Paul McCartney no Maracanã, Rio de Janeiro, em 2023!

Paul McCartney Got Back Tour 2023
Uma pesquisa por Querqueto Bass.

Referências bibliográficas:
▪ Davies, Hunter. As letras dos Beatles: a história por trás das canções. São Paulo: Planeta; 2016.
▪ McCartney, Paul. As letras. Osasco: Belas-Letras; 2021.
▪ Norman, Philip. Paul McCartney: a biografia. São Paulo: Companhia das Letras; 2017.
▪ Turner, Steve. The Beatles: todas as músicas, todas as letras, todas as histórias. Rio de Janeiro: Sextante; 2016.
SETLIST

  1. Can’t buy me love
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: A hard day’s night (1964)
    Um rapaz desapegado de bens materiais, crente que o amor não pode ser comprado, oferece
    presentes a uma garota para conquistar o amor dela. Vai entender…
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  2. Junior’s farm
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    single lançado em outubro de 1974
    Inspirado em “Maggie’s farm”, sucesso do Bob Dylan, Paul descreve o alívio que ele encontrava
    na vida pacata em seu refúgio rural no sul da Escócia durante o turbulento processo de dissolução
    dos Beatles.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  3. Letting go
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    álbum: Venus and Mars (1975)
    Exaltação a Linda, primeira esposa de Paul, que abandonou a carreira como fotógrafa profissional
    para se dedicar a ser vocalista e tecladista do Wings desde que a banda foi formada.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  4. She’s a woman
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    single lançado em novembro de 1964
    Composta poucas semanas após terem experimentado maconha pela primeira vez, durante um
    encontro com Bob Dylan, que lhes forneceu a erva. O verso “Turn me on when I get lonely” é
    uma descrição sutil do hábito que Paul manteve durante décadas de fumar um baseado para
    relaxar.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  5. Got to get you into my life
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Revolver (1966)
    Uma ode confessada à maconha disfarçada de declaração amorosa. O verso “What can I be?” não
    é uma pergunta, mas sim uma exclamação elogiosa homófona “What cannabis!”
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  6. Come on to me
    carreira solo
    (Paul McCartney)
    álbum: Egypt Station (2018)
    Paul estava casado com Nancy, sua terceira e atual esposa, quando compôs esta canção sobre uma
    paquera em uma festa. Como o verso “You know we can’t be seen exchanging information”
    poderia causar algum constrangimento, Paul deixou claro que a letra descreve uma festa
    imaginária ocorrida na década de 1960.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  7. Let me roll it
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    álbum: Band on the run (1973)
    Um convite sexual que remete à origem mesma da expressão rock’n’roll. Encerra com o solo final
    de “Foxy Lady”, sucesso de Jimi Hendrix.
    Paul toca uma guitarra Gibson Les Paul.
  8. Getting better
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)
    John se declarando arrependido por não estar se comportando bem com sua primeira esposa e
    confessando sua tentativa de ser um marido melhor.
    Paul toca uma guitarra Gibson Les Paul.
  9. Let ‘em in
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    álbum: Wings at the Speed of Sound (1976)
    Vários amigos e parentes do Paul, alguns deles apresentados por meio de apelidos, batem na
    porta ou tocam a campainha, e o anfitrião pede que os deixem entrar.
    Paul toca um piano Yamaha.
  10. My valentine
    carreira solo
    (Paul McCartney)
    álbum: Kisses on the Bottom (2012)
    Dedicada a Nancy, com quem Paul havia se casado no ano anterior.
    Paul toca um piano Yamaha.
  11. Nineteen hundred and eighty-five
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    álbum: Band on the run (1973)
    A descrição de um relacionamento que sobreviverá à distopia prevista por George Orwell em seu
    célebre romance “1984”.
    Paul toca um piano Yamaha.
  12. Maybe I’m amazed
    carreira solo
    (Paul McCartney)
    álbum: McCartney I (1970)
    Um reconhecimento sincero a todo o apoio dado por Linda durante o período difícil atravessado
    durante a dissolução dos Beatles.
    Paul toca um piano Yamaha.
  13. I’ve just seen a face
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Help! (1965)
    Uma canção country sobre amor à primeira vista composta por Paul enquanto ele morava no
    porão da casa dos pais da sua então namorada, a atriz Jane Asher. Muito provavelmente, a musa
    inspiradora não foi Jane, com quem Paul namorava há dois anos, mas sim alguma garota que o
    beatle conheceu durante aquela sua fase mulherenga.
    Paul toca um violão Martin.
  14. In spite of all the danger
    The Quarrymen
    (Paul McCartney, George Harrison)
    álbum: Anthology 1 (1995)
    Primeira gravação, ainda amadora, de uma canção composta no ano de 1958 por Paul em uma
    parceria jamais repetida com George, inspirada em “Tryin’ to get to you”, sucesso de Elvis Presley.
    Os integrantes da banda que antecedeu os Beatles tiveram de fazer uma vaquinha para pagar os
    custos do registro fonográfico, e depois se revezavam semanalmente na posse do único disco
    produzido. A banda The Quarryman se dissolveu e o disco acabou esquecido por décadas.
    Quando foi re-encontrado na casa de um amigo do baterista do The Quarryman, Paul comprou
    o disco antes que fosse a leilão, o que possibilitou que a canção pudesse ser incluída no projeto
    Anthology. Na letra, um rapaz faz juras de amor eterno se a garota lhe for fiel, e alude à primeira
    experiência sexual de Paul, com uma babá que deveria estar tomando conta de um bebê em vez
    de estar iniciando o futuro beatle. O tal perigo mencionado seria a mãe do bebê voltar para casa
    e flagrar os dois.
    Paul toca um violão Martin.
  15. Love me do
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Please please me (1963)
    O primeiro single lançado comercialmente pelos Beatles. Destaque para a gaita tocada por John,
    inspirada em “Hey! Baby”, sucesso de Bruce Channel.
    Paul toca um violão Martin.
  16. Dance tonight
    carreira solo
    (Paul McCartney)
    álbum: Memory almost full (2007)
    Paul toca um mandolim.
  17. Blackbird
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: The Beatles (1968)
    O canto de um melro que interrompeu a meditação matinal que Paul estava praticando na Índia
    é usado como metáfora para uma garota negra atuante na luta contra a segregação racial nos
    EUA. Foi escrita poucas semanas após o assassinato do pastor Martin Luther King Jr.
    Paul toca sozinho um belíssimo dedilhado em um violão Martin que simula o gorjeio do pássaro
    e remete às suítes de Bach.
  18. Here today
    carreira solo
    (Paul McCartney)
    álbum: Tug of war (1982)
    Uma declaração de amor ao amigo John escrita pouco depois do seu assassinato.
    Paul toca um violão Martin.
  19. New
    carreira solo
    (Paul McCartney)
    álbum: New (2013)
    Paul toca um piano Yamaha.
  20. Lady Madona
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    single lançado em março de 1968
    A imagem materna de Nossa Senhora projetada nas mulheres da classe trabalhadora de Liverpool
    e de outras partes do mundo que enfrentavam dificuldades para criar seus filhos, uma nítida
    influência católica proveniente da origem irlandesa da família da mãe de Paul.
    Paul toca um piano Yamaha.
  21. Fuh you
    carreira solo
    (Paul McCartney, Ryan Tedder)
    álbum: Egypt Station (2018)
    Em vez de usar no título e na letra a preposição “for”, Paul preferiu a gíria “fuh”, de mesmo
    sentido, porém com pronúncia ambígua o suficiente para ser confundida com o verbo “fuck” e
    causar no ouvinte a impressão de que o refrão é a confissão de um desejo carnal.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  22. Jet
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    álbum: Band on the run (1973)
    Na época dos Beatles, Paul já havia dedicado uma música, “Martha my dear” à sua cadela da raça
    English sheepdog. Desta vez, o animal de estimação homenageado é um pônei.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  23. Being for the benefit of Mr. Kite!
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)
    A letra descreve a programação de um circo da era vitoriana exibida em um cartaz que John
    comprou em uma loja de antiguidades.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  24. Something
    The Beatles
    (George Harrison)
    álbum: Abbey Road (1969)
    A partir do título da canção “Something in the way she moves”, que James Taylor estava gravando
    no mesmo estúdio dos Beatles, George compôs esta magistral declaração de amor a Pattie, sua
    primeira esposa.
    Paul começa tocando sozinho um ukulele e depois, quando toda a banda entra na parte do solo
    de guitarra, ele assume um violão Martin.
  25. Ob-la-di, ob-la-da
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: The Beatles (1968)
    Expressão que, traduzida de um dialeto falado na Nigéria, significa o mesmo que o verso seguinte
    em inglês “Life goes on”. Conta sobre a vida de um casal formado por um feirante e uma cantora.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  26. You Never Give Me Your Money
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Abbey Road (1969)
    Brian Epstein, primeiro empresário dos Beatles, havia morrido dois anos antes. Ele sempre havia
    cuidado das finanças da banda e, na sua ausência, os negócios começavam a desandar.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  27. She came in through the bathroom window
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Abbey Road (1969)
    Baseada no fato real de uma fã que conseguiu entrar na casa do Paul através da janela do
    banheiro.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  28. Band on the run
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    álbum: Band on the run (1973)
    Um medley em três partes sobre o desejo de se libertar da sensação de aprisionamento causada
    pelo excesso de compromissos com o trabalho.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  29. Get back
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Let it be (1970)
    A ampliação do debate político contra a entrada de imigrantes no Reino Unido e a expulsão de
    paquistaneses recém-chegados à Inglaterra inspirou a canção, mas a referência ao Paquistão foi
    retirada para evitar más interpretações e o uso indesejado.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  30. Let it be
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Let it be (1970)
    Em meio às tensões que levariam ao término dos Beatles, Paul sonhou com sua mãe, a enfermeira
    Mary Patricia, que falecera de câncer de mama quando ele contava 14 anos de idade. No sonho,
    Mary lhe transmitia ensinamentos bíblicos que o estimulavam a ser otimista.
    Paul toca um piano Yamaha.
  31. Live and let die
    Wings
    (Paul McCartney, Linda McCartney)
    álbum: Live and let die (1973)
    Composta para a trilha sonora do filme homônimo de James Bond.
    Paul toca um piano Yamaha.
  32. Hey Jude
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    single lançado em agosto de 1968
    Palavras de conforto usadas por Paul para consolar Julian, então com 5 anos de idade, sobre a
    recente separação de seus pais John e Cynthia.
    Paul toca um piano Yamaha.
    BIS
  33. I’ve got a feeling
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Let it be (1970)
    Dueto contrastante entre Paul, animado pelo início da vida matrimonial com Linda, e John,
    tentando encontrar motivos para ser otimista depois de um ano difícil marcado por problemas
    financeiros, uma prisão por porte de drogas e um aborto sofrido pela Yoko.
    Paul toca uma guitarra Gibson Les Paul.
  34. Birthday
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: The Beatles (1968)
    Um rock animado feito para ser cantado em aniversários.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  35. Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)
    Como resposta artística ao álbum “Pet sounds”, obra-prima dos Beach Boys, os Beatles criaram o
    conceito de uma apresentação de uma banda fictícia de nome estranho que funcionasse como
    alter ego do quarteto inglês.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  36. Helter Skelter
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: The Beatles (1968)
    A perigosa descida em alta velocidade de um escorregador sinuoso gigante de parque de
    diversões alude ao sexo selvagem com uma garota. O som pesado exigiu muito do baterista
    Ringo, que termina a música reclamando das bolhas que surgiram em suas mãos, e os vocais sujos
    de Paul despertaram a crueldade do famoso assassino Charles Manson.
    Paul toca seu icônico baixo da marca alemã Höfner.
  37. medley Golden slumbers ― Carry that weight ― The end
    The Beatles
    (John Lennon, Paul McCartney)
    álbum: Abbey Road (1969)
    Um medley de três canções tocadas em sequência, sem pausas entre elas, encerra o último lado
    do último disco dos Beatles e o show do Paul. A primeira é uma adaptação de uma antiga canção
    de ninar escrita por um dramaturgo inglês da era elisabetana, a segunda é um desabafo sobre o
    futuro após o fim da banda, e a terceira um curto floreio lírico shakespeariano antecedido por um
    duelo de guitarras e um sensacional solo de bateria.
    Paul toca um piano Yamaha nas duas primeiras músicas e uma guitarra Gibson Les Paul na
    última.

