Há 45 anos era lançado nos Estados Unidos o 11º. álbum Oficial dos Beatles, o Yellow Submarine!

Em 13 de janeiro de 1969 era lançado o 11º. álbum oficial dos Beatles, que hoje completa 45 anos, que é o “Yellow Submarine”, uma das melhores obras da 2ª fase dos Beatles.

A canção título rendeu um filme, que em termos de animação era avançado para a época, sendo uma musica alegre, um divertimento.

Neil Aspinall e Mal Evans trouxeram sinos de navio, correntes, sinos de mão do tempo da guerra, apitos, buzinas, latas, máquinas que imitavam sons de vento e de tempestades e até uma banheira que foi enchida com água, tudo para produzir os efeitos da música.

Trouxeram Brian Jones dos Rolling Stones, Marianne Faithfull e Pattie Harrison (na época esposa de George Harrison) para chacoalhar tudo que podia fazer barulho.

Depois da linha “and the band begins to play”, Geoff Emerick, o Engenheiro de Som, colocou a gravação distorcida de uma musica de uma outra banda para que não fosse identificada. Provavelmente esta canção seja a composição de Georges Krier and Charles Helmer’s de 1906, intitulada “Le Reve Passe”.

O original trazia uma introdução feita por Ringo, mas foi cortada.
No site abaixo a gente pode ouvir o original, com a introdução de Ringo, clicando no link The Beatles Yellow Submarine, (em vermelho).

yellow_submarine

O álbum de 1969 é composto pelas seguintes faixas:

1 – Yellow Submarine

O Submarino Amarelo

In the town where I was born
Na cidade onde eu nasci
Lived a man who sailed to sea
Viveu um homem que singrava os mares
And he told us of his life
E ele nos falou sobre a sua vida
In the land of submarines
na terra dos submarinos

So we sailed up to the sun
E aí, com ele a gente navegou na direção do Sol
Till we found the sea of green
até nos deparamos com um mar esverdeado
And we lived beneath the waves
A gente vivia sob as ondas
In our yellow submarine
no nosso submarino amarelo

We all live in a yellow submarine
Todos nós vivemos num submarino amarelo
Yellow submarine, yellow submarine
Submarino amarelo, submarino amarelo
We all live in a yellow submarine
Todos nós vivemos num submarino amarelo
Yellow submarine, yellow submarine
Submarino amarelo, submarino amarelo

And our friends are all on board
Nossos amigos estão todos a bordo
Many more of them live next door
Muitos deles são vizinhos de porta
And the band begins to play
E a banda começa a tocar

We all live in a yellow submarine (repete refrão…)

(Full speed ahead Mr. Boatswain, full speed ahead
toda velocidade adiante Sr. Contramestre, toda velocidade adiante
Full speed ahead it is, Sgt.
Estamos à toda velocidade, Sargento
Cut the cable, drop the cable
Cortar cabo, soltar cabo
Aye, Sir, aye
Afirmativo, Senhor, afirmativo
Captain, captain)
Capitão, capitão)

As we live a life of ease
Como a gente leva uma vida sem aperto
Everyone of us has all we need
cada um de nós tem tudo o que precisa
Sky of blue and sea of green
Com o céu azul e o mar esverdeado
In our yellow submarine
lá vamos nós, no nosso submarino amarelo

We all live in a yellow submarine (repete refrão..)

2 – Only a Northern Song

Só dá canção da Northern

If you’re listening to this song,
Se você está escutando esta canção
You may think the cords are going wrong.
Você pode achar que os acordes estão errados
But they’re not
Mas não estão
We just wrote it like that
Nós apenas os escrevemos assim

When you’re listening late at night,
Quando você resolve escutar até tarde da noite
You may think the bands are not quite right,
Pode pensar que as bandas não estão tocando certo
But they are,
Mas estão
They just play it like that
É assim mesmo que elas tocam

It doesn’t really matter what cords I play
Realmente não importa os acordes que eu toque
What words I say,
Que palavras eu diga
Or time of day it is
Ou que hora seja do dia
As it’s only a northern song
Quando só dá canção da Northern

It doesn’t really matter what clothes I wear,
Realmente não importa as roupas que eu vista
Or how I fare
Ou como eu esteja me saindo
Or if my hair is brown
Ou se meu cabelo é castanho
When it’s only a northern song
Quando só dá canção da Northern

If you think the harmony
Se você pensa que a harmonia
Is a little dark and out of key,
está um pouco sombria e fora do tom,
You’re correct,
Você está certo
There’s nobody there
Não tem ninguém ligado
And I told you there’s no one there
Eu disse a você que não tem ninguém ligado
Only a Northern Song
Só dá canção da Northern

3 – All together now

Todos juntos agora

One, two, three, four,
Um, dois, três, quatro,
Can I have a little more,
Posso ter um pouco mais?
Five, six, seven, eight, nine, ten,
Cinco, seis, sete, oito, nove, dez
I love you.
Eu te amo.

A, B, C, D,
Can I bring my friend to tea,
Posso trazer meus amigos para o chá?
E, F, G, H, I, J,
I love you.
Eu te amo.

Bom bom bom bom-pa bom
Sail the ship
Manobre o navio
bom-pa bom
Chop the tree
Corte a árvore
bom-pa bom
Skip the rope
Pule corda
bom-pa bom
Look at me.
Olhe para mim!

All together now, all together now,
Todos juntos agora, todos juntos agora,
All together now, all together now,
Todos juntos agora, todos juntos agora

Black, white, green, red,
Preto, branco, verde, vermelho,
Can I take my friend to bed,
Posso conduzir meus amigos para os seus aposentos?
Pink, brown, yellow, orange, and blue,
Rosa, marrom, amarelo, laranja e azul,
I love you.
Eu te amo.

All together now, all together now,
Todos juntos agora, todos juntos agora,
All together now, all together now,
Todos juntos agora, todos juntos agora

Bom bom bom bom-pa bom (repete…)

4 – Hey Bulldog

Ei! Buldogue

Sheepdog
Um cão pastor
standing in the rain
tomando chuva
Bull frog
Uma rã americana
doing it again
fazendo o mesmo, novamente

Some kind of happiness is measured out in miles
Um certo tipo de felicidade é avaliada em milhas
What makes you think your something special when you smile?
O que te faz pensar que você é algo especial quando sorri?

Child-like
Inocentemente
no one understands
ninguém entende
Jack knife
um grande canivete
in his sweaty hands
em suas mãos suadas

Some kind of innocence is measured out in years
Um certo tipo de inocência é avaliada em anos
You don’t know what it’s like to listen to your fears
Você não sabe o que é ficar ligado nos seus medos

You can talk to me (3x)
Você pode falar comigo
If you lonely you can talk to me
Se você estiver se sentindo sozinho você pode falar comigo

Big man walking in the park
Um homenzarrão andando no parque
Wigwam frightned of the dark
Uma cabana carregada de medo ao escurecer
Somekind of solitude is measured out in you
Um tipo de solidão é avaliada em você
You think you know me but you haven’t got a clue
Você pensa que me conhece, mas a meu respeito não sabe nada

You can talk to me (3x)
Você pode falar comigo
If you lonely you can talk to me
Se você estiver se sentindo sozinho você pode falar comigo

Hey bulldog (5x)
Hey buldogue

5 – It’s all too much

É coisa à beça

It’s all too much (2x)
É coisa à beça
When I look into your eyes, your love is there for me
Quando eu olho dentro dos seus olhos, vejo neles o seu amor por mim
And the more I go inside, the more there is to see
E quanto mais eu olho dentro deles, mais há o que se ver neles
It’s all too much for me to take, the love that’s shining all around you.
Isso é coisa à beça para eu receber, o amor que te ilumina dos pés à cabeça.
Everywhere, it’s what you make, for us to take, it’s all too much
Por toda parte, é isso o que vc oferece para nós recebermos, é coisa à beça

Floating down the stream of time, of life to life with me
Seguindo a corrente do tempo, junto comigo, de uma vida à outra
Makes no difference where you are,
não faz diferença onde você se encontre
or where you’d like to be
ou onde vc gostaria de estar
It’s all too much for me to take
Isso é coisa à beça para eu receber
The love that’s shining all around here
o amor que enche de brilho tudo aqui ao redor
All the world is birthday cake So take a piece but not too much
O mundo, todo ele, é um bolo de aniversário Sendo assim, pegue alguns pedaços,mas não muitos
Set me on a silver sun, so I know that I’m free
Exponha-me a um sol cor de prata, assim me saberei livre
Show me that I’m everywhere, and get me home for tea
Mostre-me que estou sempre presente, e me leve pra casa para tomar um chá
It’s all to much for me to see, the love that’s shining all around here
Isso é coisa à beça pra eu lidar, o amor que enche de brilho tudo aqui ao redor
The more I learn, the less I know, and what I do is all too much.
Quanto mais eu aprendo menos eu sei, e o que eu faço é coisa à beça
It’s all too much for me to take, the love that’s shining all around you.
Isso é coisa à beça para eu receber, o amor que enche de brilho tudo ao seu redor
Everywhere, it’s what you make, for us to take, it’s all too much
Por toda parte, é isso o que vc oferece para nós recebermos, é coisa à beça
It’s too much. It’s too much.
É muita coisa. É muita coisa
With your long blond hair and your eyes of blue.
Com esses seus longos cabelos louros e olhos azuis
With your long blond hair and your eyes of blue.
Com esses seus longos cabelos louros e olhos azuis
You’re too much…
Vc é demais
Too much too much too much…
Demais, demais, demais…

6 – All you need is love

O amor é tudo o que vc precisa

Love, love, love
Amor, amor, amor
Love, love, love
Amor, amor, amor
Love, love, love
Amor, amor, amor

There’s nothing you can do that can’t be done
Não há nada que você consiga fazer que não possa ser feito
Nothing you can sing that can’t be sung
Nada que você consiga cantar que não possa ser cantado
Nothing you can say but you can learn how the play the game
Nada que vc possa falar, mas vc pode aprender como seguir as regras do jogo
It’s easy
É fácil

Nothing you can make that can’t be made
Nada que você possa fazer que não se possa fazer
No one you can save that can’t be saved
Ninguém a quem você possa salvar que não possa ser salvo
Nothing you can do but you can learn how to be you in time
Nada que vc possa fazer, mas pode aprender como ser vc mesmo com o tempo
It’s easy
É fácil

All you need is love
O amor é tudo o que vc precisa
All you need is love
O amor é tudo o que vc precisa
All you need is love, love
O amor é tudo o que vc precisa, amor
Love is all you need
O amor é tudo o que vc precisa

Nothing you can know that isn’t known
Não há nada que você possa saber que não seja conhecido
Nothing you can see that isn’t shown
Nada que você possa ver que não tenha sido visto
Nowhere you can be that isn’t where you’re meant to be
Nenhum lugar onde você possa estar que não seja onde vc quer estar
It’s easy
É fácil

All you need is love (all together now)
O amor é tudo o que vc precisa (todos juntos agora)
All you need is love (everybody)
O amor é tudo o que vc precisa (todos)
All you need is love, love
O amor é tudo o que vc precisa, amor
Love is all you need (love is all you need)
O amor é tudo o que vc precisa (O amor é tudo o que vc precisa)

Love is all you need ( 6x)
O amor é tudo o que vc precisa
She loves you, yeah, yeah, yeah
Ela te ama, sim, sim, sim

As demais faixas seguem o estilo instrumental.

7 – Pepperland

8 – Sea of times

9 – Sea of holes

10 – Sea of monsters

11 – March of the meanies

12 – Pepperland laid waste

13 – Yellow Submarine I Pepperland

Nota: Todas as letras foram traduzidas por Samuel Dutra para a Comunidade “Chá com a Beatlemania”

Obs.: Álbuns Oficiais dos Beatles

* Please Please Me
* With the Beatles
* A Hard Day´s Night
* Beatles For Sale
* Help!
* Rubber Soul
* Revolver
* Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band
* Magical Mystery Tour
* The Beatles ou Álbum Branco
* Yellow Submarine
* Abbey Road
* Let It Be

As Versões das canções dos Beatles que foram gravadas pelo conjunto Renato e Seus Blue Caps

LP “TWIST” – 1962

Versão incluída no primeiro LP de Renato e Seus Blue Caps, intitulado “Twist”, a faixa número 10 traz “Cuide Certinho Do Meu Bem” (Take Good Care Of My baby) com Reynaldo Rayol cantando com o coro de OS CARIOCAS.

“Take Good Care of My Baby”é uma cancão escrita por Carole King e Gerry Goffin, tornada famosa por Bobby Vee, quando foi lançada em 1961. Tornou-se bem popular alcançando o primeiro lugar na Billboard Americana em setembro daquele ano. A canção ficou também famosa por se parecer com a estrutura musical da canção Happy Birthday Sweet Sixteen de Neil Sedaka. Os Beatles fizeram um cover dela durante a audição na Decca Records em 01 de janeiro de 1962.

A versão com Renato e Seus Blue Caps, canta Reynaldo Rayol

LP RENATO E SEUS BLUE CAPS – VIVA A JUVENTUDE! (1964) – CBS

Faixa 02 – Menina Linda – Versão para “I should have known better”.

Faixa 05 – Sou Feliz Dançando Com Você – Versão para “I`m happy just to dance with you”.

Faixa 08 – Garota Malvada – Versão para “I Call Your Name”.

LP RENATO E SEUS BLUE CAPS – “ISTO É RENATO E SEUS BLUE CAPS – 1965 (Gravadora CBS)

Faixa 02 – Feche Os Olhos (All My Loving)

Faixa 06 – Eu Sei – Versão para a canção “I`ll be back”.

Faixa 07 – Meu Primeiro Amor (You`re Going to Lose That Girl).

Faixa 10 – Sou Tão feliz (Love me Do).

Sou tão feliz
Vivendo assim
Sabendo que o seu
Amor é pra mim
Só pra mim
Uoou só pra mim

Posso dizer
Que agora encontrei
O amor que sonhei
Pra mim
Só pra mim
Uoou só pra mim

Meu coração
Tanto sofreu
Porém você
Apareceu

Sou tão feliz
Vivendo assim
Sabendo que o seu
Amor é pra mim
Só pra mim
Uoou só pra mim

Sou tão feliz
Vivendo assim
Sabendo que o seu
Amor é pra mim
Só pra mim
Uoou só pra mim…

Nota: Sobre esta versão, Paulo César Barros diz: “Em “Sou tão Feliz”, eu e Renato cantamos a 1ª parte. No refrão onde diz: “Só pra mim, Uoou só pra mim”, eu fiz o solo vocal.”

