson, ao Beatles Examiner em 13 de dezembro.

“Eu consegui desenterrar algumas fotos realmente raras para o meu livro, incluindo a última visita de John Lennon a Liverpool, então espero que este apelo resolverá este mistério,” disse Johnson.

John Duff Lowe foi o pianista dos Quarrymen entre 1957-1960, e estava com John Lennon e Paul McCartney na noite que eles encontraram George Harrison no Wilson Hall em Garston.

John Duff Lowe

John Duff Lowe

Duff Lowe diz que ele nunca teve uma fotografia da época em que fazia parte do Quarrymen, então se aproximou de Johnson, que compilou o livro “The Beatles and Me” para ajudá-lo a rastrear evidências da sua época com eles. O livro de Johnson apresentou várias fotos do grupo, raras e nunca vistas anteriormente.

Duff Lowe, que ainda toca regularmente com os sobreviventes do Quarrymen acrescentou: “Estou certo de que alguém daquela época tem algumas fotos em preto e branco do início do grupo The Quarrymen”.

Se você acha que tem uma foto de John Duff Lowe com a banda, entre em contato com Dean Johnson no E.mail deanjohnsonmusic@hotmail.com.

Fonte: Examiner.com

Em entrevista durante o Festival de Música em Dublin, Rod Davis (The Quarrymen) fala sobre o dia em que John Lennon conheceu Paul McCartney.

Rod Davis, que com seu grupo The Quarrymen vai participar do Beatles Festival em Dublin, de 07 de novembro a 10 de novembro na Irlanda, é uma conexão direta com as origens dos Beatles e ainda toca o tipo de música que levou ao que se tornou o Fab Four. Ele disse numa recente entrevista que o “skiffle” não tem a devida atenção.

The Quarrymen se apresentando em 2010

The Quarrymen se apresentando em 2010

“Skiffle sempre foi muito negligenciado em grande escala. Eu acho que os roqueiros deveriam olhar pra trás e reescrever a história. O skiffle foi absolutamente de vital importância.”

Davis credita Lonnie Donnegan, do “Rock Island Line”, como sendo uma grande influência sobre ele, tendo ajudado muitos jovens Britânicos a se tornarem músicos e pegar o vírus da música.
“Aquele tipo de canção não disparou nas paradas. Não alcançou o número um, mas foi o que eletrizou os jovens por aqui, especialmente influenciou os jovens rapazes a comprar guitarras e banjos. Portanto, sem ela, não teria havido todos aqueles guitarristas que sabiam três acordes de forma que quando o rock `n` roll surgiu, todos eles puderam tocar rock ‘n’ roll. E o rock ‘n’ roll era muito mais atrativo do que o skiffle, e Lonnie Donnegan mesmo, particularmente, não era um rapaz muito atraente.”
Davis disse que Bill Haley, que esteve no Reino Unido em turnê, tinha a aparência de um homem de meia idade e por isso não teve muitos seguidores. “Mas quando Elvis apareceu, as pessoas acharam que poderiam tocar rock ‘n’ roll,” disse ele. “Elvis, Gene Vincent e Eddie Cochram todos eles tinham esta imagem de “bad boy”, a qual chamou a atenção de muitos jovens do Reino Unido naquela época.”
Questionado sobre suas lembranças do famoso dia em que John Lennon e Paul McCartney se encontraram, ele diz: “Eu não lembro de ter visto Paul em lugar nenhum naquele dia. Eu lembro de ter visto Ivan Vaughan, que era o rapaz que o trouxe, mas eu não lembro de ter visto Paul.” Disse ele, quando a banda se juntou novamente em 1997, que …“ havia cinco de nós e cerca de sete visões diferentes sobre o que aconteceu.” Disse ele com um sorriso que ele mudou a história de brincadeira, dizendo “Eu provavelmente fui fazer xixi no momento mais significativo da história do rock ‘n’ roll”.
Davis disse ainda que o Quarrymen aparecerá durante o festival no sábado fazendo o que ele chamou de “uma entrevista pública” com o “Irish Times” (jornal irlandês).
“Daremos nossa entrevista costumeira sobre nossa vida boemia por cerca de uma hora,” disse ele. “Depois vamos tocar à noite em um clube chamado Grand Social.”
Ele diz que o grupo não tem estado muito na estrada esses últimos tempos. “A última vez que saímos em turnê foi em 2011 quando fizemos 17 shows em 21 dias por todo os Estados Unidos “, disse ele. Por hora, “faremos shows simples. Nós gostamos especialmente de ir à Europa para show de fim de semana.”
Há a possibilidade de shows em 2014 na Ucrânia e Liverpool, embora não haja nenhum plano de voltarmos aos Estados Unidos no momento. “Uma turnê nos Estados Unidos é uma operação mais complicada. Não que não tenhamos gostado dos Estados Unidos. Gostamos de verdade de estar nos Estados Unidos.”
Davis informa também que quando eles não estiverem tocando este fim de semana em Dublin, “estaremos por perto bebendo muita Guinness”, disse ele. “Os Quarrymen são movidos a Guinness (cerveja),” ele ri.