📸 Dê uma olhada nesta publicação no Facebook https://www.facebook.com/share/v/31JiXTvjAS25oMws/?mibextid=K8Wfd2

https://youtu.be/zNg5g9HZO1U?si=EfwzQYaWxu1mmqYs

📸 Dê uma olhada nesta publicação no Facebook https://www.facebook.com/share/r/2bpY9m8qU8o6CPkg/?mibextid=K8Wfd2

John Lennon presente!

Revelações de Paul McCartney sobre a banda The Beatles!

Em recente entrevista, Paul McCartney fez algumas revelações sobre o relacionamento dele com John Lennon e os Beatles, o que segue neste texto de Sarah Jones.

O texto com fotos você pode ver aqui.

.

Paul McCartney decidiu revelar algumas informações sobre John Lennon em uma recente entrevista
By Sarah Jones

A separação dos Beatles ainda é um dos acontecimentos mais infames da história da música. Mesmo após décadas, rumores continuam a correr por aí sobre o motivo por trás desse rompimento. Será que a banda realmente se odiava? Em uma chocante entrevista, Paul McCartney foi dolorosamente honesto ao falar a respeito de John Lennon e, bem, os comentários dele não foram muito lisonjeiros…

Beatlemania

É impossível descrever o tamanho dos Beatles em seu auge. A verdade é que a “Beatlemania” dominou a década de 1960. Cada show que o grupo fazia, por exemplo, lotava de jovens gritando em desespero para ter um vislumbre de seus ídolos. De repente, então, tudo acabou.
A separação
Foi McCartney quem aparentemente separou os Beatles para sempre. Em 1970, ele lançou seu primeiro álbum solo, McCartney, e com isso veio um comunicado à imprensa que chocou os fãs. Perguntaram ao astro se ele estava planejando um novo álbum ou single com os Beatles e a resposta foi simplesmente “Não”.

Adiamento do álbum

Os jornais imediatamente começaram a noticiar que McCartney havia saído dos Beatles e o resto da banda enlouqueceu. Dessa forma, eles enviaram o baterista Ringo Starr à casa de McCartney para pedir que ele adiasse o lançamento de seu álbum para depois de Let It Be. McCartney, no entanto, ficou com tanta raiva que expulsou Starr.

Archivio Cicconi/Getty Images

O incidente

Essa informação veio à tona em 1971, quando um depoimento de Starr foi ouvido em um tribunal como parte do processo legal para a dissolução dos Beatles. O baterista disse: “Fui ver Paul. Para minha surpresa, ele perdeu completamente o controle, gritando comigo, metendo os dedos em meu rosto [e] dizendo: ‘Vou acabar com você agora’ e ‘Você vai pagar’. Ele falou para colocar meu casaco e sair”.

Arrependimento

Mais tarde, McCartney arrependeu-se do ocorrido. “Na verdade, não houve briga, mas foi quase isso”, comentou ele no Beatles Anthology de 2000. “Infelizmente foi o Ringo. Quero dizer, ele provavelmente era o menos culpado de qualquer um deles”. As tensões no grupo chegaram ao limite.

John e Yoko

Bem, Lennon estava discretamente tentando deixar a banda há algum tempo. Poderíamos dizer até que ele havia embarcado em uma carreira solo antes de McCartney fazer seu anúncio. Afinal, o astro já tinha cantando algumas faixas com Yoko Ono.

Magoados

Nisso, Lennon chegou a ficar chateado por McCartney ter lançado um álbum solo primeiro – em parte, talvez, porque ele queria ter feito isso. “Ficamos todos magoados pois [Paul] não nos contou que era isso que ele faria”, revelou Lennon à Rolling Stone em 1971, apesar de ter afirmado que nunca ficou zangado com essa atitude.

Os últimos dias

Porém, quem foi que de fato colocou um ponto final nos Beatles? Pessoas diferentes disseram coisas diferentes. Em 2009, a Rolling Stone publicou um artigo intitulado de “Por que os Beatles se separaram” o qual tentava chegar ao fundo do que havia acontecido. A revista afirmou que, em 1969, McCartney era o único Beatle “que possuía algum senso de urgência” em relação ao grupo.

Brian Epstein

Ao que parece, a morte de Brian Epstein em 1967 lançou uma escura sombra sobre as coisas. Diversas pessoas acreditam que o empresário foi fundamental para a estabilidade da banda e, sem ele, o grupo acabou se afastando. O detalhe é que, enquanto Lennon achava que a morte de Epstein marcava o fim da banda, McCartney tinha outras ideias.

Magical Mystery Tour

Uma semana após a morte de Epstein, McCartney convenceu os outros Beatles a fazer um novo filme para ser exibido na BBC. Essa produção levou o nome de Magical Mystery Tour e não foi bem recebida. Quando foi ao ar no Reino Unido durante o período do Natal, a mídia não polpou críticas ao filme. Como foi McCartney quem impulsionou o projeto, isso piorou sua posição no grupo.

Yoko Ono x Beatles

E ainda havia a Yoko Ono. Ela passou um mau bocado como namorada de Lennon, visto que o sexismo e o racismo predominavam na época. Vários fãs da banda a odiavam. Os outros Beatles também não gostavam muito dela. Lennon geralmente perdia o controle sempre que alguém ousava opinar durante as sessões de gravação. Ono, contudo, podia fazer isso. Ou seja, é óbvio que o grupo ficou ressentido.

Desistindo da Banda

Além disso, os egos daqueles homens estiveram fora de controle durante os últimos dias dos Beatles. O artigo da Rolling Stone de 2009 observou: “Cada um dos Beatles tratou os outros como seus músicos de apoio – o que resultou em algumas espetaculares performances e alguns explosivos momentos no estúdio”. Não é à toa que Starr deixou o grupo por algumas semanas e George Harrison tinha aparentemente desistido de vez.

Indo Embora

Harrison saiu durante uma sessão de gravação. Ele teve uma briga com Lennon que supostamente contou com até troca de socos. Ao que tudo indica, entretanto, Lennon não se incomodou muito. Isso porque, claro, ele conseguiu que Ono fizesse as partes de Harrison. Os outros dois Beatles não faziam ideia de como agir, porque acreditavam que Lennon também deixaria a banda se eles se envolvessem.

Cinco membros

Lennon lançou a ideia do grupo chamar Eric Clapton para substituir permanentemente Harrison, todavia, isso não ocorreu. Os Beatles conseguiram se reconciliar em seguida, embora as tensões continuassem por lá. Outra coisa é que os membros da banda se ressentiam profundamente do status de Ono como o “quinto Beatle”.

Abbey Road

Assim, o icônico álbum dos Beatles, Abbey Road, foi lançado em setembro de 1969. Aquele foi, sem dúvida, o último ato do grupo. No mesmo mês, Lennon tocou no Toronto Rock and Roll Revival com Ono e Eric Clapton. Ele, inclusive, parecia preferir a companhia deles à de seus companheiros de banda.

Processo de Divórcio

De acordo com a Rolling Stone, o cantor soltou algo chocante logo depois desse show. Quando McCartney comentou em uma reunião que os Beatles deveriam voltar à estrada, Lennon supostamente respondeu: “Acho que você está doido. Não ia falar nada, mas estou acabando com o grupo. Me sinto bem. É como um divórcio”.

Fechamento de Ciclo

Se Lennon realmente disse isso é um mistério. No ano seguinte, ele fez declarações as quais indicavam que a banda ainda estava junta e cheia de planos para o futuro. Harrison, ao que parece, também queria que os Beatles voltassem a fazer shows. No entanto, o álbum solo e o “Não” de McCartney encerraram completamente esse capítulo.

A morte de Lennon

Todo mundo sabe o resto da história. Lennon foi baleado e morto em 1980, quando estava voltando ao mundo da música. Em todos os cantos do planeta, os fãs lamentaram e prestaram homenagem ao astro. Os Beatles podiam até ter se separado, mas a partir daquele momento tudo havia de fato acabado.

A morte de Harrison

Depois de alguns anos, em 2001, Harrison acabou falecendo em decorrência de um câncer. Após a morte de seu ex-companheiro de banda, McCartney divulgou a seguinte declaração: “Sabíamos que ele estava doente há muito tempo. Ele era um cara adorável, um homem bastante corajoso e com um maravilhoso senso de humor. Ele é realmente meu irmãozinho”.

Sonhos

McCartney e Starr seguem vivos, porém, McCartney é o mais público e ativo dos dois. Em 2020, ele deu uma detalhada entrevista à revista GQ e contou mais a respeito de seus antigos companheiros de banda. O cantor revelou até que ainda sonhava com eles de vez em quando.

Só trabalho

McCartney falou à revista: “A questão é que, eu como artista, penso que os sonhos geralmente estão relacionados a um show, a se preparar para uma apresentação ou a estar em um estúdio de gravação. Eu acho que muitos artistas são dessa maneira. Portanto, muitas vezes, John ou George estarão lá”.

Agradáveis Tempos

Ele continuou: “O bom é que você de fato não pensa em nada disso. É apenas normal, como ‘Ah, sim?’ e está conversando [e] falando sobre o que vamos fazer, como gravar um disco ou algo assim. Então, [John] sempre está lá, fico feliz em dizer… Normalmente é agradável demais, sabe? Eu amo esses rapazes”.

De volta ao rompimento

Contudo, apesar dessa comovente declaração, McCartney também possui algumas lembranças de tempos menos agradáveis. Ele entrou em detalhes acerca da infame separação dos Beatles durante uma conversa em 2021 com o jornalista John Wilson. A entrevista foi transmitida como parte da série This Cultural Life da BBC Radio 4.

A banda de McCartney

O músico expôs que o fim dos Beatles foi o “período mais difícil” de toda a sua vida. Seu desejo era que o grupo prosseguisse, especialmente porque eles continuavam a fazer “coisas muito boas” naquele momento. “Era minha banda, era meu trabalho, era minha vida, por isso eu queria que seguisse”, declarou McCartney.

Desabafo

Desse modo, o astro afirmou que a culpa era de Lennon. “O ponto disso, na verdade, foi que John estava construindo uma nova vida com Yoko”, disse ele. “John sempre quis se libertar da sociedade porque, você sabe, ele foi criado por sua tia Mimi, que era bastante repressiva, daí ele estava sempre procurando se libertar”.

