Parabéns Cidade de São Paulo – 466 anos – Por Antonio Aguillar!

A cidade de São Paulo comemora hoje, dia 25 de janeiro de 2020, mais um aniversario de sua fundação, cujo marco inicial é o Pátio do Colégio, um sítio arqueológico onde foi levantada a primeira construção da atual cidade de São Paulo, quando o padre Manuel da Nóbrega e o então noviço José de Anchieta, e outros padres jesuítas a pedido de Portugal e da Companhia de Jesus, estabeleceram um núcleo para fins de catequização de indígenas no Planalto.

Pateo do Coleggio – São 466 anos anos de história!

Há 66 anos estiveram nesta cidade alguns artistas do cinema americano que vieram para participar do I Festival Internacional do Cinema, durante o 4o.Centenário de São Paulo.

Antonio Aguillar, repórter fotográfico do jornal o Estado de S.Paulo, foi encarregado de registrar as imagens desses artistas e apresenta aqui ERROL FLYNN, um monstro sagrado do cinema americano, que esteve na cidade para apoiar esse importante evento.
Errol Flynn foi considerado o espadachim do cinema, pois aparecia lutando com espadas. Em 1939 participou do filme “As Aventuras de Hobin Hood”, por exemplo.
Errol faleceu em Vancouver no dia 14 de outubro de 1959, aos 50 anos de idade, vitima de ataque cardíaco e problemas com alcoolismo.

Errol Flynn em São Paulo no quarto centenário da cidade.

Esta Pirâmide a seguir foi construída em São Paulo no ano de 1814, no Largo do Paissandu, ao lado do Metrô, cujo flagrante foi registrado pelo ex repórter fotográfico Antonio Aguillar em 1955; representa o primeiro monumento histórico da cidade e fica na Rua Xavier de Toledo com a Rua Quirino de Andrade.
O Obelisco da Memória é o monumento mais antigo de São Paulo, está localizado no Largo do Piques ao lado da Estação Anhangabaú do metrô.
A fotografia de 1955 é de autoria de Antonio Aguillar, que foi repórter fotográfico do jornal O Estado de S.Paulo. O obelisco foi construído em 1814. Foi tombado e deveria ser cuidado para evitar erosão, pichação, e outros problemas devido ao tempo, porém está ao abandono.. No local existia um chafariz para facilitar aos viajantes uma parada com suas tropas, para lavar o rosto e tomar água, mas foi retirado em 1872. No ano de 1919, por ocasião da comemoração da Independência, foi feita uma reforma do Largo da Memória. O largo foi protegido no inicio de 1970 pelo município e tombado pelo Conselho Artístico e Turístico (Condephaat) em 1975, no inicio da construção do Metrô Anhangabaú no Largo do Pique entre Rua Riachuelo e Xavier de Toledo próximo ao metro; está há 207 anos completamente abandonado. (Antonio Aguillar)

A Pirâmide fotografada por Antonio Aguillar em 1955.

Em 1954, ocasião em que aconteceu o 4o. Centenário da cidade, na condição de Repórter Fotográfico do jornal O Estado de S.Paulo, Antonio Aguillar marcou sua vida com essa foto histórica da Av. São João na altura do Largo Paissandú, quando existiam os trilhos dos bondes em toda a sua extensão.

Era raro ver um ciclista no centro da cidade.
Essa é uma das imagens entre 50 delas focalizando inaugurações, monumentos históricos em tamanho 30X40 com legenda, que foram expostas no Conjunto Nacional da Av. Paulista, Academia Paulista de Letras, Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, Palácio da Justiça na Praça Clóvis Bevilaqua, Sindicado dos Jornalistas do Estado de São Paulo, Associação dos Funcionários públicos do Estado de São Paulo, e em algumas cidades do interior do Estado.

Antonio Aguillar gostaria de continuar expondo esse material importante guardado em seu acervo, mas infelizmente deixam a desejar.
Ele disse: “Tenho a pretensão de fazer um livro desse material, pois mantenho guardado mais de 400 negativos e não encontrei alguém interessado. Se encontrar um patrocinador, uma editora ou alguém que deseja publicar o livro aproveitando esse material que certamente será alvo de sucesso por se tratar de um material importante para a história de São Paulo quando comemorava seus 400 anos de fundação”.

Largo Paissandu

Antonio Aguillar, repórter fotográfico do Estadão e seus colegas, em 1954, durante o 4o. Centenário da Cidade de São Paulo, fotografando uma partida de futebol no Pacaembu.

Antonio Aguillar, fotógrafo do Estadão, e seus colegas

Eis uma foto histórica de Antonio Aguillar no 4o. Centenário da cidade de São Paulo.
Da esquerda para a direita, Victor Brecheret escultor, responsável pelo Monumento às Bandeiras no Ibirapuera, Lucas Nogueira Garces, Governador de São Paulo e o poeta Guilherme de Almeida quando trabalhava na redação do Estadão.

