Há 51 anos, em 23 de agosto de 1962, John Lennon e Cynthia Powell se casaram em Liverpool, no Mount Pleasant Registry Office.
Em 1957, John conheceu Cynthia Powell na Liverpool Art College, escola que frequentavam. John já estava com dezessete anos, e Cynthia com dezoito, quando começaram a namorar. Eles se casaram em 23 de agosto de 1962, logo depois que Cynthia descobriu que estava grávida. O casamento teve poucos convidados, pois John já havia se tornado uma pessoa famosa por causa dos Beatles e Brian Epstein, empresário do grupo, achava que as fãs de John se revoltariam ao saber que ele iria se casar, portanto a notícia não deveria se espalhar. Assim, o casamento foi realizado no Mount Pleasant Register Office, tendo Paul McCartney como padrinho e as presenças de George Harrison, Brian Epstein e Tony Powell, o irmão da Cynthia. Já que não houve grande festa de casamento, Brian Epstein ofereceu um lanche no Reeces Café, a fim de saudar os noivos e comemorar o matrimônio.
John Charles Julian Lennon, nasceu no dia 8 de abril de 1963, no Sefton General Hospital, em Liverpool. Mas, John Lennon, conseguiu conhecer seu filho somente uma semana depois, devido à uma tournée que os Beatles estavam realizando.
Ainda casado com Cynthia Powell, John apaixonou-se por Yoko Ono.
Yoko trabalhava com Artes Plásticas e estava apresentando suas esculturas na Indica Gallery, em Londres, onde eles se conheceram, no ano de 1966. A segunda vez que se encontraram casualmente foi em uma vernissage da galeria de Claes Oldenburg, também em Londres. Depois, Yoko acabou procurando John para que ele patrocinasse seu espetáculo. A ideia original era apresentar coisas divididas, como meia sala, meia garrafa, meio sofá, “meio tudo”. John acabou patrocinando a exposição “Yoko Plus Me”, mas no entanto, não compareceu a ela.
Um dia, aproveitando a ausência de Cynthia, John telefonou para Yoko com o propósito de conhece-la melhor, e pulou o muro. Foi então, que Yoko foi até a casa de John, e de madrugada, acabaram compondo a música Two Virgins. Quando já estava quase amanhecendo, John e Yoko fizeram amor pela primeira vez. Segundo John, foi muito bonito.
A situação não era muito fácil para ambos, porque John ainda estava casado com a Cynthia, e Yoko com Tony Cox, pai de sua filha Kyoko Ono. No entanto, mantiveram o relacionamento.
Em 22 de agosto de 1968, Cynthia Powell, abriu processo contra John por adultério, anunciando seu divórcio no dia seguinte.
Yoko anunciou que estava grávida em outubro de 1968, porém um mês depois, sofreu um aborto. Já divorciada, e com a custódia de sua filha, Yoko parte com John para Gibraltar, onde se casam em 20 de março de 1969. O casal teve seu único filho, Sean Ono Lennon, em 9 de outubro de 1975, no New York Hospital – Estados Unidos, onde estavam vivendo. Para surpresa de John, seu segundo filho nasceu no dia em que estava completando trinta e cinco anos. Tomado pela emoção, John declarou: “Sinto-me maior que o Empire States”.
Recordando esta data de seu primeiro casamento, decidi publicar este texto sobre John Lennon, escrito pelo professor Koiti Egoshi a seus alunos em São Paulo, o qual há tempos atrás, mais exatamente em 05 de agosto de 2010, eu havia publicado na “We Love the Beatles Forever” do Orkut.
John Lennon foi aquele que simplesmente desejou Paz, Amor e Felicidade à Humanidade, deixando um legado sobre a paz universal, em forma de música, arte, pensamentos, polêmicas; ele foi um gênio, mesmo que muitas vezes incompreendido na sua mais profunda dor.
John Lennon foi aquele que influenciou toda uma geração, aquele que protestou com músicas e manifestações públicas, pacíficas, contra a Guerra do Vietnã e outras guerras imbecis da Humanidade, dizendo … “Não me esperem ver atrás de barricadas, a menos que elas sejam de flores”.
John Lennon lutou, protestou, enfrentou tanto a política quanto os acontecimentos, e conduziu milhares de seguidores em manifestações públicas pelas ruas de New York, com o propósito de trazer ao mundo, o verdadeiro significado da palavra Paz.
Ele acreditava ser mesmo um gênio, pois dizia… “A maneira pela qual eu me projetei na vida prova mesmo que sou um gênio. O gênio é uma forma de loucura, e sempre fomos assim meio loucos, embora eu seja um pouco tímido. Ser gênio é também uma coisa dolorosa.” – definia John a si mesmo. E quem mais além de gênio e poeta poderia compor “Imagine”? John costumava trabalhar em suas músicas com o coração, expondo suas emoções, e escrevendo de acordo com experiências que estava vivendo no momento. Se estava feliz, compunha algo bem alegre, ou vice-versa. Geralmente escrevia sobre si mesmo, pois não gostava muito de compor na terceira pessoa. Tinha o dom de tocar no íntimo das pessoas, através de suas músicas repletas de riquezas e vida.
