Performances solo de Raul de Barros, o Tremendão

1 – O Imigrante

Composição de Raul DE Barros e Eduardo Araújo – Cantando está Márcio, amigo do Raul.
O Nenê (ex-Incríveis) tocou baixo nessa gravação.

2 – Terror dos Namorados

3 – Peace Pipe

4 – Papa Country Mama Soul

5 – Negro Gato

6 – Mulher, Sexo Frágil

7 – Midnight

8 – Blue Starr

9 – Wonderful Land

10 – I Only Want to Be With You

11 – To the greatest love

12 – Theme For Young Lovers

13 – It`s My Party

14 – Travelling Man

15 – There`s a Kind of Rush

16 – Bus Stop

17 – Monalisa

18 – Blueberry Hill

19 – Ten-Vas-Pas

20 – As Tears Go By

21 – It`s My Party

22 – There`s a Kind of Hush

23 – Un`Estate Italiana.

“Essa música é linda, uma das mais bonitas que já ouvi, fiquei essa semana toda gravando. Foi originalmente gravada por Edoardo Bennato e Gianna Nannini para abertura da Copa do Mundo de 1990. Amanhã é Domingo de Páscoa, quero oferecer essa gravação à todos os meus amigos em geral, inclusive aos amigos descendentes de italianos que não são poucos e em especial ao meu saudoso amigo Nenê Benvenuti.” (Raul de Barros)

24 – From Me to You

25 – Breaking up is hard to do

Uma gravação e grande sucesso de Neil Sedaka em 1962. Aqui, Raul Tremendão com arranjo instrumental para o CD Oldies 2013.

Segue uma composição de Oscar Fornari, “Te Amar é…”, um presente do Raul para ele, tocando todos os instrumentos!

Grande Show da Pré-Jovem Guarda dia 10/05 em São Paulo!

Antonio Aguillar, ” o Timoneiro da Juventude” e a Rádio Capital AM de São Paulo, tem a honra de apresentar e convidar o público para o grande Show da Pré-Jovem Guarda da qual é o precursor com a outorga de Troféus, como homenagem da Rádio Capital através do programa Jovens Tardes de Domingo, aos artistas que completaram mais de meio século de vida na música, entre os quais são presenças confirmadas: Sérgio Reis, Nilton César, Prini Lorez, Leila Silva, Silvana, Silvio Brito entre outros!

Trofeu guitarra 2

O evento acontecerá no dia 10 de maio, a partir das 20h, no Club Homs, localizado na Avenida Paulista, 735, tendo a participação da famosa Banda The Clevers (em sua terceira formação), com a apresentação do comunicador Antonio Aguillar.

Venda de Ingressos:

1 – Secretaria do Club Homs.
Endereço: Av. Paulista, 735 São Paulo
Tel. 11 3289-4088

2 – Loja de Discos B.R.J.
Endereço: Av. Paulista, 657, perto da Av. Brigadeiro Luiz Antonio.
Tel. – (11) 3253-4990 – SãoPaulo

3 – Museu do CD
Endereço: Av Paulista, 1499 Loja 18 (ao lado do MASP)
Tel. (1) 3289-9415 – falar com Tangerino.

Valor do ingresso por pessoa: R$. 100,00, com direito aos “comes e bebes”, além de testemunhar um show com a presença de artistas de renome!

Roberto Carlos já recebeu o dele, pois não poderá estar presente nesta data.

Mas ele será homenageado também na data, como diz Aguillar e o Sr. Ribas, Assessor de Imprensa da Ordem dos Músicos do Brasil:

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Sérgio Reis e Nilton César, Leila Silva, Silvana, Prini Lorez, Silvio Brito estarão lá e confirmam presença!

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Sérgio Reis reforça o convite e fala de sua amizade e consideração por Antonio Aguillar

Não percam este espetáculo que ficará guardado no coração da gente!


Antonio Aguillar

Reportagens exibidas pela CBS NEWS com Henry Grossman falando sobre os Beatles

O fotógrafo Henry Grossman passou quatro anos fotografando os Beatles enquanto eles faziam todo tipo de apresentação em concertos e posavam para capas de revistas, como já vimos no post “Places I Remember: My Time With the Beatles”, por Henry Grossman.

Em 23 de março de 2013, um dia depois dos 50 anos do lançamento do primeiro álbum dos Beatles, o Please Please Me, a CBS NEWS exibiu reportagens sobre o livro “Places I Remember” e as fotos jamais vistas antes, e que foram tiradas por Grossman na época em que ele trabalhava para os Beatles como fotógrafo.

george by henry grossman

Seguem os vídeos das reportagens

1 – Never before seen photos of The Beatles / Fotos dos Beatles nunca antes vistas – Reportagem sobre o livro de Henry Grossman

https://vimeo.com/62783431

Photographer Henry Grossman spent so much time with Beatles they considered him a friend. He talks about his experiences with them and taking photos of them.

O Fotógrafo Henry Grossman passou muito tempo com os Beatles que o consideravam um amigo. Ele fala a respeito de suas experiências com eles, ocasião em que tirava fotos deles.

Fala também sobre as estórias por trás de algumas das fotos nunca vistas antes e que ele tirou dos Beatles quando ele trabalhava para eles como fotógrafo.

unseen photos by henry grossman

2 – Henry Grossman talks about some unseen Beatles photos taken by him, including some takes in India (1968)

Neste video Henry Grossman fala sobre algumas fotos tiradas por ele na India durante a estada dos Beatles com o Maharishi.

https://vimeo.com/62801339

John Lennon by Henry Grossman

“That’s it. I’m not a Beatle anymore.” (É isso. Agora não sou mais um Beatle.)

Em 29 de agosto de 1966 os Beatles estavam no avião voltando de seu último show ao vivo em Candlestick Park, em São Francisco, quando George Harrison disse esta frase, que ficou na história! Em resposta, John Lennon sugeriu para seu promoter Arthur Howes, que enviasse quatro bonecos de cera dos Beatles sacudindo suas cabeças no momento certo, que as crianças não saberiam a diferença.
Mas pelo menos uma pessoa continuou sentimental nessa época, e foi Paul McCartney, que mantém a lista de músicas daquele dia do último concerto gravada em seu baixo Hofner.
A frase de George Harrison serve de título para esta matéria escrita por Gordon Thompson, que é Professor de Música da Skidmore College e autor do livro Please Please Me: Sixties British Pop, Inside Out.

Livro Please Please Me

Há quarenta e sete anos atrás, em 1966, os Beatles se separaram, não no sentido jurídico, mas no aspecto prático de ser uma banda que tocava ao vivo diante das platéias. Em 29 de agosto de 1966, eles tocaram seu último concerto ao vivo perante uma platéia no Candlestick Park, em San Francisco e, no avião de volta para a Grã-Bretanha, George Harrison virou-se para um repórter e suspirou: “É isso. Eu não sou mais um Beatle.”
Em setembro de 1966, cada um dos Beatles se separaram e tomaram cada um o seu caminho. George Harrison partiu para a Índia para estudar música indiana e a aprender a tocar cítara (sitar) com Ravi Shankar, passando parte do seu tempo flutuando em uma casa-barco no Lago Dal Kashmir.
Paul McCartney tornou-se uma esponja cultural, participando de eventos de artistas tão diferentes como Luciano Berio no Wigmore Hall de Londres e bandas como Brian Auger e a Trindade em clubes antes de embarcar em uma turnê do Vale do Loire (disfarçado) e num safari no Quênia.
Ringo Starr concentrou-se em sua família em Londres. E simbolicamente, em 6 de Setembro, John Lennon cortou o cabelo, adotou a aparência dos metaleiros do Serviço Nacional de Saúde, e quatro dias depois começou uma viagem à Alemanha e Espanha para desempenhar o papel do Mosqueteiro Gripweed no filme de Richard Lester, “Como Ganhei a Guerra”.
Em anos anteriores, o tempo após as turnês de verão os ajudava a rejuvenescer suas mentes e prepará-los para o próximo single de Natal e lançamentos dos álbuns. No outono de 1966, eles tinham uma opção diferente. Particularmente, o contrato deles com a gravadora EMI expirou deixando-os sob nenhuma obrigação legal de ter que lançar alguma coisa até o final de novembro. Após as rancorosas turnês de verão e as respostas positivas que eles receberam pelo álbum “Revolver”, eles aproveitariam o tempo para trabalhar no próximo projeto.
A questão então surgiu para os Beatles: Qual era o próximo? Como eles poderiam ultrapassar “Revolver”?
Parte da imprensa, ao saber que a banda não estaria mais agendando datas de shows e que Brian Epstein ainda não havia negociado nenhum novo contrato de gravação, previu que os Beatles estavam ultrapassados e iriam se dissolver em breve.