Apontado como culpado

McCartney, a propósito, discutiu a respeito do fato de ter sido apontado como o culpado por aquele rompimento. “Eu tive que viver com isso porque era isso que as pessoas viam. Tudo o que posso fazer é dizer ‘não’… Não sou a pessoa que instigou a separação. Não, não, não. John entrou em uma sala um dia e disse que estava deixando os Beatles. Isso é instigar a separação ou não?”, ele falou enfaticamente.

O princípio do fim

McCartney revelou a Wilson que, depois disso, o grupo ficou confuso sobre como exatamente eles ficavam. O empresário deles, Allen Klein, obrigou os quatro a manter tudo longe da imprensa. “Foi estranho porque todos nós sabíamos que era o fim dos Beatles, mas não podíamos simplesmente ir embora”, explicou o músico.

Farto

Na entrevista, McCartney lembrou de Klein como alguém “duvidoso’ e acrescentou: “Naquela época, estávamos tendo pequenas reuniões e era horrível. Era o oposto do que éramos”. Entretanto, segundo o astro, ele cansou de esconder e resolveu contar tudo.

Processo Judicial

Quanto ao processo judicial, McCartney recordou-se: “Eu precisei enfrentar e o único jeito de enfrentar era processando os outros Beatles porque eles estavam com Klein. Eles me agradeceram por isso após alguns anos. Todavia, eu não instiguei a separação. Essa pessoa foi o nosso Johnny chegando um dia e dizendo: ‘Estou deixando o grupo'”.

Enorme Força

O astro esclareceu, no entanto, que não estava tentando reacender a velha rixa entre ele e Lennon. McCartney adicionou: “[John] queria ficar em um saco e deitar por uma semana em Amsterdã pela paz. Não dava para argumentar com isso”. Aliás, ele não culpou Ono, tanto que comentou: “Eles eram um ótimo casal. Havia uma força enorme lá”.

Quatro Partes

Quanto ao lado de Lennon da história do rompimento dos Beatles? Obviamente, agora ele não pode mais falar por si, porém, expôs algumas informações à Rolling Stone em 1971. O entrevistador questionou: “Sempre se falava dos Beatles – e os Beatles falavam acerca de si – como sendo quatro partes da mesma pessoa. O que aconteceu com essas quatro partes?”.

Quatro indivíduos

Lennon respondeu: “Elas se lembraram de que eram quatro indivíduos. Nós também acreditávamos no mito dos Beatles. Não sei se os outros ainda acreditam nisso. Éramos quatro caras… Éramos somente uma banda que se tornou muito, muito grande, só isso. Nosso melhor trabalho nunca foi gravado”.

Esgotados

O cantor acrescentou: “Você sabe que Brian [Epstein] nos colocou em ternos e tudo mais e nós tornamos isso muito, muito grande. Contudo, ficamos esgotados. A música já estava morta antes mesmo de fazermos a teatral turnê da Grã-Bretanha… É por isso que nunca melhoramos como músicos; nós nos matamos para fazer isso”.

A morte de Epstein

“Os Beatles se separaram depois que Brian morreu”, prosseguiu Lennon. “Fizemos o álbum duplo. É como se você tirasse cada faixa e a tornasse toda minha e de George. É como eu já disse várias vezes: era apenas eu e um grupo de apoio, Paul e um grupo de apoio. Eu gostei. Daí nós acabamos”.

Assumindo o Controle

Entretanto, Lennon também acreditava que McCartney tinha tentado “assumir” a banda após a morte de Epstein. “Não sei quanto disso quero divulgar”, revelou ele à Rolling Stone. “Paul possuía a impressão – ele tem isso agora como um pai – de que deveríamos ser gratos pelo que ele fez para manter os Beatles funcionando. Todavia, quando você olha para trás de forma objetiva, ele prosseguiu para o seu próprio bem”.

Perdidas Obras

No momento, no entanto, McCartney parece ser o guardião do legado dos Beatles. Na entrevista de 2021 à BBC, ele mencionou que havia encontrado recentemente uma música não gravada chamada “Tell Me Who He Is”. Talvez a canção tenha sido uma parte do “melhor trabalho” de que Lennon tinha falado.

Colaboração

McCartney não só achou essa faixa, como também encontrou uma perdida peça escrita por ele e Lennon. “Durante anos, venho dizendo às pessoas que eu e John escrevemos uma peça”, explicou o astro. “É uma coisa muito engraçada chamada Pilchard e trata do Messias, na verdade”. Isso, porém, não é tudo.

As letras

Em novembro de 2021, McCartney lançou um livro chamado As Letras, o qual é um trabalho autobiográfico contendo inúmeras fotos e cartas inéditas. Ele falou em um comunicado à imprensa que esperava que o exemplar “mostrasse às pessoas algo sobre [suas] canções e [sua] vida que elas nunca viram antes”.

Até o Fim

Ainda tem tempo para McCartney revelar mais a respeito dos Beatles. Uma das informações mais impressionantes em relação a Lennon e ao fim do grupo, por exemplo, veio à tona na entrevista da GQ. McCartney contou que, antes de Lennon morrer, os dois finalmente resolveram suas “discussões familiares”. O cantor acrescentou: “Pude ver [John] e falar com ele em diversas ocasiões. Assim, fomos amigos até o fim”.

Entre lágrimas e risos

Mesmo com seus incontáveis altos e baixos, parece que os membros daquela banda simplesmente não conseguiam ficar bravos uns com os outros. Depois da morte de Lennon, o restante do grupo se encontrou em 2001 já sabendo que Harrison não possuía tanto tempo de vida. O médico do músico, Gil Lederman, expôs: “Houve algumas lágrimas, mas houve mais risos do que qualquer outra coisa”.

Animado encontro

“Foi um encontro animado, e não sombrio”, continuou Lederman. “Contou com muitas risadas e muita diversão. Eles passaram horas relembrando as coisas… No final, após Paul e Ringo terem ido embora, [George] estava bem e tranquilo. Ele era um homem muito feliz. Essa reunião significou muito para ele”.

De mãos dadas

“Nós nos demos as mãos”, revelou McCartney. “É engraçado que, mesmo no auge da nossa amizade – como rapazes -, nunca demos as mãos. Simplesmente não era uma coisa de Liverpool”. Contudo, com ambos sabendo que Harrison não estaria ali por muito mais tempo, eles deixaram de lado quaisquer desatualizadas noções acerca do que os homens podem ou não fazer. Como McCartney disse, “foi adorável”.

Foto Hulton Archive-Getty Images.jpg

Há 9 anos, vi um Beatle pela primeira vez!

Eram 13h do dia 21 de novembro, chegara o grande dia e já estava na hora de seguir para o Estádio do Morumbi em São Paulo.
Eu e minha amiga Luciana havíamos tentado almoçar, por que a jornada seria longa, porém a ansiedade não me deixou sentir o gosto da comida.
Naquele momento não consegui mais conter o choro e saímos de casa levadas pela emoção, num misto de sorrisos e lágrimas.
Passamos na casa de um amigo onde conhecemos pessoas amigas, Beatlemaníacos como nós, que aguardavam a hora de seguir para o estádio, com a mesma ansiedade e felicidade estampada nos rostos.
Conduzidas pelo meu enteado, chegamos à bilheteria do Estádio do Morumbi às 13h50min., onde retiramos nossos ingressos sem nenhum contratempo. O momento mereceu uma exclamação de alegria e um sorriso de cumplicidade por parte da atendente no guichê.

Saímos dali diretamente para a fila de entrada do Portão 18, onde a “pista prime”, soberba, nos esperava. Eram 14h e a fila já estava longa; o sol escaldante obrigou-me a comprar uma sombrinha de um camelô que passava. Do outro lado, um rosto conhecido chamou-me a atenção: era Beto da Bahia, um conhecido membro das comunidades do Orkut.
O tempo passava preguiçosamente e a gente cantava, sorria, conversava com as pessoas ao nosso redor, sempre economizando na água, enquanto um vendedor solidário deu-me uma pedra de gelo pra me refrescar do calor excessivo.

Enquanto isso, camisetas, bottoms, bandeiras, bandanas, bonés, desfilavam nas mãos dos camelôs. Resistíamos a tudo, pois ser Beatlemaníaco é antes de tudo ser firme, forte, resistente e persistente, é ser otimista e ter a energia da eterna juventude.
De repente um burburinho, uma confusão de vozes, corremos para a grade e eis que era Sir James Paul chegando e em pessoa erguia os braços para fora do teto solar do veículo que o conduzia, acenando para a multidão de fãs que cercavam as imediações do estádio. Eram exatas 16h50min. e ainda faltavam 40 minutos para a abertura dos portões que nos permitiria entrar para presenciar o maior espetáculo jamais visto, aquele que seria o show de nossas vidas!

Presenciamos a chegada de Paul ao estádio como se fosse um prêmio para aquela agonia da espera em uma fila que andava dez passos a cada hora e meia.

Finalmente a fila começou a andar em definitivo, já perto das 18h; às 18h30 estávamos posicionadas em frente ao palco, numa situação sui generis, onde pessoas demarcavam território sentadas em círculos no chão com suas mochilas e pertences, impossibilitando passagem de quem estivesse por vir. O aglomerado foi tornando-se cada vez mais denso e eu sentia que não poderia mover meus pés tão cedo, pois um deles estava sob uma mulher que sentara em cima dele. Por alguns momentos pensei que não fosse suportar aquele sufoco, confesso que pensei em sair dali e até avisei minha amiga Luciana sobre a saída de emergência à esquerda e a possibilidade de ela me encontrar lá depois, mas nada disso foi preciso. O ar foi chegando junto com a perspectiva do eminente momento de ver um Beatle ao vivo, ali, bem de pertinho.

E foi então que às 21h37min. Paul McCartney entrou no palco e pudemos assistir à maior manifestação de amor, carinho e respeito a um ídolo.
No momento em que Paul adentra ao palco, seus fãs entoam em uníssono a frase por muitos repetida na adolescência, agora um pouquinho modificada em sua homenagem: “We Love You, Yeah Yeah Yeah!”
Vimos diante de nós um Beatle emocionado e que emocionava uma multidão de pessoas vindas de toda parte do Brasil e que prestavam, juntas ali, homenagens que nem mesmo haviam sido ensaiadas, mas que deram muito certo.
A cada música executada, eram lembranças e estórias que passavam pela minha cabeça, e cada uma trazia uma emoção diferente, como quando ele diz: “eu escrevi esta música para meu amigo John”, e ao som de Here Today, John Lennon se fez presente nas nossas lembranças. Ou então, quando ao pegar o instrumento que lhe foi presenteado pelo amigo George, a comoção foi geral e a emoção que senti ao ver as fotos de Harrison na tela é indescritível.
E chegou a hora de o público emocionar Paul McCartney mais uma vez, quando ao começar a cantar “A Day in the Life” todos começaram a encher balões brancos que iam sendo sacudidos no ar como uma nuvem branca; ao emendar com a canção “Give Peace a Chance”, os balões foram soltos em sincronia, e o efeito esperado causou emoção a todos que presenciaram aquele momento histórico.
Foi um espetáculo dantesco!
Agradeço a Deus por ter-me dado a oportunidade de ver um Beatle. Na verdade, ainda estou em estado de choque, ou seria em estado de graça? Só sei que ver o espetáculo proporcionado por Paul McCartney no estádio do Morumbi em São Paulo na noite do dia 21 de novembro de 2010, foi como estar literalmente num show dos Beatles!
Ele estava ali, diante dos meus olhos incrédulos e daquela multidão toda que se espremia em busca de um espaço, mas se alargava em felicidade generalizada, gritando, vibrando, cantando junto com o ídolo, sim, com ele, o parceiro de Lennon, o amigo de Harrison, e isso me levou a enxergar ali, diante de mim, aquelas imagens tão conhecidas por nós, imagens dos shows no programa Ed Sullivan, no Washington Coliseu, no Shea Stadium, enfim, era ele, Paul McCartney, que aos 68 anos exibia a mesma performance daquele garoto de 21, aquele mesmo trejeito, o jeitinho de balançar a franja, de erguer o pescoço segurando a cabeça na altura do microfone e mexendo o corpo tocando com a canhota seu baixo Hofner, com o carisma, com a simpatia, com a seriedade de quem sabe cativar, reger e conduzir mais de 60 mil pessoas em êxtase diante daquele mesmo garoto de outrora, agora um “Sir” em todos os sentidos.
O que vivi e presenciei não foi apenas e simplesmente um show. Muito mais que isso, foi a trilha sonora da minha vida sendo executada em pouco mais de três horas, foi como voltar aos anos da minha adolescência, foi ganhar vida e alma novas, foi rejuvenescer e dar graças aos céus por viver este momento.