LP RENATO E SEUS BLUE CAPS – LP “UM EMBALO COM…” – 1966 – (CBS)

Faixa 03 – Até O Fim (You Won`t See me).

Faixa 05 – Gosto De Você (Tell me What you See).

Faixa 08 – Dona Do Meu Coração (Run for Your Life).

LP RENATO E SEUS BLUE CAPS (1967) – Gravadora CBS

Faixa 10 – Ana (Anna go to him) – Não foi composta pelos Beatles, mas é um cover deles de grande sucesso.

LP RENATO E SEUS BLUE CAPS – ESPECIAL – 1968 (CBS)

Faixa 04 – Escreva Logo (Please, Mr. Postman).

LP RENATO E SEUS BLUE CAPS – 1969 (CBS)

Faixa 09 – Não Volto Mais (Paperback Writer).


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LP RENATO E SEUS BLUE CAPS – 1970 – (CBS)

Faixa 06 – Cha La La, Marisa (Sha La La, I need You).
Não foi composta pelos Beatles, mas foi gravada por eles.

LP RENATO & SEUS BLUE CAPS – 1977

Faixa 4 – O Que Eu Posso Fazer (Baby’s in black).
Composição de Lennon e McCartney – Versão de Fernando Adour.

Faixa 8 – Tudo O Que Eu Sonhei (If I fell).
Composição de Lennon e McCartney – Versão de Fernando Adour.

Eu me sinto bem feliz
Só pensando em você
Eu quero te amar
Vou falar tudo que eu sei
Coisas lindas que eu guardei
Pra ter seu amor

Quero te adorar aqui
Agora eu sei
Quero lhe encontrar assim
Você juntinho a mim
Todo meu amor eu dei
É todo seu
Só você me fez viver
Vou prometer o amor
Que você sempre esperou pra ter
Um amor que não tem fim, vi nascer
Tudo que eu sonhei pra mim
Agora é meu
Só você me quis assim
Vou prometer o amor
Que você sempre esperou pra ter
Um amor que não tem fim, vi nascer
Quero te adorar aqui
Agora eu sei
Quero lhe encontrar assim
Você juntinho a mim
Quero lhe encontrar assim

Além dessas versões que saíram nos LPs de Renato e Seus Blue Caps, há também duas gravações avulsas, sendo uma intitulada “Tão Má Pra Mim”, versão para “Bad to me”, de Lennon/McCartney. Gravada na mesma sessão do LP “Isto é Renato e seus Blue Caps”, em agosto de 1965, ficou fora do disco por que já haviam sido escolhidas as 12 músicas para compor o LP.
O vocal solo é de Paulo Cesar Barros.

Esta foi gravada na mesma sessão do LP “Isto é Renato e seus Blue Caps”, mas deixada fora dele.

Há também a paródia de “I wanna Hold your Hand”, que foi uma gravação avulsa feita em 1964, intitulada “O bode e a Cabra”, composição de Maurileno Rodrigues, embora creditada a Renato Barros.

Ambas foram lançadas mais tarde em um CD produzido por Leno Azevedo.

Capa do LP de 1967

Capa do LP de 1967

Capa do LP dos Beatles de 1963

Capa do LP dos Beatles de 1963

Bate papo informal com Paulo César Barros, Ex-Blue Caps

Paulo César Barros 3

Perguntado sobre qual a possibilidade nos dias de hoje de ser lançado um CD e DVD em Tributo aos Beatles, nas vozes de Renato Barros e Cid Chaves, Almir Bezerra, Luiz Cláudio (dos Fevers), Paulo César, Márcio Greyck, Erasmo Carlos, Cauby Peixoto, Paulo César Barros respondeu:

Paulo César Barros comentou um link que você compartilhou.
Paulo César escreveu: “Acho que a ideia seria fantástica, mas teria que filtrar as participações porque alguns nomes que você citou, na verdade não tem o verdadeiro conhecimento dos Beatles. Outro detalhe que consideraria importantíssimo para que esse projeto ficasse de forma arrasadora seria o esmero nos mínimos detalhes com instrumentos exatamente iguais aos que foram usados originalmente pelos Beatles. Solos exatamente iguais com o mesmo timbre, técnico de PA do show devidamente ensaiado, sabendo valorizar os momentos de cada detalhe de solo, vocal e etc…. só assim ficaria de uma forma sonhadora, viajante para quem fosse assistir, concorda ? Abç. Paulo César Barros.”

Outra pergunta que ele respondeu foi sobre o porquê da distância de qualidade técnica de gravação, perceptível até para os leigos, ou seja, enquanto os Beatles e outros grupos como Beach Boys, esmeravam-se na técnica no estúdio, os equivalentes nacionais ainda estavam tocando “órgão de igreja” e fazendo vocais dos anos 50, o que independe da melodia e da composição.
Ouvíamos as canções da turma da Jovem Guarda, mas quando pegávamos um álbum dos Beatles sentíamos isso.
O problema eram os estúdios, era a falta de dinheiro, era a conformação dos artistas nacionais? O próprio Roberto só melhorou a qualidade, a sonoridade, nos anos 70. Será que era o mesmo problema que havia no áudio do cinema nacional?

Resposta de Paulo César Barros:

Paulo César Barros

Paulo César Barros 3 de janeiro de 2014 17:50
Era notório a inferioridade dos equipamentos de áudio dos estúdios Brasileiros na década de 60. Vou citar alguns itens: Compressores, reverbs, pré-amps e outros, mas o grande segredo das gravações de fora era na hora da mixagem, ali estava o segredo de tudo em termos de equipamento. Com relação ao órgão, o que se usava no Brasil era o suprassumo, pois usávamos o Hammond B3 com as caixas Leslies (chamávamos a caixa Leslie de caixa Lésbica, rsrs) usados nos melhores estúdios do mundo.
Forte abraço a todos e feliz 2014.

Pergunta feita por Rubens Stone: “No período áureo da CBS, principalmente nos álbuns dos anos 60, como era a escolha de repertório, se haviam sugestões do grande Rossini Pinto ou até mesmo do seu Evandro Ribeiro, resumidamente, como era feita essa escolha, principalmente na versões de canções obscuras do rock inglês, que a banda gravava de maneira fabulosa, quem sugeria essas versões?

 

Paulo César Barros  respondeu: “Olá Rubens Stone, na maioria das vezes eram trazidas pelo Sr Evandro, mas nós também escolhíamos muitas, eu por ex, escolhi várias e uma delas foi Look thru any window”, dos Rollies que eu era amarradão”.

Quanto à “eterna” discussão sobre quem era melhor, John Lennon ou Paul McCartney, ele disse:

Paulo César Barros

Paulo César Barros 3 de janeiro de 2014 19:02
Gente, na minha opinião não importa se um era mais ou menos culto musicalmente que o outro, a verdade é que a junção sonora desses quatro caras foi mágica. Posso citar um exemplo de acordo com a minha ótica, I should have known better, ( Menina linda ), versão gravada em 64 p/ 65, por mais que tentamos nos aproximar da original, não conseguimos a mesma sonoridade. Aquela sonoridade simples e mágica jamais foi conseguida por quem quer que seja.

Paulo César Barros 1

Música por Música, uma análise do “Please Please Me” ao “Sgt. Pepper’s”

Uma análise das músicas dos Beatles por ordem cronológica, do álbum “Please Please Me” ao “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, seguindo a discografia inglesa (e brasileira).
Em 2011 o Eduardo (Dado) Linz de Macedo realizou uma análise das músicas dos Beatles por ordem cronológica, seguindo a discografia inglesa (e brasileira), usando como fonte para datas de gravação e créditos das faixas o livro ‘Revolution in the Head’, de Ian Macdonald, pra ele um dos mais interessantes, tecnicamente falando, da bibliografia Beatle! Ian era um dos que mais entendia de Beatles no planeta, mas infelizmente já faleceu!

Revolution in the Head de Ian Macdonald

O álbum “Please Please Me” – 1963

1-I Saw Her Standing There

Música de Paul com ajuda de John. Grande início para uma primeira música de um primeiro álbum de uma banda estreante. Uma pegada fantástica de George na guitarra e Paul no baixo.
Paul: vocal, baixo e palmas. John: backing vocal, guitarra ritmo e palmas. George: guitara solo, palmas. Ringo: bateria, palmas.
Gravado em 11 de fevereiro de 1963.

2-Misery

Outra coisa impressionante é os Beatles já de saída comporem a maioria de suas músicas. Nesse álbum 8 são deles. ‘Misery’ foi composta em janeiro de 63, por John e Paul durante a turnê com Helen Shapiro. Foi a primeira canção beatle a ser gravada por outro artista, no caso, Kenny Lynch.
John:vocal, guitarra ritmo. Paul:vocal, baixo. George:guitarra lider. Ringo: bateria. George Martin: piano.
Gravado em 11de fevereiro e 20 de fevereiro de 1963.

3-Anna (Go to Him)

Composta por Arthur Alexander um cantor negro do Alabama que tinha boa reputação entre os amantes ingleses de Rythm & Blues ( os Stones gravaram ‘You Better Move On’ dele).
É uma boa amostra do potencial vocal de Lennon. Na letra o ‘rapaz’ diz que prefere ver a ‘moça’ feliz, mesmo que ele sofra…. O que não tinha nada a ver com os sentimentos de John na época pelas mulheres…
John: vocal e violão. Paul: bacing vocal, baixo. George: bacing vocal, guitarra líder. Ringo: bateria.
Gravação em 11 de fevereiro.

4-Chains

Música de Gerry Goffin & Carole King, que foi um sucesso modesto em 1962 com ‘The Cookies’. Esta canção fez parte por pouco tempo das apresentações ao vivo dos Beatles. E um exemplo inicial do talento de John na harmônica.
George: vocal, guitarra líder. Paul: harmonia vocal e baixo. John: harmonia vocal, guitara ritmo e gaita de boca. Ringo: bateria.
Também gravado em 11 de fevereiro.

5-Boys

Música de Luther Dixon & Wes Farrell feita para o grupo americano feminino, ‘The Shirelles’, do qual os Beatles eram fãs. ‘Boys’ fez parte dos hows ao vivo da banda entre 61/64, como um veículo para o vocal de Ringo.
Ringo: vocal, bateria. John: backing vocal, guitarra ritmo, George: backing vocal, guitarra lider. Paul: backing vocal, baixo.
Gravação em 11 de fevereiro.

6-Ask Me Why

Música quase que toda de John, inspirada em Smokey Robinson, líder do ‘The Miracles’, outro gurpo da Motown que os Beatles adoravam. Foi gravada na mesma sessão de ‘Please Please Me’ da qual virou lado B em single.
John: vocla, guitarra ritmo. Paul: backing vocal, baixo. George: guitarra solo. Ringo: bateria.
Gravação em 6 de junho e 26 de novembro de 1962.

7-Please Please Me

John escreveu ‘Please Please Me’ na casa de sua tia Mimi, tirando a primeira linha do sucesso de Bing Crosby dos anos 30, ‘Please’. O estilo era parecido com Roy Orbison. George Martin ainda duvidando um pouco do talento de Lennon & McCartney como compositores sugeriu uma alteração no compasso da canção, acelerando-a. Isso a tornou su primeiro sucesso!
John: vocal, guitarra ritmo, gaita de boca. Paul: vocal, baixo. George: harmonia vocal, guitara lider. Ringo: bateria.
Gravado em 11de setembro e 26 de novembro de 62.

8-Love Me Do

Uma das primeiras composições de Paul, feita quando ele tinha 16 anos. Esta canção foi grvada primeiro com Pete Best na bateria, e depois quando este foi chutado da banda, com Ringo (versão do single) e com Andy White ( versão do álbum).
A versão chamada de 2, que está no álbum ‘Please Please Me’ tem:
Paul: vocal, baixo. John: vocal, gaita de boca, guitarra ritmo (?). George: violão, backing vocal. Ringo: pandeiro. Andy White: bateria.
Gravado em 6 de junho, 4 e 11 de setembro de 62.

9- P.S. I Love You

Escrita em Hamburgo em 1961 por Paul, ela se tornou um número oficial das apresentações ao vivo durante 62/63. Era muito popular com as meninas.
Paul:vocal, baixo. John: backing vocal, violão. George: backing vocal, guitarra solo. Ringo: maracas. Andy White: bateria.
Gravado em 11 de setembro de 62.

10-Baby It’s You

Outra canção que o grupo ‘The Shirelles’ cantava e que foi incluída pelos Beatles em seu primeiro álbum. Sem dúvida uma grande homenagem e que deve ter surpreendido as garotas do grupo americano.
John: vocal, guitarra ritmo. Paul: backing vocal, baixo. George: backing vocal, guitarra solo. Ringo: bateria. George Martin: celesta.
Gravado em 11 e 20 de fevereiro de 1963.

11- Do You Want To Know A Secret

Esta foi escrita por John pra dar uma chance pra George nos vocais. Ela foi inspirada numa canção que sua mãe, Julia, cantou pra ele de um filme da Disney (I’m Wishing’ de ‘Snow White and the Seven Dwarfs). A canção não foi levada muito a sério, mas agradou as fãs de George.
George: vocal, guitarra solo. John: backing vocal, guitarra ritmo. Paul: backing vocal, baixo. Ringo: bateria.
Gravado em 11 de fevereiro de 63.

12-A Taste Of Honey

Canção de Scott & Marlow para um filme de 1961, baseado numa peça inglesa chamada ‘A Taste of Honey’. Ela serviu bem de veículo para o sentimentalismo de Paul na época.
Paul: vocal dobrado, baixo. John: backing vocal, guitarra ritmo. George:backing vocal, guitarra solo. Ringo: bateria.
Gravado em 11 de setembro de 62.

13-There’s A Place

Um exemplo da velocidade que os Beatles aprenderam a compor. Mais uma música feita as pressas para encaixar no álbum. É quase uma declaração de independência de John.
John: vocal, gaita de boca, guitarra ritmo. Paul: vocal, baixo. George: backing vocal, guitarra solo. Ringo: bateria.
Gravado em 11 de fevereiro de 63.

14-Twist And Shout

Eram 10 da noite, de 11 de fevereiro e os Beatles tinham gravado por 12 horas,e o tempo estava esgotado. Mas George Martin queria mais um número para encerrar o álbum com estilo!! Eles se retiraram para a cantina de Abbey Road para uma xícara de café (Lennon tomou leite quente para sua garganta). Eles sabiam o que tinham que gravar… O número mais selvagem do set deles: ‘Twist and Shout’.. uma cover do sucesso de 1962 do grupo familiar americano ‘The Isley Brothers’.
Eles só tinham uma ou no máximo duas chances de gravá-la antes que a voz de John sumisse por completo.
E assim foi feito.. algo incomparável – pela intensidade com que foi gravado – a qualquer coisa gravada num estúdio pop inglês.
John: vocal, guitarra ritmo. Paul: backing vocal, baixo. George: backing vocal, guitarra solo. Ringo: bateria.