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De certa forma, eles estavam certos: a banda que havia balançado estádios e estádios de futebol já não existia. Em seu lugar, um coletivo assumiu a responsabilidade de reimaginar o papel de duas guitarras, baixo e bateria em um ambiente onde os sons eletrônicos, música indiana, e instrumentos de orquestra compartilhavam o “audioscape”.
O mundo estava mudando. As experiências daquele verão de serem perseguidos por repórteres a respeito dos comentários de Lennon de que “somos mais populares do que Jesus”, sendo guardados por policiais japoneses, militantes de direita raivosos por causa da influência da banda sobre a juventude, agredidas pela polícia filipina por terem ignorado Imelda Marcos, e insultados pela Ku Klux Klan nos Estados Unidos, convenceram a banda de que já não podiam continuar como estavam. Como crianças emancipadas das casas de seus pais, eles partiram para se redefinirem a eles próprios como algo além daquelas figuras bidimensionais sorridentes de penteado “mop top” das séries de desenhos animados.
As dramáticas mudanças políticas e sociais do mundo nos anos pós guerra levaram em 1966 a uma ascenção das forças reacionárias conservadoras que encontraram quase tudo, desde a bomba de hidrogênio à ameaça do controle de natalidade. Mas talvez o mais difícil de tudo foi o amadurecimento em massa dos baby boomers, os mais velhos dos quais estavam prestes a completar 21 anos e, portanto, com o potencial de aumentar os direitos políticos. Seus números inteiros significavam que seus experimentos com drogas e música traziam o que teria sido contra-cultural em meios de comunicação e no discurso social. Talvez sem saber, os Beatles tinham estado na linha de frente dessa guerra cultural (portanto, as suas experiências em turnê) e, mesmo que eles não quisessem mais excursionar, eles ainda queriam muito fazer parte deste debate cultural, para lançar sua imagem de “fab four”, e criar experimentos.
Em setembro de 1966, cada um dos Beatles individualmente começou a moldar novas identidades individuais e explorar interesses musicais individuais. Na Espanha, John Lennon escreveria “Strawberry Fields Forever”, uma de suas canções mais imaginativas e uma releitura de sua infância e identidade pessoal. George Harrison retornaria da Índia com a técnica de tocar o instrumento indiano “sitar” melhorada e a auto-confiança para gravar sem seus companheiros de banda. E Paul McCartney teria uma epifania, pois naquele instante ele teve um pensamento único e inspirador, de uma natureza quase sobrenatural dentro do avião de volta de África sobre como os Beatles poderiam reinventar a eles mesmos com “A Banda do Clube dos Corações Solitários do Sgt. Pimenta”, um grupo imaginário com nenhuma das complicações legais e sociais da vida real.

Texto original: “That’s it. I’m not a Beatle anymore.”, by Gordon Thompson

Tradução: Lucinha Zanetti

Posts relacionados:

1 – Candlestick Park será demolido

2 – 1966: Um pesadelo na História dos Beatles

George Freedman é homenageado na Ordem dos Músicos do Brasil

O cantor George Freedman foi convidado por Ribas Martins, Secretário do Presidente da Ordem dos Músicos do Brasil, Professor Roberto Bueno, amigo de George de longa data, a participar de um evento na Sede da OMB em São Paulo, no dia 25 de março de 2013, por ocasião da entrega das carteiras de habilitação para novos músicos, ocasião em que George Freedman foi homenageado juntamente com B.J. Mitchell, baixista do grupo The Platters, que se encontra no Brasil para uma série de apresentações beneficentes em prol da casa dos artistas.

Entrevista com GF

George Freedman foi homenageado pelo Presidente da OMB, que lhe entregou uma pasta contendo um diploma de honra ao mérito em reconhecimento ao seu trabalho realizado, enaltecendo a arte e a cultura brasileira, no período pré e Jovem Guarda. Entre os objetos, um botton com a clave de sol, símbolo da OMB e exemplares da Revista “Músico”.

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George Freedman recebe diploma de honra ao mérito (3)

Além disso, George foi presenteado com o livro “A Dinastia do Rádio Paulista”, de Thais Matarazzo Cantero e Valdir Comegno, onde na página 313 está registrada a sua participação na Organização Vitor Costa, no seriado “As Aventuras do Capitão Bill”, no papel de Capitão Bill, onde o artista contracenava com Gessy Soares de Lima, a heroína da estória e filha do Xerife, Valentino Guzzo, que fazia o papel do bandido Cicatriz e Abelardo Barbosa, o Chacrinha, no papel do Xerife da cidade.

Seguem fotos de cenas do seriado, gentilmente cedidas pela autora do livro, Thais Matarazzo:

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George Freedman autografa seu primeiro LP, "Multiplication", para o amigo Oscar Fornari. Foto: Oscar Fornari

George Freedman autografa seu primeiro LP, “Multiplication”, para o amigo Oscar Fornari.
Foto: Oscar Fornari

Antonio Aguillar e George Freedman, uma dupla do ROCK!

George e DJ Mitchell

George e DJ Mitchell

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Antonio Aguillar durante seu programa em 24-03-2013

George Freedman esteve participando ontem, dia 24 de março de 2013, do Programa “Jovens Tardes de Domingo”, de Antonio Aguillar pela Rádio Capital, e fala de sua retomada da carreira artística, do lançamento de seu livro, dos amigos do Facebook e encontra B.J. Mitchell, dos Platters.

Os Beatles e a influência da música indiana em suas canções

Os Beatles e a influência da música indiana

Todo fã dos Beatles já ouviu falar da influência da música da Índia em algumas de suas criações. George Harrison foi o que mais se deixou influenciar, tendo criado canções que se baseiam inteiramente na forma indiana de compor e tocar, e essa influência também se apresenta em outras canções, pelo menos no uso de instrumentos típicos.
Tudo começou quando no set de filmagem de Help! George viu um instrumento estranho, com um som estranho, num dos cenários e sentiu-se atraído. Era um Sitar, também conhecido por Cítara. Depois da compra de um exemplar barato e alguma experimentação ele apareceria, com seu som bizarro e estimulante, em Norwegian Wood. A sonoridade agradou a todos e foi utilizada em outras canções.
Já em 1966, na época da gravação do álbum Revolver, e logo após o incidente ocorrido nas Filipinas com Imelda Marcos e Manila, os Beatles passaram pela Índia e acompanharam uma execução de sitar talvez pela primeira vez.
Cesar Labarthe esteve na Índia em 2005 e conta que desde que viu o Concerto para Bangla Desh em 1974, se interessou muito pela cultura e pela música hindu. Em visita à India pela segunda vez, ele decidiu pesquisar tudo que se relacionasse com a estada dos Beatles por lá em 1968, e foi assim que esteve em Rishikesh com Mr Rikhi Ram na sua loja de música. Lá, enquanto tomavam chá, Mr. Rikhi Ram lhe mostrou sua coleção privada de fotos com os Beatles e contou tudo que compartilhou com eles. São relatos pessoais e que não há muita documentação a respeito. Foram feitas várias fotos dos locais importantes e também das fotografias do acervo pessoal de Mr. Rikhi que, segundo Labarthe, eram inéditas.
A loja de música de Mr. Rikhi Ram fica em Connaught Circus, bem no centro de Nova Delhi. É uma loja pequena, e têm lá uns luthiers que pesquisam, projetam e inventam instrumentos musicais. A loja tem muitas fotos dos Beatles, e eles conversaram sobre eles, enquanto que Ram Filho fez um concerto particular de sitar e seu pai contou a Labarthe, ilustrando com fotos, quais foram os instrumentos que os Beatles levaram.

George, que influenciou os Beatles a fazer essa viagem, decidiu comprar instrumentos assim que foram recomendados à loja de Mr. Rikhi. O que realmente não se sabe é se eles foram à loja antes ou não, porque nas fotos parece que estão num hotel.

Mr. Rikhi 1

Mr. Rikhi foi ao seu encontro levando vários instrumentos e alguns ajudantes, entre eles um Sikh (o que aparece com turbante nas fotos).

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Mr. Rikhi Ram e seus ajudantes fizeram uma pequena demonstração aos quatro de como soavam os instrumentos e Ringo comprou uma tabla, John um sarod, Paul um sitar e uma tambura e George um sitar, um sarod, um surmandal e uma tambura. De todos estes o que mais se escuta em sua música são a tambura e o sitar.

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Depois, conversaram sobre os Beatles em geral. Na foto abaixo podemos ver Mr. Rikhi Ram com o sarod de John, e George com sua tambura.

