“Perdi Você”: uma composição de Renato Barros inspirada em “Penny Lane”, dos Beatles.

“Eu me inspirei naquela música dos Beatles, Penny Lane, tem até um solo de trompete no meio e a levada é a mesma.”

“Nesta gravação de 1969 fiz a voz solo dobrada; as duas vozes do backing é a do Cid e mais outro, que deveria ser o Paulo Cezar Barros, mas não posso afirmar com certeza por que é possível que ele tivesse já deixado o grupo pra fazer carreira solo. Caso seja isso, a outra voz deve ser a minha também. Complicado, né? Mas eu canto duas vezes e dobra, só que na segunda vez eu tenho que cantar exatamente igual a primeira.” Renato Barros

LP "As 14 Mais" - Vol 23 - 1969

LP “As 14 Mais” – Vol 23 – 1969

Esta música saiu somente nas 14 Mais e não está em nenhum LP oficial da banda, mas acabou saindo também em compacto simples naquele mesmo ano de 1969, tendo no lado B “Vou fazer você feliz” que é justamente a outra que está também no LP “As 14 Mais” – Volume 23.

Luiz Antonio Cardoso Martins, famoso colecionar de discos de vinil no Rio de Janeiro, conta que se lembra bem de quando saiu o Volume 23 da série “AS 14 MAIS” em agosto de 1969, ocasião em que José Messias em seu programa de rádio comentou sobre a saída de Paulo César Barros do grupo, dizendo que estava percebendo o esforço de Renato e Cid para tentarem manter o timbre de voz do Paulo Cezar e que não podia prever se o grupo prosseguiria sem ele…

Só que esta “teoria” causou espanto em Renato Barros, líder do grupo, quando em uma conversa comentei com ele sobre este tipo de comentário que existe desde esta época, pois jamais o conjunto iria pensar em “imitar” a voz de um ou de outro componente da banda.

E vejam, já se passaram 47 anos, e a agenda de Shows de Renato e Seus Blue Caps continua intensa, como podem verificar aqui mesmo neste Blog. 😉

Renato Barros é o líder da Banda Renato e Seus Blue Caps, a banda de Rock mais antiga do mundo ainda em atividade.

Banda Renato e Seus Blue Caps Registros dos Shows de Londrina / Rio de Janeiro / Curitiba

Show de Londrina realizado em 17 de setembro de 2016 – Algumas fotos enviadas por fãs que estiveram presentes no Show.

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TAKES DO SHOW DE LONDRINA

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FOTOS DO SHOW REALIZADO EM 23 de setembro de 2016 NO CLUBE MUNICIPAL DA TIJUCA.

O Show foi muito especial, pois teve a presença de um antigo membro da banda, o tecladista Scarambone, que tocou ao lado dos antigos companheiros Renato e Cid Chaves.
Outra presença especial foi a do compositor Getúlio Côrtes, que foi convidado a subir ao palco e cantou sua famosa composição, “Negro Gato”.

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ALGUNS TAKES DO SHOW NA TIJUCA

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FOTOS DO SHOW REALIZADO EM 24 DE SETEMBRO DE 2016 NO TEATRO ÓPERA DE ARAME EM CURITIBA.

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ALGUNS TAKES DO SHOW NO TEATRO ÓPERA DE ARAMA (CURITIBA)

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O som não ficou bom, por que a emoção de um fã ao filmar não deixa que ele se preocupe com isso, ele quer eternizar o momento, e foi o que fez o Alberto, para a nossa felicidade!

“Smile” nos Tempos Modernos.

“Smile” é uma canção baseada em um tema instrumental utilizado na trilha sonora do filme “Tempos Modernos”, de Charlie Chaplin, em 1936.

Chaplin compôs a música inspirado na opera chamada “Tosca”, de Giacomo Puccini. Era uma ópera em três atos que Puccini compôs para um livreto italiano de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa, levada ao ar pela primeira vez no Teatro Costanzi em Roma, em 14 de janeiro de 1900.

Em 1954 John Turner e Geoffrey Parsons adicionaram a letra e o título à melodia composta por Chaplin.
Na letra, com base nos versos e nos temas do filme, o cantor está dizendo ao ouvinte para se animar e que haverá sempre um amanhã brilhante, enquanto ele simplesmente sorrir.