11 de fevereiro de 1963, uma data histórica para a música! O primeiro álbum Beatle estava terminado!

O Álbum “With the Beatles” – 1963

Segundo álbum da banda lançado tb em 1963.

A capa foi revolucionária pra época, apesar do pessoal de marketing da EMI ter detestado aquela foto sombria, com os 4 muito sérios. Os Beatles quiseram essa foto preto e branco pq sua amiga de Hamburgo Astrid Kircherr assim os tinha fotografado na Alemanha, e Robert Freeman fez um belo trabalho.

É um dos meus álbuns preferidos da banda. Eles mantiveram o mesmo sistema de 8 músicas próprias e 6 de outros compositores que tinha dado certo no primeiro álbum. Só que eles estavam cada vez melhor como compositores.

1-It Won’t Be Long

Canção predominantemente de John, ainda com a influência dos ‘yeahs, yeahs’. É uma faixa bem animada e feita de encomenda pra abrir o disco.
John: vocal dobrado, guitarra ritmo. Paul: backing vocal, baixo. George: backing vocal, guitarra solo. Ringo: bateria.
Gravado em 30 de julho de 63.

2-All I’ve Got to Do

Outra música de John, boa o suficiente para o álbum mas não levada em conta para apresentações ao vivo.
John:vocal, guitarra ritmo. Paul: backing vocal, baixo. George: backing vocal, guitarra lider. Ringo: bateria.
Gravado em 11 de setembro de 63.

3-All My loving

Uma das primeiras grandes músicas dos Beatles! Escrita por McCartney dois meses antes da gravação, durante turnê com Roy Orbison. Ela é rara pq começou com a letra e depois foi colocada a melodia. Lindo solo de guitarra de George.
Paul: vocal dobrado, baixo. John: backing vocal, guitarra ritmo. George: backing vocal, guitarra solo. Ringo: bateria.
Gravado em 30 de julho de 63.

4-Don’t Bother Me

Primeira composição de George Harrison a aparecer num álbum dos Beatles. Ele mesmo não a levou muito a sério, e não a queria no disco. Mas é agradável e ja mostra a necessidade que George tinha de privacidade na letra. Ele melhoraria muito como compositor…
George: vocal dobrado, guitarra solo. John: guitarra ritmo, pandeiro. Paul: baixo, claves. Ringo: bateria, bongos.
Gravado em 11 e 12 de setembro de 63.

5-Little Child

Uma colaboração meio a meio de Lennon & McCartney. Foi gravada mais para completar o álbum e nunca utilizada nos concertos ao vivo.
John: vocal, guitarra ritmo e gaita de boca. Paul: vocal, baixo e piano. George: guitarra solo. Ringo: bateria.
Gravado em 11 e 12 de setembro de 63.

6-Till There Was You

Música de Meredith Wilson que Paul conheceu em 1958 em uma versão de Peggy Lee. Ele a incorporou nos shows da banda em Hamburgo e ainda a tocava ao vivo em 1964. Foi uma tentativa bem sucedida de Paul ter ao menos uma balada por disco, lembrando o sucesso de ‘A Taste of Honey’.
Paul é o único a tocar instrumento elétrico nessa música, o seu baixo.
Paul: vocal, baixo. George: violão solo. John: violão ritmo. Ringo: bongos.
Gravado em 18 e 30 de julho de 63.

7-Please Mister Postman

Cover dos ‘The Marvelettes’ que foi o grupo a dar o primeiro nº 1 a Motown nos EUA. Os Beatles a tocavam frequentemente em 1962, mas quando foram gravá-la já a tinham esquecido e não foi fácil.
John: vocal dobrado, guitarra ritmo. Paul: backing vocal, baixo. George:backing vocal, guitarra solo. Ringo: bateria.
Gravado em 30 de julho de 63.

8-Roll Over Beethoven

Canção de Chuck Berry, cantada por George e um dos melhores momentos do álbum. A guitarra de George dá um efeito contagiante à canção. Além das palmas, que foi uma coisa que os Beatles sempre utilizavam no início.
George: vocal dobrado, guitarra solo, palmas. John: guitarra ritmo, palmas. Paul: baixo, palmas. Ringo: bateria, palmas.
Gravado em 30 de julho de 63.

9-Hold Me Tight

Música de Paul que começou a ser gravada para o primeiro álbum e depois esquecida e mais tarde recuperada para o segundo disco. Era tocada ao vivo entre 61/63, mas os Beatles não davam muita atenção à ela.
Paul: vocal, baixo, palmas. John: backing vocal, guitara ritmo, palmas. George: backing vocal, guitara solo, palmas. Ringo: bateria, palmas.
Gravado em 11 de fevereiro e 12 de setembro de 63.

10- You Really Got a Hold on Me

Fãs de Smokey Robinson & The Miracles, os Beatles mais uma vez os homenagearam com essa canção. Uma rara contribuição entre John e George no vocal solo é o destaque dela. Belo piano tocado por George Martin.
John: vocal, guitarra ritmo. George: vocal, guitarra solo. Paul: harmonia vocal, baixo., Ringo: bateria. George Martin: piano.
Gravado em 18 de julho e 17 de outubro de 63.

11-I Wanna Be Your Man

Canção de Lennon & McCartney que foi oferecida aos Rolling Stones, e seria seu primeiro sucesso na Inglaterra.
Mais tarde quando foram gravar o álbum eles lembraram que faltava uma canção para Ringo, e a utilizaram.
Ringo: vocal dobrado, bateria e maracas. Paul: bacing vocal, baixo. John: backing vocal, guitarra ritmo. George: guitarra solo. George Martin: Hammond organ.
Gravado em 11, 12 e 30 de setembro e 3 e 23 de outubro de 63.

12-Devil in Her Heart

Os Beatles descobriram essa canção de um grupo desconhecido chamado ‘The Donays’, e resolveram utilizá-la pra George cantar. O resultado foi satisfatório.
George: vocal dobrado, guitara lider. Paul: backing vocal, baixo. John: backing vocal, guitarra ritmo. Ringo: bateria, maracas.
Gravado em 18 de julho de 63.

13- Not a Second Time

Terceira canção de John no álbum. A presença de Paul nem é confirmada nessa gravação, mas pode se ouvir seu baixo em um volume bem baixo na mixagem.
John: vocal dobrado, violão. Paul: baixo. George: violão. Ringo: bateria. George martin: piano.
Gravado em 11 de setembro de 63.

14-Money

Para terminar o álbum no mesmo estilo do primeiro os Beatles foram buscar essa música que Barrett Strong interpretou em 1959, e a interpretaram de maneira espetacular. Destaque para o vocal de John, e o backing de Paul e George.
John: vocal, guitarra ritmo. Paul: backing vocal, baixo. George: backing vocal, guitarra lider. Ringo: bateria. George Martin: piano.

Gravado em 18 e 30 de julho de 63.

Termina o ano de 1963 com os Beatles escalando as paradas da Inglaterra. 1964 seria a vez dos EUA e o mundo!!!

O Álbum A Hard Day’s Night – 1964

No início de 1964 os Beatles estouram nos EUA com o single ‘I Want to Hold Your Hand’, contra todos os prognósticos dos executivos do mundo da música americanos.
Surge a oportunidade de uma viagem à América tendo já um nº 1 nas paradas americanas!
Ao mesmo tempo eles assinam um contrato com a ‘United Artists’ para 4 filmes!!! O primeiro viria ainda naquele ano.
O filme, a princípio intitulado “Eight Arms to Hold You’ (trocadilho com ‘Eight Days a Week’, outro single), acaba mudando o nome para ‘A Hard Day’s Night’, após uma tirada de Ringo, que era o mestre em frases de efeito!!
Eles nunca imaginariam o sucesso que fariam, nunca mais igualado nos outros filmes. No disco que saiu logo depois eles acrescentaram mais algumas canções.
É o primeiro álbum com todas as músicas compostas por Lennon & McCartney!!

1-A Hard Day’s Night
Após Ringo sem querer nomear o filme de ‘A Hard Day’s Night’, ele precisava de uma música apropriada! E foi John que, correndo pra casa pra compor antes de Paul, veio com esse rock poderoso!
Nessa época eles estavam em primeiro nas paradas dos dois lados do Atlântico com ‘Can’t Buy Me Love’ de Paul.
John: vocal dobrado, guitarra ritmo e violão. Paul: vocal dobrado e baixo. George: guitarra solo. Ringo: bateria, bongos. George Martin: piano.
Gravado em 16 de abril de 1964.

2- I Should Have Known Better
Embora muitos não concordem, para mim os Beatles já estavam sendo influenciados por Dylan nessa época. George tinha comprado o disco ‘The Freewheelin’ de Dylan em janeiro, e a inspiração é notória ao menos na gaita de boca dessa canção de Lennon. mais tarde eles seriam apresentados a Dylan e John seria ainda mais influenciado por ele na época do ‘Help!’.
John: vocal dobrado, violão e gaita de boca. Paul: baixo. George: guitarra solo. Ringo: bateria.
Gravado em 25 e 26 de fevereiro de 1964.

3-If I Fell
Uma das mais belas baladas de John em sua fase inicial. Esta canção parece ser cantada por apenas uma voz, mas na verdade são duas, a de John e Paul juntos.
John: vocal, violão. Paul: vocal, baixo. George: guitarra solo. Ringo: bateria.
Gravado em 27 de fevereiro de 64.

4-I’m Happy Just to Dance With You
Composta por John para a interpretação de George, mais uma baladinha feita especialmente para o filme.
George: vocal, guitarra solo. John: backing vocal, guitarra ritmo. Paul: backing vocal, baixo. Ringo: bateria e ‘African drums’.
Gravado em 01º de março de 64.

5-And I Love Her
A balada obrigatória de Paul nesse álbum, só que agora composta por ele mesmo e com qualidade. Na época Paul iniciava seu relacionamento com Jane Asher – que duraria 5 anos – e estava apaixonado por ela! Foi uma das muitas inspiradas por Jane!
Paul: vocal, baixo. John: violão. George: violão solo. Ringo: bongos, claves.
Gravado em 25-27 de fevereiro de 64.

6- Tell Me Why
Composição de John para o filme, onde se destaca o baixo de Paul e o swing da canção.
John: vocal, guitarra ritmo. Paul: harmonia vocal e baixo. George: harmonia vocal e guitarra solo. Ringo: bateria.
Gravado em 27 de fevereiro de 64.

7-Can’t Buy Me Love
Esta foi um dos maiores sucessos dos Beatles em sua primeira fase. Música de Paul, composta na França. O interessante – e que deixou Paul muito orgulhoso – foi que assim que a ouviu, Ella Fitzgerald fez uma cover dessa canção. Os Beatles estavam sendo levados a sério mesmo…
Paul: vocal dobrado, baixo. John: violão. George:guitarra solo com efeito dobrado. Ringo: bateria.
Gravado em 29 de janeiro de 64.

8-Any Time at All
Rock animado de John, feito só para o álbum no último dia das gravações. Destaque para o vocal!
John: vocal, violão. Paul: harmonia vocal, baixo e piano. George: guitarra solo. Ringo: bateria.
Gravado em 02 de Junho de 64.

9- I’ll Cry Instead
Música de Lennon, e ele a canta com vocal dobrado, embora alguns erroneamente achem que é um dueto com Paul.
John: vocal dobrado, violão. Paul: baixo. George: guitarra solo. Ringo:bateria, pandeiro.
Gravado em 01º de junho de 64.

10- Things We Said Today
Paul estava em férias com Jane nas Bahamas quando escreveu esta música. Belo trabalho de violão.
Paul: vocal dobrado, baixo. John: violão, piano. George: guitarra solo. Ringo: bateria, pandeiro.
Gravado em 02 de junho de 64.

11-When I Get Home
Lennon estava inspirado nesse período de 64/65 compondo a maior parte das canções da banda.
John: vocal, guitarra ritmo. Paul: harmonia vocal, baixo. George: harmonia vocal, guitarra solo. Ringo: bateria.
Gravado em 02 de junho de 64.

12-You Can’t Do That
Belo rock de John, mas uma daquelas canções que depois ele se arrependeria de ter composto, por ser machista! Talvez na época John se sentisse assim mesmo, ciumento e inseguro.
John: vocal, guitarra solo. Paul: backing vocal, baixo, cowbell. George: backing vocal, guitarra ritmo. Ringo: bateria, conga.
Gravado em 25 de Fevereiro e 22 de maio de 64.

13- I’ll Be Back
Bela canção de encerramento do álbum de John e uma das suas favoritas. Representa um toque de maturidade no som dos Beatles, e anuncia que coisas boas estavam por vir no próximo trabalho!!
John: vocal dobrado, violão. Paul: harmonia vocal, baixo, violão. George: harmonia vocal (?), violão solo. Ringo: bateria.
Gravado em 01º de Junho de 64.

O álbum Beatles For Sale – 1964

Quarto álbum da banda, lançado em 64 após o estouro mundial deles! Acho um álbum mais introspectivo, apesar da presença de covers fantásticas como ‘Rock and Roll Music’!
Os Beatles deviam tb estar cansados de tanto excursionar, isto é visível até nas fotos que acompanham o disco.

1- No Reply
Nota-se um tempero de bossa nova na batida dessa música. Ela foi oferecida para Tommy Quickly, outro amigo dos Beatles.
A letra é inspirada em ‘Silhouettes’, um sucesso americano do grupo ‘The Rays’ em 1957.
John a compôs como ‘uma continuação’ de ‘When I Get Home’ do álbum anterior.

John: vocal dobrado, violão, palmas. Paul: harmonia vocal, baixo, palmas. George: violão, palmas. Ringo: bateria, palmas. George Martin: piano.

Gravado em 30 de setembro de 64.

2- I’m a Loser
Talvez a primeira música em que John começa a falar de si mesmo! Música sincera que geraria outras mais conhecidas como ‘Help!’ e ‘In My Life’.
John considera essa sua primeira influência de Dylan!!
George era fã de Dylan e apresentou sua música a John. Este o absorveu à sua maneira, mais no estilo do que propriamente tornando-se um fã.

John: vocal, violão, gaita de boca. Paul: harmonia vocal, baixo. George: guitarra líder. Ringo: bateria, pandeiro.

Gravado em 14 de agosto de 64.