Durante tempos de guerra, como a do Vietnã, buscou passar para o mundo a mensagem de solidariedade e humanidade. Enfatizou o direito à vida, sem miséria, nem injustiça. Tudo o que queria é que déssemos uma chance à paz! Segundo John, a insegurança e a frustração levam o homem à violência e à guerra. Não confiava em heróis promovidos pela sociedade, mas sim na sua filosofia de que se o homem buscasse antes conhecer-se a si mesmo, metade dos problemas do mundo estariam resolvidos.
John era antes de tudo um idealista. Muitos de seus pensamentos tornaram-se famosos e para alguns transformaram-se em estilo de vida:
“Ajudem as pessoas que choram a serem capazes de fazer alguma coisa pela causa dos tombados, a não deixá-los morrer em vão. Embora possa sentir desespero e um profundo cansaço, você não deve abdicar de uma liderança que significa muito para a humanidade.”
“A mulher é o negro do mundo. A mulher é a escrava dos escravos. Se ela tenta ser livre, você diz que ela não te ama. Se ela pensa, você diz que ela quer ser homem.”
“Todos nós somos responsáveis pela guerra, e temos que fazer alguma coisa.”
“As pessoas estão sempre vendo fragmentos, mas eu tenho e vejo o todo… não só na minha própria vida, mas o universo todo, o jogo todo.”
“Realize seu próprio sonho. Se você quer salvar o Peru, vá salvar o Peru. É bem possível fazer alguma coisa, mas não dotá-los de líderes ou parquímetros. Não espere que Jimmy Carter, ou Ronald Reagan, ou John Lennon, ou Yoko Ono, ou Bob Dylan, ou Jesus Cristo venham e façam isso por você. É, você tem de fazer isso sozinho… Eu não posso te despertar. Você pode se despertar. Eu não posso te curar. Você pode se curar.”
“Pense globalmente e atue localmente.”
“Ninguém sabe o que é ser rico até ser rico.”
“Eu ainda gosto de black music, disco music… ‘Shame, Shame, Shame’ ou ‘Rock Your Baby’ — Eu daria meu olho pra ter escrito isso. Mas eu nunca consegui. Eu sou literal demais para escrever ‘Rock Your Baby’. Eu gostaria de conseguir. Sou intelectual demais, apesar de não me achar um intelectual de verdade. ”
“Se tentassem dar outro nome ao rock and roll, podiam chamar-lhe ‘Chuck Berry'”.
“Quando tinha 12 anos, pensava que era um gênio e que ninguém tinha reparado. Se os gênios existirem, eu sou um, e se não existirem, não quero saber.”
“Eu sou um ego maníaco, mas quem não é?”
“Sim, eu acredito que Deus é como uma usina de força, que ele é um poder supremo, que não é nem bom nem ruim, nem de direita nem de esquerda, nem branco nem preto, Ele simplesmente É”
“Acredito em tudo aquilo que Jesus disse – Amor, bondade, caridade – mas não acredito naquilo que os homens dizem que ele disse”
“Normalmente, há sempre uma grande mulher atrás de cada idiota”
“Nós temos Hitler dentro de nós, mas também temos paz e amor”
“A nossa política é a do humor. Todas as pessoas sérias foram assassinadas. Nós queremos ser os palhaços do mundo”
“A Insegurança e a frustração levam o homem à violência e à guerra”
“Os Beatles foram o som dos anos 60. Mas não acho que tenhamos sido mais importantes do que músicos como Glenn Miller ou Bessie Smith”
“A Genialidade é um tipo de loucura”
“Não é divertido ser artista. Beethoven, Van Gogh, todos eles: se tivessem psiquiatras nós não teríamos esses gênios”.
“Se o homem buscasse conhecer-se a si mesmo primeiramente, metade dos problemas do mundo estariam resolvidos.”
“Talvez não haja muita diferença entre o presidente Mao e Richard Nixon se lhes tirarmos as roupas.
Talvez não haja muita diferença entre Marilyn Monroe e Lenny Bruce se averiguarmos dentro de seus caixões.
Talvez não haja muita diferença entre a casa branca e a casa do povo se contarmos suas janelas.
Talvez não haja muita diferença entre Raquel Welch e Jerry Rubin se ouvirmos o coração deles.
Somos todos águas de diferentes rios, por isso é tão fácil se encontrar. Somos todos água neste vasto oceano. Um dia iremos evaporar juntos.