Smile / Sorria

Smile, though your heart is aching
Sorria, embora seu coração esteja doendo
Smile, even though it’s breaking
Sorria, mesmo que ele esteja partido
When there are clouds in the sky
Quando há nuvens no céu,
You’ll get by…
Você conseguirá…
If you smile
Se você sorrir

With your fear and sorrow
Com seu medo e tristeza
Smile and maybe tomorrow
Sorria e talvez amanhã
You’ll see the sun come shining through, for you
Você verá o sol brilhando, para você

Light, up your face with gladness
Ilumine seu rosto com alegria
Hide, every trace of sadness
Esconda qualquer traço de tristeza
Although a tear may be ever so near
Embora uma lágrima possa estar tão próxima
That’s the time you must keep on trying
Esse é o tempo que você tem que continuar tentando
Smile, what’s the use of crying?
Sorria, o que adianta chorar?

You’ll find that life is still worthwhile
Você descobrirá que a vida ainda continua
If you’ll just smile
Se você apenas sorrir

That’s the time you must keep on trying
Este é o momento que você tem que continuar tentando
Smile, what’s the use of crying?
Sorria, de que adianta chorar?
You’ll find that life is still worthwhile
Você descobrirá que a vida ainda continua
If you’ll just smile.
Se você apenas sorrir

“Smile” tornou-se um padrão popular desde que foi usada originalmente no filme de Chaplin, tanto que foi também usada como canção tema do Show “The Jerry Lewis Show”, da NBC, de 1967 a 1969.

Em 2012, Rachael Leahcar cantou a canção na primeira temporada do The Voice Australia, chegando ao número 34 na parada de sucessos australianos.

Nat King Cole gravou a primeira versão com a letra em 1954 e foi às paradas de sucesso alcançando o número 10 na Billboard e número 2 no Reino Unido.

Diana Ross também gravou uma versão em seu álbum de 1976.

Atualmente Renato Barros faz homenagem a Chaplin nos shows de sua banda Renato e Seus Blue Caps pelo Brasil, causando comoção e tornando mais brilhantes suas apresentações.

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Fonte da pesquisa: Wikipedia

A Lenda Viva do Rock Brasileiro está aniversariando!

Hoje, 27 de setembro, está aniversariando o músico, cantor e compositor considerado atualmente o maior roqueiro do Brasil, que é Renato Barros, uma lenda viva!

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Tanta homenagem Renato já recebeu, mas eu não poderia deixar de enviar a ele nesta data também a minha, ele que muito antes da Jovem Guarda existir, já fazia sucesso e estava no topo das paradas com a sua versão da canção composta por Lennon & McCartney, “I should have known better”, a famosa “Menina Linda”!

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Idealizador da banda Renato e Seus Blue Caps, fundou, criou e cuida dela como a um filho, um grupo amado e seguido por muita gente de diferentes gerações, que segue em frente com uma agenda de shows pelo Brasil afora…

Profissional do mais alto nível, Renato Barros nunca seguiu a maré; usava desde sempre sua inteligência, criatividade e perspicácia para estar sempre um passo à frente da maioria, conseguindo ser diferente de todos, destacando-se dos demais na trajetória de sua banda.

Um exemplo é o sucesso dos shows de Renato e Seus Blue Caps até hoje, sempre lotados e diferenciados, que Renato idealizou e montou dentro de suas convicções, apresentando inovações como o muito elogiado momento Chaplin com a interpretação da canção “Smile”, levando o público muitas vezes às lágrimas de emoção.

Dono de uma simplicidade ímpar, Renato é desprovido de soberba e nunca fez questão de qualquer destaque na mídia, mas tem muito orgulho e defende seu grupo com a maior excelência e capacidade que lhe são peculiares, fazendo de Renato e Seus Blue Caps uma lenda nacional, sendo ela a banda de Rock and Roll mais antiga do mundo em atividade! (Não, não são os Rolling Stones, eles começaram em 1962… rsrs).

Tive o privilégio de ouvir e conhecer Renato e Seus Blue Caps nos primórdios de seu sucesso, sou fã de carteirinha até hoje e se depender de mim, a historia da banda será sempre contada para que as futuras gerações tomem conhecimento do que foi e continua sendo este conjunto criado pelo “Bacaninha da Piedade”.

Então, só me resta lhe dar parabéns Renato, agradecer por você ser meu amigo, pessoa maravilhosa, e dizer que de minha parte quero muito que você continue assim, sempre com muita saúde, tocando sua guitarra elétrica, compondo suas melodias, cantando canções “dor de cotovelo” com o seu violão nas noites Tijucanas, encantando sempre com o seu carisma.