3-Baby’s in Black
Mal tinham terminado de gravar ‘A Hard Day’s Night’, os Beatles voltaram ao estúdio em agosto de 64 e esta foi a primeira para o novo álbum programado par o Natal.
Mostra os Beatles fazendo experimentações com ritmos de valsa e harmonia country. A guitarra de George levou a noite toda pra ser gravada, tocada propositadamente fora de tom (há quem diga que a guitarra é de Paul)!!

John: vocal, violão. Paul: vocal, baixo, guitarra solo(?). George: guitarra solo. Ringo: bateria.
Gravado em 11 de agosto de 64.

4-Rock and Roll Music
Uma das canções de Berry que os Beatles gravaram e obtiveram um resultado acima do esperado. Eles a cantavam ao vivo desde 1959 e continuaram com ela até o final das turnês em 1966!
John, grande fã de Chuck Berry, capricha no vocal, e não decepciona. Destaque tb para o piano de Martin.

John: vocal, guitarra ritmo. Paul: baixo. George: violão. Ringo: bateria. George Martin: piano.

Gravado em 18 de outubro de 64.

5- I’ll Follow the Sun
Composta por Paul no verão de 1960 em Hamburgo, e depois esquecida. Pete Best lembra que Paul a tocava no piano entre os sets no Kaiserkeller, e anunciava pra todos: “Escrevi esta canção”!! Na verdade ele estava escrevendo dúzias de canções!!!
Recuperada para o ‘Beatles for Sale’ ela seria melhor desenvolvida em ‘She’s a Woman’!!

Paul: vocal, violão solo. John: harmonia vocal, violão. George: guitarra solo. Ringo: percussão(?).
Gravado em 18 de outubro de 64.

6- Mr. Moonlight
Canção cantada por John com múltipla harmonia vocal, que quase foi jogada fora, quando Paul a recuperou acrescentando um solo de Hammond organ.

John: vocal, violão. Paul: harmonia vocal, baixo, Hammomd organ. George: harmonia vocal, guitarra solo, ‘African drum’. Ringo: percussão(?).

Gravado em 14 de agosto e 18 de outubro de 64.

7- Medley: Kansas City/Hey,Hey,Hey,Hey
Paul sempre admirou o estilo de Little Richard!
Nesse medley que Richard apresentava em 1959, Paul resolveu imitar-lhe o estilo! A gravação ficou tão boa, que depois Paul manteria essa ‘pegada’ em músicas como ‘I’m Down’, ‘She’s a Woman’ e até ‘Helter Skelter’!!

Paul: vocal, baixo. John: backing vocal, guitarra ritmo. George: backing vocal, guitarra solo. Ringo: bateria. George Martin: piano.

Gravado em 18 de outubro de 64.

8- Eight Days a Week
Cometi um erro ao dizer que ‘Eigh Arms to Hold You’ era o primeiro título para o ‘A Hard Day’s Night’. Na verdade era o título de trabalho de ‘Help!’
Paul teve a ideia para essa música ao ir visitar John em Weybridge. Ele às vezes ia dirigindo, mas também muitas vezes pegava um táxi. Numa dessa idas de táxi, ele conta que costumava puxar assunto com o motorista.
E perguntou: ‘Você tem trabalhado muito?”
A resposta foi: “Você está brincando? Trabalho OITO dias por semana!!”
É estranho que Paul tenha cedido a John a primeira voz nessa canção, talvez por que combinasse mais com o vocal dele.

John: vocal, violão e palmas. Paul: vocal, baixo, palmas. George: vocal, guitarra solo, palmas. Ringo: bateria, palmas.
Gravado em 6 e 18 de outubro de 64.

9-Words of Love
Outro grande ídolo de Paul é homenageado nessa música: Buddy Holly!! A sua turnê de 1958 pela Inglaterra ficaria marcada na cabeça daqueles garotos aspirantes a roqueiros, e logo depois quando Holly morreu num acidente de avião, eles quase desistiram de tudo! A versão original de Holly apresentava talvez o primeiro vocal dobrado da música pop, com Buddy fazendo harmonia consigo mesmo, no estilo dos Everly Brothers!
Paul e John nunca esqueceriam essa lição, e suas harmonias devem muito a Buddy Holly! É minha opinião (do Dado).

Paul: vocal, baixo. John: vocal, guitarra ritmo. George: guitara solo. Ringo: bateria, ‘suitcase’.
Gravado em 18 de outubro de 64.

10- Honey Don’t
Outro duplamente homenageado nesse disco é Carl Perkins. George, um grande fã dele, adotou seu estilo de dedilhar. E dá um show na guitarra nessa faixa, apesar de ceder o vocal pra Ringo, que não decepciona.

Ringo: vocal, bateria. Paul: baixo. John: violão. George: guitarra solo.
Gravado em 26 de outubro de 64.
A última gravação para o álbum!!

11- Every Little Thing
Escrita por Paul para provavelmente ser o single do 1º filme, mas depois relegada ao lado 2 de ‘Beatles for Sale’. Paul se desinteressou tanto que cedeu o vocal principal a John. Mesmo assim é uma das músicas mais emocionais do álbum.

John: vocal dobrado, violão. Paul: harmonia vocal, baixo e piano. George: guitarra solo dobrada. Ringo: bateria, tímpano.

Gravado em 29 e 30 de setembro de 64.

12- I Don’t Want to Spoil the Party
Outra no estilo deprimido de ‘I’m a Loser’ e que John aprofundaria mais o sentimento em ‘You’ve Got to Hide Your Love Away’!!

John: vocal, violão. George: vocal, guitarra solo. Paul: harmonia vocal, baixo. Ringo, bateria e pandeiro.
Gravado em 29 de setembro de 64.

13- What You’re Doing
Talvez essa canção de 3 acordes tenha sido a primeira a ocasionar atrito entre os integrantes da banda.
Paul queria que Ringo e George tocassem do jeito dele e insistiu tanto que a gravação se prolongou por horas e dias.
Especialistas acham que a bateria soa mais como de Paul e guitarra solo tb!! Oficialmente é…
Paul: vocal, baixo. John: harmonia vocal, violão. George: harmonia vocal, guitarra solo. Ringo: bateria. George Martin: piano.

Gravação em 29 e 30 de setembro e 26 de outubro de 64.

14- Everybody’s Trying to Be My Baby
A segunda de Carl Perkins pra encerrar o álbum! George se ocupa dos vocais dessa vez. Esse rockabilly fez sucesso em 1958 no álbum ‘Teen Beat’ de Perkins.

George: vocal, guitarra solo. John: violão, pandeiro. Paul: baixo. Ringo: bateria.

Gravado em 18 de outubro de 64.

Assim estava terminando o ano de 1964, um dos mais importantes para os Beatles! Muitos duvidavam de que eles poderiam fazer mais, mas isto era apenas o início!!!

O álbum Help! – 1965

Chega o ano de 1965 e os Beatles mesmo cansados de tantas turnês tem que cumprir o contrato com a United Artists e fazer mais um filme!
A expectativa era grande devido ao sucesso do primeiro. O diretor foi o mesmo, Richard Lester.
O que faltou foi a espontaneidade de ‘A Hard Day’s Night’, onde eles interpretaram eles mesmo.
Mesmo assim a música compensou… Mais 10 originais de Lennon & McCartney e dois de Harrison, tentando se firmar como compositor. O ‘lado A’ inteiro fez parte da trilha sonora.

1- Help!
John mais uma vez compondo a canção título, uma de suas mais sinceras composições e uma das que ele mais gosta, justamente por isso!
Como ele diria anos depois, estava inseguro e sem motivação. Era sua fase de ‘Elvis gordo’! Na verdade, ele estava mesmo pedindo socorro!!!
Outro fato importante foi que ao conhecerem Bob Dylan, este lhes apresentou a maconha!!
Era fato normal nas filmagens alguns dos Beatles ‘desaparecerem’ por alguns minutos para darem ‘uns tapinhas’!! Paul, particularmente, foi um dos que mais apreciou a novidade apresentada pelo bardo americano.

John: vocal dobrado, violão. Paul: backing vocal, baixo. George: backing vocal, guitarra solo. Ringo: bateria, pandeiro.
Gravação em 13 de abril de 1965.

2- The Night Before
Canção meio desanimada de Paul, apesar do esforço de John no piano elétrico! Paul não sabia escrever sob encomenda, então provavelmente esse foi o problema! Também pode ter tido influência de alguma discussão com Jane Asher, o que passaria a ser normal dali em diante!
A guitarra apesar de creditada a George é bem mais estilo de Paul, e é o ponto alto da música.
Paul: vocal dobrado, baixo, guitarra solo(?). John: harmonia vocal, piano elétrico. George: harmonia vocal, guitarra solo(?). Ringo: bateria, percussão(?).
Gravação em 17 de fevereiro de 1965.

3-You’ve Got to Hide Your Love Away
Influência total de Dylan nessa canção de John. Aliás os Beatles estavam se tornando mais acústicos nos últimos trabalhos graças ao Mestre! O que foi irônico, pois justamente nessa época, Dylan gravava ‘Bringing It All Back Home’, seu primeiro trabalho efetivamente eletrificado!

John: vocal, violão. Paul: violão. George: violão solo. Ringo: pandeiro, ‘shaker’, maracas. Johnnie Scott: flauta alto e tenor.

Gravado em 18 de fevereiro de 1965.

4- I Need You
Segunda canção de George a aparecer num álbum Beatle, e mostra uma clara evolução de seu primeiro trabalho. Reza a lenda que esta canção foi feita para Pattie Boyd, uma jovem modelo que George conheceu durante as filmagens de ‘A Hard Day’s Night’!
Estando separado dela durante as filmagens de ‘Help!’, esta lenda faz sentido!! Em janeiro de 66 eles já estariam casados.

George: vocal dobrado, guitarra solo. John: harmonia vocal, violão. Paul: harmonia vocal, baixo. Ringo: bateria, cowbell.
Gravação em 15 e 16 de fevereiro de 1965.

5- Another Girl
Paul desta vez é confirmado na guitarra solo, apesar de George ter tido outra ideia para o solo. Paul a tocou na sua Epiphone semi-acústica. É provavelmente mais uma reflexão sobre seu relacionamento com Jane.
Na verdade Paul, apesar de morar na época na Wimpole Street, casa dos pais de Jane, mantinha um flat em Londres para se encontrar com muitas ‘another girls’…

Paul: vocal dobrado, baixo, guitarra solo. John: harmonia vocal, violão. George: harmonia vocal, guitarra ritmo. Ringo: bateria.
Gravação em 15 e 16 de fevereiro de 1965.

6-You’re Going to Lose That Girl
Última canção gravada antes da viagem para as Bahamas para as filmagens – na volta eles gravariam mais algumas – esta música é uma das que sobreviveu ao período. John canta como nunca, há inovações melódicas e Paul e George contribuem respectivamente com um belo piano e uma guitarra esperta.

John: vocal dobrado, violão. Paul: backing vocal, baixo, piano. George: backing vocal, guitarra solo. Ringo: bateria, bongos.

Gravado em 19 de fevereiro de 65.

7- Ticket to Ride
Este clássico Beatle mostra John voltando à guitarra ritmo, que ele sabia tocar tão bem. Inovadora desde a raiz, esta música teve dezenas de covers e ficou eternizada como um passo adiante.. Talvez a primeira porta para a saída da Beatlemania tenha começado aqui!
Paul insistiu muito para que Ringo mudasse sua forma de tocar nessa música, e fosse mais criativo! E parece que deu resultado, o ritmo quebrado é contagiante. Além disso, Paul assume novamente a guitarra solo.

John: vocal dobrado, guitarra ritmo. Paul: harmonia vocal, baixo, guitarra solo. George: harmonia vocal, guitarra ritmo. Ringo: bateria, pandeiro, palmas.
Gravado em 15 de fevereiro de 65.

8- Act Naturally
Pra começar o lado B das músicas que não entraram no filme, nada melhor que uma levada country. Ringo e Paul eram grandes fãs da country-music norte-americana e prestaram uma grande homenagem a Buck Owens com essa gravação.
Buck Owens e sua banda The Buckaroos, eram famosos no final dos anos 50 na cena americana de música country.
Ringo em seu segundo disco solo, ‘Beaucoups of Blues’ de 1970, também regravaria vários standarts da música country!
Paul faz uma bela segunda voz pra segurar a peteca pra Ringo!

Ringo: vocal, bateria, ‘sticks’. Paul: harmonia vocal, baixo. John: violão. George: guitarra solo.
Gravado em 17 de junho de 65.

9- It’s Only Love
Parece que John sempre se envergonhou dessa canção, provavelmente tendo-a composto com algum outro cantor em mente para gravá-la, mas ela acabou ganhando espaço no disco.
Na minha opinião ela também lembra Dylan, e não acho que John tenha feito feio nos vocais…
John deve ter feito uma ‘letra inventada’, talvez para outra pessoa gravar… Ouvi falar que talvez tivesse sido feita para Billy J. Kramer and The Dakotas, grupo também empresariado por Brian Epstein!
Talvez Kramer também não tenha gostado dela…

John: vocal dobrado, violão. George: guitarra solo. Paul: baixo. Ringo: bateria, pandeiro.
Gravado em 15 de junho de 65.

10- You Like Me Too Much
Segunda de George a entrar no álbum, o que por si só, já quer dizer muito…
Embora não tão bem acabada quanto ‘I Need You’, ela não deixa de ser agradável. George sempre foi muito exigente com ele mesmo nas letras, e no arranjo das suas canções em geral!
George: vocal dobrado, guitarra solo. Paul: baixo, piano (com George Martin). John: violão, piano elétrico. Ringo: bateria, pandeiro.
Gravado em 17 de fevereiro de 65.

11- Tell Me What You See
Nesse ponto parecia que os Beatles queriam apenas completar o álbum. Eles tinham tentado com ‘If You’ve Got Trouble’, sem resultado! Devem ter lembrado dessa que pelo estilo é uma das que Paul compôs na adolescência.

Paul: vocal, baixo, piano elétrico. John: harmonia vocal, guitarra ritmo. George: guitarra solo. Ringo: bateria, pandeiro, claves, guiro.
Gravado em 18 de fevereiro de 65.

12- I’ve Just Seen a Face
Paul McCartney estava num dilema nesse período! Após ele ter composto ‘Can’t Buy Me Love’, que foi um tremendo sucesso, todos os outros singles do período foram de Lennon! Isso sem contar a cota cada vez maior de canções de John nos álbuns!!
Paul talvez estivesse absorto em seu relacionamento com Jane. Mas para não perder mais terreno pra John ele teria que compor pra valer nos próximos tempos!
Essa música meio estilo country contribuiu para que Paul ganhasse confiança. Como ele mesmo disse na gravação parece que os versos vão saltando à frente!