Sarod Sitar

Sarod Sitar

Conta o beatlemaníaco que não foi uma situação muito fácil estar na loja conversando com eles, já que estavam trabalhando, além da dificuldade de comunicação, ao inglês precário, e havia tanto a perguntar sobre os Beatles e sobre instrumentos e música em geral….
Por sorte, num momento de tranquilidade na loja, eles o convidaram para um chá e puderam conversar com calma.
De tudo que falaram do encontro com os Beatles, o que mais deixou marcas foi a energia que tinham e a inquietude por coisas musicalmente diferentes daquelas que faziam no momento. Com certeza, como já sabemos, George era o que mostrava maior interesse e o único deles que o manteve.

Segundo o relato, ele diz que acredita que Paul também se interessava, mas não o suficiente para seguir com isso por um longo tempo, apesar de que agora, ao ver o título da canção “Riding Into Jaipur” – que é uma cidade da Índia na zona de Rajhastan – ficou a pensar que ele ainda deve ter alguma ligação interior com este país e com aquele tempo. Diz ele que o caminho de Jaipur é impressionante!

Depois desse primeiro encontro, o pai e o filho continuaram a sua amizade com George e com Ravi Shankar, ao qual ainda fornecem instrumentos musicais. Falaram da paz espiritual de George, que mesmo sendo algo sobre o que já lemos mil vezes, é diferente quando quem a conta é um amigo de tantos anos. Outra coisa que falaram foi do amor, devoção e paixão que George tinha pelos instrumentos musicais. Quando se encontrou com o filho de Mr. Rikhi em Londres, George o presenteou com uma edição do livro “I, Me, Mine”, onde lhe mostrou a foto em que aparece com o primeiro sitar que teve. Disse que tinha muitos, já que depois que perceberam que os Beatles tinham comprado instrumentos musicais na Índia, choveram milhares pela Inglaterra. Mas disse que era no primeiro que comprou que sempre tocava, apesar de ter recebido muitos de presente.

Ram (filho) e George Harrison

Ram (filho) e George Harrison

Na foto abaixo podemos ver o músico César Labarthe, autor deste relato, segurando a sua Tambura-Surmandal e acompanhado de Mr. Rikhi Ram e seu filho, 38 anos depois que os Beatles estiveram na loja de instrumentos na India, em 1968.

Tambura Surmandal

Tambura Surmandal

Atualmente o Ashram onde estiveram os Beatles, (o Ashram do Maharishi Mahesh Yogi), que teve alguns anos de apogeu, está em ruínas e fechado desde 2001.

Algumas músicas dos Beatles e os Instrumentos Indianos incluídos nelas

Os Beatles utilizaram quatorze instrumentos indianos em nove canções. Abaixo seguem as canções e qual deles aparecem em cada uma delas:

Norwegian Wood (Lennon/McCartney)
Lançada no Reino Unido em 3 de dezembro de 1965, sexta-feira, no LP “Rubber Soul”

Sitar: George Harrison

Sitar

Sitar

Love You To (Harrison)
Lançada no Reino Unido em 5 de agosto de 1966, sexta-feira, no LP “Revolver”

Sitar: George Harrison

Tabla: Anil Bhagwat

Tabla

Tabla

Lucy In The Sky With Diamonds (Lennon/McCartney)
Lançada no Reino Unido em 1 de junho de 1967, quinta-feira, no LP “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”

Tambura: John Lennon

Getting Better (Lennon/McCartney)
Lançada no Reino Unido em 1 de junho de 1967, quinta-feira, no LP “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”

Tambura: George Harrison

Tambura

Tambura

Within You Without You (Harrison)
Lançada no Reino Unido em 1 de junho de 1967, quinta-feira, no LP “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”

Sitar: George Harrison
Sitar: Brian Jones
Harmonium: George Harrison
Tabla: Natver Soni
Surmandal: P. D. Joshi
Dilruba: Amrat Gajjar
Tambura: Brian Jones
Tambura: George Harrison
Tambura: Neil Aspinall

Harmonium

Harmonium

Harmonium

Surmandal

Surmandal

Surmandal

Dilruba

Dilruba

Dilruba

Tambura

Tambura

Tambura

Strawberry Fields Forever (Lennon/McCartney)
Lançada no Reino Unido em 17 de fevereiro de 1967, sexta-feira, num Single com “Penny Lane”

Surmandal: George Harrison
Tabla: Brian Jones

Your Mother Should Know (Lennon/McCartney)
Lançada no Reino Unido em 8 de dezembro de 1967, sexta-feira, no EP “Magical Mistery Tour”

Tabla: George Harrison

Tabla

Tabla

Tabla

Surmandal

Surmandal

Surmandal

The Inner Light (Harrison)
Lançada no Reino Unido em 15 de março de 1968, sexta-feira, num Single com “Lady Madonna”

Sarod: Ashish Khan
Tabla: Mahapurush Misra
Pakawaj: Mahapurush Misra
Shehnai: Sharad Jadev
Shehnai: Hanuman Jadev
Shehnai: Vinayak Vohra
Sitar: Shankar Ghosh
Surbahar: Chandra Shakher
Santur: Shiv Kumar Sharmar
Bansuri: S. R. Kenkare
Bansuri: Hari Prasad Chaurasia
Dholak: Rijram Desad
Harmonium: Rijram Desad
Tabla: Tarang Rijram Desad

Across The Universe (Wildlife Version) (Lennon/McCartney)
Lançada no Reino Unido em 12 de dezembro de 1969, sexta-feira, no LP “No One’s Gonna Change Our World”

Tambura: George Harrison

As fotos dos instrumentos:

Bansuri

bansuri

Dholaki

Dholak

Dholak

Dilruba

Diruba

Diruba

Harmonium

Harmonium

Harmonium

Pakhawaj

Pakhawaj

Pakhawaj

Santur

Santur

Santur

Sarod

Sarod

Sarod

Shehnai

Shehnai

Shehnai

Sitar

Sitar

Sitar

Surbahar

Surbahar

Surbahar

Surmandal

Surmandal

Surmandal

Tabla

Tabla

Tabla

Tabla Tarang

Tabla Tarang

Tabla Tarang

Tambura

Tambura

Tambura

FONTE DA PESQUISA: Textos de Carlos Assale escritos em 2003

Um esclarecimento:

O Harmonium, um instrumento muito usado na música indiana, na verdade é um instrumento europeu que se espalhou por toda a Índia e hoje em dia é usado praticamente em todo gênero musical lá tocado.

Ele só foi citado em Within You Without You e The Inner Light, canções que têm nítida inspiração indiana, mas também foi usado em We Can Work It Out, The Word, Dr. Robert, Penny Lane, For The Benefit of Mr. Kite, A Day In The Life, Cry Baby Cry e Here Comes The Sun.

Há 45 anos atrás os Beatles estiveram em Rishikesh, na Índia, onde se refugiaram para compor e meditar…

Este é John Lennon no dia em que os Beatles encontraram Maharishi Mahesh Yogi. Esta foto faz parte da coleção de fotos nunca antes vistas, tiradas pelo fotógrafo Henry Grossman e que foram publicadas no início dessa semana.

John Lennon met Maharishi

A viagem dos Beatles à Índia para a meditação completa 45 anos, e vendo esta foto de Lennon recém publicada, nos leva a imaginar o que teria sido feito do local de retiro dos Beatles em Rishikesh, na Índia, onde eles se refugiaram em 1968 para compor e meditar…
Os Beatles foram para lá à procura de um pouco de paz de espírito, acompanhados por Cynthia, Maureen, Patti, e também estavam com eles Donovan, Mia Farrow entre outros. O “ashram” de Maharishi Mahesh Yogi foi o lugar onde eles ficaram e participaram da meditação e tudo o mais. Ringo trouxe com ele alguns suprimentos de comida pois ele não se dava com a comida Indiana e também era sensível à atmosfera local, o que o levou a deixar a Índia mais cedo que os companheiros.
Os Beatles escreveram várias canções lá, as quais fizeram parte do Álbum Branco, como por exemplo “Dear Prudence”, escrita lá e dedicada à irmã de Mia Farrow, Prudence, como já contamos aqui neste post. Algumas controvérsias ocorreram por lá e os Beatles foram convidados a deixarem o local pelo próprio Maharishi Yogi.

Todos em Rishkesh

Fotógrafo:  Paul Saltzman

Fotógrafo: Paul Saltzman

John e Paul - fotógrafo Paul Saltzman

Fotógrafo: Paul Saltzman

Paul by  Paul Saltzman

Fotógrafo: Paul Saltzman

Em fevereiro de 2012, Maria Eugênia Tomazini, do site UOL, esteve lá e conta que o local está em ruínas.