Durante as comemorações do Quarto Centenário da cidade de São Paulo

MONUMENTO ÀS BANDEIRAS do escultor Victor Brecheret.
Em 1920, quando o artista tinha apenas 26 anos de idade, por conta de uma serie de problemas políticos no país a obra só foi concretizada 33 anos depois, às vésperas do IV Centenário da cidade de São Paulo.

Aos 58 anos de idade Victor Brecheret finalizou a obra que tem a altura de 11 metros, 8,40cm de largura e 43 metros de profundidade.
O monumento é uma homenagem aos Bandeirantes que desbravaram os sertões durante o Século XVII e XVIII.
Foi inaugurado em 1953 fazendo parte das comemorações do IV Centenário da cidade de São Paulo.
O monumento fotografado na época pelo repórter fotográfico Antonio Aguillar, saiu publicado duas vezes no Estadão. Ele está localizado no Parque Ibirapuera, na Praça Armando Salles de Oliveira.
Esta é a imagem com fogos de artifícios durante sua inauguração.

Monumento às Bandeiras durante sua inauguração

E VIVA A TERRA DA GOROA PELOS SEUS 466 ANOS!

Uma Homenagem a Rossini Pinto!

O cantor, compositor, versionista, jornalista e produtor musical Rossini Pinto nasceu em Ponte do Itabapeona (ES) no dia 24 de janeiro de 1937 e hoje estaria aniversariando.

Ainda criança, passou a morar no Rio de Janeiro, onde, em 1955, aos 18 anos de idade, passou a trabalhar como repórter nos jornais “Jornal dos Sports”e “Correio da Manhã”.

Rossini entrou no meio musical em 1960 ao musicar poemas do político Jânio Quadros. Nesse mesmo ano gravou seu primeiro disco, um 78 rpm pela Copacabana.

Em 1962, foi para a CBS, e nessa época ajudou a consagrar nomes como Roberto Carlos, Wanderléa, Erasmo Carlos, Renato e seus Blue Caps, etc., para os quais compôs muitas músicas e fez versões.

Em 1964 grava, com acompanhamentos de Renato e seus Blue Caps, seu primeiro LP, que trouxe sucessos como “Amor e desprezo” e “Carta de amor”, ambas de sua autoria.

Em 1966, Rossini é contratado pela Odeon, onde, além de gravar seus discos, dá início à sua carreira de produtor musical, produzindo álbuns dos Golden Boys, Trio Esperança e The Fevers.

Em 1969. a CBS cria um quadro de produtores e Rossini é convidado pelo presidente da gravadora, Evandro Ribeiro, para integrar esse quadro. Na CBS, Rossini produziu discos de artistas como Odair José, Luiz Carlos Magno, Núbia Lafayette, Ary Cordovil, etc. Também em 1969, Rossini gravou um compacto pela Caravelle.

Em 1979, Rossini volta a EMI-Odeon, onde produz, com Miguel Plopschi, LP’s de artistas como Tarcys Andrade e Luiz Geraldo. Também produziu os dois primeiros LPs do cantor Almir Bezerra (ex-Fevers).
Rossini faleceu aos 48 anos de idade, no dia 25 de junho de 1985, vítima de insuficiência renal. Suas canções e versões continuam sendo gravadas em vários estilos.

(Fonte: Leandro Muniz / Google )

Em sua homenagem, na minha cidade de Piracicaba há uma rua com seu nome.

Renato Barros, amigo e colega de Rossini Pinto na gravadora CBS, fez este depoimento sobre o artista:

… “Rossini Pinto também mexia muito lá na CBS pra levar a gente
pra lá. Um dia Evandro Ribeiro assumiu a CBS – antes era Roberto Corte-Real, chegou pro Roberto e disse: “Ah, então traga esses caras aqui e vamos ver
o que é que acontece”! (Trecho do livro Renato Barros: Um Mito, uma Lenda)

Rossini Pinto

Curiosidade sobre a música “A Volta”, de Roberto e Erasmo Carlos

Márcio Antonucci, da dupla Os Vips, faleceu em 20 de janeiro de 2014 e deixou saudade!

Enquanto esteve em nosso convívio no grupo Eternos Anos 60 no Facebook, contou muitas histórias envolvendo a Jovem Guarda, como aquela vez em que ele explicou sobre o fato de Roberto Carlos em momento algum subir o tom ao cantar “A Volta”, nem mesmo na sequência em que a música pedia isso.

Márcio então explicou:

“… vou tentar resumir musicalmente o que ele quis dizer:

A VOLTA, que tem oficialmente como compositores Roberto e Erasmo Carlos, foi composta pelo Roberto do jeito que ele gravou, ou seja, com a melodia que ele fez.