Paul: vocal, violão. John: violão. George: violão solo. Ringo: ‘brushed snare’, maracas.
Gravado em 14 de junho de 65.

13- Yesterday
Aqui meio escondida e deslocada nesse álbum, estava a primeira obra-prima de Paul McCartney! Acho que todos já sabem a historinha da composição…. Paul sonhou com a melodia no seu quarto da Wimpole Street, acordou e ficou procurando uma letra, tendo a princípio achado que a música era conhecida!
Ela ficou com o título de trabalho de ‘Scrambled Eggs’, que foi o que Paul comeu no café da manhã, naquele dia!
Meses mais tarde numa viagem de férias com Jane a Portugal, Paul completou a letra! Ela deveria ter saído como single, mas Brian Epstein tremia só de pensar que um Beatle pudesse fazer algo solo!
É a música mais regravada de todos os tempos!! Acho que só isso já chega…

Paul: vocal, violão. Tony Gilbert, Sidney Sax: violinos. Kenneth Essex: viola. Francisco Gabarro: cello.
Gravação em 14 e 17 de junho de 65.

14-Dizzy Miss Lizzy
Afinal os Beatles eram uma banda de rock, e nada melhor do que terminar como nos 2 primeiros álbuns: um rockão pra chacoalhar com a meninada!
Eles gravaram duas canções de Larry Williams, nesse mesmo dia. A outra foi ‘Bad Boy’! Acabaram optando pela primeira, que não emplacou como ‘Twist and Shout’ ou ‘Money’, mas foi um final de disco apropriado.

John: vocal, guitarra ritmo. Paul: baixo, piano elétrico. George: guitarra solo dobrada. Ringo: bateria, cowbells.
Gravado em 10 de maio de 65.

A fase ‘engraçadinha’ dos Beatles terminava aqui!
Da próxima vez eles iriam começar a falar sério com ‘Rubber Soul’!!!


O álbum Rubber Soul – 1965

O ano de 1965 marcou a consolidação dos Beatles no mercado americano e mundial!
Fizeram mais um filme e várias músicas que estouraram nas paradas.
Mas eles queriam mais!!
Pra começar eles precisavam – principalmente John – ser eles mesmos!
Nesse espírito as letras estavam ficando mais elaboradas, e as melodias mais sofisticadas.
‘Yesterday’ talvez tenha feito os Beatles ousarem mais!
Agora nada poderia fazer eles voltarem atrás!!

1- Drive My Car
Paul como sempre tinha chegado no estúdio com o arranjo na cabeça – o que irritava principalmente George – e não aceitava muito sugestões contrárias.
Neste caso ele cedeu ao ouvir a sugestão de George de uma linha de baixo no estilo de ‘Respect’ de Otis Redding, um pequeno sucesso da época.
Ele e George trabalharam juntos com Ringo na sessão rítmica da música a noite toda! o baixo foi dobrado e uma guitarra suave incluída!
Quanto à letra John ajudou Paul ao cortar a frase ‘ you can buy me diamond rings’!

Paul: vocal, baixo, piano, guitarra solo. John: vocal. George: harmonia vocal, guitarra. Ringo: bateria, cowbell, pandeiro.
Gravado em 13 de outubro de 65.

2- Norwegian Wood (This Bird Has Flown)
Paul deu uma declaração na época, que ele e John resolveram compor ‘pequenas peças cômicas’. Na opinião dele, após as canções de protesto, este era um passo adiante. ‘Drive My Car’ tinha sido uma delas.

John comentou que esta canção era sobre ‘um caso’ que ele teve. Provavelmente com a atriz Eleanor Brown de ‘Help!’! Composta de uma maneira para que Cynthia Lennon não soubesse que era sobre um caso de John.

George descobriu a música indiana em 65 durante o ‘Help!’. Foi amor à primeira vista! Ele iria depois viajar até a Índia para estudar sitar com Ravi Shankar. Nesta música John deu a George a dica de como queria a sitar… E perguntou se ele seria capaz de reproduzir aquele som. George aceitou o desafio e o resultado foi que a sitar e a música indiana dali em diante sempre faria parte da obra Beatle!

John: vocal dobrado, violão. Paul: harmonia vocal, baixo. George: sitar dobrada. Ringo: pandeiro, maracas, ‘finger cymbal’.
Gravado em 12 e 21 de outubro de 65.

3- You Won’t See Me
Outra canção relacionada com as briguinhas de Paul com Jane! Jane tinha ido trabalhar temporariamente em Bristol (Jane era atriz de teatro e cinema já reconhecida naquele tempo).
A melodia foi inspirada no sucesso dos ‘The Four Tops’, ‘It’s the Same Old Song’.
A impressão é que faltou algum ‘toque’ nessa canção. Os Beatles provavelmente cansados de ficarem gravando até tarde, apenas repetiram os ‘ooo-la-la-la’ de ‘Nowhere Man’!
Paul cada vez mais assume ser o pianista da banda!! Seu roadie Mal Evans’estréia’ nos álbuns nessa música!

Paul: vocal, baixo, piano. George: backing vocal, guitarra solo. John: backing vocal. Ringo: bateria, pandeiro, hi-hat. Mal Evans: Hammond organ.
Gravado em 11 de novembro de 65.

4- Nowhere Man
John faz outra canção pessoal no estilo de ‘I’m a Loser’ e ‘Help!’.
Ele parece continuar a se sentir deslocado, apesar de todo o sucesso da banda. Provavelmente nesse ponto seu casamento com Cynthia começava já a dar sinais de desgaste.
Uma das melhores do disco!!

John: vocal dobrado, violão. Paul: harmonia vocal, baixo. George: harmonia vocal, guitarra solo. Ringo: bateria.
Gravado em 21 e 22 de outubro de 65.

5- Think for Yourself
Trabalho interessante de George, onde sua guitarra e o baixo com fuzz de Paul se confundem e se completam. Talvez não seja tão melódica quanto a outra contribuição de George, ‘If I Needed Someone’, mas é mais incisiva!

George: vocal, guitarra solo. John: harmonia vocal, piano elétrico(?). Paul: harmonia vocal, baixo. Ringo: bateria, maracas, pandeiro.
Gravado em 8 de novembro de 65.

6- The Word
Os Beatles eram influenciados, como todos sabem, pela música negra americana. Mas era uma influência sutil, nunca se sabia por quem eles estavam se deixando influenciar! Nada era explícito, enada era apenas uma cópia.!
Neste caso parece ser uma canção inspirada em Wilson Pickett e James Brown – a Capitol americana, pasmem, classificou ‘Rubber Soul’ como um álbum ‘folk-rock’!!!
Era um pouco tb como disse Paul, uma tentativa de escrever uma música de uma só nota! E tb um pouco de utopia da contracultura, diga-se de passagem.
Afinal eles estavam no auge da influência da marijuana!!

John: vocal, guitarra ritmo. Paul: vocal, baixo, piano. George: vocal, guitarras solo. Ringo: bateria, maracas. George Martin: harmonium.
Gravado em 10 de novembro de 65.

7- Michelle
Uma das canções mais melódicas que Paul já compôs. A segunda mais regravada de todos os tempos depois de ‘Yesterday’.
John ajudou na parte ‘I love you…I love you…’ ‘roubada’ da canção de Nina Simone, ‘I Put a Spell on You’.
Paul pediu pra mulher de seu amigo Ivan Vaughan pra ajudar na letra em francês.. e mais tarde mandou um cheque em agradecimento!
Acredita-se que Paul tocou todos os instrumentos… John e George podem ter ajudado na harmonia, mas nem isso é confirmado!

Paul: vocal, violões, guitarra solo, baixo, bateria(?). John: backing vocal(?). George: backing vocal(?). Ringo: bateria(?).
Gravado em 3 de novembro de 65.

8- What Goes On
Primeira canção Beatle a ser creditada a Lennon, McCartney & Starkey. Na verdade era uma antiga canção de John que chegou a ser gravada na época de ‘From Me to You’, e abandonada.
No final de 65 Paul fez um complemento para ela e Ringo acrescentou algumas frases. É parecida no estilo com ‘Act Naturally’, mas mais fraquinha.

Ringo: vocal, bateria. John: harmonia vocal,guitarra ritmo. Paul: harmonia vocal, baixo. George: guitarra solo.
Gravado em 4 de novembro de 65.

9- Girl
Última canção gravada para o álbum, ‘Girl’, composta por John, pode ser vista como uma ‘resposta’ para ‘Michelle’ de Paul. Isto se trocarmos a suave francesa de Paul por uma alemã decadente.
John contou que a ‘Girl’ acabou por se tornar Yoko Ono, mas na época ele talvez estivesse mais influenciado por Astrid Kircherr, a artista e fotógrafa alemã que foi namorada de Stuart Sutcliffe.
Destaque além do vocal de John para o corinho travesso ( ‘tit, tit, tit, tit’).

John: vocal, violões. Paul: backing vocal, baixo. George: violão solo. Ringo: bateria.
Gravado em 11 de novembro de 65.

10- I’m Looking Through You
Uma das mais belas canções do disco. Paul se esforçou para que tudo saísse direitinho nessa música. Inclusive a introdução no violão parece ser dele.
É a história de mais um problema no relacionamento com Jane, dessa vez parece que mais sério.
Paul toca praticamente tudo novamente, e ao seu comando Ringo toca organ.

Paul: vocal dobrado, violão, baixo, guitarra solo. John: harmonia vocal, violão. George: guitarra(?). Ringo: bateria, pandeiro, Vox Continental organ.
Gravado em 24 de outubro, 6, 10 e 11 de novembro de 65.

11- In My Life
Uma obra-prima de John.
John e Paul começaram neste disco a escrever algo sobre sua juventude em Liverpool. No caso John imagina um passeio de ônibus da casa de sua infância em Menlove Avenue até o centro da cidade.
Eles desenvolveriam essa idéia até chegar em ‘Strawberry Fields Forever’ e ‘Penny Lane’.

Foi uma das duas músicas (a outra foi ‘Eleanor Rigby’) que os dois, Paul e John, não concordam integralmente quanto a quem compôs o quê.
John na sua famosa entrevista pra ‘Playboy’ em 1980, diz que a música é quase toda dele, salvo a harmonia e o refrão, onde Paul ajudou.
Paul, na sua entrevista pra mesma ‘Playboy’ em 1984, lembra de ter composto toda a melodia no Mellotron, do início ao fim.
Fica difícil acreditar que a inspiração de Paul surgiria assim do nada, e ele completaria a melodia numa sentada…
Em contra-partida vários especialistas acreditam que a melodia apresenta mais acordes no estilo de McCartney do que de Lennon…
De qualquer maneira, um grande trabalho dos dois e de John em especial nos versos. Na época ele também estava publicando seu livro ‘In His Own Write’, e provando que era mesmo um gênio das letras. George Martin dá um show ao piano, apesar de alguns citarem que Paul também tocou!!

John: vocal dobrado, guitarra ritmo. Paul: harmonia vocal, baixo, piano elétrico(?). George: harmonia vocal, guitarra solo. Ringo: bateria, pandeiro, bells(?). George Martin: piano elétrico.
Gravado em 18 e 22 de outubro de 65.

12- Wait
Gravada ainda na época do ‘Help!’, e abandonada para ser recuperada 5 meses depois, esta parceria de Lennon & McCartney era forte o suficiente para ter entrado no disco.
Ela mostra a dupla em fase de transição das músicas mais simples para um estágio mais avançado e experimental que eles ainda não sabiam onde ia dar.

John: vocal dobrado, guitarra ritmo. Paul: vocal dobrado, baixo. George: guitarras. Ringo: bateria, maracas, pandeiro.
Gravado em 17 de junho e 11 de novembro de 65.

13-If I Needed Someone
A melhor canção de Harrison até esse momento e um grande momento do músico George nas guitarras!!
Assim como ‘Norwegian Wood’, tb foi influenciada pela música clássica indiana, e pelas guitarras da canção ‘The Bells of Rhymney’ dos Byrds, que tb eram grandes fãs dos Beatles!
George mostrava-se cada vez mais confiante como compositor.

George: vocal dobrado, guitarra solo. John: harmonia vocal, guitarra ritmo. Paul: harmonia vocal, baixo. Ringo: bateria, pandeiro. George Martin: harmonium.
Gravado em 16 e 18 de outubro de 65.

14- Run for Your Life
Última a aparecer no disco, mas a primeira a ser completada para o disco, esta canção não dava uma idéia do que seria o álbum!
Basicamente de John, era mais uma naquele estilo de ‘You can’t do that’… Canções que depois de conhecer Yoko, John renegaria por seu machismo exacerbado!

John: vocal, violão, guitarra solo(?). Paul: harmonia vocal, baixo. George: harmonia vocal, guitarra solo(?). Ringo: bateria, pandeiro.

Gravado em 12 de outubro de 65.

Termina o ano de 65 com os Beatles em alta. Poucos imaginariam o que estava por vir em 1966!
Pra começar seria o ano das últimas turnês mundiais! Eles não aguentavam mais aquilo, estavam se sentindo pior como músicos pois não podiam ouvir a si mesmo nos palcos!
Nada melhor do que descansar e começar vida nova nos estúdios, onde dali pra frente seria como a casa deles.


O Álbum Revolver – 1966

Para desespero de Brian Epstein, 1966 foi o ano da última excursão mundial dos Beatles. George e John, principalmente, não aguentavam mais as turnês. Na verdade era uma histeria completa e poucos prestavam atenção ao som.
O problema das apresentações ao vivo sofreu mais um agravante quando uma declaração de Lennon numa entrevista a uma jornalista inglesa, foi publicada fora do contexto nos EUA meses depois, com o título: “Somos mais populares que Jesus Cristo”. John estava se referindo à queda da fé na religião católica no mundo ocidental, e como ele disse, poderia ter dito que “a TV era mais popular que Cristo”, e ninguém teria se importado… Mas nos EUA a coisa pegou, pelo menos nos estados do Sul, onde houve fogueiras com discos dos Beatles. A partir dali uma apresentação ao vivo, era sinônimo de risco também!
Mas há males que vêm para o bem, devido o término das turnês eles se aprofundaram mais no estúdio, e 1966 marca o início das experimentações musicais!

1- Taxman

George comentou que nunca esperava que uma música sua fosse iniciar um álbum da banda. Quanta humildade!!
George começava a se preocupar com os impostos, que eram absurdamente altos no Reino Unido!
Ironicamente o solo de guitarra quase ‘indiano’ da música é de Paul McCartney e ele tb faz um belíssimo trabalho no baixo. Paul começara a trabalhar com o Rickenbacker 4001S, desde ‘Paperback Writer’, deixando de lado o Hoffner, o que contribuiu para um som mais pesado no estúdio.