Vejam seu relato e fotos abaixo.

Há 45 anos o mundo tentava encontrar no mapa uma pequena cidade no norte da Índia, aos pés do Himalaia e na fronteira com o Nepal, a longínqua Rishikesh. O motivo? Simples! Os Beatles aterrissaram de mala e cuia, eles e mais cerca de 60 pessoas incluindo as esposas, namoradas, amigos e equipe de produção, para uma temporada de meditação transcendental sob a protetora batuta de Maharishi Mahesh Yogi, guru e dono do luxuoso Ahsram (nome dado ao local para meditação) que, durante quase dois meses, serviu de morada para uma das mais importantes bandas da história.
Se hoje demora-se até oito horas para fazer, de carro, o trajeto de Nova Déli a Rishikesh, uma distância de apenas 227 quilômetros, dá para imaginar o tipo de aventura que John, Paul, George e Ringo enfrentaram na época até chegar ao encontro do guru. A alternativa ‘moderna’ ao nada transcendental trânsito indiano é o trem que, embora mais rápido do que a versão quatro rodas, também pode demorar seis horas para fazer o trajeto — excluindo os constantes atrasos.

Foto 1 - O ashram onde os Beatles estiveram entre fevereiro e abril de 1968 fica a leste da ponte de Ram Jhuha, bons 40 minutos se o trajeto for a pé. Seguindo pela encosta do rio, vale a pena encarar a caminhada para conhecer um dos excelentes mercados locais, com melhores preços do que as lojas no centro de Rishikesh .

Foto 1 – O ashram onde os Beatles estiveram entre fevereiro e abril de 1968 fica a leste da ponte de Ram Jhuha, bons 40 minutos se o trajeto for a pé. Seguindo pela encosta do rio, vale a pena encarar a caminhada para conhecer um dos excelentes mercados locais, com melhores preços do que as lojas no centro de Rishikesh .

Foto 2 - Embora a visita ao "ashram dos Beatles" seja um ponto turístico, ela não é legalizada. Há anos o local está abandonado e, desde 1997, foi fechado pelo governo indiano.

Foto 2 – Embora a visita ao “ashram dos Beatles” seja um ponto turístico, ela não é legalizada. Há anos o local está abandonado e, desde 1997, foi fechado pelo governo indiano.

Foto 3 - Enquanto ashrams são espaços de meditação e ioga conhecidos por suas quase primitivas acomodações, a luxuosa propriedade de 57 mil metros quadrados de Maharishi Mahesh Yogi chegou a acomodar mais de 400 pessoas em quartos individuais, aquecimento central, decoração com móveis tipicamente ingleses, aeroporto e água encanada.

Foto 3 – Enquanto ashrams são espaços de meditação e ioga conhecidos por suas quase primitivas acomodações, a luxuosa propriedade de 57 mil metros quadrados de Maharishi Mahesh Yogi chegou a acomodar mais de 400 pessoas em quartos individuais, aquecimento central, decoração com móveis tipicamente ingleses, aeroporto e água encanada.

Foto 4 - O que sobrou do ashram dos Beatles foram ruínas, mas um olhar mais atento consegue encontrar detalhes luxuosos do que um dia foi a propriedade, espécie de iglus de dois andares inteiros construídos com pedras, salas do tamanho de ginásios que foram dedicadas à meditação e ioga e hoje viraram um amontoado de entulho, sem telhados e só a carcaça de algumas construções que ainda resistem aos efeitos do tempo.

Foto 4 – O que sobrou do ashram dos Beatles foram ruínas, mas um olhar mais atento consegue encontrar detalhes luxuosos do que um dia foi a propriedade, espécie de iglus de dois andares inteiros construídos com pedras, salas do tamanho de ginásios que foram dedicadas à meditação e ioga e hoje viraram um amontoado de entulho, sem telhados e só a carcaça de algumas construções que ainda resistem aos efeitos do tempo.

Foto 5 - O ashram que os Beatles estiveram entre fevereiro e abril de 1968 fica a leste da ponte de Ram Jhuha, bons 40 minutos se o trajeto for a pé. Seguindo pela encosta do rio, vale a pena encarar a caminhada para conhecer um dos excelentes mercados locais, com melhores preços do que as lojas no centro de Rishikesh.

Foto 5 – O ashram que os Beatles estiveram entre fevereiro e abril de 1968 fica a leste da ponte de Ram Jhuha, bons 40 minutos se o trajeto for a pé. Seguindo pela encosta do rio, vale a pena encarar a caminhada para conhecer um dos excelentes mercados locais, com melhores preços do que as lojas no centro de Rishikesh.

Foto 6 - Embora a visita ao "ashram dos Beatles" seja um ponto turístico, ela não é legalizada. Há anos o local está abandonado e, desde 1997, foi fechado pelo governo indiano.

Foto 6 – Embora a visita ao “ashram dos Beatles” seja um ponto turístico, ela não é legalizada. Há anos o local está abandonado e, desde 1997, foi fechado pelo governo indiano.

Foto 7 - Enquanto ashrams são espaços de meditação e ioga conhecidos por suas quase primitivas acomodações, a luxuosa propriedade de 57 mil metros quadrados de Maharishi Mahesh Yogi chegou a acomodar mais de 400 pessoas em quartos individuais, aquecimento central, decoração com móveis tipicamente ingleses, aeroporto e água encanada.

Foto 7 – Enquanto ashrams são espaços de meditação e ioga conhecidos por suas quase primitivas acomodações, a luxuosa propriedade de 57 mil metros quadrados de Maharishi Mahesh Yogi chegou a acomodar mais de 400 pessoas em quartos individuais, aquecimento central, decoração com móveis tipicamente ingleses, aeroporto e água encanada.

Foto 8 - O que sobrou do ashram dos Beatles foram ruínas, mas um olhar mais atento consegue encontrar detalhes luxuosos do que um dia foi a propriedade, espécie de iglus de dois andares inteiros construídos com pedras, salas do tamanho de ginásios que foram dedicadas à meditação e ioga e hoje viraram um amontoado de entulho, sem telhados e só a carcaça de algumas construções que ainda resistem aos efeitos do tempo.

Foto 8 – O que sobrou do ashram dos Beatles foram ruínas, mas um olhar mais atento consegue encontrar detalhes luxuosos do que um dia foi a propriedade, espécie de iglus de dois andares inteiros construídos com pedras, salas do tamanho de ginásios que foram dedicadas à meditação e ioga e hoje viraram um amontoado de entulho, sem telhados e só a carcaça de algumas construções que ainda resistem aos efeitos do tempo.

Foto 9 - O ashram que os Beatles estiveram entre fevereiro e abril de 1968 fica a leste da ponte de Ram Jhuha, bons 40 minutos se o trajeto for a pé. Seguindo pela encosta do rio, vale a pena encarar a caminhada para conhecer um dos excelentes mercados locais, com melhores preços do que as lojas no centro de Rishikesh.

Foto 9 – O ashram que os Beatles estiveram entre fevereiro e abril de 1968 fica a leste da ponte de Ram Jhuha, bons 40 minutos se o trajeto for a pé. Seguindo pela encosta do rio, vale a pena encarar a caminhada para conhecer um dos excelentes mercados locais, com melhores preços do que as lojas no centro de Rishikesh.

Foto 10 - Embora a visita ao "ashram dos Beatles" seja um ponto turístico, ela não é legalizada. Há anos o local está abandonado e, desde 1997, foi fechado pelo governo indiano.

Foto 10 – Embora a visita ao “ashram dos Beatles” seja um ponto turístico, ela não é legalizada. Há anos o local está abandonado e, desde 1997, foi fechado pelo governo indiano.

Foto 11 - Enquanto ashrams são espaços de meditação e ioga conhecidos por suas quase primitivas acomodações, a luxuosa propriedade de 57 mil metros quadrados de Maharishi Mahesh Yogi chegou a acomodar mais de 400 pessoas em quartos individuais, aquecimento central, decoração com móveis tipicamente ingleses, aeroporto e água encanada.

Foto 11 – Enquanto ashrams são espaços de meditação e ioga conhecidos por suas quase primitivas acomodações, a luxuosa propriedade de 57 mil metros quadrados de Maharishi Mahesh Yogi chegou a acomodar mais de 400 pessoas em quartos individuais, aquecimento central, decoração com móveis tipicamente ingleses, aeroporto e água encanada.

Foto 12 - Flores ao redor das construções que formavam o ashram dos Beatles em 1968.