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Receba todo meu carinho e admiração.

Feliz aniversário, um abraço da sua fã,

Lúcia Zanetti

Ídolos não morrem, ídolos não envelhecem! Entram em nossas vidas sem pedir licença e nos acompanham por toda nossa existência. Ídolos não são fabricados para serem consumidos num momento e esquecidos no seguinte… Ídolos são para sempre!

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“Jai Guru Deva OM” – “Glória ao nosso Mestre e Senhor, Amém”!

John Lennon Pintura: Hugo Rhoden

John Lennon
Pintura: Hugo Rhoden


Na canção “Across the Universe” há a frase “Jai Guru Deva OM”, cujo significado eu queria entender, então perguntei ao meu amigo Gops Krishna, que é da Índia, e ele traduziu a expressão dizendo:

“Jai Guru Deva Om” means “Victory to Preacher(or Teacher)Lord Amen. => “Jai Guru Om significa” Glória ao Senhor Amém!

Jai – Victory / Glory – Glória
Guru- Teacher – Mestre
Deva – Lord – Senhor
Om – Amen – Amém

Então… “Glória ao nosso Mestre e Senhor, Amém”!

“Across The Universe”
Words are flowing out like endless rain into a paper cup
They slither wildly as they slip away across the universe
Pools of sorrow, waves of joy are drifting through my opened mind
Possessing and caressing me
Jai Guru Deva OM
Nothing’s gonna change my world
Nothing’s gonna change my world
Nothing’s gonna change my world
Nothing’s gonna change my world
Images of broken light which dance before me like a million eyes
They call me on and on across the universe
Thoughts meander like a restless wind inside a letter box
They tumble blindly as they make their way across the universe
Jai Guru Deva OM
Nothing’s gonna change my world
Nothing’s gonna change my world
Nothing’s gonna change my world
Nothing’s gonna change my world
Sounds of laughter, shades of life are ringing through my open ears
Inciting and inviting me
Limitless undying love which shines around me like a million suns
It calls me on and on, across the universe
Jai Guru Deva OM
Nothing’s gonna change my world
Nothing’s gonna change my world
Nothing’s gonna change my world
Nothing’s gonna change my world
Jai Guru Deva
Jai Guru Deva
Jai Guru Deva
Jai Guru Deva
Jai Guru Deva

“Jai is to praise… guru deva is the spiritual guru… ohm is the ultimate truth… that is when we come to know the ultimate truth of life through our spiritual guru ‘nothings gonna change my world’… tht is no distraction can divert u frm the path of truth… its my interpretatn…” ( Sayantan Ghosh)

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Renato e Seus Blue Caps em Belo Horizonte: Registros

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“Lucinha tem razão e nosso coração pulsa mais forte de emoção.
Bateu solidão e este poder de atração da arte é pura inspiração.
Que viagem voltar ao passado das lembranças e ver a rapaziada animada.
Era madrugada e este 11 de setembro de 2016 foi tão marcante.
A casa ficou lotada e a galera animada cantava as belas canções de Renato e seus Blues Caps.
Os cara brilharam em cima do palco e nos bastidores tiveram carinho com seu publico. Ele recebeu no Camarim os amigos e convidados e fica o recado: Renato Barros é merecedor de tudo que está acontecendo com ele, pois tem o poder de fazer as coisas acontecerem e convencer a todos que ele é filho da arte, da nobre arte.
Existiu uma geração que viu estes caras reproduzirem com fidelidade as belas versões das canções dos garotos de Liverpool.
Londres é logo ali na esquina do pensamento, e tudo é uma questão de momento.
Congelar o tempo, ah!.. precioso e preciso é o tempo, ele lembrou com carinho de Carlitos que é considerado o pai da sétima arte.
Uma gravação simples, mas serve como acervo para quem ama o nosso Renato Barros (e seus Blue Caps).”

Por Carlos Cunha, um poeta mineiro que esteve no show e fez a gentileza de me enviar todos estes registros! 😉

Muito grata a você, Carlos Cunha,

da fã número um de Renato e Seus Blue Caps,

Lucinha Zanetti
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PRÓXIMOS SHOWS

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Entrevista de Renato Barros para a Rádio Itatiaia de Belo Horizonte.

Entrevista de Renato Barros ao programa “Itatiaia Dona da Noite”, apresentado por José Carlos Piotto, da Rádio Itatiaia, Belo Horizonte / MG, realizada em 03 de setembro de 2016.