Obrigada, Sir James Paul McCartney!

Lucinha Zanetti

PAUL MCCARTNEY EM CURITIBA 26 ANOS DEPOIS!

Um texto do Jornalista Cláudio Teran.

No dia 05 de dezembro de 1993, Paul se apresentou em Curitiba, na Pedreira Paulo Leminski, e vinte e seis anos depois, em 30 de março de 2019, ele voltou a Curitiba.
Não é exagero dizer que parou a cidade!
A capital do Paraná ‘respirou’ Paul nos últimos dias.

Paul McCartney no Brasil – 30 de março de 2019 – Estádio Couto Pereira, em Curitiba.

Rolaram festas, teve estátua inaugurada, e fãs de toda parte se misturaram aos curitibanos.

A primeira vez no Paraná foi em 1993, quando Curitiba completou 300 anos. Um show gratuito na Pedreira Paulo Leminsky. E fazia tempo.

Então ele veio de novo. Quarenta e dois mil e seiscentos fãs passaram pelas bilheterias do Couto Pereira. Teve gente que montou barracas em frente ao estádio duas semanas antes.

No palco outra mistura, de notáveis canções dos Beatles e da carreira solo dele. E um mix das apresentações de SP no setlist.

“Piás e gurias”, e “suave na nave”, típicas do dialeto paranaense entraram no repertório das falas em que Paul se arriscou no português.

E o rock rolou intenso durante quase três horas de prazer, magia, alegria explendida e uma certeza coletiva de que valeu a pena.

Em meio ao suor e ao desalinho do pós-show, quem sentiu uma leve depressão estava em seu estado normal. É só um sintoma de desejo que ele venha de novo .

Até a próxima, Paul!

(Por Cláudio Teran)

SETLIST

1) A Hard Day’s Night

2) Junior’s Farm

3) Can’t Buy Me Love

4) Letting Go

5) Who Cares

6) Got To Get You Into My Life

7) Come On To Me

8) Let Me Roll It

9) I’ve Got a Feeling

10) Let’Em In

11) My Valentine

12) 1985

13) Maybe I’m Amazed

14) I’ve Just Seen a Face

15) In Spite Of All The Danger

16) From Me To You

17) Dance Tonight

18) Love Me Do

19) Blackbird

20) Here Today

21) Queenie Eye

22) Lady Madonna

23) Back in Brazil

24) Eleanor Rigby

25) Fuh You

26) Being For The Benefit Of Mr. Kite

27) Something

28) Ob-La-Di Ob-La-Da

29) Band On The Run

30) Back in The USSR

31) Let It Be

32) Live and Let Die

33) Hey Jude

BIS

34) Birthday

35) Sgt. Pepper’s Lonely Hearts (Reprise)

36) Helter Skelter

37) Golden Slumbers / Carry That Wheight / The End

Vídeo do Show completo no Youtube


.

Sir Paul McCartney passeando de carona em Liverpool.

James Corden, do programa The Lale Late Show, foi a Liverpool para um dia especial com Paul McCartney e lá visitaram a casa da infância de Paul, onde ele compunha músicas com John Lennon, visitaram Penny Lane e a “Barber Shop” citada na música, tocaram em um “pub” local e, claro, andando de carro e cantando alguns dos maiores sucessos dos Beatles.
O programa foi ao ar em 21 de junho de 2018.

De carona com o apresentador, Paul McCartney mostrou a Liverpool de sua infância e deu um concerto improvisado, com músicas imortalizadas pelos Beatles, como Hey Jude, perante uma multidão emocionada pela sua presença.
Paul McCartney fez historia ao subir no carro para o “Carpool Karaoke” do programa com o britânico James Corden, para um quadro em que mostraram a Liverpool de sua infância e deu um concerto improvisado, com os sucessos dos Beatles como Hey Jude, encerrando em grande estilo os 20 minutos mais emotivos e celebrados do programa.

O quadro faz parte do The Late Late show de James Corder, um programa de humor realizado em cadeia com a CBS, que já passou uma série de episódios especiais no Reino Unido.
O apresentador realizou um passeio com o mítico baixista dos Beatles pela cidade de origem da banda, que é Liverpool, a Noroeste da Inglaterra. Foi um encontro que começou com os dois cantando o clássico “Drive my Car”.
O segundo clássico que interpretaram foi Penny Lane, e em seguida se aproximaram da rua que originou o nome da música (Paul deixou um autógrafo no muro), entraram novamente no carro, passando pela igreja onde os pais de Paul se casaram, e pararam no Salão de Beleza imortalizado no primeiro verso da canção (Barber Shop), em cuja parede havia uma fotografia de um John Lennon ainda jovem tendo os cabelos cortados por Paul McCartney.
Na saída do local, uma multidão se aglomerava para saudar a lenda viva, que não teve dúvidas em apertar a mão dos mais fanáticos.
De volta ao carro, McCartney confessou que esperavam que os Beatles durariam “apenas 10 anos”, porém estão aí e continuam sendo relevantes.

Neste trecho extraído do passeio de carro, Paul McCartney recorda o sonho que teve com sua mãe Mary e de como compôs a canção “Let it Be”.
.

.
As primeiras lágrimas chegaram quando um emocionado Corden explicou que havia escutado “Let it Be” pela primeira vez junto com seu avô, que foi quem lhe disse que aquela era a melhor canção da historia, acrescentando que ele “estaria emocionadíssimo com isso”.

Depois os dois foram até a casa onde McCartney morou na sua adolescência e lá recordou e mostrou o lugar onde costumava escrever com Lennon, e os comentários de seu pai sobre uma das primeiras canções da dupla Lennon & McCartney, que foi She Loves You.

Para finalizar, Corden orquestrou uma magistral aparição do músico em um dos “pubs” da cidade.
Paul McCartney surgiu com sua banda atual por detrás das cortinas e começou a tocar vários sucessos dos Beatles como “A Hard Days Night”, “Obladi Oblada”, “Love me Do”, que foi o primeiro single da mítica banda que mudou a historia da música no mundo.

Para terminar, o músico pediu a Corden que se juntasse a ele para cantarem juntos “Hey Jude”, diante de uma multidão emocionada com a presença de McCartney no local, que ainda hoje levanta paixões, tanto que a aparição do Beatle Paul McCartney no programa já está sendo considerada nas Redes Sociais como uma das melhores da historia.

Segue o vídeo completo

” De carona com James Corden para o programa The late late Show, Paul McCartney conta como compôs a canção “Let it Be”, que foi inspirada em sua mãe Mary.”
.

.