Foto 12 – Flores ao redor das construções que formavam o ashram dos Beatles em 1968.

Foto 13 - O ashram que os Beatles estiveram entre fevereiro e abril de 1968 fica a leste da ponte de Ram Jhuha, bons 40 minutos se o trajeto for a pé. Seguindo pela encosta do rio, vale a pena encarar a caminhada para conhecer um dos excelentes mercados locais, com melhores preços do que as lojas no centro de Rishikesh.

Foto 13 – O ashram que os Beatles estiveram entre fevereiro e abril de 1968 fica a leste da ponte de Ram Jhuha, bons 40 minutos se o trajeto for a pé. Seguindo pela encosta do rio, vale a pena encarar a caminhada para conhecer um dos excelentes mercados locais, com melhores preços do que as lojas no centro de Rishikesh.

Foto 14 - O que sobrou do ashram dos Beatles foram ruínas, mas um olhar mais atento consegue encontrar detalhes luxuosos do que um dia foi a propriedade, espécie de iglus de dois andares inteiros construídos com pedras, salas do tamanho de ginásios que foram dedicadas à meditação e ioga e hoje viraram um amontoado de entulho, sem telhados e só a carcaça de algumas construções que ainda resistem aos efeitos do tempo.

Foto 14 – O que sobrou do ashram dos Beatles foram ruínas, mas um olhar mais atento consegue encontrar detalhes luxuosos do que um dia foi a propriedade, espécie de iglus de dois andares inteiros construídos com pedras, salas do tamanho de ginásios que foram dedicadas à meditação e ioga e hoje viraram um amontoado de entulho, sem telhados e só a carcaça de algumas construções que ainda resistem aos efeitos do tempo.

Foto 15 - Enquanto ashrams são espaços de meditação e ioga conhecidos por suas quase primitivas acomodações, a luxuosa propriedade de 57 mil metros quadrados de Maharishi Mahesh Yogi chegou a acomodar mais de 400 pessoas em quartos individuais, aquecimento central, decoração com móveis tipicamente ingleses, aeroporto e água encanada.

Foto 15 – Enquanto ashrams são espaços de meditação e ioga conhecidos por suas quase primitivas acomodações, a luxuosa propriedade de 57 mil metros quadrados de Maharishi Mahesh Yogi chegou a acomodar mais de 400 pessoas em quartos individuais, aquecimento central, decoração com móveis tipicamente ingleses, aeroporto e água encanada.

Foto 16 - O ashram que os Beatles estiveram entre fevereiro e abril de 1968 fica a leste da ponte de Ram Jhuha, bons 40 minutos se o trajeto for a pé. Seguindo pela encosta do rio, vale a pena encarar a caminhada para conhecer um dos excelentes mercados locais, com melhores preços do que as lojas no centro de Rishikesh.

Foto 16 – O ashram que os Beatles estiveram entre fevereiro e abril de 1968 fica a leste da ponte de Ram Jhuha, bons 40 minutos se o trajeto for a pé. Seguindo pela encosta do rio, vale a pena encarar a caminhada para conhecer um dos excelentes mercados locais, com melhores preços do que as lojas no centro de Rishikesh.

Foto 17 - O que sobrou do ashram dos Beatles foram ruínas, mas um olhar mais atento consegue encontrar detalhes luxuosos do que um dia foi a propriedade, espécie de iglus de dois andares inteiros construídos com pedras, salas do tamanho de ginásios que foram dedicadas à meditação e ioga e hoje viraram um amontoado de entulho, sem telhados e só a carcaça de algumas construções que ainda resistem aos efeitos do tempo.

Foto 17 – O que sobrou do ashram dos Beatles foram ruínas, mas um olhar mais atento consegue encontrar detalhes luxuosos do que um dia foi a propriedade, espécie de iglus de dois andares inteiros construídos com pedras, salas do tamanho de ginásios que foram dedicadas à meditação e ioga e hoje viraram um amontoado de entulho, sem telhados e só a carcaça de algumas construções que ainda resistem aos efeitos do tempo.

Foto 18 - É em Rishikesh que fica a nascente do Ganges, o mais importante rio da Índia, e a cidade abriga um dos únicos trechos em que o rio manteve-se limpo. No local há ainda a belíssima ponte de Ram Jhuha que, além de ligar os dois lados de Rishkesk, proporciona uma vista digna de cartão postal.

Foto 18 – É em Rishikesh que fica a nascente do Ganges, o mais importante rio da Índia, e a cidade abriga um dos únicos trechos em que o rio manteve-se limpo. No local há ainda a belíssima ponte de Ram Jhuha que, além de ligar os dois lados de Rishkesk, proporciona uma vista digna de cartão postal.

Foto 19 - É em Rishikesh que fica a nascente do Ganges, o mais importante rio da Índia, e a cidade abriga um dos únicos trechos em que o rio manteve-se limpo. No local há ainda a belíssima ponte de Ram Jhuha que, além de ligar os dois lados de Rishkesk, proporciona uma vista digna de cartão postal.

Foto 19 – É em Rishikesh que fica a nascente do Ganges, o mais importante rio da Índia, e a cidade abriga um dos únicos trechos em que o rio manteve-se limpo. No local há ainda a belíssima ponte de Ram Jhuha que, além de ligar os dois lados de Rishkesk, proporciona uma vista digna de cartão postal.

Foto 20 - É em Rishikesh que fica a nascente do Ganges, o mais importante rio da Índia, e a cidade abriga um dos únicos trechos em que o rio manteve-se limpo. No local há ainda a belíssima ponte de Ram Jhuha que, além de ligar os dois lados de Rishkesk, proporciona uma vista digna de cartão postal.

Foto 20 – É em Rishikesh que fica a nascente do Ganges, o mais importante rio da Índia, e a cidade abriga um dos únicos trechos em que o rio manteve-se limpo. No local há ainda a belíssima ponte de Ram Jhuha que, além de ligar os dois lados de Rishkesk, proporciona uma vista digna de cartão postal.

Foto 21 - É em Rishikesh que fica a nascente do Ganges, o mais importante rio da Índia, e a cidade abriga um dos únicos trechos em que o rio manteve-se limpo. No local há ainda a belíssima ponte de Ram Jhuha que, além de ligar os dois lados de Rishkesk, proporciona uma vista digna de cartão postal.

Foto 21 – É em Rishikesh que fica a nascente do Ganges, o mais importante rio da Índia, e a cidade abriga um dos únicos trechos em que o rio manteve-se limpo. No local há ainda a belíssima ponte de Ram Jhuha que, além de ligar os dois lados de Rishkesk, proporciona uma vista digna de cartão postal.

Passado o perturbador barulho das buzinas de carros, caminhões, jipes, tuk-tuks (versão oriental da nossa lotação) e, principalmente, motos, começa-se a entender porque o período dos Beatles em Rishikesh foi o mais produtivo de toda a carreira do grupo, gerando um total de 30 músicas escritas (até Ringo Starr escreveu uma canção), sendo que 18 delas foram parar no “White Album” (1968), duas no “Abbey Road” (1969) e as outras viraram trabalhos solo. É em Rishikesh que fica a nascente do Ganges, o mais importante rio da Índia, e a cidade abriga um dos únicos trechos em que o rio manteve-se limpo. No local há ainda a belíssima ponte de Ram Jhuha que, além de ligar os dois lados de Rishkesk, proporciona uma vista digna de cartão postal para ser registrada enquanto aproveita-se o fim de tarde em uma das “german bakery” (sinônimo de lanchonete) da região.