George: vocal, guitarra solo. John: backing vocal. Paul: backing vocal, baixo, guitarra solo. Ringo: bateria, pandeiro, cowbell.

Gravado em 20 e 22 de abril, 16 de maio e 21 de junho de 66.

2- Eleanor Rigby
Outra música que eles discordaram quanto à autoria completa na ‘Playboy’! Um outro passo a frente no som dos Beatles, e idéia toda de Paul!
Ele imaginou uma senhora sofrida ‘Daisy Hawkins’, juntando o arroz na porta de uma Igreja, após um casamento.
Quando foi visitar Jane em Bristol ele achou o nome ‘Rigby’ numa vitrine e depois incorporou ‘Eleanor’ da atriz de ‘Help!’, Eleanor Bron! Ele sempre negou que houvesse uma Eleanor Rigby real!
Interessante é que tempos depois foi encontrado um túmulo de uma certa Eleanor Rigby ao lado de uma Igreja em Liverpool!
Paul encontrou o nome MacKenzie (father MacKenzie) na lista telefônica, antes era ‘father McCartney’!
A melodia apesar dos reclames de Lennon, parece ser toda de Paul, John pode ter ajudado em alguns versos.

Paul: vocal. John: harmonia vocal. George: harmonia vocal. Tony Gilbert, Sidney Sax, John Sharpe, Jurgen Hess: violinos. Stephen Shingles, John Underwood: violas. Derek Simpson, Norman Jones: cellos.
Gravado em 28 e 29 de abril e 6 de junho de 66.

3- I’m Only Sleeping

Esta canção de John lembra um pouco o som dos Kinks, grande grupo londrino da época, e que tb fazia experimentações.
John era ‘bom de cama’ e não gostava de ser acordado cedo. Paul muitas vezes dirigia até Weybridge para compor ou terminar uma música e tinha que ficar esperando John acordar.
John não saí muito, preferia ficar horas em casa divagando e viajando, a TV estava sempre ligada, mas em estática. Seu relacionamento com Cynthia cada vez se deteriorava mais.
Paul era o único Beatle que morava em Londres, e comparecia a ‘happenings’, apresentações de música experimental, concertos de John Cage e levava essas idéias até John que as abraçava.
Interessante a miaor parte das pessoas acharem que John era o ‘experimentalista’ da banda, quando era justamente Paul o aberto à novas idéias.

John: vocal dobrado, violão. Paul: harmonia vocal, baixo. George: harmonia vocal, guitarra solo. Ringo: bateria.
Gravado em 27 e 29 de abril e 5 de maio de 66.

4-Love You To
Um dos primeiros esforços de George no sitar e na música indiana(junto com ‘Norwegian Wood’). Apesar de ser relativamente simples, para George iniciando no instrumento, deve sido um grande desafio.
Entretanto as partes mais difíceis, se não toda a parte do sitar foi tocada por um músico indiano não creditado.
A letra uma parte filosófica e a outra uma declaração de amor para Patti, desenvolve o ceticismo de ‘Think for Yourself’.

George: vocal em vários canais, violão, guitarra, sitar(?). Paul: harmonia vocal(?). Ringo: pandeiro. Anil Bhagwat: tabla. Outros músicos indianos não nominados: sitar e tambura.
Gravado em 11 e 13 de abril de 66.

5-Here, There and Everywhere
Uma das canções pop mais perfeitinhas de Paul – parece que John a adorou! Paul naquele tempo estava muito influenciado pelas harmonias de Brian Wilson dos ‘Beach Boys’!
Entretanto a obra-prima de Wilson – o álbum ‘Pet Sounds’, com a linda ‘God Only Knows’, só foi lançada na Inglaterra em julho, o que descarta qualquer influência nessa música.
Mesmo que Paul conseguisse uma cópia adiantada, não parece similar.
George Martin tb considera uma das melhores canções Beatle.

Paul: vocal dobrado, violão, baixo. John: backing vocal. George: backing vocal, guitarra solo. Ringo: bateria.

Gravado em 14,16 e 17 de junho de 66.

6- Yellow Submarine

Canção infantil feita por Paul para Ringo cantar.
Parece ter sido influenciada por ‘Rainy Day Women #12 & 35’, de Bob Dylan.
Um dia antes da gravação os Beatles estiveram com Dylan e depois Paul ainda foi ao apê de Donovan pedir uma ajuda na letra… Donovan contribuiu com ‘Sky of blue, sea of green’….
George Martin que tinha sido produtor de peças cômicas de Peter Sellers e os ‘Goonies’, ficou à vontade com essa faixa, e pode usar todo seu talento de produtor.

Ringo: vocal, bateria. Paul: backing vocal, gritos, baixo. John: backing vocal, gritos, violão. George: backing vocal, pandeiro. Mal Evans: percussão. Mal Evans, Neil Aspinall, George Martin, Geoff Emerick, Patti Harrison, Brian Jones, Marianne Faithfull, Alf Bicknell: backing vocals.

ESTA, SENHORAS E SENHORES, FOI A PRIMEIRA PARTICIPAÇÃO DE UM ‘ROLLING STONE’ NUM DISCO DOS BEATLES! Além, é claro, de amigos e até do motorista Alf Bickney. 🙂 .

Gravado em 26 de maio e 01º de junho de 66.

7- She Said She Said
Para entendermos esta canção é preciso que voltemos um pouco no tempo…
No início de 1965, durante o auge da Beatlemania, numa festinha na casa de seu dentista particular, John e George foram apresentados ao LSD. Sem serem avisados, o dentista colocou um cubinho de ácido no café deles.
A experiência foi, como podemos imaginar, inesquecível!!
Porém eles só voltariam a usar ácido na folga que tiveram da excursão americana em agosto daquele ano.
Desta vez instalados numa mansão em Bel Air, Los Angeles, John e George, juntamente com Ringo, receberam a visita de Peter Fonda!
Enquanto a troupe toda os rodiava, John e George, tiveram sua segunda viagem com o Ácido Lisérgico, e Ringo a primeira. Peter já era ‘macaco velho’ e Paul não quis experimentar!

Peter, neste meio tempo, começou a contar uma história verídica de como ele tinha sido baleado uma vez. Aproveitando para dizer que ele “sabia como era estar morto” pois ele tinha estado em coma!! John que nesse momento viajava, ficou meio tocado pelas palavras de Peter Fonda, e imediatamente as memorizou! Não sem antes gritar para Fonda… “Quem colocou essa merda na sua cabeça…???”
Uma das duas grandes de John no disco, sem dúvida!! Paul mal participou da gravação, pois tinha brigado no estúdio.

John: vocal, guitarra ritmo, Hammond organ. Paul: baixo. George: backing vocal, guitarra solo. Ringo: bateria, ‘shaker’.

Gravado em 21 de junho de 66.

9- And Your Bird Can Sing
Música de Lennon, com sentido ambíguo, podendo ser interpretada como tendo conotações sexuais.
Destaca-se a parte intrincada da guitarra tocada por George e Paul ( ou possivelmente John).

John: vocal guitarra ritmo, palmas. Paul: harmonia vocal, baixo, guitarra(?), palmas. George: harmonia vocal, guitarra solo, palmas. Ringo: bateria, pandeiro, palmas.

Gravado em 20 e 26 de abril de 1966.

10- For No One

Esta canção escrita por Paul em março de 66, quando em férias com Jane nos alpes suiços é outro grande momento do álbum e compõe – no meu modo de ver – uma trilogia, com ‘Yesterday’ e ‘Eleanor Rigby’!
Originalmente intitulada ‘Why Did It Die?’, pode ser interpretada como o fim de um ‘affair’ ou o reconhecimento de um amor que se acaba como na solidão mortal contada em ‘Eleanor Rigby.’
Grande melodia de Paul, como de hábito quando ele está inspirado.

Paul: vocal, baixo, piano, clavichord. Ringo: bateria, pandeiro. Alan Civil: trumpete.

Gravado em 9 e 16 de maio de 66.

11- Doctor Robert

Sobre um ‘famoso’ médico nova-iorquino que apicava injeções de metedrina com vitaminas para ‘levantar’ seus pacientes!
Não tem nada a ver com o marchand Robert Fraser – embora este fosse viciado em heroína – e que seria importante na capa de ‘Pepper’s’!
Uma das músicas de John mais animadas e conta com um belo trabalho de harmonia de Paul (he’s a man you must believe…’).

John: vocal, guitarra ritmo, harmonium. Paul: harmonia vocal, baixo. George: guitarra solo, maracas. Ringo: bateria.

Gravado em 17 e 19 de abril de 66.

12-I Want to Tell You
Uma das grandes canções de George, subestimada no meu modo de ver.
Pra começar é sua terceira contribuição no álbum, algo sem precedentes.
George ainda visto como um compositor menor, pelos próprios companheiros, dá sinais de amadurecimento, mas continua pregando sua filosofia oriental – e que seria cada vez mais presente em sua música – no caso falando sobre os diferentes níveis da existência (‘it’s only me, it’s not my mind/That is confusing things’).
Sua filosofia oriental iria influenciar muito a banda a partir de 67, e até seria responsável por uma viagem da banda a India.
Notem o piano e o baixo de Paul nessa música….

George: vocal dobrado, guitarra solo, palmas. Paul: harmonia vocal, baixo, piano, palmas. John: harmonia vocal, pandeiro, palmas. Ringo: bateria, maracas, palmas.
Gravado em 2 e 3 de junho de 66.

13- Got to Get You Into My Life

Influenciada provavelmente pelas ‘Supremes’ esta canção foi a primeira a ser gravada por Paul para o álbum, e é bem conservadora musicalmente perto das outras que viriam, apesar do belo naipe de metais (tocado tb por 2 integrantes da banda de Gerogie Fame).
Paul anos depois admitiu que esta canção era sua ‘homenagem secreta à maconha’, ou como ele diria uma ‘ode’!! “Assim como se compõe uma ode ao vinho tinto, eu fiz uma ode à maconha”!! Eu sempre achei que fosse pra Jane…hehehe.

Paul: vocal dobrado, baixo. John: guitarra ritmo(?). George: guitarra solo. Ringo: bateria, pandeiro. George Martin: organ. Eddie Thorton, Ian Hamer, Les Condon: trumpetes. Alan Branscombe, Peter Coe: sax tenor.
Gravado em 8 e 11 de abril e 7 e 18 de maio de 1966.

14- Tomorrow Never Knows
Em 1965 o marchand e artista John Dunbar, juntamente com o jornalista e escritor Barry Miles e o cantor e futuro produtor musical Peter Asher ( cunhado de Paul na época) fundam a Indica Books and Gallery. Uma livraria que no sub-solo era uma galeria de arte.
Paul foi um dos que contribuiu, financeiramente e com trabalho e obras, para a inauguração.
Todos eram artistas e viviam se encontrando na galeria, embaixo da livraria para falar sobre música, dar uns tapinhas num baseado e coisas do tipo.
Um dia Paul levou John à Indica, e este vasculhando as prateleiras achou um livro chamado ‘The Tibetan Book of the Dead’! John ficou impressionado com o que leu e quis transformar isso em música!
Não foi fácil para Martin transcrever os pensamentos e os sons que John ‘ouvia’! Paul teve a idéia de fazer ‘loops’, que eram fitas gravadas ao acaso e depois misturadas pra ver que som iria dar…
Não se pode imaginar o final de ‘Revolver’ sem esta música.

John: vocal, organ, tape-loops. Paul: baixo, tape-loops. George: guitaras, sitars, tambura, tape-loops. Ringo: bateria, pandeiro, tape-loops. George Martin: piano.
Gravado em 6,7 e 22 de abril de 66.

Outro destaque de ‘Revolver’ é a capa desenhada e colada por Klaus Voorman, antigo amigo deles de Hamburgo.
Ao invés da foto dos 4, eles inovaram até nisso, colocando apenas desenhos e colagens.

No final do ano eles já começariam a preparar o terreno para algo ainda muito maior em 1967!

O álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band- 1967

Estamos em plena ‘Swinging London’ no verão de 66, com todas as atenções do mundo voltadas para lá!
Antonioni por exemplo estava filmando ‘Blow Up’ em Londres! Assim, no final desse ano, já com o psicodelismo em alta, começa a nascer o ‘Sgt. Pepper’!
Paul resolvera nesse verão fazer sua primeira viagem de LSD. Ele já vinha sendo gozado pelos parceiros de banda por não querer experimentar o Ácido Lisérgico, e então numa de suas saídas na noite londrina junto com o amigo e herdeiro da Guiness, Tara Browne, ele ‘viajou’ pela primeira vez. Isso para mim mudou o rumo dos Beatles, e da música pop-rock tb!
Paul começou a ter idéias, ousar mais e os outros, principalmente John foram na onda. No final daquele ano eles terminam ‘When I’m 64’ música da infância de Paul, e depois partiriam para ‘Strawberry Fields…’ e ‘Penny Lane’!!
Uma pena que essas duas, pela pressa de Brian Epstein, tenham sido lançadas como single. Imaginem o ‘Pepper’s’ com elas!!!

1- Sgt. Pepper’s…
A idéia central de Paul era que os Beatles perdessem sua identidade e a incorporassem com o nome de outra banda (A Banda dos Corações Solitários do Sgt. Pimenta).
Paul adorou os nomes esquisitos que estavam em voga para as bandas da costa oeste americana em 66.
A partir da idéia de Paul, Peter Blake desenhou a capa, com os Beatles escolhendo seus heróis e ídolos de infância e atuais. Michael Cooper a fotografou!

Houve quem dissesse – e ainda há – “AAHHH, um disco conceitual”!! Na verdade apenas as duas primeiras canções dão uma idéia de estarem inter-ligadas. Depois só no final vem a reprise de Pepper’s pq a música agradou muito.

A música em si é um protótipo do heavy-metal, com bateria e baixo bem pesados e uma guitarra sensacional tocada por Paul.
Jimi Hendrix a tocou ao vivo no Saville Theater 3 dias depois de lançada. Paul assistindo, comentou que foi a maior homenagem que poderia receber!

Paul: vocal, baixo, guitarra lider. John: harmonia vocal. George: harmonia vocal, guitarra. Ringo: bateria. James W. Buck, Neil Sanders, Tony Randall, John /burden: French horns.
Gravado em 01, e 02 de fevereiro e 3 e 6 de março de 67.