Prestes a realizar um grande show na Casa de Espetáculos Granfinos em Belo Horizonte, Renato foi convidado a dar esta entrevista para a Rádio Itatiaia, onde teve a oportunidade de contar um pouco da trajetória de sucesso de sua banda RENATO E SEUS BLUE CAPS.
Entre outras coisas, relembra o comunicador Elmar Tocafundo, antigo divulgador da CBS em Minas e convida a todos para o show a ser realizado na Casa de Espetáculos GRANFINOS em Belo Horizonte, no dia 10 de setembro próximo, a partir das 21h.

Membros da banda em atividade:

Cid Chaves Vocal (Sax)
Darci Pereira Velasco (Tecladista)
Gelsinho Morais – Baterista
Amadeu Signorelli – Baixista
Renato Barros – Guitarrista e líder da banda

Show na Casa de Espetáculos GRANFINOS
Endereço: Av. Brasil, 326 – Santa Efigênia Belo Horizonte/MG

“AUMENTA QUE ISSO É ROCK AND ROLL!” 😉

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Entrevista de Renato Rádio Itatiaia

Da música para a Literatura: a Poesia de Hamilton Di Giorgio!

Hamilton Di Giorgio

Hamilton Di Giorgio

Cantor e Compositor da década de 1960 (1959-1968), Hamilton nasceu em 20 de setembro 1942 e viveu a sua adolescência em Tremembé, São Paulo, onde cantava para os seus amigos músicas que ouvia no Hit Parade que era transmitido toda semana pela Rádio Excelsior.

Um dia participou do programa “A Boite do Minguinho” da Rádio São Paulo, e foi indicado para o então animador de música jovem da Rádio Panamericana (depois Jovem Pan), Miguel Vaccaro Neto, jornalista e radialista que apresentava novos talentos em seus programas de rádio.

Daí para o sucesso foi um passo, e sua primeira gravação, “My Heart is an Open Book”, vendeu perto de 100.000 cópias!
Hamilton iniciou sua carreira no selo Young, que daria origem à Fermata.

Na Young, Hamilton ainda gravou outros sucessos como “Teenage Sonata”, que deu nome a uma coletânea de músicas feita com muito esmero por Tony Campello.

Com ele, na gravadora Young, ainda nasceram vários artistas como Demétrius, The Jet Black’s, Marcos Roberto, Prini Lorez, entre outros.

Quando esse grupo da Young se desfez, Hamilton foi para a Chantecler e fez sucesso com a canção Anjo Triste, uma versão sua de Blue Angel, de Roy Orbison.

Quase nada foi feito de “doo wop” no Brasil, mas uma gravação se destaca com o grande Hamilton Di Giorgio, nesta versão do sucesso de THE DELL VIKINGS, DE 1956, intitulado COME GO WITH ME!

Sua carreira ainda se estendeu para a Fermata, com “Meu Mundo” e RCA Victor, onde lançou seu último disco, O Bolha / O Mar.

“Anjo Triste” Hamilton di Giorgio em reportagem de Josino Teodoro para da revista Melodias, no tempo que lançou o compacto-simples 'O bolha' / 'O mar' pela RCA Victor.

“Anjo Triste”
Hamilton di Giorgio em reportagem de Josino Teodoro para da revista Melodias, no tempo que lançou o compacto-simples ‘O bolha’ / ‘O mar’ pela RCA Victor.

Anúncio na revista do compacto que ele lançou em 1966 (“O bôlha” / “O mar”) e as capas do disco.

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“O Mar” – Um vídeo com a participação de seu filho Renato Di Giorgio

Como Compositor, Hamilton tem mais de 100 obras entre composições e adaptações, algumas gravadas por ele mesmo. Entre elas, encontramos “Lobo Mau”, uma versão de The Wanderer, composição original de Dion Di Mucci & The Del Satins, 1961, gravada por Tony Campello / Renato e Seus Blue Caps / Roberto Carlos, “Chapeuzinho Vermelho” (The Jet Black’s), “Estrela que Cai” (Os Caçulas), “Na Noite que se Vai” (Agnaldo Timóteo) entre outras.

Miguel Vaccaro Neto entrevista em seu programa Hamilton Di Giorgio e Tony Campello.