LEGENDA

[ CHEERING AND APPLAUSE ] >> HEY, MATE, I’M IN LIVERPOOL,
00:02
I’M WONDERING IF YOU COULD HELP.
00:05
YEAH.
00:06
I NEED SOMEBODY.
00:08
NOT JUST ANYBODY.
00:11
CAN YOU PLEASE, PLEASE, HELP ME?
00:15
[ LAUGHTER ] OH, THAT’S GREAT.
00:16
THANKS SO MUCH, MATE.
00:17
I’LL SEE YOU IN A MINUTE.
00:18
THANK YOU.
00:20
OH.
00:21
WHAT A GOOD GUY.
00:23
>> HEY.
00:23
>> James: HEY, MAN.
00:24
>> HEY, JAMES.
00:25
>> James: THANK YOU SO MUCH FOR THIS.
00:27
>> NO PROBLEM.
00:28
HAPPY TO HELP.
00:28
>> James: I DON’T KNOW LIVERPOOL THAT WELL.
00:34
>> I’LL SHOW YOU AROUND.
00:35
IT’S PERFECT.
00:36
>> James: DO YOU MIND IF WE LISTEN TO SOME MUSIC?
00:40
>> I’D LOVE TO.
00:40
>> James: SHALL WE SEE WHAT’S ON THE RADIO?
00:43
♪ ♪ ASKED A GIRL
00:46
WHAT SHE WANTED TO BE ♪ SHE SAID BABY, CAN’T YOU SEE
00:50
I WANT TO BE FAMOUS ♪ A STAR ON THE SCREEN
00:53
BUT YOU CAN DO SOMETHING ♪ IN BETWEEN
00:56
BABY YOU CAN DRIVE MY CAR ♪ YES I’M GONNA BE A STAR
01:03
BABY YOU CAN DRIVE MY CAR ♪ AND MAYBE I’LL LOVE YOU
01:12
BEEP BEEP’M BEEP BEEP YEAH ♪ BEEP BEEP’M BEEP BEEP YEAH
01:20
( CHEERS AND APPLAUSE ) [ LAUGHTER ]
01:22
HOW OLD WERE YOU WHEN YOU WROTE YOUR FIRST SONG?
01:25
>> I WROTE MY FIRST SONG WHEN I WAS 14.
01:26
>> James: WHAT WAS THAT?
01:28
WHAT WAS IT CALLED?
01:28
>> I LOST MY LITTLE GIRL.
01:30
>> James: HOW’D IT GO?
01:32
DO YOU REMEMBER IT?
01:33
>> YEAH ♪ I WOKE UP LATE THIS MORNING.
01:38
MY HEAD WAS IN A WHIRL ♪ I LOST MY LITTLE GIRL ♪
01:43
HER CLOTHES WERE NOT EXPENSIVE ♪ HER HAIR DIDN’T ALWAYS CURL.
01:47
HA-HA.
01:49
>> James: THAT WAS A HIT!
01:50
THAT WAS A HIT!
01:52
>> YEAH, YEAH.
01:52
>> James: VERY DIFFERENT FROM MY FIRST SONG I WROTE FROM MY
01:56
BAND AT SCHOOL.
01:57
>> WHAT WAS THAT?
01:57
>> James: IT WAS CALLED “GIRL ARE YOU READY?”
02:00
>> THERE WAS A GIRL INVOLVED?
02:01
HOW’D THAT GO.
02:01
>> James: IT WENT ♪ GIRL ARE YOU READY, JUST TELL
02:04
ME ARE YOU READY ♪ GIRL ARE YOU READY, I AIN’T
02:09
GOING TO RUSH AND YOU INTO A BIG DANCE BREAK.
02:11
VERY SIMILAR.
02:13
>> JAMES, IT’S NOT REALLY SIMILAR.
02:14
[ LAUGHTER ] LOOK WHERE WE ARE NOW.
02:21
WE’RE ON IT.
02:24
IT FEELS ONLY RIGHT WE WOULD LISTEN TO THIS WHILE WE’RE HERE,
02:27
DO YOU THINK?
02:29
♪ MEMORY TO KNOW.
02:36
ALL THE PEOPLE THAT COME AND GO ♪ SAY HELLO.
02:43
>> HELLO.
02:44
>> HELLO.
02:46
♪ PENNY LANE IS IN MY EARS AND IN MY EYES
02:54
♪ OH YEAH.
02:56
>> James: ALMOST GOING TO COME UP AND GO — THEY’LL NEVER
03:02
BELIEVE IT.
03:03
♪ PENNY LANE, THERE WAS A FIRE WITHIN AN HOUR GLASS
03:08
♪ IN HIS POCKET IS A PORTRAIT OF THE QUEEN
03:11
♪ HE LIKES TO KEEP HIS FIRE ENGINE CLEAN
03:14
♪ IT’S A CLEAN MACHINE.
03:17
>> I USED TO BE IN THE CHOIR OF THAT CHURCH!
03:20
>> James: THAT CHURCH THERE?
03:22
>> ST. BARNABUS, YEAH.
03:22
>> James: YOU WERE IN THE CHOIR?
03:24
>> I WAS A CHOIR BOY.
03:26
THANK GOD FOR THAT CHOIR.
03:28
>> James: INDEED.
03:30
>> MY BROTHER GOT MARRIED IN THAT CHURCH.
03:32
>> James: NO WAY!
03:35
>> LEGENDARY.
03:35
HE SAYS HI, BY THE WAY.
03:38
♪ PENNY LANE IS IN MY EARS AND IN MY EYES.
03:53
>> James: LET’S GO IN AND SAY HELLO.
03:55
HI.
03:59
>> OH MY GOSH!
04:04
>> THERE THEY ARE.
04:04
THE BOYS.
04:08
>> James: I GOT A FEELING THIS ONE MIGHT BE ON THE WALL AS
04:11
WELL, PAUL.
04:11
THERE WE GO.
04:15
[ MUSIC ] >> HELLO, DARLING.
04:18
HI.
04:18
HELLO, DARLING.
04:19
THE LAST TIME I WAS AROUND HERE, CERTAINLY NO ONE WAS NOTICING ME
04:22
AT ALL.
04:24
♪ PENNY LANE IS IN MY EARS AND IN MY EYES
04:32
♪ THERE BENEATH THE BLUE SUBURBAN SKY
04:41
♪ PENNY LANE.
04:42
>> James: WE HAVEN’T GOT A HAT.
04:47
[ HARMONICA ] [ CHEERING AND APPLAUSE ]
04:49
>> James: YOUR MUSIC IS SO FULL OF POSITIVITY AND JOY AND A
04:57
MESSAGE OF LOVE AND TOGETHERNESS, I FEEL LIKE IT’S
05:01
MORE RELEVANT NOW TODAY THAN IT’S MAYBE EVER BEEN.
05:05
>> THAT’S ONE OF THE STRANGE THINGS.
05:07
WE DIDN’T EXPECT IT TO LAST 10 YEARS.
05:09
IT KEEPS GOING ON AND ON AND ON, AND IT KEEPS BEING RELEVANT.
05:12
>> James: YEAH.
05:13
>> I HAD A DREAM IN THE 60’S WHERE MY MOM WHO DIED CAME TO ME
05:19
IN THE DREAM AND WAS REASSURING ME SAYING, “IT’S GOING TO BE OK.
05:26
JUST LET IT BE.”
05:29
OH, I FELT SO RELIEVED LIKE — OH, IT’S GOING TO BE GREAT.
05:33
SHE GAVE ME THE POSITIVE WORDS.
05:36
I WOKE UP.
05:36
I GO, WHAT WAS THAT?
05:38
SHE SAID, LET IT BE.
05:40
I SAID IT WAS KIND OF GOOD, YOU KNOW?
05:43
SO I WROTE THE SONG.
05:44
IT WAS FULL OF POSITIVITY.
05:45
>> James: THAT’S THE MOST BEAUTIFUL STORY I’VE EVER HEARD.
05:50
♪ WHEN I FIND MYSELF AT TIMES IN A STRUGGLE ONE THING COMES TO ME
05:59
♪ SPEAKING WORDS OF WISDOM LET IT BE
06:03
♪ AND IN MY HOUR OF DARKNESS SHE’S STANDING THERE IN FRONT OF
06:10
ME ♪ SPEAKING WORDS OF WISDOM LET
06:14
IT BE ♪ LET IT BE.
06:18
LET IT BE ♪ LET IT BE.
06:24
LET IT BE ♪ THERE WILL BE AN ANSWER, LET
06:27
IT BE.
06:29
>> THIS IS A HARMONY ♪ LET IT BE.
06:33
LET IT BE ♪ LET IT BE.
06:36
LET IT BE ♪ THERE WILL BE AN ANSWER, LET
06:41
IT BE.
06:44
>> James: OH, MAN!
06:47
THAT GOT ME EMOTIONAL THERE.
06:49
>> IT DID.
06:51
>> James: IT’S TOO MUCH FOR ME.
06:58
>> I DIDN’T SEE THAT ONE COMING AROUND THE CORNER.
07:02
NO.
07:02
THAT’S GREAT.
07:03
THAT’S THE POWER OF MUSIC.
07:04
IT’S WEIRD, ISN’T IT?
07:05
HOW THAT COULD DO THAT TO YOU?
07:07
>> James: WELL I CAN REMEMBER, I CAN REMEMBER MY GRANDDADDY WAS
07:12
A MUSICIAN AND MY DAD SAT ME DOWN AND SAYING, “WE’RE GOING TO
07:18
PLAY YOU THE BEST SONG YOU’VE EVER HEARD.”
07:21
I REMEMBER THEM PLAYING ME THAT.
07:24
>> WHAT DO YOU THINK?
07:24
>> James: IF MY GRANDDAD WAS WITH ME HERE NOW, HE’D GET A
07:28
KICK OUT OF THIS.
07:29
>> HE IS.
07:34
>> James: OH MAN.
07:36
YEAH.
07:38
>> OK, THIS IS FORK IN THE ROAD.
07:40
>> James: ON THE 20 HERE?
07:41
HOW OLD WERE YOU WHEN YOU LIVED IN THAT HOUSE?
07:44
>> 12 OR 13, I THINK.
07:45
>> James: WHEN’D YOU LEAVE?
07:48
>> 18 OR 20.
07:49
>> James: SHALL WE COME IN AND HAVE A LOOK?
07:52
>> I’VE NEVER BEEN IN SINCE I LIVED THERE.
07:53
>> James: IT’LL BE INCREDIBLE.
07:55
ALL RIGHT, LET’S GET IN THERE.
07:56
LET’S HAVE A LOOK.
08:00
COME ON, YOU SHOULD LEAD THE WAY.
08:07
>> HELLO.
08:07
IT’S PAUL MCCARTNEY.
08:10
>> OH MY GOD!
08:10
>> James: I’M JAMES.
08:12
DO YOU HAVE A MIND IF WE LOOK AROUND?
08:15
>> THIS IS WHERE MY DAD USED TO DO THE LAUNDRY.
08:17
THERE WAS NO WASHING MACHINE OR ANYTHING.
08:18
HE WOULD JUST DO HIS SMALLS IN THERE, YOU KNOW,.
08:22
>> James: RIGHT.
08:23
>> OVER HERE, THIS IS WHERE ME AND JOHN WOULD OFTEN COME TO
08:27
REHEARSAL TO WRITE AND, UM, THIS IS MAINLY OUR ROOM HERE.
08:31
>> James: THIS IS WHERE YOU AND JOHN WOULD SIT AND ROCK?
08:35
>> YEAH, BECAUSE MY DAD WOULD BE IN THERE WATCHING TELE OR DOING
08:39
SOMETHING AND WE’D BE IN HERE.
08:40
WE’D JUST WRITTEN “SHE LOVES YOU” WHICH WAS TO BE A BIG
08:43
BEATLES HIT.
08:45
MY DAD WAS IN THERE.
08:45
WE WERE JUST FINISHING UP IN HERE, JOHN AND I.
08:53
WE WOULD PLAY IT DOWN FOR MY DAD, YOU KNOW.
08:56
HE WAS A MUSICIAN.
08:57
HE PLAYED PIANO.
08:58
>> James: YOU WOULD GO IN HERE AND SAY, “DAD WE THINK WE HAVE A
09:02
SONG.”
09:03
>> LISTEN YOU WANT TO HEAR A SONG?
09:04
HE GOES, FINE.
09:06
THEN WE START SINGING, AND HE LISTENED TO THE WHOLE SONG AND
09:09
HE SAID, “IT’S VERY NICE, BUT SON, THERE’S ENOUGH OF THESE
09:15
AMERICANISMS AROUND.
09:17
COULDN’T YOU SING SHE LOVES YOU YES, YES, YES?”
09:20
NO.
09:24
WE DIDN’T HEED HIS ADVICE.
09:26
HAD WE HAVE DONE, WHO KNOWS WHAT COULD HAVE HAPPENED?
09:30
>> SHE LOVES YOU YES, YES, SHE DOES ♪
09:33