Tradução: Lucinha Zanetti
Fonte: Examiner

The Quarrymen

The Quarrymen

Pete Best ou Ringo Starr?

O ano de 1960 provavelmente tenha sido o mais problemático na carreira dos Beatles, e com certeza o ano teve seus altos e baixos na história da banda.
John, Paul e George lutavam para manter o status da banda. Bateristas iam e vinham… E Stu Sutcliffe se juntou à banda e sua incapacidade de tocar o baixo direito, certamente impedia um progresso…
Os nomes para a banda também iam e vinham, mas, finalmente, foi neste ano que estabeleceram o título “The Beatles” para eles.
1960 foi o ano do faça ou termine com a banda e em dezembro, depois de voltar de sua primeira viagem a Hamburgo, a banda quase acabou. Felizmente isso não aconteceu, porque em 1961 eles finalmente estavam caminhando na estrada da fama.
O ano de 1962 chegou e com ele o problema da bateria, pela qual já haviam passado alguns nomes.

Quem é o baterista, afinal?

Fazendo uma pesquisa sobre o início da era Beatlemaníaca, notei que há fotos de Pete Best tocando com os Beatles em um tempo em que de acordo com a história, Ringo Starr já deveria ser o baterista definitivo e oficial da banda.

– Em 05 de junho de 1962, Ringo teria entrado no grupo para substituir Pete Best, mas há fotos dos Beatles com Pete na bateria durante uma apresentação deles no The Tower Ballroom em 27 de julho de 1962; sendo assim, pode-se concluir que num período de três meses, os Beatles mantiveram dois bateristas na banda: Pete e Ringo.

– Em 06 de Junho de 1962 Ringo é chamado para ser o baterista de estúdio do conjunto, enquanto Pete Best ficou sendo o baterista dos shows; sabe-se que na época Pete tinha muitos fãs que não queriam ficar sem ele nas apresentações do grupo; ele chegou a gravar “Love me Do”, mas Brian não gostou da gravação.

06  Junho 1962 – Ringo é contratado para gravar com os Beatles, mas Pete continua sendo o baterista dos Beatles para os Shows.

06 Junho 1962 – Ringo é contratado para gravar com os Beatles, mas Pete continua sendo o baterista dos Beatles para os Shows.

– Em 11 de Junho 1962, durante uma apresentação no BBC Playhouse Theatre Manchester, Ringo está na bateria… ou seria Pete Best?

11 de Junho 1962 – BBC Playhouse Theatre (Ringo está na bateria)

11 de Junho 1962 – BBC Playhouse Theatre (Ringo está na bateria)

Foto do dia 11 de junho de 1962, uma segunda-feira, tirada na tarde de ensaio para o programa da BBC chamado “Teenager’s Turn-Here We Go”. The Beatles tocaram “Ask Me Why”, “Besame Mucho” e “A Picture Of You”. O programa foi transmitido no dia 15 de junho, tendo sido a segunda apresentação dos Beatles na BBC.

O que acham? O baterista da foto é Pete ou Ringo?