ESTOU GUARDANDO O QUE HÁ DE BOM EM MIM… esse EM MIM ele canta para baixo, como o Ronald canta, e eu canto para cima.
Como minha voz se sobressaiu mais do que a do Ronald na colocação diante do microfone (e foi o Roberto que assim quis), ela ficou mais forte, com uma dinâmica diferente.
Além disso, o arranjo do Roberto tem a levada do MONEY FOR NOTHING do DIRE STRAITS (mais soft) e o nosso do THINGS WE SAID TODAY dos BEATLES (mais hard)”.
Em 7 de janeiro de 2014 às 11:32

E Márcio também falou sobre uma foto dos Vips publicada por uma fã…

“Essa e a outra foto que fez parte do pôster da Capricho de 1966 são pra mim as melhores dos VIPS. Representam bem o espírito da dupla. Tnxs moçada!!!
Em 6 de dezembro de 2013 às 09:39

Esta foi a foto publicada e que gerou o comentário de Márcio dos Vips.

Sobre o Especial de fim de ano de Roberto Carlos, Márcio comentou:

“Quanto ao Especial do Roberto, desde que o Augusto César Vannucci faleceu, ninguém dentro da TV Globo teve autonomia e força para dizer para ele como fazer o programa de final de ano, uma tradição natalina no Brasil. Verificando os comentários, nota-se que as pessoas primeiro adoram ele, ponto. Segundo falaram da cor da gravata, da iluminação, do cenário, da Annita, mas poucos falaram sobre as canções que ele escolheu para o programa, que por sinal são quase sempre as mesmas. Isso não é defeito, faz parte do fisique-du-rôle do Roberto.
Ensaiar e gravar quadros que ele não tem certeza que vão dar certo?… Melhor ficar com o tradicional show.
Com carinho”.
Em 7 de janeiro de 2014 às 11:32

Em 20 de janeiro de 2014, quando ocorreu o falecimento do amigo, Jerry Adriani escreveu:

“Meus amigos, eu estou muito abalado…hoje perdemos mais um dos grandes da JG. Eu, particularmente, perdi um grande amigo. Não que não tenhamos tido alguns momentos de desentendimento ligeiro, porque Márcio era questionador, muito sincero e falava as coisas com muita verdade. Era uma pessoa muito competente. Não foi a toa que dirigiu departamentos musicais da Tv Globo e da Record, trabalhou em várias gravadoras, sempre dirigindo. Márcio era um líder nato. Ainda nesta semana eu comentei sobre a caravana do Luiz Aguiar, quando começou a minha maior convivência com ele e com o querido Ronald o irmão querido e que está abaladíssimo, sem chão como, já era de se esperar. Ele perdeu metade dele…Havia entre eles uma amizade linda. Ele ouvia as exigências do Márcio, sempre com paciência, sabendo que aquele era o jeito dele, mas que tudo era para o bem. Era para que sempre acima de tudo ficasse o profissionalismo. Era assim que eu via o meu irmão Márcio. Pois assim me considero…Um Adriani Antonucci. Está muito difícil…Tenho conversado por telefone com alguns amigos da JG. Martinha, incansável, me ligando sem parar para trocarmos informações, Mario Correia do Trio Esperança e Ângela sua esposa, ela havia conversado longamente com Márcio um dia antes da internação. E a frase final dele pra ela foi, não sei porque, esta…”Não deixe Ângela, que minhas palavras se percam ao vento”. Parece mais algo que se fala numa despedida…Como dizem que o espírito se antecipa, sabendo antes o que acontecerá, acredito sim numa frase profética… Querido Márcio, Lembro-me como se fosse hoje, quando em minha casa na V. Carrão, vários amigos da JG foram para almoçar inclusive o Roberto, eu pedi que ele desse uma música pra vcs. ,e, lá na minha cozinha ele mostrou cantando e tocando violão …Eu queria, pedir pra vc ficar, mas a voz não me saiu… Os Vips gravaram e foi o sucesso que se viu. Estou colocando a tristeza que vai em minha alma. Claro que sabemos que temos que nos conformar, pois foi esta a vontade do pai e esta é a vida. Jesus tbém chorou repito como quando da morte do Reginaldo, quando soube da morte do amigo chorou quando soube da morte de Lázaro…Chorar, é bom, pois ajuda a lavar a tristeza da alma e mostra o nosso sentimento de amor, de dor neste momento ao perder um grande amigo, um irmão… Márcio, de vc vai ficar o seu exemplo de trabalho, de dedicação em tudo que vc fez, vai ficar o seu otimismo, não havia quem ficasse pra baixo quando vc chegava e esse seu sorriso cheio de vida, esse que vc vai levar para a eternidade. Um dia nos veremos de novo, Deus sabe quando… Breve, pois a forma de se contar o tempo do outro lado é diferente. Se levarmos como referencia o tempo da eternidade é breve….Muito breve…Vc vai fazer falta meu amigo…Peço de novo a todos que peçam muito por vc para que entenda sua nova realidade. A vida não acaba com a morte. Vc vai continuar existindo em outro plano. Peço que continuem rezando pela sua família, pelo Ronald seu irmão, pela Luciana sua companheira querida, seus filhos que estão vivendo este pesadelo….Que Jesus o receba meu irmão. Porque tenho certeza que N. Sra, aquela que eu vi quando abri sua página no momento da oração, com certeza está velando o seu sono menino!!…Te amo meu irmão e me perdoe pelos erros humanos se de alguma forma em algum momento te ofendi ou aborreci …Jerry Adriani”.