O Abandono e a História do local

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O ashram onde os Beatles estiveram entre fevereiro e abril de 1968 fica a leste da ponte, bons 40 minutos se o trajeto for a pé. Seguindo pela encosta do rio, vale a pena encarar a caminhada para conhecer um dos excelentes mercados locais, com melhores preços do que as lojas no centro de Rishikesh.
Embora a visita ao “ashram dos Beatles” seja um ponto turístico, ela não é legalizada. Há anos o local está abandonado e, desde 1997, foi fechado pelo governo indiano. Mas nada que a vizinhança local não resolva: um falso guarda de pouco mais de um metro e meio abre as ruínas dos portões para quem estiver disposto a pagar 50 rupees por pessoa (aproximadamente R$ 2).
Quem for de moto ou bicicleta tem a garantia que seu veículo será bem cuidado pelas crianças da região — em troca, claro, de uma boa gorjeta. O local também oferece o serviço de guia turístico, fundamental para quem deseja conhecer as mais escuras bibocas do que restou do ashram. Mas atenção ao preço do serviço: é melhor combinar um valor antes do passeio turístico para evitar aborrecimentos.
Enquanto ashrams são espaços de meditação e ioga conhecidos por suas quase primitivas acomodações, a luxuosa propriedade de 57 mil metros quadrados de Maharishi Mahesh Yogi chegou a acomodar mais de 400 pessoas em quartos individuais, aquecimento central, decoração com móveis tipicamente ingleses, aeroporto e água encanada — esta até hoje considerada um luxo dos hotéis cinco estrelas da região –, além do fortíssimo esquema de segurança.
Estes “extras” que no início foram atrativos para os rapazes de Liverpool acabaram se tornando motivo de desentendimento entre o guru e seus discípulos britânicos: ao final da estada, os músicos alegaram que Maharishi (1918 – 2008) era ganancioso e que sua única preocupação era com dinheiro.
Voltando ao ashram, o que sobrou dele foram ruínas, mas um olhar mais atento consegue encontrar detalhes luxuosos do que um dia foi a propriedade, espécie de iglus de dois andares inteiros construídos com pedras, salas do tamanho de ginásios que foram dedicadas à meditação e ioga e hoje viraram um amontoado de entulho, sem telhados e só a carcaça de algumas construções que ainda resistem aos efeitos do tempo.

Aos corajosos, quando equipados de uma lanterna, vale a pena explorar os corredores e tentar encontrar resquícios do espaço que, em 1968, foi um dos assuntos mais falados no mundo, já que a experiência em Rishikesh vale mais pelo que o local representou no passado do que pelo que ele é atualmente.

Como chegar em Rishikesh

Existem três formas de chegar a cidade de Rishikesh, no distrito de Dehradun, norte da Índia, partindo de Nova Déli. Ônibus é a opção mais barata, entretanto um pouco perigosa. Acidentes com ônibus levando passageiros para a região são comuns e a viagem pode ser um pouco assustadora com os ônibus balançando de um lado para o outro ao subir as colinas pelas estreitas estradas da região.

Trem é sempre a melhor forma de se viajar pela Índia, mas para o turista é recomendado comprar passagem de primeira ou segunda classe. Isso porque, em classes inferiores, é muito comum que as viagens sejam feitas com passageiros em pé (devido a lotação dos vagãos) e, em muitos casos, é frequente quando a bagagem dos passageiro não cabe dentro do compartimento destinado à malas gerando uma enorme confusão na plataforma. Se sua opção for viajar de trem, procure se informar da “tarifa de turista” — são cotas de passagens com valor mais barato para estrangeiros, entretanto, é importante comprar com bastante antecedência.

A mais cara e confortável forma de viajar para Rishikesh é de táxi, o que é bastante indicado quando se está num grupo com mais de três pessoas. Combine o valor de antemão (incluindo gorjetas, taxas e pedágio) e procure se informar sobre as opções de carros para não ser surpreendido com um carro de apenas dois assentos.

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O período dos Beatles na Índia foi registrado pelo fotógrafo Paul Saltzman, autor do livro The Beatles in Rishikesh.

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Fonte: http://viagem.uol.com.br/ultnot/2012/02/24/entre-entulhos-e-turismo-improvisado-saiba-o-que-restou-do-local-de-meditacao-dos-beatles-na-india.jhtm

Neste link, mais fotos dos Beatles em Rishikesh:
http://www.thebeatlesinindia.com/TBII_Images/

Encontro de George Freedman, Antonio Aguillar e B.J. Mitchell

Durante o Programa de hoje, Antonio Aguillar recebeu a visita de muita gente boa e famosa, como George Freedman, que chegou no meio do programa, mas deu para fazer um auê com ele, como me contou o Aguillar, e também o componente do grupo The Platters, B.J. Mitchell, que esteve no programa divulgando o Show beneficente que The Platters fará em Santo André no dia 04 de abril, na Biroska, a Casa dos Artistas, onde também a banda The Clevers vai tocar, participando deste evento beneficente.

George Freedman e B.J.Mictchell dos The Platters

George Freedman e B.J.Mitchell ( The Platters )

Ribas, Assessor de Imprensa da Ordem dos Músicos do Brasil, também esteve presente assim como Roseli Bueno, que lançou há algum tempo o livro “Objetos e Memórias”, com biografias de vários artistas para ajudar os idosos com a venda dos exemplares do livro.
B.J. Mitchell participa do projeto, como ele mesmo diz aqui neste vídeo:

Na foto abaixo, Ribas, Roseli e B.J. Mitchell

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O cartaz do Show Beneficente

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Em breve colocarei aqui o áudio do Programa, que por uma “fatalidade”, não foi transmitido pela Internet hoje.

Segue o áudio do programa realizado em 24 de março de 2013:

https://vimeo.com/62972377

Em 11 de fevereiro de 1963 era gravado o LP Please Please Me, o primeiro álbum dos Beatles.

50 anos de Please Please Me

Documentário

Segue um Texto Do Blog de Jamari França, de O Globo

The Beatles - Please Please Me

Please Please Me, lançado há 50 anos em 22 de março de 1963, trazia 10 novas canções e quatro lançadas antes em singles. As 10 foram gravadas em dois canais num único dia, 11 de fevereiro de 1963, no estúdio dois da EMI em Abbey Road nº 3. Começou às 10 da manhã e terminou às 10 e 45 da noite.

John estava gripado e rouco, o que deveria ter adiado a gravação. O principal historiador beatle, Mark Lewisohn, conta que John consumiu toneladas das pastilhas para garganta Zubes e litros de leite. Isolando-se o canal direito percebe-se a voz rouca de John em faixas como Anna, There’s A Place e Misery. Não se sabe como ele teve voz para ir até o final, quando gravaram Twist and shout.

O vocal de Ringo em Boys é horrível, mas compensado por uma levada vibrante e muitos gritos frenéticos. O mesmo acontece com o vocal de George em Do You Want To Know A Secret, com falhas por seu alcance limitado e falta de experiênca. Detalhes de menor importância porque Please Please Me contem todas as características que levariam o ritmo a sacudir o mundo nas décadas seguintes. A música que levava os jovens à loucura e os pais ao desespero.

Oito canções são de Lennon e McCartney, que ainda assinavam com o nome de Paul na frente, um número excelente para uma banda principiante. As outras seis são regravações de originais americanos, um reflexo da preferência dos Beatles por artistas negros de soul e rhythm’n’blues da América.

A foto da capa foi feita na sede da gravadora EMI em Manchester Square, Londres. A versão remasterizada tem encarte com fotos e informações, além de um documentário, a ser visto em Quick Time.

1. I Saw Her Standing There – 2:55

A abertura do álbum não podia ser melhor. Um rock efervescente com a banda soltando fumaça e Paul com uma interpretação extraordinária. Em sua autobiografia Many Years From Now Paul diz que esta partiu de uma ideia sua quando voltava de um show em Southport e completada com John em setembro de 1962 na casa dos McCartney em Forthlin Road 20, Liverpool. “Às vezes começávamos do nada, mas geralmente um de nós tinha uma ideia inicial. Fiz a primeira estrofe com a melodia, o tempo e o tom. A gente ainda estava aprendendo. John gostava da maioria dos meus versos mas, às vezes, vinha com outras sacadas. Tinha um verso que era ‘She was just seventeen, she’d never been a beauty queen’. Implicamos com a segunda parte e mudamos para ‘You know what I mean’, que é legal porque não dá para saber no que a gente pensou.

A letra fala de um cara que se encanta por uma garota num baile, o coração dá um pulo quando vai ao encontro dela, os dois dançam agarrados a noite inteira e ele se apaixona. Esta ingenuidade é uma característica da fase inicial dos Beatles.

A banda gravou nove takes tocando ao vivo na sessão da manhã (10h às 13h30) no estúdio dois. O primeiro foi considerado o melhor. Na sessão da tarde, gravaram palmas. Na finalização, George Martin pinçou a contagem inicial de “one, two, three, four” do take nove.

Paul conta em sua autobiografia que chupou o baixo da canção I’m Talking About You, lançado por Chuck Berry em fevereiro de 1961. “Toquei exatamente as mesmas notas e encaixou perfeitamente. Por isso digo que um riff de baixo não precisa ser original,” diz Sir Paul.

No primeiro volume da Beatles Anthology há uma versão ao vivo gravada numa turnê na Suécia. A banda gravou a canção 11 vezes para programas da BBC.

2. Misery – 1:47

Sir Paul diz que esta foi a primeira tentativa da dupla de fazer uma balada. Começaram a compor no camarim enquanto esperavam sua vez numa turnê com vários nomes no King’s Hall em Stoke-On-Trent, região central da Inglaterra. A ideia deles era dar a canção para a cantora teen Helen Shapiro, a grande estrela da turnê naquele começo de 1963, antes do single Please Please Me chegar ao primeiro lugar e os Beatles virarem o jogo.