2- With a Little Help From My Friends
Ao final da faixa de abertura é anunciado.. Billy Shears, mais conhecido como Ringo Starr!
A música é uma grande sacada de Paul, e perfeita para a voz de Ringo. John ajudou na frase ‘What do you see when you turn out the lights, I can’t tell you but I know it’s mine…’ hehehe.
Essa música acabou virando um hino à amizade, ainda mais depois que Joe Cocker fez uma cover sensacional dela!

Ringo: vocal, bateria, pandeiro. Paul: backing vocal, piano, baixo. John: backing vocal, cowbell, George: guitarra solo. George Martin: Hammond organ.

Gravado em 29 e 30 de março de 67.

3- Lucy in the Sky With Diamonds
John contou que se inspirou num desenho de seu filho Julian, então com 4 anos, feito no colégio, e que consistia de sua coleguinha Lucy, desenhada no céu, com estrelas ao redor.
O clima da música parece ter vindo de um capítulo de ‘Alice no País do Espelho’ de Lewis Carroll.
A maioria pensa que foi mesmo uma referência codificada ao ácido: L— — — S– —- D——-!!! John negou e se mostrou surpreso!
A moda pegou, anos depois Caetano Veloso fez ‘Sem Lenço e Sem Documento’!!

Música praticamente toda de Lennon, Paul ajudou em alguns versos como ‘..Newspaper Taxis…’
Alguns anos depois tb comentaram que os Beatles estavam “mexendo com sintetizadores”, mas era ‘apenas’ o órgão de Paul.

John: vocal dobrado, guitarra solo. Paul: harmonia vocal, Lowry organ, baixo. George: harmonia vocal, guitarra solo, violão e tambura. Ringo: bateria, maracas.

Gravado em 28 de fevereiro, 01 e 2 de março de 67.

4- Getting Better
A idéia para essa música ocorreu a Paul poucos dias antes da gravação, mas o seu inspirador principal foi o baterista Jimmy Nicol, que substituiu Ringo na turnê pela Austrália em 1964!
Ringo ficou doente com amigdalite e perdeu 11 shows. Os Beatles para não cancelarem a tour apelaram para esse baterista conhecido deles.
Sempre que perguntavam a Jimmy como ele estava, a resposta era ‘It’s getting better'(Está melhorando)..hehehe. John, particularmente, achava hilário.

Paul lembrou disso aí e convidou John à sua casa na Cavendish Avenue para comporem a canção… John com seu sarcasmo habitual a cada vez que Paul dizia ‘It’s getting better’, respondia, ‘It can’t get much worse’ (não poderia ficar pior).

Paul: vocal dobrado, baixo. John: backing vocal, guitarra solo. George: harmonia vocal, guitarra solo, tambura. Ringo: bateria, congas. George Martin: piano, pianette.

Gravado em 9,10,21 e 23 de março de 67.

5- Fixing a Hole
Paul tinha comprado recentemente uma fazenda na Escócia e parece que ele mesmo se encarregou de consertar o telhado…
Muita gente achou que fosse sobre a heroína, e o estrago que ela poderia estar fazendo ao ‘telhado do dono da casa’!!!
Esta foi a única música do álbum a não ter um overdub do baixo mais tarde!
Paul estava se tornando – já fazia alguns albuns – um dos maiores se não o maior baixista do mundo, sempre criativo e inovador, mas os estúdios de Abbey Road, mesmo em 67 eram ridiculamente atrasados.
Os Beatles ainda gravavam em 4 canais, qdo ja tinha gente gravando em 18!!!! Um ano depois, pasmem, a EMI resolveu se render aos 18 canais, quando já havia sido lançada a tape machine de 24 canais!!! É dose!!!

Paul: vocal dobrado, guitarra solo, baixo. George: backing vocal, guitarra solo dobrada. John: backing vocal. Ringo: bateria, maracas. Geroge Martin: harpsichord.

Gravado em 9 de fevereiro (Regent Studios)* e 21 de fevereiro.

* Sempre quando não é colocado o estúdio em que foi gravado é por que foi em Abbey Road 1, 2 ou 3.

6- She’s Leaving Home
Uma grande canção de Paul, comparável também a ‘Eleanor Rigby’!
A história chegou a Paul através do jornal. Uma jovem de classe alta tinha abandonado os pais para se aventurar no mundo, tendo deixado, jóias, carro, etc… para trás!!
Paul qdo leu a notícia, compôs a canção em 2 dias (com a ajuda de John no coro), e foi prontamente mostrar a George Martin o que ele queria gravar naquela noite.
Porém, Martin já tinha um compromisso agendado e pediu a Paul para esperar!!
Paul, sempre um workaholic não ia conseguir esperar mais um dia, e convidou Mike Leander, outro arranjador para produzir as cordas da canção.
Martin ficou chateadíssimo, mas perdoou Paul.

Paul: vocal dobrado, backing vocal. John: vocal dobrado, backing vocal. Erich Gruenberg, Derek Jacobs, Trevor Williams, José Luis Garcia: violinos. John Underwood, Stephen Shingles: violas. Dennis Vigay, Alan Dalziel: cellos. Gordon Pearce: baixo dobrado. Sheila Bromberg: harpa.

Gravado em 17 e 20 de março de 67.

7- Being for the Benefit of Mr. Kite
John era um cara muito ligado em imagens e notícias. Quando da filmagem do ‘clip’ – na época ninguém sabia o que era clip – de ‘Strawberry Fields…’ em Kent, ele achou uma loja de antiguidades.
Nessa loja havia um poster antigo de propaganda de um circo de 1843. Tudo foi tirado do poster, ‘Mr. Kite’, ‘Hendersons’, ‘trampoline leaps’, ‘real fire’!!!
Existe uma foto de John em 67 com esse poster em sua casa.
Quem teve muito trabalho foi Geroge Martin nessa produção.

John: vocal dobrado, Hammond organ. Paul: baixo, guitarra. George: gaita de boca. Ringo: bateria, pandeiro, gaita de boca. George Martin: harmonium, Lowry organ, glockenspiel(?), efeito de fitas. Mal Evans, Neil Aspinall: gaitas de boca.

Gravado em 17 e 20 de fevereiro de 67 e 28, 29 e 31 de março de 67.

8- Within You Without You
George no auge de sua crença na filosofia oriental apareceu com esta canção muito séria, após passar a noite na casa do amigo Klaus Voorman discutindo a vida em si!
A primeira canção que George apresentou à banda e a George Martin foi ‘It’s Only a Northern Song’, mas ela foi rejeitada.
Ambas poderiam ter seu lugar no álbum, mas o problema foi a tomada de liderança de Paul no número de músicas gravadas. Sobrava cada vez menos espaço!!

George enfim, fez o que de melhor ele poderia fazer na época, uma música no estilo indiano, que ele tanto amava e escrita com toda a sinceridade que lhe era peculiar.
Ao final ouvem-se risadas… George tb não queria que as pessoas levassem tudo a sério demais!!!

George: vocal, sitar, violão, tambura. Músicos Indianos não creditados: dilrubas, svarmandal, tabla, tambura. Erich guenberg, Alan Loveday, Julien Gaillard, Paul Scherman, Ralph Elman, David Wolisthal, Jack Rothstein, Jack Greene: violinos. Reginald Kilbey, Allen Ford, Peter Beavan: cellos. Neil Aspinall: tambura.

Gravado em 15 e 22 de março e 3 e 4 de abril.

9- When I’m Sixty Four
Foi uma das primeiras a ser gravadas, ainda no final de 66. Era pra ter sido escolhida para single, lado A ou B.
Essa foi uma das primeiras composições instrumentais de Paul, e que eles tb tocavam em Hamburgo, quando faltava luz ou coisa parecida ( a música ainda não tinha letra).
Em julho de 1966 quando o pai de Paul, Jim, completou 64 anos, essa canção renasceu, agora com letra, composta especialmente para a ocasião.
Com ritmo de Vaudeville, é intencional sua presença logo depois de uma canção séria como a de George.

Paul: vocal, backing vocal, piano, baixo. John: backing vocal, guitarra. George: backing vocal, Ringo: bateria, chimes. Robert Burns, Henry MacKenzie, Frank Reidy: clarinetes.

Gravado em 6, 8, 20 e 21 de dezembro de 66.

10- Lovely Rita
Uma daquelas canções que chegavam fácil a Paul, assim como se ele tivesse assistido uma novela e feito a historinha a partir dali.
Parece que ele teve um ‘encontro amigável’ com uma fiscal de trânsito chamada Meta Davis…. A partir daí o enredo se desenrolou, com Paul achando melhor ‘amá-la’ do que ‘odiá-la’!!!
John mais tarde criticaria esse tipo de música afirmando que era lixo e que ele só escreveria sobre ele mesmo!
Paul sempre teve facilidade pra esse tipo de canção, o que era um dom natural dele! Nesse campo, ficava difícil pra John competir.

Paul: vocal, piano, baixo, pente com papel. John: backing vocal, ‘percussão vocal’, violão, pente com papel. George: backing vocal, guitarra com slide, violão e pente com papel. Ringo: bateria, pente com papel celofane.

Gravado em 23 e 24 de fevereiro e 7 e 21 de março de 67.

11- Good Morning Good Morning
John era aquele cara que acordava tarde mas já vendo TV. Numa dessas manhãs meio sonolentas veio o anúncio dos sucrilhos Kellogg, falando em ‘meet the wife’…
Isso bastou para John desenvolver a idéia, um pouco baseada na sua própria vida cotidiana que ele estava achando uma merda…
Ele tb chamaria essa música de ‘lixo’ mais tarde!

John: vocal dobrado, guitarra ritmo. Paul: backing vocal, guitarra líder, baixo. George: backing vocal, guitarra líder. Ringo: bateria, pandeiro. Barrie Cameron, David Glyde, Alan Holmes: saxofones. John Lee e outro não creditado: trombones. Não creditado: french horn.

Gravado em 8, 16 de fevereiro e 13 e 29 de março de 67.

12- Sgt. Pepper’s – Reprise
O último registro a ser gravado para o álbum, exceto pelas cordas que foram acrescentadas depois para ‘Within You Without You’, esta foi um música que surgiu por acaso.
A sugestão foi de Neil Aspinall, que achou que Paul poderia fazer uma introdução para ‘A Day in the Life’, assim como tinha sido feito para ‘With a Little Help…’.
Paul adorou a idéia, John comentou (“Nobody likes a smart-ass”)heheehe.
A banda pega pesado de novo e desta vez George assume a guitarra.

Paul: vocal, organ, baixo. John: vocal, guitarra ritmo. George: vocal, guitarra solo. Ringo: vocal, bateria, pandeiro, maracas.

Gravado em 01º de abril de 67.

13- A Day in the Life
Mais uma obra-prima Beatle pra encerrar o álbum mais revolucionário já feito até então. Uma música sobre um dia normal na vida das pessoas, mas que o talento
Beatle transformou em pura arte.

John, um voraz leitor de jornais, achou algumas notícias interessantes, como o conserto de milhões de buracos em Blackburn e uma outra notícia de um terrível acidente!
Tara Browne, herdeiro da fortuna da cervejaria Guiness e muito amigo de Paul, morreu em 18 de dezembro de 66, ao sair de uma festa, altas horas da manhã, e ignorar um sinal vermelho. Seu carro ficou destruído, sua acompanhante nada sofreu.
John leu tudo isso no jornal!
Paul tinha uma outra música sobre um rapaz que levanta atrasado pro trabalho. Elas foram reunidas.
A atmosfera da canção era propositadamente sob percepção. Havia referências à drogas, ‘I’d Love to Turn You On’, que escapou da censura ( eles foram implicar com ” a thousand holes in Blackburn, Lancashire”, imaginando que eram ‘buracos nos braços dos políticos’). De qualquer maneira a música foi proibida na BBC.

Os Beatles queriam um ‘Grand Finale’ e foi convocada uma grande orquestra para o ‘Abbey Road 1’, onde o clima ficou muito louco, com balões voando e narizes de palhaços sendo distribuídos aos músicos da orquestra.

John: vocal dobrado, violão, piano. Paul: vocal, piano, baixo. George: maracas. Ringo: bateria, bongos.
Fiquei com preguiça de escrever o nome dos 41 integrantes da orquestra…hehehe.

Gravado em 19 e 20 de janeiro, 3, 10 e 22 de fevereiro de 67.

A maior obra-prima Beatle (por enquanto) estava terminada! Eles mal podiam esperar pra mostrá-la aos fãs e aos críticos que estavam pegando no pé deles, mas eles não perdiam por esperar!!
A partir de 01º de junho de 67 o mundo nunca mais seria o mesmo!!

Em agosto de 1967 as coisas começariam a mudar, mas esta é uma outra história!!

Por Dado Macedo

Dado é autor do livro “Alto e Bom Som”
Livro Alto e Bom Som

Música por música

Fã dos Beatles recebe carta de Jackie Kennedy pelo tributo em prol da Biblioteca JFK.

No dia em que o assassinato do ex-Presidente John F. Kennedy completa 50 anos (22-11-1963), David Sukavoty conta sua história e memórias da época em que se seguiu ao episódio que comoveu o mundo.
David falou ao Examiner.com em uma entrevista esta semana:

“Não sei se vocês tiveram conhecimento ou se estão a par de que a Revista Parade deu suporte aos jovens da América para angariar fundos para a Biblioteca John F. Kennedy após seu assassinato”, disse ele. “Meu primo e eu organizamos dois shows de marionetes Beatle para arrecadar fundos para a Biblioteca quando nós tínhamos ambos 10 anos.”

E pelos seus esforços, eles receberam uma carta pessoal de Jackie Kennedy, a qual podemos ver aqui:

The letter that David Sukovaty received from Jacqueline Kennedy for the Beatles puppet show he put on. Courtesy David Sukovaty

Carta que David Sukovaty recebeu de Jacqueline Kennedy pelo show de marionetes Beatles que ele organizou.
Cortesia de David Sukovaty

A primeira aparição dos Beatles numa TV Americana faz 50 anos!

Acredita-se que esta seja a primeira maior reportagem que saiu nos Estados Unidos sobre os Beatles e o novo fenômeno Britânico da Beatlemania.
Ela apresenta um filme gravado no Teatro Winter Gardens, em Bournemouth, Inglaterra, em 16 de novembro de 1963, e foi transmitida na América em 21 de novembro de 1963.

Um áudio histórico também foi encontrado pela NBC TV sobre os Beatles e este foi o primeiro a mostrar uma apresentação deles, disse o escritor Bruce Spizer, autor de alguns livros sobre os Beatles, como o intitulado “The Beatles Are Coming”, em entrevista via telefone para o site Examiner.com.