Márcio, suas memórias serão preservadas no grupo Eternos Anos 60, assim como seu legado musical.

RENATO BARROS contando uma Curiosidade sobre gravação na antiga CBS!

Conversando com Renato Barros em 13 de janeiro de 2020 sobre o livro “Renato Barros Um Mito Uma Lenda”, comentamos que o áudio não havia ficado bom devido aos problemas com a Internet (muita chuva), mas que as pessoas saberiam que a gravação era via telefone…
Renato então se lembrou de um fato muito engraçado que aconteceu na CBS envolvendo uma gravação da música “Eu te amo, Eu te amo, Eu te Amo”, gravada por Roberto Carlos em 1968…

Lá na CBS tinha um senhor que trabalhava numa seção lá em que ele pegava as fitas pra cortar, pra editar, pra depois mandar pra fábrica fazer o disco né…
Eu me lembro… (risos) Eu me lembro que aquela música que o Roberto Carlos estava cantando aquela música…
Tanto tempo longe de você
Quero ao menos lhe falar
A distância não vai impedir
Meu amor, de lhe encontrar
Cartas já não adiantam mais
Quero ouvir a sua voz
Vou telefonar dizendo
Que eu estou quase morrendo
De saudades de você…

Aí ele pegou uma latinha… (risos) e quando chegava nesta parte, ele cantava na latinha…

Eu te amo!
Eu te amo!
Eu te amo!

… pra fazer a voz no telefone.
Aí a fita saiu do estúdio e foi lá para o senhor Cavalier que era quem ia aproveitar aquilo pra mandar pra fábrica para fazer o disco.
Daí a pouco chega lá uma informação que foi reprovada a fita… Aí o homem ficou maluco, né!
Mas reprovada por quê?
Ah! O senhor Cavalier tá dizendo que chega numa hora lá que dá um problema no som (risos).
Aí depois nós fomos ver e era a latinha mesmo (risos).
Chegava na hora do “Eu te amo…” (imitando RC). Era pra ser daquele jeito e o senhor Cavalier achou que era defeito (risos).
Eu me lembrei disso agora não sei porque…
O nome dele era Cavalier, já tinha muita idade sabe, ele era bem mais velho que a gente, nós tínhamos vinte e poucos anos, ele tinha setenta e poucos, então não alcançou muito a ideia né de botar a lata pra fazer o som do telefone né… (risos).

A gravação que fizemos sobre o livro e que fez Renato Barros se recordar desta história foi esta:

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Renato Barros comenta sobre o guitarrista que tocou na gravação de “Negro Gato”!

Em 25 de dezembro de 2019 publiquei no Facebook o vídeo do clipe da música “Quando” com a seguinte descrição:

Uma curiosidade: para quem não sabe, nos filmes o som das músicas era de Renato e Seus Blue Caps e a dublagem mostrava o conjunto RC- 7. Isto não foi comentado na época pra não tirar a ilusão do público, mas nas filmagens sempre foi feito assim, e era uma orientação do Sr. Evandro Ribeiro, Presidente da CBS na época.
Também para quem não sabe, o Gato nunca gravou com Roberto Carlos quando fazia parte das formações do RC7, assim como nenhum músico do RC-7 também não gravava com Roberto.
Nas gravações quem executava o contrabaixo sempre foi Paulo Cezar Barros.

Quando publiquei estas informações, gerou muita curiosidade por parte do pessoal interessado em saber quem tocava em cada música nos Anos 60, quando os discos não traziam seus nomes, e muitos acreditavam que a guitarra na gravação da música “Negro Gato”, por exemplo, havia sido executada pelo Gato, o José Provetti dos Jet Black’s e RC-7, devido à existência da ficha técnica incluída nos CDs lançados nas caixas da coleção “Pra Sempre Anos 60, 70, 80 e 90”, relatando os nomes dos conjuntos que acompanharam Roberto Carlos nas músicas.

Foi então que no dia seguinte, em 26 de dezembro de 2019, enviei o vídeo oficial de “Negro Gato” a Renato Barros e perguntei a ele se ouvindo a gravação ele reconheceria quem era o guitarrista nesta gravação, sabendo-se que ele próprio não era, pois Renato não gravou neste disco do Roberto…

Renato então respondeu assim:

Olha… É por isso que eu não gosto de falar de coisas muito antigas, de muito tempo, por que as coisas naquela época rolavam assim… muito atropeladas, uma coisa em cima da outra, havia aquela empolgação e eu sinceramente não me lembro mais de muita coisa que acontecia nas gravações.
Agora… por eliminação, eu vou dizer a você que não acredito que tenha sido o Gato, sinceramente, por que o Gato não tinha acesso ao Rio de Janeiro naquela época, ele era do The Jet Black’s, entendeu? Mas eu arrisco dizer que pode ter sido o GB (Carlos Roberto), o guitarrista de um grupo chamado “The Angels” que depois passou a se chamar The Youngsters.
Nós éramos amigos e eles participavam muito na CBS e participavam muito dos discos do Roberto Carlos também, entendeu?
Eu acho que o Gato com certeza não foi, por que o Gato era guitarrista do The Jet Black’s e vivia em São Paulo, ele não vinha para o Rio de Janeiro e muito menos pra gravar, não tinha cabimento a CBS chamar um músico de São Paulo pra gravar o disco aqui no Rio de Janeiro.
Então, até por uma questão de economia, o Sr. Evandro não permitiria isso, sabe? Eu acho que pode ter sido os Youngsters.
O Roberto gostava muito dos Youngsters também.

Então é isso… Agora por favor Lucinha, não me faz pergunta muito antiga por que a memória é curta! (risos)
Ah! E outra coisa: eu estou dizendo que essa guitarra não é minha, essa guitarra desse disco do Roberto Carlos, mas depois eu gravei Splish Splash, depois eu participei de todas as gravações naquela fase mais romântica do Roberto Carlos.
Era aquela fase mais romântica e eu não me lembro de cabeça os nomes dos discos, mas tinha “As curvas da estrada de Santos”, aquela coisa toda naquela época, e outra coisa, depois o Roberto foi gravar nos Estados Unidos com músicos lá dos Estados Unidos, músicos americanos, entendeu?
O guitarrista lá era o Vincent Bell, aquele que fez sucesso com a música Tema do Aeroporto, daquele filme “Aeroporto”, então durante um bom tempo o Roberto gravou nos Estados Unidos com músicos americanos.
O Gato era do The Jet Black’s.
É que as pessoas, no caso os historiadores, eles confundem muito as coisas. O Gato era guitarrista do Roberto Carlos pra tocar nos Shows. Fazia parte do RC-7, que antes era RC-4, RC-5 até chegar ao RC-7.
Muitas vezes, por dedução, as pessoas podem pensar que tenha sido o Gato, mas tenho quase certeza que era o GB do Youngsters.

Sabe Lucinha, parece que agora tudo que eu falo é sujeito a confirmação, mas eu adoro isso, eu aprendo também sabe?
Outra coisa, eu acho que é uma obrigação do músico se auto reconhecer através do som do seu instrumento, através da sua maneira de tocar, mas eu não vou ficar respondendo um a um “ah! fui eu, ou então não fui eu!”
Então é bom que você faça esta matéria mesmo por que a gente esclarece para as pessoas, não é? Todo mundo gravava naquela época, todo mundo!
Primeiro gravava só os Youngsters, misturava depois com elementos dos Fevers…

Mas olha, existe uma possibilidade de ter sido o Gato o guitarrista, por exemplo, eu toquei e gravei junto com Tom Jobim uma música (risos). Mas foi um acidente … É que tem coisas que aconteciam esporadicamente, então pode ter acontecido de exatamente nessa música o Gato ter participado por que estava lá por perto no estúdio naquele momento… Mas pra mim eram os Youngsters, não era o Renato e Seus Blue Caps nem eram os Fevers, pra mim eram os Youngsters por que Youngsters nessa época participava mais, mesmo por que o Renato e Seus Blue Caps estava estouradíssimo, a gente não tinha mais tempo de trabalhar dentro da CBS e eu fui muito prejudicado na minha carreira de produtor, por exemplo, por que a gente naquela época viajava durante dois meses seguidos, a gente ficava fora do Rio de Janeiro viajando pelo Brasil e a gente ia cedendo o terreno para os outros colegas…
Então eu, sinceramente, sobre essa música “Negro Gato”, eu não tenho como dar informação nenhuma sobre a gravação do Roberto Carlos por que eu não estava lá, eu não estava. Com certeza não fui eu, mas, por intuição, eu acho que foi o GB, não sei…

Eu me lembro de que o RC-7, por volta de 1966 até mais ou menos 1970, por aí, além do Gato tinha o Wanderlei, tinha o Dedé, tinha o Bruno, o Clécio, o Maguinho e o Dironir… Não sei se nesta mesma época já estava o Nestico, que foi também dos Jet Black’s, como o Gato.
Eu conheci todos eles, conheci ainda quando era RC-4, aí foi aumentando, passou a RC-6 até chegar a RC-7.

(Nota: Fui pesquisar depois e verifiquei que o RC-4 passou a RC-7 com Maguinho no Trumpete, Nestico no Sax Tenor e nos arranjos dos metais e Raulzinho (Raul de Souza) no Trombone de Vara, informação esta publicada por Lilu Aguiar no grupo Eternos Anos 60).