A canção foi finalizada na casa dos McCartney em Forthlin Road 20 e enviada para o empresário de Helen, Norrie Paramor, que achou a letra muito down para sua cantora.

A dupla deu então a música para o cantor pop Kenny Lynch, que participou da mesma turnê. Um cantor obscuro que acabou entrando para a história como o primeiro artista a gravar uma música dos Beatles, mas não fez sucesso com ela.

Na letra um cara chora as mágoas por ter perdido a mulher que amava e se lamenta dizendo que o mundo o trata muito mal, por isso ele está muito infeliz. O vocal é de John Lennon, que aplica um certo tom de deboche que esvazia a dramaticidade da letra.

Na segunda parte, o produtor George Martin estreia como músico convidado na banda, tocando uma sequência descendente ao piano, numa gravação feita por ele dia 20 de fevereiro. Foram gravados 11 takes.

3. Anna (Go to Him) – 2:56

Do cantor americano de country soul Arthur Alexander, lançada por ele em setembro de 1962. Uma favorita de John, que a cantava nos shows. Uma interpretação com um vocal meio estranho devido à gripe dele mas, mesmo assim, superior ao original. John soa mais dramático na segunda parte do que Alexander.

Na letra o cara leva um toco da Anna, que lhe devolve um anel de compromisso e ele diz que ela pode ir com o outro, como se tivesse alternativa. Ele ainda apela dizendo que sempre sonhou com uma garota que o amasse de verdade porque várias outras partiram seu coração. Não colou. O complemento do título Go To Him não é cantado nem por Alexander nem por John. Ambos cantam “Go with him”.

Gravada na sessão da noite (19h30 às 22:45) em apenas três takes.

4. Chains – 2:21

Esta é de uma dupla consagrada de compositores Gerry Goffin e Carole King, sucesso (17º lugar na América) do grupo vocal negro feminino The Cookies. Fazia parte do repertório de várias bandas inglesas, entre elas os Beatles. Fala de um cara preso por correntes por uma namorada, amante, whatever. Ele sente até vontade de pular a cerca, mas não pode porque está acorrentado.

Os Beatles gravaram quatro takes da canção, o primeiro valeu. George canta com apoio vocal de John e Paul. John toca gaita na introdução.

5. Boys – 2:24

Canção dos compositores americanos Luther Dixon e Wes Farrell gravado pelo grupo vocal feminino negro americano The Shirelles, como lado B do single Will You Love Me Tomorrow, de 1960. Cantada por Ringo, que sempre cantaria uma canção a cada LP dos Beatles. A letra tem uma certa conotação gay porque fala de rapazes do ponto de vista feminino, mas Paul diz que ninguém se importou com essa conotação na época. A única mudança na letra foi no verso “My boy says when I Kiss his lips”, invertido para que o rapaz beijasse a moça. “Acho que era uma das coisas da juventude, a gente não dava a mínima. Gosto da inocência que havia na época,” diz McCartney para a Rolling Stone em 2005.

A música estava há dois anos no repertório, cantada pelo baterista anterior, Pete Best, e herdada por Ringo. Gravada num único take de tão afiados que estavam com a canção.

6. Ask Me Why – 2:24

Esta é em grande parte de John, inspirada na canção What’s So Good About Goodbye, de Smokey Robinson and the Miracles, de 1961. Paul diz que deu apenas algumas aparadas. A letra é uma declaração de amor que a menina aceita e o cara comemora, chora de alegria e diz que não acredita que uma coisa tão boa aconteceu com ele.

Gravada pela primeira vez no teste de gravação em seis de junho de 1962, mas a fita foi apagada. Quando voltaram aos estúdios da EMI em 26 de novembro de 1962 para gravar o segundo single, Please Please Me, regravaram em seis takes para ser o lado B. Destaque para o som aveludado de guitarra.

7. Please Please Me – 2:04

Feita por John na casa da Tia Mimi, que o criou, na Menlove Avenue, Liverpool. “Foi uma tentativa de fazer algo ao estilo de Roy Orbison. Fiz no meu quarto na casa da Tia Mimi. Ainda lembro que ouvi Only The Lonely, de Roy, ou algo parecido. E também estava com um verso de Bing Crosby na cabeça “Please lend me your little ears to my pleas” e sempre fiquei intrigado com o uso da palavra Please duas vezes,” disse ele numa entrevista em 1980.

A letra, que pede para uma parceira satisfazê-lo como ele a satisfaz, provocou algumas desconfianças de conotação sexual, mas a força da canção prevaleceu sobre os moralismos. Os versos são realemente meio sacanas, o cara dizendo pra ela que nunca tentou satisfazê-lo e que ele não precisa dizer a ela como se faz.

A canção chegou a ser cogitada como lado B de Love Me Do, o primeiro single, mas George Martin a descartou. Sua forma original era lenta e meio blues, pouco satisfatória.

Martin aconselhou a banda a acelerar o andamento na sessão de 26 de novembro. Eles tentaram e ficou muito melhor. Gravaram 18 takes até chegar à forma ideal e John gravou uma harmônica depois para finalizá-la.

John canta junto com Paul e erra o verso na última estrofe, daí na frase seguinte “come on” ele ri do próprio erro e há uma linha de guitarra diferente nesta parte final em relação ao compacto. A versão do single foi em mono e a versão em stereo combina os takes 16,17 e 18

No final, Martin congratulou a banda: “Parabéns cavalheiros. Acabaram de gravar seu primeiro número um.” Na época não havia uma parada integrada na Inglaterra. O single chegou ao primeiro lugar no Melody Maker e no New Musical Express, mas ficou em segundo no Record Mirror. Só no single seguinte, From Me To You, eles conseguiram o primeiro lugar geral.

7. Love Me Do – 2:20

Uma das primeiras parcerias da dupla Lennon e McCartney, composta quando estavam na faixa dos 15 aos 17 anos. John reivindicava apenas a segunda parte, mas Paul lembra dela como esforço conjunto. Foi a primeira composição própria adotada pela banda ao vivo nas apresentações em Liverpool e Hamburgo, Alemanha. A letra é um tatibitati de “me ama, eu te amo, sempre serei fiel” etc.

É a única música dos Beatles gravada com três bateristas. Na audição com o selo Parlophone, da EMI, em 6 de junho de 1962, Pete Best era o baterista. Na sessão de gravação, em 4 de setembro, Ringo Starr já ocupava seu lugar na banda. O produtor George Martin não gostou da gravação e há duas versões a respeito. Ringo não mantinha o tempo e acelerava no refrão ou Ringo não conseguia sincronizar seu bumbo com o baixo, como mandavam os parâmetros de produção da época. Martin não gostara de Pete Best também, disse na sua autobiografia All You Need Is Years que ele não amarrava o som da banda como um bom baterista faz.

No dia 11 de setembro os Beatles voltaram ao estúdio 2 de Abbey Road para gravar uma segunda versão com o baterista profissional Andy White e Ringo relegado a uma pandeirola. Andy já tinha sido contratado porque Martin não gostou do desempenho de Pete Best e nem os Beatles, na época à procura de um substituto. Martin gravou com Ringo no dia quatro para ver como ficava.

Todas as três foram lançadas. Com Pete Best no primeiro volume da Antologia (1995), com Ringo nas primeiras prensagens do single na Inglaterra (5/10/1962) e no primeiro volume da coletânea Past Masters (7/3/1988) com palmas durante o solo de gaita de John. Com Andy, nas prensagens posteriores do single em 1962 e 1963 na Grã-Bretanha e na América (27/4/1964), no primeiro álbum, Please Please Me (22/3/1963), no EP The Beatles Hits (6/9/1963) e em 1.

Outro destaque de Love Me Do é a gaita cromática tocada por John Lennon (que se referia a ela como “gaita com botão” e a chamava de harp). Ele disse que foi uma influência de um hit da época, Hey Baby, do cantor americano Bruce Channell. Os Beatles tinham aberto o show de Channell no Tower Ballroom, de New Brighton, Inglaterra, em 21 de junho de 1962. Lá John conheceu o gaitista de Nashville, Delbert McClinton, da banda de Channell, a quem pediu que o ensinasse a tocar uma gaita que tinha roubado de uma loja em Arnhem, cidade holandesa perto da fronteira alemã, por onde passaram a caminho de Hamburgo.