Hamilton Di Giorgio nos anos 60 Foto do acervo do cantor

Hamilton Di Giorgio nos anos 60
Foto do acervo do cantor

Hamilton participando do Programa Ritmos para a Juventude, com Antonio Aguillar

Hamilton participando do Programa Ritmos para a Juventude, com Antonio Aguillar

Hamilton trabalhou 50 anos com Informática e agora está aposentado. No momento está passando por um tratamento em fase de cura no Hospital do Câncer em São Paulo, e em 2013 perdeu a voz devido a um AVC que lhe deixou com dificuldade para falar.

Hamilton também escreve poesias…

Seguem algumas delas publicadas por ele em uma rede social…

Poesias que eu rasguei

Poesias que eu rasguei
Onde estão?
Agora já não sei
P’rá onde vão
Os sonhos que sonhei,
P’rá onde vão?
Poesias que eu rasguei
Que diziam?
Agora já não sei
Aonde iam
As velas que soltei
Aonde iam?
Poesias que eu rasguei
– Que maldade!
Nem sonhos que sonhei
Nem velas que soltei
– Só saudade!
(28/08/2016)

Rosa de prata

Momento lento
Tarde distante
Errante
No esquecimento…
O último dia claro
Findava
Soerguendo um anteparo
De lava
Por todas as primaveras
Retidas
Em cárceres de quimeras
Há muito desconhecidas
E a última noite escura
Se abria
Nos cálices de frescura
(De que beberei um dia)
Para aclamar-te a chegada,
Rosa de prata!
– Quantia de amor exata
E eternizada!
A folha queimada no passo
Retardado
Das madrugadas de aço
Forjado
Não pôde nublar-te a vida
Rosa de prata
De encontro e de despedida
Sem data
Nem pode tirar-te a luz
Rosa de prata
O mundo que me seduz
E, pouco a pouco, me mata
Porque foste, no instante,
Rosa de jade
Entre o amarelo inconstante
E o frio azul da saudade!
(04/08/2016)

Revelação

Antes que o sol tenha o encosto
Da terra
Eu devo estar no meu posto
De guerra
Porque tenho o dia raro
E a noite infinda
E não sei se sigo ou paro
Se é ida ou vinda!
(Antes do vento soprar
Eu quero estar no horizonte
Laçando nuvens,
Cheio de orvalho na fronte
Laçando nuvens…)
Às vezes ouço ruídos
E passos
Que me transformam os ouvidos
Em braços
A procurar num infinito
De plasmas
O incomensurável rito
De companheiros fantasmas
(Antes da chuva cair
Eu quero ser primavera
Gerando flores
Adormecido na espera
Gerando flores…)
Qualquer mundo a que me leve
É muito pouco
Pago sempre a quem me deve
E nunca recebo troco
Sempre espero o que não vem
Minha chegada
Não pode chegar além
Do nada!
(Antes do sonho acabar
Eu tenho que ser destino
Guiando estrelas
No universo purpurino
Guiando estrelas…)
Depois de tudo passar
Que se apercebam de mim.
Todos têm o endereço
Do começo
E eu, do fim!
(24/07/2016)

Primeiro Esboço
Agora, ainda mesmo que queiramos,
Já não podemos mais nos separar;
Estamos perto quando longe estamos,
Nossos lugares são um só lugar.
Agora, ainda mesmo que escondamos,
Nossos relógios marcam a mesma hora;
E as duas vidas que, antes, só sonhamos,
São uma vida, apenas vida, agora.
São duas mentes – um só pensamento,
Duas pinturas – mas a mesma cor,
Duas sementes num mesmo rebento:
Somos dois caules de uma mesma flor!
(19/06/2016)

O que fui…O que sou
Na sombra do que fui
Repousa o que sou
Só sou o que não fui
Só fui o que não sou
E fui de utopia
E sou de realidade
E fui de calmaria
E sou de tempestade
Cansado do que fui
Passei para o que sou
E agora, do que fui,
Saudade é no que sou
E fui de azul-celeste
E sou de cinza-pardo
E fui de verde agreste
E sou de seco fardo
No tempo do que fui
Brincava do que sou
E fui o que não fui
E sou o que não sou!
(Num elevador vazio)
(19/06/2012)

Aurora eletrônica
Eu vou me lembrar de agora
Por entre os semi-destinos
Que me espreitam nesta aurora
De sinos
Eu vou me lembrar do jogo
E do abismo de espaço
Dos horizontes de fogo
E do palhaço
Eu vou me lembrar do tônico
Espairar, qua nada alcança
Do infinito eletrônico
E da esperança
Eu vou me lembrar do hino
E da surpresa contida
Do tribunal repentino
Da vida
E vou me lembrar, sonhando,
Do céu, do amor, da cidade,
Das silhuetas queimando
E da saudade!
(28/05/2012)