Poxa… Essa rapaziada era muito forte, era muito boa, nessa banda do Roberto Carlos, todos os componentes eram de São Paulo, a gente se via pouco, mas eu admirava muito, muito mesmo o RC-7.
De todos eles só tinha um que era carioca, que era o Dedé, que era com quem eu mais convivia e até hoje de vez em quando eu vejo o Dedé, ou tenho notícias dele, falo com ele, mas o RC-7 foi muito importante pra música do Roberto Carlos.
E o RC-7 fazia exatamente como o Roberto Carlos gravava nos discos. E nos discos ou era o pessoal do Renato misturado com os Fevers, ou eram os Youngsters, mas não importa, quando chegava ao vivo o RC-7 fazia tudo copiadinho, direitinho, era uma rapaziada muito, muito boa.

O nosso baterista Gelson Moraes, por exemplo, também não participava das gravações de Renato e Seus Blue Caps como baterista, quem participava era o Toni.

O Roberto Carlos usava uma guitarra Phelpa e antes da Phelpa, os instrumentos musicais como guitarra, baixo, eles eram fabricados todos lá em São Paulo pela Giannini até que surgiu a Phelpa, uma nova marca criada em São Paulo e a Phelpa fabricava guitarra, contrabaixo, e além de instrumentos ela fabricava também os amplificadores.

E a Phelpa dava de presente pra gente os instrumentos e a gente adorava isso… Então nós tivemos uma fase da Phelpa que veio tomar o lugar da Giannini na época. Eram instrumentos muito bons também, tanto quanto os da Giannini e os amplificadores também eram muito bons. Nós do Renato e Seus Blue Caps tivemos um bom tempo usando Phelpa e virou moda em São Paulo, o pessoal do Roberto Carlos também usava.

Isso até me fez lembrar que no começo nós e o Roberto Carlos, a gente tocava em Circos, e isso de tocar em circos era muito comum aqui no Rio de Janeiro, sabe… As coisas aconteciam de repente, às vezes o Roberto Carlos ligava pra mim, ou ligava para o Paulo Cezar e falava “você vai tá ocupado logo mais à noite? Não? Então vamos tocar lá no Circo tal?” Era mais ou menos assim… Nós íamos aos programas de rádio na Rádio Nacional, inclusive teve uma vez lá na Rádio Nacional que ele chegou um pouquinho atrasado, a gente ia fazer o programa Paulo Gracindo, o Roberto chegou um pouquinho… tipo cinco minutos atrasado e o Paulo Gracindo odiava a gente né, ele odiava negócio de Jovem Guarda, de Rock, ele não gostava! E o Roberto chegou um pouquinho atrasado e deu margem para o Paulo Gracindo tirar do programa. Eu me lembro de o Paulo Gracindo ficar falando “eu já não gosto desses cabeludos…”, mas a gente acabou fazendo o programa. Havia muito preconceito dos caras mais antigos do Rádio, não é! Com exceção, e eu estou falando do Rio de Janeiro, do César de Alencar, este adorava e enquanto o Paulo Gracindo não gostava, o César de Alencar dava a maior força pra gente…
Grande César de Alencar! Então era isso…

Mas eu não sou historiador e acho que a pessoa pra ser uma historiadora ela tem que realmente usar a verdade dos fatos e como tem muito tempo, difícil saber com precisão e principalmente não se pode confiar muito na memória de coisas que aconteceram há tantos anos…

Eu sinceramente Lucinha, eu terminava uma gravação, pra mim aquilo ali era um dia de trabalho e eu quando terminava eu pegava meu carro e ia pra casa e não pensava nunca mais naquilo… Aquilo já tinha ficado pra trás, mas hoje estão desencavando essas coisas… Eu acho importante, muito importante, mas desde que sejam verdadeiras.
Eu continuo te dizendo, tem certas coisas que eu não me lembro mais mesmo! Eu me lembro das brincadeiras, das farras no estúdio, mas detalhes assim eu não lembro mesmo, eu deixo por conta dessas pessoas que vão falando um monte de coisa… (risos).

O engraçado é que as pessoas não citam os contrabaixistas nestas pesquisas, só citam o guitarrista e tinham que citar todo mundo. O Lafayette, por exemplo, o músico mais importante nessa época era o Lafayette. Este sim participou de todas as músicas, marcou o som do órgão dele e, no entanto, as pessoas não falam no Lafayette, ou pelo menos eu nunca soube que falassem sobre o Lafayette.

Expliquei ao Renato que surgiram dúvidas quanto à participação do Wanderlei no filme, se era ele ou Lafayette tocando, e também houve um comentário da parte de Lilu Aguiar, irmã do saxofonista Nestico, que disse o seguinte:

“No filme meu irmão Nestico fez vários solos!!! Um logo no começo de “EU SOU TERRÍVEL” assim que o Roberto dá uma baforada de cachimbo na cara de um “inimigo”!!! A música ‘QUANDO’ foi gravada e tocada por eles. Basta ver o vídeo. Raul de Souza também faz um solo lindo durante o filme e mais para o fim há uma música do Nestico, “Coisa Blues”, que foi mais de improviso e o nome também.”