Ringo ou Pete

– Em 6 de julho 1962, no Royal Iris Riverboat, Liverpool, estavam lá Paul, Pete e John

– Em 21 de Junho 1962, no The Tower Ballroom – estão no backstage: John, Paul, Pete e George

– Em 16 de agosto de 1962 Pete Best é demitido e Ringo Starr, que já havia voltado para os Rory Storm And The Hurricanes, aceita tocar definitivamente com os Beatles, que já haviam tentado outros bateristas, sem que nenhum desse certo. Conseguiram então que Ringo voltasse a tocar oficialmente com eles.

Pete Best - Em 16 Agosto 1962 é demitido dos Beatles

Foi durante uma visita ao programa de entretenimento chamado Butlin´s que Ringo recebeu um telefonema com a oferta para se juntar aos Beatles. Ringo fala no Anthology que se recorda de ter recebido uma ligação de Brian, porém os livros dizem que foi John Lennon quem ligou para ele.

– Em 04 de setembro de 1962, terça-feira, nos estúdios da EMI em Abbey Road NW8, acontece a primeira apresentação de Ringo com os Beatles – As fotos são de Dezo Hoffmann:

primeira apresentação de Ringo com os Beatles – fotos de Dezo Hoffmann

primeira apresentação de Ringo com os Beatles – fotos de Dezo Hoffmann

primeira apresentação de Ringo com os Beatles – fotos de Dezo Hoffmann 2

primeira apresentação de Ringo com os Beatles – fotos de Dezo Hoffmann 3

(Fotos da primeira apresentação de Ringo com os Beatles – fotos de Dezo Hoffmann)

Esta foi a segunda sessão de gravações dos Beatles na EMI e a primeira de Ringo. Na verdade foi a primeira sessão verdadeira com os Beatles. A primeira sessão do dia 6 de junho de 1962 foi na sua essÊncia apenas uma audição.

(This was The Beatles second E.M.I. recording session and Ringo’s first. Actually, it was The Beatles’ first REAL session. The first session on 6 June 1962 was essentially just an audition.)

A sessão começa com o ensaio de um single importante assim como uma audição de Ringo (esta foi a primeira vez que George Martin havia encontrado Ringo). Estas fotos foram tiradas durante os ensaios.

(The session began with rehearsals for a potential single as well as an audition for Ringo (this was the first time George Martin had met him). These photos were likely taken during the rehearsals.)

A verdadeira gravação aconteceu durante a noite. Esta sessão produziu o lado A do primeiro single deles, que foi “Love me Do” (versão com Ringo) e “How do you Do it”, a qual permaneceu inédita até 1995 quando saiu no Antologia 1.

(Actual recording took place during the evening. This session produced the A-side of their debut single, “Love Me Do” (the Ringo version) and “How Do You Do It” which remained unreleased until 1995 on Anthology 1.)

A versão do Antologia foi editada. Aqui neste dia gravaram a versão não modificada de “How do You do it”.

(The Anthology version is edited. Here is the original unadulterated version. “How Do You Do It”)

Ainda sobre a foto em que há dúvidas quanto a ser Ringo ou Pete na bateria, Ricardo Pugialli, autor do livro “Beatlemania”, informou o seguinte:

– Pete tinha uma bateria Premier modelo 54 (igual a do Ringo), porém com acabamento “Blue Oyster” (parece branca nas fotos mas é azul clara).

– Ringo tinha uma bateria Premier modelo 54, com acabamento “Duroplastic” mogno parece preta nas fotos mas é marrom escura. Foi comprada em Julho de 1960. Dela ele só tem a caixa hoje em dia.

Antes ele tinha uma Ajax “Blue Oyster”, comprada em Março de 1957. Ele não tem mais nada desta bateria hoje em dia.

A primeira Ludwig dele foi uma “Downbeat” com acabamento “Black Oyster Pearl”, comprada em Maio de 1963.

O baterista na foto é o PETE BEST durante a gravação do programa de rádio “Teenager’s Turn-Here We Go”. Os Beatles tocaram “Ask Me Why”, “Besame Mucho” e “A Picture Of You”. Foi gravado no dia 11 de Junho e foi ao ar no dia 15 de Junho de 1962.

Fotos das duas baterias (de Pete e Ringo), em 1961-1962, estão nas fotos dos instrumentos dos Beatles, no site de Ricardo Pugialli => http://beatlemania.net.br/instrumentos4.htm, e as imagens das baterias são a 29 (Pete) e 35 (Ringo).