Nuvenzinha
Poesia ao sol
Que, enfim, saiu
E a nuvenzinha
Do céu sumiu
Mas tudo, ainda
Treme de frio
E a nuvenzinha
Do céu sumiu
Cantam os pássaros
Em liberdade
Será que o sol
Sentiu saudade?
E a nuvenzinha
P’rá onde vai?
Deixando a terra
Daqui não sai
Poesia ao sol
Que volta enfim
E a nuvenzinha
Dentro de mim
(23/05/2016)

Revelação
Antes que o sol tenha o encosto
Da terra
Eu devo estar no meu posto
De guerra
Porque tenho o dia raro
E a noite infinda
E não sei se sigo ou paro
Se é ida ou vinda!
(Antes do vento soprar
Eu quero estar no horizonte
Laçando nuvens,
Cheio de orvalho na fronte
Laçando nuvens…)
Às vezes ouço ruídos
E passos
Que me transformam os ouvidos
Em braços
A procurar num infinito
De plasmas
O incomensurável rito
De companheiros fantasmas
(Antes da chuva cair
Eu quero ser primavera
Gerando flores
Adormecido na espera
Gerando flores…)
Qualquer mundo a que me leve
É muito pouco
Pago sempre a quem me deve
E nunca recebo troco
Sempre espero o que não vem
Minha chegada
Não pode chegar além
Do nada!
(Antes do sonho acabar
Eu tenho que ser destino
Guiando estrelas
No universo purpurino
Guiando estrelas…)
Depois de tudo passar
Que se apercebam de mim.
Todos têm o endereço
Do começo
E eu, do fim!
(23/05/2012)

Procura
Procura pura
Água de rosa feita em pendão
Talvez eu durma amanhã
Hoje, não!
Poesia fria
Rocha de aresta dourada
Encontro da madrugada
Com o dia
Talvez que me exista a sorte
Escondida
Por entre as chamas da morte
Em vida
Ou, talvez, me reste o canto
Calado
E um céu tristonho de encanto
Nublado
Porém, procura!
Procura santa
Procura tanta
Qua a rama arcada
Desova a água de rosa
E volta ao nada!
(16/05/2012)

Síntese
O vento tocava liras
Nos ramos de eletricidade
Enquanto gerava espiras
Planejando a tempestade
E a noite extraviada
Do seu rumo rotineiro
Abria-se numa estrada
De flores, sem paradeiro
Quando a musa, adormecida,
Retornou à sua meta
Trazendo nas mãos a vida
E o destino do poeta:
Padecemos todos
De nós mesmos
Porque somos tantos
E, ao mesmo tempo, ninguém
(E nossos mutismos
São nossos versos também)
A palavra escrita
Limita
A nossa explosão estética
E apenas conseguimos
Derramar nas folhas
Uma vaga ideia
Do que transportamos
Nossos amores fundamentais
São tão fugidios
Que mal podem tomar forma
E se esvanecem…
Nossas crenças e descrenças
Andam juntas, justapostas
Num latifúndio de espaço
Onde, entre escamas esparsas,
Vagam os touros bravios
Brincando de primavera!
O mundo físico
Não existe realmente,
Embora nos engane sempre
(Somos cobaias de um deus
Onipotente)
Não nos molhamos na água
Nem nos queimamos no fogo
Vivemos do que está perto
De novo
Os nossos ouvidos ouvem
Aquilo que os outros vêm
(Estamos a um sentido
Além)
E sempre que conseguimos
Expor alguma verdade
Sepultamos um destino
Dando à luz uma saudade!
(14/05/2012)

Nascimento
A noite gira
Na face convexa
Da terra
Que volta molhada
Toda madrugada
E eu:
(Janela de um mundo
De fundo
Complexo
Sem nexo
Nem sexo)
Contando as estrelas
Que formam a corrente
Cadente
Que abre o meu peito
E penetra queimando
Deixando
Em lugar da certeza
O incerto…
Eu falo outra língua
Por isso não me compreendem!:
Gosto das coisas não tidas
E dos dias não passados
Das lembranças esquecidas
E dos sonhos não sonhados
Gira, gira, gira noite
Em volta do meu chapéu
Que numa das tuas voltas
Eu fico preso no céu
Gira, gira, gira noite
E, enquanto tudo for,
Eu também serei a vida
A esperança e o amor
Gira, gira, gira noite
Que nesta volta incompleta
Morrendo a felicidade
Está nascendo um poeta!
(29/04/2016)