>> James: COMING BACK HERE AND BEING IN HERE, WHAT DOES IT MAKE
09:36
YOU FEEL?
09:36
WHAT DOES IT MAKE YOU THINK OF BEING BACK IN HERE?
09:39
>> IT MAKES ME REALIZE HOW LONG THE JOURNEY’S BEEN TO DATE,
09:44
BECAUSE WE REALLY LIVED HERE.
09:48
I REMEMBER ME AND MY MOM AND DAD.
09:55
IT SEEMED LIKE THAT’S THE WAY LIFE WAS IN.
09:58
THEN WE HAD SCHOOL.
09:59
THEN WE WOULD WRITE SONGS ABOUT IT LIKE PENNY LANE AND THEN THIS
10:04
SONG RIGHT HERE.
10:04
♪ GOT OUT OF BED.
10:06
THAT’S ME, RUNNING LATE FOR THE BUS.
10:13
THAT’S WHAT MAKES ME THINK, WOW, THE DISTANCE FROM HERE TO WHERE
10:17
WE WENT AND WHERE WE ARE NOW, IT’S LIKE PHENOMENAL.
10:24
THERE’S THE ACOUSTIC CHAMBER.
10:27
>> James: THE ACOUSTIC CHAMBER.
10:32
>> ♪ EVERYTHING SOUNDS BETTER IN
10:34
THE VAULT JAMES ABSOLUTELY.
10:36
>> HERE IT DOESN’T SOUND AS GOOD.
10:38
I WOULD SPEND HOURS IN HERE WITH MY GUITAR.
10:42
♪ SHE LOVES YOU YEAH, YEAH, YEAH.
10:46
>> James: I’M THINKING THE BEATLES WERE HUGE WHEN YOU STILL
10:50
LIVED HERE, RIGHT?
10:53
>> YEAH.
10:54
THAT’S RIGHT.
10:57
ANY FANS CAME TO THE DOOR, HE WOULD SAY, COME IN, LOVE, YOU
11:00
WANT A CUP OF TEA?
11:04
WE WERE TRYING TO NOT DO THAT.
11:06
ONE NIGHT, I WAS A BIT FED UP WITH ALL THE FANDOM AND ALL OF
11:10
THAT.
11:11
YOU’RE COMING HOME, AND YOU WANT TO LET IT GO.
11:15
TOMORROW I’M GOING TO BE BACK IN THAT.
11:17
I WANTED A RESPITE FROM IT.
11:20
I HAD A LITTLE DISGUISE.
11:21
I PUT A LITTLE DISGUISE ON JAMES WHAT WAS THE DISGUISE?
11:26
>> MUSTACHE AND GLASSES AND A FLAP HAT AND OLD RAIN COAT.
11:30
I SORT OF WALK OUT.
11:32
THERE WERE A COUPLE OF FANS OUT THERE.
11:33
I WALK OUT AND I’M THINKING, CHEERS.
11:40
TADA.
11:40
I’M WALKING — BECAUSE — “HELLO, PAUL!”
11:44
>> James: WELL, I GOT TO SAY, I MEAN, WE’VE BEEN IN THIS HOUSE
11:48
NOW FOR FOUR AND A HALF MINUTES.
11:51
>> OH MY GOD.
11:51
>> James: YOU MIGHT NEED A DISGUISE TO GET OUT TODAY.
11:54
LOOK AT THIS.
11:57
WE MIGHT NEED THAT FLAP HAT AND GLASSES AGAIN.
12:01
HA-HA.
12:02
>> I HAVE A FEELING IT’S STILL NOT GOING TO WORK.
12:03
♪ GOING TO GET OLDER MANY YEARS FROM NOW
12:11
♪ GREETINGS FROM THE WINE ♪ QUARTER TO 3, WOULD YOU LOCK
12:19
THE DOOR ♪ WILL YOU STILL NEED ME WHEN
12:26
I’M 64.
12:26
ALTOGETHER ♪ WHEN I’M 64.
12:29
ONE MORE TIME ♪ WHEN I’M 64!
12:32
>> James: HA-HA!
12:37
THANKS, LOVE.
12:38
THANK YOU SO MUCH.
12:39
>> THANK YOU.
12:41
>> OK, BYE.
12:41
>> James: SEE YOU REAL SOON.
12:43
THANKS SO MUCH.
12:43
CHEERS.
12:47
>> ALL RIGHT, FOLKS.
12:48
WE’LL KEEP IT MOVING.
12:50
SEE YA.
12:51
THANK YOU, FOLKS.
13:02
[ EVERYONE SPEAKING AT ONCE ] >> CHEERS, THANK YOU.
13:05
>> James: GREAT.
13:06
NICE TO SEE YOU.
13:10
>> OH, BABY.
13:13
[ CHUCKLES ] YOU SAID THIS WAS GOING TO BE A
13:14
TRIP.
13:15
>> James: RIGHT?
13:19
♪ SINGING OF THE DEAD OF NIGHT ♪ TAKE THESE BROKEN WINGS AND
13:26
LEARN TO FLY ♪ ALL YOUR LIFE, YOU WERE ONLY
13:31
WAITING FOR THIS MOMENT TO ARRIVE
13:34
♪ YOU WERE ONLY WAITING FOR THIS MOMENT TO ARRIVE
13:40
♪ YOU WERE ONLY WAITING FOR THIS MOMENT TO ARRIVE.
13:46
[ APPLAUSE ] >> James: NOW THE BEATLES
13:53
ALWAYS HAD SUCH ICONIC HAIRCUTS AND LOOKS.
13:57
WAS IT IMPORTANT TO YOU AS A BAND YOU LOOKED A CERTAIN WAY?
14:00
>> YOU KNOW, KIND OF — YOU KNOW —
14:02
>> James: I FEEL LIKE IF I HAD THIS HAIRCUT, GIRLS WOULD
14:07
DEFINITELY DIG ME.
14:08
WHO WAS IT IN THE BAND WHO WOULD DETERMINE THE LOOK OF EACH
14:14
ALBUM?
14:14
THE GREAT THING ABOUT ALL OF YOUR LOOKS IS ANYONE COULD PULL
14:17
THEM OFF.
14:21
>> POLO SHIRTS AND JEANS.
14:21
>> James: I’LL TELL YOU WHAT, I WANT SOME NEW STUFF.
14:24
>> A NEW ONE.
14:28
>> James: HERE WE GO.
14:31
♪ I ♪ I SAW YOU FLASH A SMILE
14:35
THAT SEEMED TO ME TO SAY ♪ YOU WANTED SO MUCH MORE
14:39
THAN CASUAL CONVERSATION ♪ I SWEAR I CAUGHT A LOOK
14:43
BEFORE YOU TURNED AWAY ♪ NOW I DON’T SEE THE POINT
14:47
RESISTING YOUR TEMPTATION ♪ DID YOU COME ON TO ME
14:53
WILL I COME ON TO YOU?
14:55
♪ IF YOU COME ON TO ME WILL I COME ON TO YOU?
15:00
♪ DO, DO, DO, DO-DO, DO DO, DO, DO, DO-DO, DO
15:05
♪ DO, DO, DO, DO-DO, DO DO, DO-DO-DO, DO
15:13
♪ IF YOU COME ON TO ME WILL I COME ON TO YOU?
15:18
♪ IF YOU COME ON TO ME THEN I’LL COME ON TO YOU
15:25
♪ YES I WILL, YES I WILL YES I WILL, NOW
15:30
[ CHEERING AND APPLAUSE ] >> James: NOW, YOU USED TO
15:31
PLAY QUITE A LOT OF PUBS IN THIS AREA?
15:34
>> WE PLAYED WHERE WE COULD GET A GIG, ANYONE WHO WOULD HIRE US,
15:38
WE WOULD PLAY.
15:38
>> James: I WAS THINKING WE COULD GO BACK TO ONE OF THOSE
15:41
PUBS AND HAVE A BIT OF FUN.
15:42
WOULD YOU BE UP FOR THAT?
15:44
>> YEAH, DEFINITELY.
15:45
>> James: OK.
15:47
[ MUSIC ] WE CAME TO A PUB WHERE PAUL
15:54
MCCARTNEY WOULD OCCASIONALLY PLAY AND SOMETIMES GET A DRINK.
15:57
WE’LL HIT THE LOCALS AND SURPRISE THEM.
16:01
HELLO, HOW ARE YOU?
16:02
I’M JAMES.
16:02
I WAS WONDERING IF I COULD HELP YOU BEHIND THE BAR TODAY.
16:05
IF I COULD, I’VE NEVER DONE THIS BEFORE.
16:08
REALLY?
16:09
HOW ARE YOU?
16:09
WHAT CAN I GET YOU?
16:10
>> LEMONADE.
16:11
>> James: A LEMONADE.
16:11
WE CAN DO A LEMONADE.
16:13
HERE YOU GO.
16:17
WHY DON’T YOU PLAY SOMETHING ON THE JUKEBOX.
16:20
WHATEVER YOU WANT.
16:21
TAKE YOUR PICK.
16:22
ANY OF THOSE SONGS.
16:24
WHATEVER YOU CAN.
16:25
DO YOU EVER HAVE A CHEEKY LITTLE DRINK?
16:36
[ MUSIC ] ♪ HARD DAY’S NIGHT AND I’VE BEEN
16:41
WORKING LIKE A DOG ♪ IT’S BEEN A HARD DAY’S NIGHT
16:54
♪ YOU MAKE ME FEEL ALL RIGHT ♪ YOU KNOW I FEEL ALL RIGHT
17:00
♪ YOU KNOW I FEEL ALL RIGHT.
17:06
[ CHEERING AND APPLAUSE ] >> James: WHEW!
17:15
>> THANK YOU.
17:15
>> James: HA-HA!
17:21
BEST EVER.
17:22
IF YOU WANT A SONG, GO TO THE JUKEBOX AND PUT A SONG ON.
17:26
IT’S FREE FOR THE REST OF THE NIGHT.
17:27
GO.
17:27
GO.
17:27
GO!
17:31
[ MUSIC ] ♪ IF YOU GO DOWN TO THE
17:48
MARKETPLACE, ( PLAYING OBLADI )
18:00
♪ ♪ ♪ ♪ ♪ ♪
18:14
( CHEERS AND APPLAUSE ) >> James: YAY!
18:20
HA-HA!
18:39
♪ LOVE ME DO ♪ SO PLEASE LOVE ME DO ♪
18:54
WHOA, LOVE ME DO ♪PARAGRAPH.
19:05
[ CHEERING AND APPLAUSE ] [ MUSIC ]
19:16
♪ ♪ ♪ ♪ ♪ ♪
19:27
♪ ♪ ♪ BACK N THE U.S.S.R.
19:40
( CHEERS AND APPLAUSE ) >> James: GO!
19:50
♪ BACK N THE U.S.S.R.
19:52
( CHEERS AND APPLAUSE ) ♪ BACK N THE U.S.S.
19:59
BACK N THE U.S.S.
20:03
♪ BACK N THE U.S.S.R.
20:04
( CHEERS AND APPLAUSE ) THANK YOU.
20:09
LADIES AND GENTLEMEN, I THINK THIS IS AN AFTERNOON NOT ONE OF
20:12
US WILL EVER FORGET.
20:13
THANK YOU, PAUL, THANK YOU FOR EVERYTHING.
20:15
>> THANK YOU, JAMES.
20:17
NOW, JAMES, WHY DON’T YOU JOIN US?
20:21
COME ON, LET’S DO IT LET’S DO IT.
20:29
♪ HEY JUDE, DON’T MAKE ME SAD ♪ TAKE A SAD SONG AND MAKE IT
20:38
BETTER ♪ REMEMBER BE EVER INTO YOUR
20:48
HEART ♪ HEY JUDE, DON’T BE AFRAID.
21:11
[ SINGING ] TO MAKE IT BETTER
21:16
♪ BETTER BETTER
21:20
♪ BETTER NANANANANA
21:26
♪ NANANANANA ♪ HEY JUDE
21:36
NA NA NA ♪ NANANANANA
21:39
♪ HEY JUDE ♪ ♪ ♪
21:45
NA NA NA ♪ NANANANA
21:51
NANANANA ♪ HEY JUDE
21:56
NA NA NA ♪ NANANANA
22:00
NANANANA ♪ HEY JUDE
22:08
COME ON, YOU SING IT.
22:13
[ SINGING ] NA NA NA
22:17
♪ NA NA NA NA NA NA NA
22:20
♪ HEY JUDE NA NA NA
22:22
♪ NA NA NA NA NA NA NA NA
22:29
♪ HEY JUDE >> EVERYBODY!
22:38
NA NA NA NA ♪ NA NA NA NA
22:46
♪ HEY JUDE ( CHEERS AND APPLAUSE )
22:59
>> MR PAUL McCARTNEY!
23:02
♪ NA NA NA NA NA NA NA NA
23:09
♪ HEY JUDE >> James: MY THANKS TO SIR
23:11
PAUL MCCARTNEY.
23:12
BE SURE TO PRE-ORDER PAUL’S BRILLIANT NEW ALBUM “EGYPT
23:13
STATION” AND CHECK OUT HIS TWO NEW SONGS “COME ON TO ME” AND “I
23:16
DON’T KNOW” OUT NOW.
23:17
WE’LL BE RIGHT BACK WITH MORE OF THE LATE LATE SHOW IN LONDON.