Na gravação de 4 de setembro, George Martin sugeriu uma gaita para dar um diferencial em Love Me Do. Como já sabia tocar alguma coisa, John criou uma levada e um solo. Quando foram gravar, John não conseguiu cantar o verso “Love me do” que vinha antes da entrada da gaita, sempre engolia o “do”. Daí, Martin pediu que Paul cantasse o verso e Sir McCartney alega que sua voz está tremida por nervosismo, já que não tinham ensaiado com ele nessa parte. Paul faz a voz com apoio vocal de John e George, mas o “love me do” era feito por John.

John e Paul compondo em Forthlin Road

As duas sessões exigiram um total de 33 takes (15 no dia 4, 18 no dia 11) com John na guitarra, Andy White na bateria, Ringo na bateria e percussão, Paul no baixo e George no violão. Andy ganhou apenas a tabela do sindicato, 5 libras e 15 shillings.

Numa entrevista em 1976 Ringo disse, com seu habitual bom humor, que se decepcionara com o produtor: “Fiquei arrasado com as dúvidas de George Martin sobre minha capacidade. Cheguei pronto para fazer o melhor e ouvi ‘Temos um baterista profissional’. Ele se desculpou muitas vezes, o velho George, mas foi terrível – eu odiei o desgraçado por muitos anos e até hoje não lhe dou descanso.”

Martin queria que o primeiro single dos Beatles fosse How Do You Do It?, dos compositores profissionais Mitch Murray e Adam Faith, mas John e Paul insistiram numa música deles. Mesmo assim gravaram a canção sem muito entusiasmo. O grupo de Liverpool, Gerry And The Pacemakers, contratado de Brian Epstein, empresário dos Beatles, chegou ao primeiro lugar com How Do You Do It?, o que deu a Martin um sabor de que não estava tão errado assim.

O single Love Me Do/ P.S. I Love You foi lançado na Grã-Bretanha em 5 de outubro de 1962. Chegou ao 17º lugar. Nos Estados Unidos saiu pela Tollie Records em 27 de abril de 1964 e chegou ao primeiro lugar no dia 30 de maio. A Tollie era um selo da Vee Jay Records, a primeira a lançar discos dos Beatles na América. A subsidiária da EMI, Capitol Records, não se interessou pelos Beatles quando a banda já era sucesso na Europa em 1963. Há uma versão, não confirmada, de que Brian Epstein, comprou 10 mil compactos para levar o disco às paradas. Brian dirigia a loja e distribuidora de música NEMS (North End Music Stores) em Liverpool, que vendia para lojas de toda a região Norte da Inglaterra.

9. P.S. I Love You – 2:02

Esta é de Paul em cima do que chama de uma fórmula: “Há certos temas fáceis de virar uma canção e uma carta está entre eles. É um tema popular e totalmente fictício, eu não a fiz para uma namorada de Hamburgo chamada Dot Rhone como algumas pessoas dizem,” conta ele em Many Years From Now.

A canção chegou a ser cogitada para o lado A, mas o produtor Ron Richards, um auxiliar de George Martin, que dirigiu a sessão, descartou porque já havia uma canção com o mesmo nome, mas era de 1934, um excesso de zelo do nosso amigo. Na letra um cara manda uma carta para uma menina dizendo que a ama.

Ringo toca apenas maracas na música, a bateria ficou a cargo de Andy White, um baterista profissional requisitado porque Martin não gostou da performance de Pete Best, que ainda era o titular na sessão de testes de 6 de junho de 62. Aí sobrou para o Ringo, de quem Martin também não teve uma boa impressão inicial, depois se arrependeu e pediu mil desculpas a Ringo.

10. Baby It’s You – 2:42

Da dupla consagrada Burt Bacharach e Hal David com um dos autores de Boys, Luther Dixon, que assinou com o pseudônimo de Barney Williams. É uma bela de uma baba cantada por John com um viés canastrão, mas a levada vigorosa de Ringo joga um certo vigor na parada. A gravação original pelas Shirelles, já mencionadas em Boys, de 1961, chegou ao sétimo lugar no Hot 100 da Billboard e ao primeiro na parada setorial de rhythm’n’blues.

O destaque é o solo executado por um metalfone (celesta), uma espécie de piano dobrando com o solo de guitarra de George. Participação de George Martin.

A letra fala de um cara irremediavelmente apaixonado por uma menina numa declaração deslavada. Ele diz que chora por ela noites seguidas e que não consegue amar mais ninguém.

Gravada na sessão da noite em apenas três takes.

11. Do You Want to Know A Secret – 1: 55

Numa entrevista de 1980, John disse que fez esta música inspirada na canção Wishing Well, da trilha sonora de Branca De Neve E Os Sete Anões. “Minha mãe era uma cantora e comediante, não profissional, mas do tipo que vai a um pub e se levanta para cantar, coisas assim. Ela costumva cantar essa que tem os versos ‘- ‘Want to know a secret? Promise not to tell. You are standing by a wishing well.’ Então eu fiz e dei para o George cantar porque é fácil, só três notas, e ele cantava mal naquela época, só se preocupava em tocar guitarra. Depois ele melhorou bastante. A letra fala de um cara que pergunta para uma garota se ela quer saber de um segredo, “estou apaixonado por você.”

Gravada na sessão da tarde em oito takes. Sobre o último gravaram vocais de apoio e percussão com duas baquetas batendo uma na outra para a segunda parte.

12. A Taste Of Honey – 2:02

Favorita de Paul, A Taste Off Honey foi escrita pelos compositores americanos Bobby Scott e Ric Marlow em 1960 para a versão da Broadway da peça homônima de Shelagh Delaney. Na versão instrumental foi um grande sucesso de Herb Albert e a Tijuana Brass (incluindo aqui no Brasil) e também foi bem sucedida numa versão cantada de Lenny Welch, ambos americanos.

Os Beatles mantiveram a levada de guitarra da banda melhorada e a interpretação de Paul e superior à original e dobrada. O vocal feminino meloso do original foi bem substituído por John, George e Paul. “Esta era muito pedida em Hamburgo. Fazíamos vocais em pequenos microfones de eco e o resultado era muito bom,” diz Paul na Beatles Anthology. Na segunda parte a voz de Paul recebe eco.

Foi a primeira da sessão vespertina de gravação (14h30 às 17h30), finalizada em cinco takes.

13. There’s a Place – 1:49

John diz que esta foi uma tentativa de fazer algo na linha da gravadora negra americana Motown, dona de um cast que os Beatles adoravam. Foi inspirada na canção Somewhere, da trilha Sonora de West Side Story.

“No nosso caso o lugar era na mente, em vez de atrás das escadas para um beijo e um amasso. Estávamos ficando mais cerebrais. Cantamos juntos, eu peguei a segunda voz, John fez a primeira,” diz Paul em Many Years From Now.

A letra fala sobre refugiar-se na mente quando não se está bem e de pensar sobre a namorada e as coisas que ela faz e diz ficam rodando na cabeça.

Gravada na sessão da manhã em 10 takes. Sobre o décimo, John gravou uma gaita na sessão da tarde.

14. Twist and Shout – 2:31

Twist and Shout é dos compositores americanos Phil Medley e Bert Russell, gravada em 1961 pelos Top Notes, mas virou hit apenas com a versão dos Isley Brothers, lançada em 1962. Como quase sempre acontecia, os Beatles mantiveram o arranjo original, mas lhe deram um punch que falta aos Isleys.
Twist And Shout foi escolhida na última hora. Às 10 da noite eles foram para a cantina tomar chá com biscoitos e decidir qual seria a 14ª e escolheram esta, gravada por John num único take com o que lhe restava da voz, depois de mastigar um monte de pastilhas para a garganta Zubes, junto com goles de leite. Um segundo take foi tentado, mas a voz de John tinha ido pro espaço.

A guitarra solo de George é cortante, Ringo parece querer rasgar os couros dos tambores, Paul arrasa no baixo, John canta, George e Paul fazem vocais, todos berram logo após o solo e Ringo fecha com uma puta virada e Paul solta um “hey” de entusiasmo.

A letra é uma celebração da dança e foi usada em 1986 no filme Curtindo A Vida Adoidado (Ferris Bueller’s Day Off) projetando a canção para as paradas de sucesso 23 anos depois do lançamento original.

Uma performance de um vigor impressionante para uma banda que estava gravando por 12 horas ininterruptas com vários takes da maioria das canções. O pessoal técnico da EMI, os engenheiros Norman Smith e Cris Neal ficaram impressionados. “No dia seguinte eu e Norman saímos mostrando a música para todo mundo porque achamos inacreditável,” disse Cris.

Enviado por Jamari França – 22.3.2013| 14h08m