Terceiro esboço
Estou chegando
Sem ter partido
Estou voltando
De onde não fui
Por uma estrada
Acidentada
Num céu cortado
Todo de azul
Tudo é poesia
Subitamente
Na atmosfera
Da eternidade
Cantam os átomos
Cheios de cores
Florindo amores
Pela cidade
Estive ausente
Por tanto tempo
Por tanto espaço
Corrido a esmo
Que, reconheço,
Na estranha guerra
Nada buscava
Só a mim mesmo!
Fui o mudado
E me mudou
O que os outros
Têm conservado
(“Somos iguais
nas diferenças
E diferentes
Nas igualdades”)
Estou chegando
Sem ter partido
Na despedida
Nem tive adeus
Estou voltando
Para os teus braços
O amor existe
Graças a Deus!
(07/07/2013)

Nascimento
A noite gira
Na face convexa
Da terra
Que volta molhada
Toda madrugada
E eu:
(Janela de um mundo
De fundo
Complexo
Sem nexo
Nem sexo)
Contando as estrelas
Que formam a corrente
Cadente
Que abre o meu peito
E penetra queimando
Deixando
Em lugar da certeza
O incerto…
Eu falo outra língua
Por isso não me compreendem!:
Gosto das coisas não tidas
E dos dias não passados
Das lembranças esquecidas
E dos sonhos não sonhados
Gira, gira, gira noite
Em volta do meu chapéu
Que numa das tuas voltas
Eu fico preso no céu
Gira, gira, gira noite
E, enquanto tudo for,
Eu também serei a vida
A esperança e o amor
Gira, gira, gira noite
Que nesta volta incompleta
Morrendo a felicidade
Está nascendo um poeta!
(22/07/2012)

Definição de passado
Era passado e, por ser passado,
Era passado para ser presente
Mas é futuro que não é futuro
Pois é futuro para ser passado
Eu era, para ser como não sou
Vivia de viver o que não vivo
Sonhava de sonhar como não sonho
Não via para ver o que hoje vejo
Se eu soubesse que ia ser assim
Não venceria para ter vencido
Se hoje é ter vencido p’rá perder!
Se eu soubesse que ia ser assim
Não viveria para ter saudade
Se hoje é ter saudade p’rá viver!
(22/06/2012)

Tempestade
Sibila o vento
Na grade
Planejamento:
Já é tarde!
Baila nos ares
Poeira aquática
De todos os mares
E a estática
Num rito ardente
E alterno
Planta a semente
Do inferno!
Sibila o vento
Na grade
É amor
É solidão
É tempestade!
(E, por que não,
Saudade?)
(15/07/2012)

A menina da caneca

Já ia mesmo deitar
E tirar uma soneca
Quando me entrou pelo olhar
A menina da caneca

Era cedo, manhãzinha
Nem de sol, nem de garoa
Que aspecto triste ela tinha
Pés descalços, roupa à toa

Vai à venda buscar leite
E pão, talvez, mal desponta
O sol que, só para enfeite,
Não traz calor – traz a conta!

O seu mundo está ocupado
Nele não existe boneca
Nem a bola, nem o dado
Nem, ao menos, a peteca
Nele só existe um cuidado
(A menina ou a caneca?)
(07/09/2016)

Pedido

Rosa muda
Mudada
Quanto tempo nos separa?

Os espinhos vão caindo
No precipício de espaço
E, do tempo, vão surgindo
Inúmeras gotas de orvalho
Que se acercam dos teus pés
Para deixar-te jamais

Rosa mutante
Do instante
A quantos vai tua hora?
És amanhã ou agora?
(Ou nunca mais?)

Em um ponto do infinito
Eu te espero, rosa vária
Apressa-te na corrente
Como uma nave corsária
Entrecortada de vento…

(Que o meu lado
Cansado
Já se perde
Em esquecimento!)