O Dia em que Jimi Hendrix enviou um telegrama a Paul McCartney para que ele se juntasse a um Supergrupo em 1969.

Há momentos na historia como aquele em que Jimi Hendrix enviou a Paul McCartney um telegrama para se juntar a um supergrupo em 1969, o qual teria certamente mudado o panorama do rock and roll para sempre. Se tal coisa tivesse acontecido, não se pode dizer como seria o gênero do rock and roll agora, ou se não haveria mudança alguma.No entanto é suficiente esperar e sonhar que com Hendrix, Miles Davis, McCartney e o lendário baterista de jazz Tony Williams, que um grupo como este seria no mínimo fenomenal e explodiria o teto de qualquer espaço que eles pudessem ter reservado.

Sinceramente, todos aqueles talentos num palco e todos aqueles egos numa mesma sala contribuindo em conjunto para algo que pudesse ser entre as melhores canções do mundo, é demais para pensar nisso, pois pode causar uma sobrecarga. Aqueles que não sabem nada sobre os artistas poderão olhar para isto e pensar que parece loucura desejar e imaginar o que poderia ter sido, mas para aqueles que conseguiram ver essas pessoas em concerto ou crescerem durante seus anos mais famosos, seria como um sonho tornar-se realidade. Infelizmente isso nunca aconteceu. Paul McCartney estava na Escócia em férias na época e não pôde ser encontrado, e em 1970 Hendrix faleceu de repente. A chance de se tornar algo que pudesse mudar a realidade que conhecemos veio e passou sem que nada acontecesse, enquanto Paul tinha que lidar com sua própria vida no momento. Na época os Beatles estavam passando por um pouco de dificuldade, pois estavam começando a se despedaçar seriamente e sua banda estava começando a desmoronar devido a diferenças criativas.

O telegrama de Hendrix para McCartney ainda está em exibição depois de ter sido comprado em 1995. Ele foi emoldurado e pendurado no Hard Rock Cafe em Praga, onde as pessoas podem vê-lo até o momento. Aqueles que sabem da historia podem se sentar e se maravilhar com o que poderia ter sido feito se acontecesse de McCartney ter recebido o telegrama. É verdade que ele estava lidando com muita coisa naquele momento, mas se ele tivesse respondido, seria simplesmente o máximo. Neste momento tudo o que as pessoas podem fazer é imaginar, já que McCartney é o último ainda vivo daquele grupo desejado, e já está estabelecido que ele não tem tempo para vasculhar os anos pensando em um telegrama que foi enviado a ele sobre se juntar a um supergrupo. Isso tende a fazer McCartney soar um pouco ecomo sendo egoísta e também arrogante, mas uma coisa que pode ser dita é que ele ainda é muito bom em suas performances e, como tal, tem que continuar seguindo em frente. No tempo de inatividade, se ele chegar a ter, ele deverá pensar o que poderia ter sido, mas parece duvidoso que ele pense muito nisso.

Seguir em frente é na verdade a única maneira de um artista continuar levando seu nome aos olhos do público. Ficar pensando em um telegrama que se tornou um poderia-seria-teria tende a ocupar muito tempo que muita gente não quer perder. Mas ainda vale a pena imaginar o quão incrível aquele grupo teria sido.

TRADUZIDO POR: Lucinha Zanetti
TEXTO ORIGINAL: TV OVERMIND

PAUL McCARTNEY NO ALLIANZ PARK SÃO PAULO / 15-10-2017

A CHEGADA

.

.

ABERTURA

.

.

CAN’T BY ME LOVE

HEY JUDE

Nineteen Hundred and Eighty-Five

BLACKBIRD

HELTER SKELTER

BAND ON THE RUN

SOMETHING

LOVE ME DO

IN SPITE OF ALL THE DANGER (VOLTA AO TEMPO)


.

.

ATÉ A PRÓXIMA!

Paul McCartney – O Meu ‘Top 40’!

Por Dado Macedo

Inspirado por uma semana toda dedicada a Paul McCartney, resolvi escolher as minhas 40 canções favoritas de Sir James!

paul-com-o-baixo

Devo dizer que a tarefa se revelou árdua, e após noites e mais noites em claro cheguei a seguinte listagem:

1- Penny Lane – Paul não era muito de reminiscências, mas provavelmente influenciado por John (In my Life, Strawberry Fileds), fez uma reconstituição na sua cabeça de uma Liverpool mágica. O ritmo é contagiante.

2- Eleanor Rigby – Tudo bem, ‘Yesterday’ veio antes, mas Eleanor Rigby consolidou Paul – e os Beatles – como compositores ‘sérios’.

3- Let It Be – Composta na fase turbulenta da separação, Paul a atribuiu a um sonho com sua mãe, que o confortava, dizendo que tudo daria certo. Piano de Paul, e guitarra de George são os destaques.

4- Band on the Run – Uma das melhores canções da carreira-solo de Paul. Mudanças de ritmo, muita percussão, guitarras, e um belo arranjo a tornam especial.

5- With a Little Help From My Friends – Composta para o vocal de Ringo, ela soa atual até hoje, com versões arrasadoras. A de Joe Cocker, por exemplo, é antológica..

6- Oh! Darling – Paul treinava toda manhã ao chegar ao estúdio para que seu vocal soasse com a crueza necessária de quem tinha cantado o dia todo, e ele conseguiu.

7- Maybe I’m Amazed – Canção cultuada por muitos como uma das mais belas músicas românticas já escritas. O solo de guitarra, tocado por Paul, – que aliás tocou todos os instrumentos – é outro ponto alto.

8- Back in the USSR – Rock de primeira, e Paul tocando bateria, além de baixo e guitarra.

9- I Saw Her Standing There – Para primeira música do primeiro álbum dos Beatles, um grande rockinho, uma amostra do que estava por vir.

10- The Long and Winding Road – Outra da fase difícil da separação dos Beatles, mas mais uma peça criativa e instigante de Macca. Infelizmente, no álbum Let It Be, ela foi suavizada e acrescentada de coral por Phil Spector.

11- All My Loving – “A primeira das grandes…” segundo Lennon. A guitarra de George arrasa.

12- She’s Leaving Home – Brian Wilson dos Beach Boys, a considerava uma das melhores canções já compostas. Um tema real sobre uma jovem abandonando a casa dos pais, que Paul leu nos jornais. Arranjo de Michael Leander.

13- Get Back – Inspirada em conflitos raciais com paquistaneses na Londres do final dos anos 60. Era anti-racista, apesar de muita gente não entender. John achava que Paul estava mandando Yoko ‘voltar pro seu lugar…’

14- For No One – Junto com Eleanor Rigby e Yesterday, pode se considerar como uma trilogia erudita de Macca. Sua relação com Jane Asher estava azedando.

15- Paperback Writer – Produção inovadora, na esteira de ‘Rubber Soul’, e antecipando a revolução que viria com ‘Revolver’. Paul toca baixo Rickenbacker, em vez do velho Hoffner. O som mudou!

16- Too Much Rain – O ‘Chaos and Creation..’ é pra mim, sem dúvida, o melhor trabalho solo de Paul. Esta canção ele conta que foi inspirada em ‘Smile’ de Charles Chaplin. Tão charmosa quanto, mas mais romântica.
.
17- Junk – Esqueçam a simplicidade da gravação caseira e prestem atenção na melodia, e na letra triste. É Macca no seu melhor.

18- Mull of Kintyre – O single mais vendido no Reino Unido por quase uma década. Homenagem ao seu ‘spa’ na Escócia.

19- Yesterday – Esta é só a canção mais regravada de todos os tempos! Paul sonhou com a melodia, acordou e foi direto ao piano… Depois o cara não é gênio….. A letra inicial era: “Scrambled eggs, oh baby, how I love your legs…” hahaha.

20- Sgt Pepper’s – Toda a ideia do álbum foi de Macca. Esta introdução, mudaria o curso da música pop.

21- Follow Me – Outra do ‘Chaos…’ Me parece uma canção visionária.

22- Ob-la-di Ob-la-da – Dos tempos da India em 68. Uma brincadeira, que a maioria das pessoas não entendeu – Lennon inclusive – mas que serviu para apresentar o reggae aos branquelos.

23- Live and Let Die – Tinha que ter pique para ser canção de James Bond, o 007! Ao vivo é imbatível!

24- When I’m 64 – Canção vaudeville e homenagem ao velho Jim McCartney!

25- Blackbird – Politizada, coisa rara em Paul. Os Black Panthers estavam no auge em 68. O violão rouba a cena.

26- She Came in Through the Bathroom Window – Se fosse concluída talvez fosse uma das melhores peças Beatles. Faltou algo, mas mesmo assim, a entrada de Paul após o medley de John é antológica. Joe Cocker, sabe o que é bom!

27- Letting Go – Outra pérola escondida nos álbuns de Paul. Esta é só para quem curte o charme romântico do baladeiro McCartney.

28- We Can Work It Out – Mostra o lado otimista de Macca em contraste com o pessimismo de John. Nada como resolver os problemas, não é?

29- I’ve Got a Feeling – Rockão, em que Macca descarrrega muito de sua adrenalina, no final dos Beatles. Impressionante como ainda saía música de qualidade, apesar de todos os problemas.

30- Mamunia – Acho essa uma clássica de Macca. Percussão, baixo marcado, simplicidade e ao mesmo tempo soa exótica! Gravada durante um toró na Nigéria.

31- Hope of Deliverance – O cara compõe fácil, grava fácil, e a coisa vira um sucesso! É simples. Ao menos parece!

32- Ebony and Ivory – Paul chamou Steve Wonder, para gravar este hino contra o racismo. Hoje tem gente que critica este esforço. Uma pena.

33- Birthday – Paul pensou: vamos nos reunir e cantar uma canção juntos… John, George, Ringo e suas esposas e namoradas participaram e a festa rolou solta.

34- You Won’t See Me – Típica da época das briguinhas com Jane Asher, sua namorada que estava mais interessada na carreira. Simples e direta.

35- The End – Só por ser a última canção já seria clássica, mas com seu verso final lembrando que o que aqui se faz, aqui se paga….. Não precisava mais nada depois disto!!!

36- Can’t Buy Me Love – Paul adorou quando Ella Fitzgerald gravou esta. Ele deve ter pensado: “Bem, nós conseguimos”!!!

37- Things We Said Today – Ainda sobre seu relacionamento com Jane. Paul estava apaixonado por ela na época.

38- My Love – Canção de 73 para Linda. Sucesso em single, e um exemplo de que a banda Wings, não era ruim. O solo de guitarra de Henry McCullough é contundente.

39- Let’em In – Versatilidade ao extremo de Macca. Ele sabe tirar leite de pedra. Letra simples, convidando os mais chegados a visitá-lo, e instrumentação enxuta. Resultado: sucesso!

40- Coming Up – Mega-hit de 1980. Paul a compôs em 79, mas só a lançou em single, após a experiência desastrosa de sua prisão no Japão. Foi direto pro nº1!

Bonus:
41- Another Day – Pode se considerar esta canção como a Eleanor Rigby Pop. Tão densa e dramática quanto a canção de 66, porém mais digerível!

42- Helter Skelter – Rock da pesada feito pra competir com The Who! Hoje uma das favoritas nos shows ao vivo.