Fonte da pesquisa:
http://www.beatlesource.com/savage/main.html

Tópico na Comunidade do Orkut, We Love the Beatles Forever, com algumas opiniões: http://www.orkut.co.in/Main#CommMsgs?cmm=13793823&tid=5446648749078826315&na=1&npn=1&nid=

Parte do piso da sala onde John Lennon e Paul McCartney se encontraram pela primeira vez sera leiloado

A noticia foi publicada em 14 de outubro de 2013 pelo site Examiner.com.

Uma parte do piso no salão da Igreja de St. Peter em Liverpool, que foi o local do encontro histórico em 1957, entre John Lennon e Paul McCartney, está sendo leiloado no eBay, disse em 13 de outubro, Donna Jackson, que está envolvida com o leilão.

De acordo com Donna Jackson, o bloco é um entre vários tirados de um quarto ao lado que foi danificado por um incêndio em 2001. Os blocos danificados foram salvos e um número limitado foi vendido anteriormente pela igreja. Um deles foi recentemente vendido no leilão dos Beatles no Liverpool Institute of Performng Arts (LIPA), em agosto, pelo valor de £ 250.

Donna Jackson diz que a venda, a qual se encerra em 23 de outubro, está sendo feita em conjunto com Graham Paisley, sacristão da igreja, e que todos os rendimentos irão para a Igreja. O bloco vem com um certificado de autenticidade.

De acordo com a historia dos Beatles, John Lennon e Paul McCartney se encontraram em 06 de julho de 1957 no salão e foram formalmente apresentados por Ivan Vaughan. Lennon convidou McCartney para se juntar ao Quarrymen cerca de duas semanas mais tarde.

Foto 1

A block of floor from St. Peter's Church in Liverpool where John Lennon and Paul McCartney met is being auctioned. Donna Jackson

A block of floor from St. Peter’s Church in Liverpool where John Lennon and Paul McCartney met is being auctioned. ( Donna Jackson )

Foto 2

A block of floor from St. Peter's Church in Liverpool where John Lennon and Paul McCartney met is being auctioned. Donna Jackson [3]

A block of floor from St. Peter’s Church in Liverpool where John Lennon and Paul McCartney met is being auctioned. (Donna Jackson)

Foto 3

A block of floor from St. Peter's Church in Liverpool where John Lennon and Paul McCartney met is being auctioned. Donna Jackson

A block of floor from St. Peter’s Church in Liverpool where John Lennon and Paul McCartney met is being auctioned. (Donna Jackson)

Foto 4

St. Peter's Church Hall. Donna Jackson

St. Peter’s Church Hall. (Donna Jackson)

Foto 5

St. Peter's Church in Liverpool. Google

St. Peter’s Church in Liverpool. (Google Picture)

O conjunto Renato e Seus Blue Caps me apresentou aos Beatles!

Sempre me perguntam quando foi que comecei a ouvir e gostar dos Beatles e como me tornei Beatlemaníaca.

Decidi então contar aqui o que relatei ontem para a minha amiga Camila Padilha, de apenas 16 anos, tão jovem e também uma Beatlemaníaca assumida!

Eu e minhas amigas que estudávamos no Instituto de Educação Dr. Francisco Thomaz de Carvalho em Casa Branca/SP, costumávamos fazer brincadeiras dançantes às sextas-feiras, e era costume nos reunirmos cada semana na casa de um dos amigos, levando nossos discos.

Estávamos no ano de 1965 e começara um programa na TV, chamado “Jovem Guarda”, e havia um conjunto que sempre tocava canções bárbaras, a gente adorava. O conjunto chamava-se “Renato e Seus Blue Caps” e só mais tarde fui saber que eram versões, e de músicas de um conjunto inglês que estava conquistando a América!

Renato e Seus Blue Caps: Carlinhos, Paulo César, Toni, Renato e Cid Chaves

Renato e Seus Blue Caps: Carlinhos, Paulo César, Toni, Renato e Cid Chaves

The Beatles, que a gente chamava de “Os Beatles”, era formado por quatro rapazes que estavam encantando o mundo com sua música e carisma, e eu fui uma das que se encantou por aquele sotaque Britânico em canções que nos faziam parar pra ouvir, nos fazendo sonhar…

Havia uma música que eu ouvi primeiro, foi exatamente a do filme, a primeira oportunidade que tive para conhecer melhor os rostos e saber a qual deles pertenciam as vozes que tanto nos encantava a todos! A gente ouvia Help! no último volume, e nos juntávamos a dançar e também tentando entender a letra.