Aurora eletrônica

Eu vou me lembrar de agora
Por entre os semi-destinos
Que me espreitam nesta aurora
De sinos

Eu vou me lembrar do jogo
E do abismo de espaço
Dos horizontes de fogo
E do palhaço

Eu vou me lembrar do tônico
Espairar, que nada alcança
Do infinito eletrônico
E da esperança

Eu vou me lembrar do hino
E da surpresa contida
Do tribunal repentino
Da vida

E vou me lembrar, sonhando,
Do céu, do amor, da cidade,
Das silhuetas queimando
E da saudade

A menina da caneca

Já ia mesmo deitar
E tirar uma soneca
Quando me entrou pelo olhar
A menina da caneca

Era cedo, manhãzinha
Nem de sol, nem de garoa
Que aspecto triste ela tinha
Pés descalços, roupa à toa

Vai à venda buscar leite
E pão, talvez, mal desponta
O sol que, só para enfeite,
Não traz calor – traz a conta!

O seu mundo está ocupado
Nele não existe boneca
Nem a bola, nem o dado
Nem, ao menos, a peteca
Nele só existe um cuidado
(A menina ou a caneca?)

Culpa

A minha sombra da lua
O meu caminho na rua
Será que sou mesmo eu?
Um sorriso de tristeza
Um tamanho sem grandeza
Será que tudo isso é meu?

Onde está a tranquilidade
A segurança e a saudade
Que sempre trago ao chegar?
Onde ficou a esperança
E o meu olhar de criança
E a vontade de sonhar?

Bem melhor seria tudo
Neste cemitério mudo
Que rodeia o meu pesar
Decompor-se e, finda a guerra,
Desaparecer na terra
Para nunca mais voltar!

A minha sombra da lua
O meu caminho na rua
Tudo parece ser meu!
Meu sorriso de tristeza
Meu tamanho sem grandeza
– Hoje o culpado fui eu!

Camélia velha

Camélia velha
Luar de prata
Que se avermelha
Depois se mata
No precipício
Da gravidade
(Que desperdício,
Monstruosidade!)

Por quanto vives?
Talvez um mês
Talvez um ano
Ou mesmo três…
– Perdi, na conta,
A realidade
Camélia tonta
Da eternidade!

O ramo verde
De onde pendeste
Dirá, ao ver-te:
– Pobre coitada!…
E outras camélias
Com desconforto
Verão que ele
É que está morto!

Só tu que vives
Porque és aquela
Que não é branca
Nem amarela
Que não é telha
Nem é vermelha
Que não é verdade
– É só saudade!

Onde está você?(Segundo esboço)

Onde está você?
Meus olhos cansados
Desbravam o cinzeiro:
Três tocos fumados
E um quase inteiro

Onde está você?
Grená de piano
Grená de pijama
E o branco da cama…
(Já fez meio ano!)

Onde está você?
Relógio batendo…
(O trem que passou
Com o solo tremendo
Fantasmas levou)

Onde está você?
Camisa lavada
Em si quase nada
Mas muito p’rá mim
Jamais foi assim

Onde está você?
Um livro mal lido
(Oriente e Grécia)
A um lado esquecido
Nem chega à Lucrécia!

Onde está você?
Já são quase duas
No escuro do céu
Silêncio nas ruas
(Queimei meu papel!)

Onde está você?
O ar ficou morto
O azul fez marrom
Em todo o conforto
Apenas um som:

Onde está você?
Bem triste este fim
É apenas começo…
Achei o endereço:
– Está dentro de mim!

Contraste

(Espaço vazio, alma cheia!)
Meu navio está perdido nesta bruma esvoaçante…
(Espaço vazio, alma cheia!)
Qual é o nome da tristeza que me invade neste instante?
(Espaço vazio, alma cheia!)
Quanto tempo ainda me resta no percurso desta mágoa?
(Espaço vazio, alma cheia!)
O meu sono de saudade está todo dentro d’água!
(Espaço vazio, alma cheia!)
Contrastantes personagens de uma estória repetida,
(Espaço vazio, alma cheia!)
Vou nascendo e vou morrendo tendo apenas uma vida!

Porque não tenho o objeto
Que me extasia.
Só este espaço repleto
E a alma vazia!

Serena pena

Serena pena
Que me acomoda
Na triste cena
De roda

Num longo rito
Entrelaçada
Com o infinito
E o nada!

Quantos passaram
Ficando
(Quantos sorriram
Chorando)

Pelas vertentes
Dos teus contornos
Como presentes
E adornos!…

E agora és minha
(Só minha!)
Serena pena
Rainha

De uma estória
Bruxuleante
Entre a memória
E o instante!