Deixe-me esclarecer bem à irmã do Nestico, que era meu amigo, eu não estou dizendo que alguém não tocou, o que eu estou querendo dizer é o seguinte: as músicas cantadas e tocadas originalmente pelo Roberto Carlos no filme eram dubladas, assim como em todos os filmes, até em filme americano, filme europeu, filme brasileiro principalmente, aquilo tudo ali era dublagem. O cara não tá cantando ali, entendeu? Como é que pode o Roberto Carlos cantar a minha música, por exemplo, “Você Não Serve Pra Mim”, no meio de umas bombas explodindo, como é que ele pode cantar dentro de um helicóptero entrando pelo túnel novo ali em Copacabana, então as pessoas têm que entender isso, é impossível você fazer essas coisas, mas aí que tá, isso não pode ser falado ou pelo menos não podia, que é pra não tirar o glamour da coisa né!
Quando eu era criança eu também achava que o cara estava cantando… Oscarito cantando, o Ivon Curi, aquela turma toda, o Cauby Peixoto, mas o cinema não permite que isso seja feito, então tudo era dublagem.
Agora veja bem, se o Nestico tocou seu instrumento, eu acho que sim também, assim como os outros músicos do Roberto Carlos, e ali só tinha gente boa. Mas quando eu falo na gravação específica, quando você ouve a gravação de uma música qualquer, aí é dublagem! O próprio cantor, tudo é dublagem por que tecnicamente seria impossível fazer ao vivo.

Mas Lucinha, eu gostaria de falar mais do Renato e Seus Blue Caps (risos), por que isso pra mim não soma nem diminui, eu não sinto nenhum acréscimo na minha vida falar sobre essas coisas.
Deve ter músicos que participaram nessa época aí e que tenham mais interesse de falar sobre esta fase, sabe, mas eu sou muito na minha, gosto muito de falar sobre o meu trabalho, sobre o trabalho da banda, um trabalho tão rico, tão bonito, com tanta história…

Tem tanta história que você até lançou um livro e eu vou ser grato a você a vida inteira por esse livro.

Pra mim isso não faz muita diferença não e eu não gosto de falar muito sobre isso, eu vou repetir, por que foi há muito tempo, já faz muito tempo!
É diferente a pessoa que ouve um disco e a pessoa que participou da feitura do disco.
São ouvidos completamente diferentes, sabe?
Rolava tanta coisa… Tanta coisa… Até recentemente eu te contei que durante uma gravação lá um dos músicos fez xixi na garrafa de guaraná do Maestro… Acontecia muita, muita coisa mesmo…

Sobre o Wanderlei e o Lafayette, vou voltar a dizer, eram muitos detalhes que aconteciam…
Eu me lembro, por exemplo, que no “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura” o Wanderlei participou ativamente tocando os teclados, tocando órgão, tocando piano, mas se você pegar (vou chutar) 90% do trabalho do Roberto Carlos foi o Lafayette!
Sei lá por que o Roberto Carlos gostava muito do Lafayette, todos nós gostávamos e eu gosto até hoje, então ele participou muito mais nas gravações não só do Roberto Carlos como nas gravações de todo mundo, inclusive nas nossas, nas de Renato e Seus Blue Caps ele participava também.

E é isso… Eu tenho que ir contando essas coisas devagarzinho por que fica tudo muito embolado na minha cabeça!
Eu sinceramente adoro o Roberto, sempre fomos amigos, não constantes assim né, por que a gente não se vê todo dia, todo mês e todo ano, mas é uma pessoa que eu admiro muito. O talento dele nem preciso falar, é uma pessoa que eu admiro como ser humano e tudo… Admiro muito o Roberto Carlos, mas sinceramente, Roberto Carlos é Roberto Carlos, entendeu?

Eu enquanto músico, eu era um músico comum lá no estúdio, era escalado ou não pra tocar determinadas músicas, eu sempre me dediquei muito mais a este meu lado de compositor e o meu lado Renato e Seus Blue Caps.
Eu sempre me dediquei muito e a este meu lado Renato e Seus Blue Caps, eu me dedico muito até hoje.
O lado compositor eu estou um pouco relaxado atualmente, mas quem sabe eu volte a compor aí…

Músico, como músico mesmo, eu já falei a você numa entrevista bem antiga, eu não me considero um músico assim e sabe por quê? Eu conheço tantos músicos maravilhosos, não só no Brasil mas no mundo, então eu sempre digo pra todo mundo assim “eu não sou músico, eu não sou músico não, eu sou compositor”… Aí em função de eu desempenhar uma arte, eu digo “eu sou um artista”, junto com meus colegas do Renato e Seus Blue Caps. Nós somos um nome que representa um artista que é o Renato e Seus Blue Caps. Agora músico eu nunca me considerei e nem faço questão de me considerar.
Eu queria deixar isso bem claro! Eu tenho bem claro na minha vida o que eu admiro em mim e o que eu não admiro, entendeu?