43- Rock Show – Outra abertura de shows. Em 1975, ela colocava peso no álbum ‘Venus and Mars’.

44- Mrs. Vandebilt – Ritmo pulsante, que hoje em dia Paul recuperou para os shows ao vivo.

45- 1985 – Se destaca pelo belo piano de Macca. Era uma canção em que ele tocava praticamente todos os instrumentos. Como se tornaria natural.

46- Getting Better – Otimista como sempre. Feita de encomenda para Pepper’s, após Paul descobrir esta frase dita por um jamaicano amigo dos Beatles – que depois queria os royalties da música…

47- Magical Mystery Tour – Introdução para o filme de mesmo nome feito para a TV em 67. Vibrante e animada. Pena que ficou associada ao filme.

48- Yellow Submarine – O cara sabe fazer música para animar festas, sabe fazer rocks, baladas, vaudeville, reggae, country, blues… Porque não fazer uma direcionada as crianças?

49- This One – Balada de 1989. Uma das mais bonitas que já vi Paul tocar ao vivo.

50- Your Mother Should Know – Charmosa e bonita! Acho que é um resumo das composições de Macca!

Obs.: Como fui esquecer de ‘Hey Jude’. Gravação histórica de 68 em que os Beatles conseguiram chegar ao nº 1 com uma canção de mais de 7 minutos de duração. Paul, neste caso, lembra do pequeno Julian, filho de Lennon, que estava sofrendo com a separação dos pais.

Obs.II: ‘Here Today’, ‘conversa’ de Paul com John após a partida do parceiro também merece entrar na lista!

E assim, as 40 acabaram se tornando 52!!!

Paul McCartney em apresentação no programa SNL (Saturday Night Live)

Paul McCartney em apresentação no programa SNL (Saturday Night Live)

O dia em que Paul McCartney foi apresentado a John Lennon!

Em 06 de Julho de 1957, os Quarrymen se apresentaram no Garden Fete de St. Peter’s Church em Woolton, Liverpool, e foi entre 16h15min. e 17h45min. que Paul McCartney conheceu John Lennon através de Ivan Vaughan, que era colega de escola dele e morava perto da casa de John; fazia 8 meses que Paul tinha perdido sua mãe Mary…

woolton-6-07-57

O Show havia sido marcado para as 09h e começou às 10h da manhã e Julia, mãe de Lennon, foi ver o show com Mimi, que achou aquilo tudo uma indecência!
O modo como o adolescente John tocava e se requebrava com Eric Griffith no palco improvisado, horrorizou tia Mimi. Paul chegou por volta de 11h30min. na quermesse, onde John só cantaria 6 músicas, porque Mimi ficou horrorizada e John teve que deixar o palco envergonhado… 🙂

Bob Spitz descreve este momento em seu livro “Os Beatles – A Biografia”:

“John ficou impressionado por Paul lembrar a letra, que ele sempre esquecia , por isso optava por fazer improvisos vocais para acompanhar o ritmo. A versão de Paul era mais pesada, mais marcante, ele tocava a quinta tônica, que a banda simplesmente ignorava. E Paul cantou a música fazendo todas as pausas, despreocupado como se estivesse em frente ao espelho do quarto sem ninguém à sua volta. O fato de os integrantes de uma banda e uma dúzia de escoteiros estarem por perto não o intimidava nem um pouco. Não obstante, a “platéia” ficou magnetizada.
“Aquilo foi estranho. Ele tocava e cantava de uma forma que nenhum de nós era capaz, nem mesmo John”, lembra Eric Griffiths. “Paul tinha confiança, presença. E com uma naturalidade incrível. Ficamos realmente impressionados.”

(…)Houve uma identificação instantânea, uma conexão química entre os dois rapazes que se percebiam comprometidos com a música com a mesma intensidade, com a mesma paixão cega. Tendo em vista a forma como se estudavam, a postura e os olhares dirigidos de um para o outro, o que realmente acontecia era um amor à primeira vista.”

Pg. 96 e 97

Uma Simples Guinada do Destino (Parte 1)

Em seu livro “Os Beatles – A Biografia“, Bob Spitz escreveu no Capítulo 5:
“A única verdadeira surpresa da festa do jardim da Igreja de São Pedro no ano de 1957 foi a participação dos Quarry Men.
Nos mais de quarenta anos em que os habitantes da vila de Woolton celebraram o evento que eles chamavam costumeiramente de “a Rosa da Rainha”, só bandas marciais haviam tocado. Ainda havia um brilho heróico, uma resposta emocional, a todos aqueles homens rubicundos em uniforme tocando “pop standards” formais arranjadas como se eles estivessem acompanhando a retirada de Dunquerque. (…) Mas algo havia mudado. A canção regular dos homens em azul não mais encantavam os jovens, cujo mundo em expansão via pouco glamour na tradição. Bessie Shotton, a mãe de Pete, convenceu o comitê da festa que uma banda de skiffle atrairia os jovens e propôs os Quarry Men (…)
Os garotos entraram em êxtase. A festa do jardim era “o maior evento social no calendário da vila” (…) Além de tocar, os Quarry Men receberam outra distinção: acompanhar a parada anual dos carros alegóricos (…)
A banda se instalou na carroceria de um caminhão que partiu da igreja pouco depois das duas horas da tarde do dia 6 de julho.

Uma Simples Guinada do Destino (Parte 2)

(…) Um cheiro de circo persistia no ar pesadamente escaldado (…)Os Quarry Men tocaram uma animada seleção de canções – metade skiffle, metade rock’n’roll – que foi recebida entusiasticamente pelos jovens que se aglutinavam em volta do palco (…) John se lembra: “foi o primeiro dia que cantei Be-Bop-A-Lula ao vivo no palco”, e bem se pode imaginar o quanto ele curtiu. Depois improvisou uma versão de “Come Go With Me” de forma hilariante (…)
Um pouco antes de encerrarem, Eric Griffiths e Pete Shotton perceberam Ivan Vaughn logo abaixo do palco, à direita, com outro jovem ao lado (…) sorriram uns para os outros, ficando subentendido que eles se reuniriam depois do show.
Ivan se aproximou afoitamente. Cumprimentou a todos e apresentou seu amigo da escola – Paul McCartney.

Uma Simples Guinada do Destino (Parte 3)

Len Garry relembra: “O clima estava um pouco tenso. Ivan havia dito [antes dessa tarde, NT] a John sobre Paul ser um grande guitarrista, então ele se sentia um pouco ameaçado.” (…)Curiosamente, Paul tinha trazido seu violão. Sentindo a oportunidade, roubou as atenções, tocando habilmente uma versão do “Twenty Flight Rock” de Eddie Cochran, com todas as sibilâncias do fraseado rockabilly e um toque de Elvis na garganta (…)“De cara, pude ver que John estava com toda a atenção no garoto”, diz Pete Shotton. (…) “Pude perceber que John estava muito impressionado.”Paul também deve ter percebido. Ele parecia se concentrar justamente em John, a quem reconhecia como o legítimo líder da banda. Sem querer perder o pique, “mandou ver” em sua própria versão de “Be-Bop-A-Lula”.(…)“Foi fantástico. Ele tocava e cantava de um jeito que nenhum de nós conseguia, inclusive o John”, relembra Eric Griffiths (…)Mas Paul ainda não tinha acabado. Já mesmo então sabendo como “trabalhar” uma audiência, ele atacou com um medley de Little Richard – “Tutti Frutti,” “Good Golly, Miss Molly,” e “Long Tall Sally” (…)“Depois disso,” diz Colin Hanton, “John e Paul passaram a se circundar como gatos.”
Nota: Esta frase do livro, original, diz o seguinte: “Afterwards,” Colin Hanton says, “John and Paul circled each other like cats.”
A tradução foi mais ou menos literal, e acho que o sentido é o seguinte: ficaram estimulados e desafiados um pelo outro.
Na edição brasileira esta frase ficou traduzida assim; “Depois daquilo”, diz Colin Hanton, “John e Paul se rodearam como gatos.”

Na igreja em Woolton existe esta placa em homenagem a este histórico encontro!

woolton-placa-encontro-john-e-paul

Paul in Dusseldorf (Good memories from Hamburgh)

A apresentação de Paul McCartney em Esprit Arena em Dusseldorf, na Alemanha, marca o início de sua turne “One on One” na Europa.
Carismático, dizendo “Hallo Düsseldorf – Helau”, Paul cumprimenta os 27.500 espectadores, seus fãs, que vão ao delírio na noite de 28 de maio de 2016!

Estar na Alemanha lhe trouxe boas lembranças de Hamburgo, como ele mesmo diz neste vídeo…

E também revela em dado momento, antes de iniciar “We Can Work it Out”, quando diz que tem boas lembranças de Hamburgo, onde aprendeu a falar um pouco de alemão, mas são coisas que ele agora não pode repetir… (risos).

O set list:
1. A Hard Day’s Night
2. Save Us
3. Can’t buy me love
4. Letting Go
5. Temporary Secretary
6. Let me roll it
7. I’ve got a feeling
8. My Valentine
9. Nineteen Hundred and Eighty-Five
10. Here, There and Everywhere
11. Maybe I’m Amazed
12. We Can Work it Out
13. In Spite of All the Danger
14. You Won’t See Me
15. Love Me Do
16. And I Love Her
17. Blackbird
18. Here Today
19. Queenie Eye
20. New
21. Fool On The Hill
22. Lady Madonna
23. FourFiveSeconds
24. Eleanor Rigby
25. Being For The Benefit Of Mr Kite
26. Something
27. Ob-La-Di Ob-La-Da
28. Band On The Run
29. Back In The USSR
30. Let It Be
31. Live And Let Die
32. Hey Jude
33. Yesterday
34. Hi Hi Hi
35. Birthday
36. Golden Slumbers/Carry That Weight/The End

Um resuminho da apresentação de Paul McCartney em Dusseldorf, na Alemanha, dando início a sua turnê na Europa.

Fotos do evento, diretamente de Dusseldorf, Alemanha!

Paul in Dusseldorf by Michelle 039

Paul in Dusseldorf by Michelle 040

Paul in Dusseldorf by Michelle 038

Paul in Dusseldorf by Michelle 042

Paul in Dusseldorf by Michelle 043

Paul in Dusseldorf by Michelle 014

Paul in Dusseldorf by Michelle 015

Paul in Dusseldorf by Michelle 025

Paul in Dusseldorf by Michelle 026

Paul in Dusseldorf by Michelle 027

Paul in Dusseldorf by Michelle 028

Paul in Dusseldorf by Michelle 029

Paul in Dusseldorf by Michelle 030

Paul in Dusseldorf by Michelle 031

Paul in Dusseldorf by Michelle 032

Paul in Dusseldorf by Michelle 033

Paul in Dusseldorf by Michelle 034

Paul in Dusseldorf by Michelle 035

Paul in Dusseldorf by Michelle 036

Paul in Dusseldorf by Michelle 037

E no “gran finale”, como é de praxe, os papéis picados nas cores da Alemanha!

“And in the end, the love you take is equal to the love, you make”!

THANKS PAUL! 😉

E no "gran finale", como é de praxe, os papéis picados nas cores da Alemanha! "And in the end, the love you take is equal to the love, you make"!

E no “gran finale”, como é de praxe, os papéis picados nas cores da Alemanha!
“And in the end, the love you take is equal to the love, you make”!