De acordo com a NBC.com, em 18 de novembro de 1963, uma segunda-feira, Huntley-Brinkley apresentou uma reportagem feita por Edwin Newman sobre o fenômeno Beatles e esta foi a primeira aparição dos Beatles na televisão Americana, assistida por milhões de pessoas em todo o país. Foi a maior audiência que tiveram os Beatles fora da Inglaterra até aquele momento.
É difícil de acreditar, mas a cópia daquela transmissão não existe nos arquivos da NBC TV!

The Beatles first time in american television

Uma gravação em áudio de alguma forma sobreviveu, e foi recentemente descoberta na Biblioteca do Congresso. A CBS levou ao ar a história em seu show matinal ainda naquela semana de novembro de 1963 ( por Alexander Kendrick )”.

Este áudio pode ser escutado aqui neste vídeo:

We Love the Beatles Forever

Photograph, o livro de fotos de Ringo Starr

Photograph é o nome do livro lançado por Ring Starr, o baterista dos “Fab Four”, contendo imagens inéditas dos Beatles em momentos de intimidade, sob o olhar do baterista da banda inglesa.
Os 240 registros do livro de fotos narram a vida de Ringo desde sua juventude, passando pela formação da banda e seu estrondoso sucesso.

O músico começou a ter a fotografia como hobby aos 17 anos e documentou o grupo em diferentes ocasiões da vida privada: gravando em Abbey Road, passando férias em diferentes lugares do mundo ou indo fazer shows.

“Eu estava preso a tê-los como modelos. Durante toda a nossa carreira em turnê, nós compartilhamos dois quartos e um carro. Foi assim que passamos a nos conhecer: em uma van, hora após hora”, comentou Ringo, hoje com 73 anos, sobre a experiência que resultou na publicação.

Lançado em edição de luxo limitada a 2500 cópias, todas assinadas pelo ex-Beatle, Photograph tem 300 páginas e sua importância maior é contar ao mundo um pouco mais da história do ilustre grupo inglês.

Seguem algumas das fotos, publicadas no site UOL.

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Uma Entrevista com Mark Lewisohn

“Tune in: All These Years” é o novo lançamento do autor Mark Lewisohn, cujo Volume I deve ser lançado em novembro de 2013.

O autor e historiador Mark Lewisohn ofereceu para as estantes dos fãs dos Beatles alguns dos livros de melhores pesquisas já realizadas. E novembro de 2013 marca o lançamento do Volume I do seu novo livro, “Tune in: All These Years”. Resultado de toda uma década de exaustiva pesquisa, “Tune in” lança uma nova luz sobre os primeiros anos dos Beatles. O trabalho épico é a primeira entrada numa trilogia que promete apresentar uma história mais abrangente, detalhada e definitiva do grupo mais popular da história da música. Atada com laços de humor e uma forma narrativa desenvolta, combinada com uma estrita atenção aos fatos, o livro Tune in de Mark Lewisohn, oferece vislumbres jamais vistos antes com referência aos anos de formação de cada um deles individualmente e que o mundo eventualmente conhece no coletivo como sendo Os Beatles. Neste capítulo, os rapazes passam tempo com Mark Lewisohn discutindo o primeiro dos quais prometem ser os três mais importantes livros sobre os Fab Four.

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Em entrevista durante o Festival de Música em Dublin, Rod Davis (The Quarrymen) fala sobre o dia em que John Lennon conheceu Paul McCartney.

Rod Davis, que com seu grupo The Quarrymen vai participar do Beatles Festival em Dublin, de 07 de novembro a 10 de novembro na Irlanda, é uma conexão direta com as origens dos Beatles e ainda toca o tipo de música que levou ao que se tornou o Fab Four. Ele disse numa recente entrevista que o “skiffle” não tem a devida atenção.

The Quarrymen se apresentando em 2010

The Quarrymen se apresentando em 2010

“Skiffle sempre foi muito negligenciado em grande escala. Eu acho que os roqueiros deveriam olhar pra trás e reescrever a história. O skiffle foi absolutamente de vital importância.”

Davis credita Lonnie Donnegan, do “Rock Island Line”, como sendo uma grande influência sobre ele, tendo ajudado muitos jovens Britânicos a se tornarem músicos e pegar o vírus da música.
“Aquele tipo de canção não disparou nas paradas. Não alcançou o número um, mas foi o que eletrizou os jovens por aqui, especialmente influenciou os jovens rapazes a comprar guitarras e banjos. Portanto, sem ela, não teria havido todos aqueles guitarristas que sabiam três acordes de forma que quando o rock `n` roll surgiu, todos eles puderam tocar rock ‘n’ roll. E o rock ‘n’ roll era muito mais atrativo do que o skiffle, e Lonnie Donnegan mesmo, particularmente, não era um rapaz muito atraente.”
Davis disse que Bill Haley, que esteve no Reino Unido em turnê, tinha a aparência de um homem de meia idade e por isso não teve muitos seguidores. “Mas quando Elvis apareceu, as pessoas acharam que poderiam tocar rock ‘n’ roll,” disse ele. “Elvis, Gene Vincent e Eddie Cochram todos eles tinham esta imagem de “bad boy”, a qual chamou a atenção de muitos jovens do Reino Unido naquela época.”
Questionado sobre suas lembranças do famoso dia em que John Lennon e Paul McCartney se encontraram, ele diz: “Eu não lembro de ter visto Paul em lugar nenhum naquele dia. Eu lembro de ter visto Ivan Vaughan, que era o rapaz que o trouxe, mas eu não lembro de ter visto Paul.” Disse ele, quando a banda se juntou novamente em 1997, que …“ havia cinco de nós e cerca de sete visões diferentes sobre o que aconteceu.” Disse ele com um sorriso que ele mudou a história de brincadeira, dizendo “Eu provavelmente fui fazer xixi no momento mais significativo da história do rock ‘n’ roll”.
Davis disse ainda que o Quarrymen aparecerá durante o festival no sábado fazendo o que ele chamou de “uma entrevista pública” com o “Irish Times” (jornal irlandês).
“Daremos nossa entrevista costumeira sobre nossa vida boemia por cerca de uma hora,” disse ele. “Depois vamos tocar à noite em um clube chamado Grand Social.”
Ele diz que o grupo não tem estado muito na estrada esses últimos tempos. “A última vez que saímos em turnê foi em 2011 quando fizemos 17 shows em 21 dias por todo os Estados Unidos “, disse ele. Por hora, “faremos shows simples. Nós gostamos especialmente de ir à Europa para show de fim de semana.”
Há a possibilidade de shows em 2014 na Ucrânia e Liverpool, embora não haja nenhum plano de voltarmos aos Estados Unidos no momento. “Uma turnê nos Estados Unidos é uma operação mais complicada. Não que não tenhamos gostado dos Estados Unidos. Gostamos de verdade de estar nos Estados Unidos.”
Davis informa também que quando eles não estiverem tocando este fim de semana em Dublin, “estaremos por perto bebendo muita Guinness”, disse ele. “Os Quarrymen são movidos a Guinness (cerveja),” ele ri.

Tradução: Lucinha Zanetti
Fonte: Examiner

The Quarrymen

The Quarrymen

Pete Best ou Ringo Starr?

O ano de 1960 provavelmente tenha sido o mais problemático na carreira dos Beatles, e com certeza o ano teve seus altos e baixos na história da banda.
John, Paul e George lutavam para manter o status da banda. Bateristas iam e vinham… E Stu Sutcliffe se juntou à banda e sua incapacidade de tocar o baixo direito, certamente impedia um progresso…
Os nomes para a banda também iam e vinham, mas, finalmente, foi neste ano que estabeleceram o título “The Beatles” para eles.
1960 foi o ano do faça ou termine com a banda e em dezembro, depois de voltar de sua primeira viagem a Hamburgo, a banda quase acabou. Felizmente isso não aconteceu, porque em 1961 eles finalmente estavam caminhando na estrada da fama.
O ano de 1962 chegou e com ele o problema da bateria, pela qual já haviam passado alguns nomes.

Quem é o baterista, afinal?

Fazendo uma pesquisa sobre o início da era Beatlemaníaca, notei que há fotos de Pete Best tocando com os Beatles em um tempo em que de acordo com a história, Ringo Starr já deveria ser o baterista definitivo e oficial da banda.

– Em 05 de junho de 1962, Ringo teria entrado no grupo para substituir Pete Best, mas há fotos dos Beatles com Pete na bateria durante uma apresentação deles no The Tower Ballroom em 27 de julho de 1962; sendo assim, pode-se concluir que num período de três meses, os Beatles mantiveram dois bateristas na banda: Pete e Ringo.

– Em 06 de Junho de 1962 Ringo é chamado para ser o baterista de estúdio do conjunto, enquanto Pete Best ficou sendo o baterista dos shows; sabe-se que na época Pete tinha muitos fãs que não queriam ficar sem ele nas apresentações do grupo; ele chegou a gravar “Love me Do”, mas Brian não gostou da gravação.

06  Junho 1962 – Ringo é contratado para gravar com os Beatles, mas Pete continua sendo o baterista dos Beatles para os Shows.

06 Junho 1962 – Ringo é contratado para gravar com os Beatles, mas Pete continua sendo o baterista dos Beatles para os Shows.

– Em 11 de Junho 1962, durante uma apresentação no BBC Playhouse Theatre Manchester, Ringo está na bateria… ou seria Pete Best?

11 de Junho 1962 – BBC Playhouse Theatre (Ringo está na bateria)

11 de Junho 1962 – BBC Playhouse Theatre (Ringo está na bateria)

Foto do dia 11 de junho de 1962, uma segunda-feira, tirada na tarde de ensaio para o programa da BBC chamado “Teenager’s Turn-Here We Go”. The Beatles tocaram “Ask Me Why”, “Besame Mucho” e “A Picture Of You”. O programa foi transmitido no dia 15 de junho, tendo sido a segunda apresentação dos Beatles na BBC.

O que acham? O baterista da foto é Pete ou Ringo?

Ringo ou Pete

– Em 6 de julho 1962, no Royal Iris Riverboat, Liverpool, estavam lá Paul, Pete e John

– Em 21 de Junho 1962, no The Tower Ballroom – estão no backstage: John, Paul, Pete e George

– Em 16 de agosto de 1962 Pete Best é demitido e Ringo Starr, que já havia voltado para os Rory Storm And The Hurricanes, aceita tocar definitivamente com os Beatles, que já haviam tentado outros bateristas, sem que nenhum desse certo. Conseguiram então que Ringo voltasse a tocar oficialmente com eles.

Pete Best - Em 16 Agosto 1962 é demitido dos Beatles

Foi durante uma visita ao programa de entretenimento chamado Butlin´s que Ringo recebeu um telefonema com a oferta para se juntar aos Beatles. Ringo fala no Anthology que se recorda de ter recebido uma ligação de Brian, porém os livros dizem que foi John Lennon quem ligou para ele.

– Em 04 de setembro de 1962, terça-feira, nos estúdios da EMI em Abbey Road NW8, acontece a primeira apresentação de Ringo com os Beatles – As fotos são de Dezo Hoffmann:

primeira apresentação de Ringo com os Beatles – fotos de Dezo Hoffmann

primeira apresentação de Ringo com os Beatles – fotos de Dezo Hoffmann

primeira apresentação de Ringo com os Beatles – fotos de Dezo Hoffmann 2

primeira apresentação de Ringo com os Beatles – fotos de Dezo Hoffmann 3

(Fotos da primeira apresentação de Ringo com os Beatles – fotos de Dezo Hoffmann)

Esta foi a segunda sessão de gravações dos Beatles na EMI e a primeira de Ringo. Na verdade foi a primeira sessão verdadeira com os Beatles. A primeira sessão do dia 6 de junho de 1962 foi na sua essÊncia apenas uma audição.

(This was The Beatles second E.M.I. recording session and Ringo’s first. Actually, it was The Beatles’ first REAL session. The first session on 6 June 1962 was essentially just an audition.)

A sessão começa com o ensaio de um single importante assim como uma audição de Ringo (esta foi a primeira vez que George Martin havia encontrado Ringo). Estas fotos foram tiradas durante os ensaios.

(The session began with rehearsals for a potential single as well as an audition for Ringo (this was the first time George Martin had met him). These photos were likely taken during the rehearsals.)

A verdadeira gravação aconteceu durante a noite. Esta sessão produziu o lado A do primeiro single deles, que foi “Love me Do” (versão com Ringo) e “How do you Do it”, a qual permaneceu inédita até 1995 quando saiu no Antologia 1.

(Actual recording took place during the evening. This session produced the A-side of their debut single, “Love Me Do” (the Ringo version) and “How Do You Do It” which remained unreleased until 1995 on Anthology 1.)

A versão do Antologia foi editada. Aqui neste dia gravaram a versão não modificada de “How do You do it”.

(The Anthology version is edited. Here is the original unadulterated version. “How Do You Do It”)

Ainda sobre a foto em que há dúvidas quanto a ser Ringo ou Pete na bateria, Ricardo Pugialli, autor do livro “Beatlemania”, informou o seguinte:

– Pete tinha uma bateria Premier modelo 54 (igual a do Ringo), porém com acabamento “Blue Oyster” (parece branca nas fotos mas é azul clara).

– Ringo tinha uma bateria Premier modelo 54, com acabamento “Duroplastic” mogno parece preta nas fotos mas é marrom escura. Foi comprada em Julho de 1960. Dela ele só tem a caixa hoje em dia.

Antes ele tinha uma Ajax “Blue Oyster”, comprada em Março de 1957. Ele não tem mais nada desta bateria hoje em dia.

A primeira Ludwig dele foi uma “Downbeat” com acabamento “Black Oyster Pearl”, comprada em Maio de 1963.

O baterista na foto é o PETE BEST durante a gravação do programa de rádio “Teenager’s Turn-Here We Go”. Os Beatles tocaram “Ask Me Why”, “Besame Mucho” e “A Picture Of You”. Foi gravado no dia 11 de Junho e foi ao ar no dia 15 de Junho de 1962.

Fotos das duas baterias (de Pete e Ringo), em 1961-1962, estão nas fotos dos instrumentos dos Beatles, no site de Ricardo Pugialli => http://beatlemania.net.br/instrumentos4.htm, e as imagens das baterias são a 29 (Pete) e 35 (Ringo).

Fonte da pesquisa:
http://www.beatlesource.com/savage/main.html

Tópico na Comunidade do Orkut, We Love the Beatles Forever, com algumas opiniões: http://www.orkut.co.in/Main#CommMsgs?cmm=13793823&tid=5446648749078826315&na=1&npn=1&nid=