O músico no Brasil nunca foi muito valorizado né… Mas até que de alguns anos pra cá tá havendo uma valorização legal pra alguns músicos, eu acho isso muito bom!
Mas ninguém fala, por exemplo, que aqueles vocais, aquele coro nas gravações do Roberto Carlos era o Golderança quem fazia, que era uma mistura dos Golden Boys com o Trio Esperança, uma família né, são irmãos, mas eu sinceramente não ouço ninguém falar nos Golden Boys os quais participavam daquilo, no Trio Esperança, que participava também daquilo, é isso entendeu? Tem muita gente pra ser citada!

É complicado sabe, depois de tantos anos você falar essas coisas, ainda mais no meu caso, eu não ganho nada e nem perco nada em ter participado do disco do Roberto Carlos e dos discos de tanta gente… Não ganho nem perco nada, serve só pra história mesmo e é o que nós estamos fazendo aqui.

Eu estou tentando colaborar com você em nome da história não é, da história do que acontecia por que isso tudo acontecia também na nossa concorrente, na Odeon.
A Odeon tinha os artistas dela também entendeu? Tinha Celly Campello, Tony Campello e tantos outros, mas que já funcionava mais em São Paulo.
É difícil explicar para o leitor, muito difícil!

Disse a Renato que ele sempre diz que não se considera um músico, mas que todos discordam disso, por que sua maneira de tocar é diferenciada e muito elogiada inclusive por músicos!

Lucinha, eu estou me estendendo assim, eu sou aquele cara que dá um boi pra não entrar numa briga e eu dou uma boiada pra esclarecer tudo (risos), pra deixar tudo claro.
Só pra terminar, deixe-me te falar uma coisa: aquela época dos primórdios do Rock, todo mundo estava aprendendo…
De lá pra cá todos, inclusive eu, nós nos aprimoramos muito no decorrer do tempo, entendeu, muito, muito, muito, eu pelo menos, eu não fiquei estacionado.
Eu acredito que eu seja elogiado como guitarrista, aliás, eu vejo comentários também mas não é por isso não, é por que eu enveredei por um outro lado e eu tenho uma maneira de tocar Rock and Roll que eu fui adquirindo com o tempo.
Eu realmente, principalmente nos Shows ao vivo, as pessoas elogiam muito minha maneira de tocar, mas é uma coisa minha sabe… Própria minha, não copiei de ninguém, só que a gente vai ouvindo as coisas, vai ouvindo outros guitarristas e tudo e eu consegui ficar no meio termo, então tem pessoas que falam assim: “poxa Renato, depois de tantos anos você está tocando assim, assado e tal”… E eu fico feliz, mas tudo o que eu faço é muito natural, é muito do coração.

Também falei ao Renato que talvez ele não soubesse que o vocal da banda Renato e Seus Blue Caps é sempre muito elogiado, é um vocal muito diferenciado e que se destaca entre bandas de todos os tempos…

Os vocais do Renato e Seus Blue Caps, realmente a gente tem muito cuidado com isso, a gente tem cuidado com tudo né, na verdade a gente parece que tá começando a carreira todo dia por que pelo menos em meu nome eu devo dizer a você que eu morro de vergonha de fazer uma coisa mal feita! Quer me ver ficar com vergonha é fazer uma coisa mal feita!
Então é a dedicação mesmo, é o tempo de palco, o tempo de instrumentista, entendeu?
Uma coisa que é minha nata é que eu nunca copiei guitarrista nenhum, mas sofri influências de vários guitarristas, de vários! Principalmente os internacionais e eu coloco isso tudo humildemente na minha guitarra lá, e como eu sou muito crítico com os outros, eu sou autocrítico também e me policio demais, eu tenho uma tendência a achar que eu não fiz legal e que eu posso sempre fazer melhor… É mais ou menos isso.

Mas eu agradeço a oportunidade de fazer este esclarecimento, mesmo por que é sempre bom esclarecer certas coisas, principalmente por que a gente vê tanta besteira por aí, em vários lugares, então é bom a gente esclarecer.

Obrigado Lucinha.

O Guitarrista, Compositor, Cantor, Produtor, o Músico Renato Barros!

NOTA: Luiz Carlos Siqueira, que pertenceu ao conjunto The Youngsters, também fala sobre esta gravação:

“O GATO COM CERTEZA NÃO FOI, EU ACHAVA QUE TIVESSE SIDO RENATO E SEUS BLUE CAPS MAS PODE ATÉ TER SIDO O GB, NÃO SEI. LUCINHA MUITA COISA FICOU PERDIDA, NÃO SABÍAMOS QUE IRIA VIRAR HISTÓRIA E NÃO HAVIA REGISTRO DE PRATICAMENTE NADA. SÓ O ROBERTO DEVE SABER…BJS…PAZ”

Em 04 de abril de 2022, Paulo César Barros confirmou que foi o GB dos Youngsters o guitarrista que tocou em “Negro gato”.