Depois é que fui conhecer as outras músicas e discos. Meu primeiro LP foi Help! e depois fui procurar os anteriores. “The Beatles 65” foi o segundo (Beatles For Sale nacional) e depois vieram Beatlemania, Os Reis do Iê Iê Iê, Please Please Me, e vieram os compactos, e eu cada dia mais Beatlemaníaca! rsrs

A partir de Sgt. Pepper, que sempre será o meu preferido pelo que representou pra mim, os discos começaram a chegar ao Brasil na mesma época do lançamento na Grã-Bretanha.

Meu irmão morava em São Paulo, eu em Casa Branca. Um dia ele me levou pra São Paulo pra que eu pudesse comprar o LP Sgt. Pepper.

Chegando na loja, era de praxe que o vendedor colocasse o disco pra tocar, uma forma de testar se estava em perfeito estado, e o comentário que ouvi do meu irmão jamais esqueci: “foi pra comprar isso que você quis vir até aqui”?

Naquele momento percebi que eu estava vivendo uma mudança de comportamento, era o “novo” adentrando a resistência do “old fashion”, era a psicodelia, o pensar, o interpretar, e não o simplesmente aceitar, o ouvir, o entender a música que tocava!

De volta a Casa Branca, na minha vitrolinha Plillips, eu escutava o disco dia e noite, acompanhando a música com as letras que vieram no encarte. Foi o primeiro disco a vir com as letras, aquilo não tinha preço pra nós!

Nesta época eu ainda não sabia distinguir de quem eram as vozes, e foi somente a partir dos filmes, que demoravam a chegar na minha cidade, é que pude saber.

Eu achava, por exemplo, que aquela voz “melosa” de John Lennon, no início de “A Day in the Life”, era a voz de Paul McCartney, e aquela voz inconfundível de Lennon, pra mim, será sempre “a voz da Beatlemania”.

Na verdade eu queria, ou gostaria, que fosse a voz de Paul, por que achávamos que ele era o mais bonito… era o nosso preferido, mas só tínhamos 12/13 anos na época!! kkkkk

As notícias demoravam um pouco pra chegar ao Brasil ainda em 1970, e foi com um sentimento de perda irreparável que recebemos a notícia de que Paul havia anunciado o fim do conjunto, naquele “fatídico” dia 10 de abril de 1970.

Ainda comprei o álbum “Let it Be”, lançado em 08 de maio daquele ano, além do “McCartney I”, primeiro álbum solo de Paul, cujas primeiras cópias já estavam prontas no dia do anúncio do fim…

O ano passou, chegou a formatura do colegial, vieram as mudanças na minha vida, fui morar em outra cidade para prestar vestibular.

Não acompanhei a carreira solo dos meus inesquecíveis FAB FOUR, mas levei na bagagem meus discos da Jovem Guarda e os 13 álbuns oficiais dos Beatles.

Até hoje me dedico a não deixar que a história fantástica desses quatro músicos que mudaram a estória da música, seja esquecida pelas novas gerações.

Nota: As montagens adicionadas aqui foram confeccionadas por Johnny di Botafogo, destaque para John Lennon, que estaria aniversariando no próximo dia 09 de outubro…

Renato Barros

Renato Barros 11 de dezembro de 2013 01:03

Lucinha: Muito obrigado digo eu, saiba que estou muito feliz (embora não me considere merecedor de tanto carinho) pelas suas palavras. Que bom é saber que fomos a sua primeira banda preferida , que a apresentamos aos Beatles e que contribuimos de alguma forma para que a sua adolescência tenha sido mais feliz. Espero que esta felicidade esteja perdurando até os dias de hoje. “É de coração”. Já somos amigos no Facebook ?
Olha Lucinha: Adorei conhece-la, muito obrigado e um grande beijo.
RENATO BARROS.