Talvez não haja muita diferença entre Eldridge Cleaver e a rainha da Inglaterra se engarrafarmos suas lágrimas.
Talvez não haja muita diferença entre Manson e o Papa se estamparmos o sorriso deles.
Talvez não haja muita diferença entre Rockefeller e você se ouvirmos você cantar.
Talvez não haja muita diferença entre eu e você se mostrarmos nossos sonhos.”
“Realize o seu sonho, você mesmo vai ter que fazer isso…eu não posso acordar você. Você é quem pode se acordar.”
“Porque nós estamos no mundo? Certamente não para viver com medo e dor. Nós todos brilhamos como a lua, as estrelas e o sol…”
“Resumo da ópera: Quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.”
“Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada “dois em um”: duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.”
“Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.”
“Sei que todos falam de mim… que me consideram louco e mesmo histérico.. Pode ser que seja meio extravagante e estejam certos. Mas sou feliz e estou no meu juízo perfeito!”
“Amo a liberdade, por isso deixo as coisas que amo livres. Se elas voltarem é porque as conquistei. Se não voltarem é porque nunca as possuí.”
“A mulher é o negro do mundo. A mulher é a escrava dos escravos. Se ela tenta ser livre, tu dizes que ela não te ama. Se ela pensa, tu dizes que ela quer ser homem.”
“Viver é fácil com os olhos fechados…”
“Ajude as pessoas que choram a ser capazes de fazer alguma coisa pela causa dos tombados, a não deixá-los morrer em vão. Embora possa sentir desespero e um profundo cansaço,você não deve abdicar de uma liderança que significou muito para a humanidade.”
“Ou você se cansa lutando pela paz ou morre.”
“A ignorância é uma espécie de bênção. Se você não sabe, não existe dor.”
“Vivemos num mundo onde nos escondemos para fazer amor! Enquanto a violência é praticada em plena luz do dia.”
“Não acredito nos Beatles, acredito apenas em mim”, ele estava certo. Ele era o Máximo. Para ser o Maximo, ele tinha que se destacar dos demais.”
(Ferris Bueller, sobre John Lennon)
John Lennon tinha um problema: ele achava que era Deus. O meu problema? Eu acho que sou John Lennon.
(Noel Gallagher, guitarrista do Oasis)
A Triste Infância de Lennon
John Wiston Lennon, nasceu em 9 de outubro de 1940, no Liverpool Maternity Hospital. Aos dois anos de idade John foi morar com sua tia Mimi(irmã de sua mãe Julia Stanley), devido à separação de seus pais e ao segundo casamento de sua mãe.
Seu pai, Alfred Lennon, trabalhava como marinheiro, o que resultava em sua prolongada ausência. Em 1945, depois de três anos de separação, Alfred procurou Mimi a fim de pedir autorização para levar John por algum tempo a Blackpool. Depois de alguns dias, Alfred resolveu emigrar para Nova Zelândia levando seu filho consigo; mas nas vésperas do embarque, Julia reapareceu para buscar John e leva-lo para casa. Alfred e Julia discutiram muito sobre o assunto. John, com apenas cinco anos, teve que decidir com quem gostaria de ficar. No primeiro instante, John decidiu ficar com seu pai. Sua mãe, desacreditando, perguntou-lhe novamente e obteve a mesma resposta. Depois disso, Julia despediu-se de John e foi-se embora. Ao ver sua mãe atravessando a rua, porém, John não aguentou – correu em sua direção e a abraçou. Para Alfred, foi esta a última vez que viu seu filho. Em decorrência do acontecido, Alfred só ficou sabendo o paradeiro de John, quando descobriu que era um Beatle.
Assim que Julia e John retornaram de Blackpool, ele voltou a morar com sua tia, no entanto Julia o visitava com certa frequência. John era muito apegado a George, o marido de sua tia. Mas em 1953, George é vítima de uma hemorragia cerebral e morre. Para John, George fora como um pai e sua perda o fizera sentir-se órfão. Em 15 de junho de 1958, a mãe de John, morreu atropelada em frente a sua casa, ao tentar atravessar a rua para pegar um ônibus.
John Lennon foi o maior roqueiro, filósofo e ativista social de todos os tempos!
Ele foi aquele que simplesmente desejou Paz, Amor e Felicidade à Humanidade, deixando um legado em nome da paz universal, em forma de música, arte, pensamentos, polêmicas, enfim, foi um gênio, mesmo que muitas vezes incompreendido na sua mais profunda dor.
Foi aquele que influenciou toda uma geração, aquele que protestou com músicas e manifestações públicas pacíficas contra a Guerra do Vietnã e outras guerras imbecis da Humanidade, e dizia:
_ “Não me esperem ver atrás de barricadas, a menos que elas sejam de flores”.
Foto: Bob Gruel